sábado, 28 de novembro de 2015

Carne bovina do Brasil tem forte projeção de embarques para China em 2016

Abiec estima que as exportações para a China deverão somar 200 mil toneladas no próximo ano.

Em outubro, o país asiático já foi o segundo principal destino dos embarques de carne bovina do Brasil. /Divulgação
As exportações brasileiras de carne bovina deverão ter um impulso em 2016 com fortes embarques para a China, ajudando a recuperar os percalços sentidos pelo setor em 2015, projetou nesta sexta-feira o presidente da entidade que representa as empresas exportadoras.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) estima que as exportações para a China deverão somar 200 mil toneladas no próximo ano, o equivalente a 1 bilhão de dólares, disse o presidente da entidade, Antônio Camardelli, nesta sexta-feira.
No acumulado dos primeiros dez meses de 2015, as exportações totais de carne bovina do Brasil somaram 4,8 bilhões de dólares e 1,1 milhão toneladas, queda de 18 por cento no faturamento e 11 por cento no volume.
O mau desempenho no ano é atribuído principalmente a dificuldades em mercados tradicionais como Rússia e Venezuela, abalados pelos baixos preços do petróleo, além de redução nos embarques para Hong Kong.
O mercado chinês de carne bovina foi reaberto ao Brasil este ano e, segundo Camardelli, as exportações já ocorrem efetivamente há cinco meses.
Em outubro, o país asiático já foi o segundo principal destino dos embarques de carne bovina do Brasil.
"A abertura do mercado da China foi uma dádiva para nós", disse o executivo em um encontro de analistas organizado pela Scot Consultoria.
Camardelli evitou fazer projeções para o resultado total das exportações em 2015 e em 2016.
Para dezembro e janeiro, pontualmente, a Abiec estima que os embarques de carne bovina para o país asiático deverão desacelerar devido à redução de compras antes do Ano Novo chinês, comemorado no início de fevereiro.
O Brasil já tem oito unidades de abate exportando efetivamente para a China. Há cerca de dez dias, três novas plantas foram autorizadas a embarcar.
"Após a última visita deles (chineses), temos perspectiva de mais três. Seriam 14 no total. E mais uma série de empresas listadas (na espera), que estão dentro de um processo de negociação comercial", afirmou.
A Abiec estuda, inclusive, abrir na China seu primeiro escritório fora do Brasil, revelou o executivo, sem falar em um prazo.
A expectativa é que a representação possa ajudar empresas brasileiras e diplomatas a negociar novos acordos.
"É um país que compra tudo que é parte do boi, inclusive partes que os outros não compram. É necessária uma proximidade e uma presença mais institucional, para ajudar a embaixada, do adido agrícola, porque é um mercado que se consolida como um dos maiores."
AQUISIÇÕES NO BRASIL
Investidores chineses estão buscando também oportunidades para comprar participações minoritárias em frigoríficos de pequeno e médio porte no Brasil, o que comprovaria o interesse da China em garantir fluxo de carne bovina, disse Camardelli.
"A gente foi procurado (por investidores chineses) e mostrou o portfólio de indústrias", afirmou o executivo, dizendo não ter detalhes adicionais sobre negociações em andamento, uma vez que ela não ocorrem com participação da Abiec.
Fonte:  Reuters

Preço do boi deve se manter acima da inflação em 2016

Analistas acreditam que mercado continuará firme por mais um ano, com o ciclo de queda se iniciando em 2017

Alisson freitas
O atual ciclo de alta na pecuária deve permanecer forte no próximo ano, segundo analistas e pesquisadores da cadeira produtiva da carne. O tema foi debatido no Encontro de Analistas da Scot Consultoria, realizado na manhã de 27 de novembro, em São Paulo, SP.
 
De acordo com Alcides Torres, o Scot, da Scot Consultoria, mesmo com atual cenário econômico desfavorável, a atividade ainda terá margens confortáveis no próximo ano. “Não devemos ter grandes alterações e o preço do boi deve se manter acima da inflação. O consumo interno recuou, mas o fechamento de frigoríficos ociosos ajustou a relação oferta e demanda, trazendo maior eficiência à pecuária”, destaca.
 
Outro fator que deve contribuir para esse cenário, segundo Torres, é a mudança do perfil do consumidor, que passou a absorver mais cortes dianteiros. “Em um levantamento feito por nós pudemos comprovar que os clientes passaram a comprar cortes mais baratos, mais isso não derrubou a lucratividade de casas de carnes nobres e restaurantes. Pelo contrário, trouxe maior equilíbrio de mercado”.
 
Baixa oferta - Em termos de oferta de bois, o ano de 2016 deve começar com preços pressionados, principalmente em relação à instabilidade econômica do país. “A oferta ainda deve ser curta no próximo ano, pressionando os preços na briga contra a inflação”, destaca Hyberville Neto, da Scot Consultoria.
 
Para Alex Torres, também da Scot, os impostos acumulados para o primeiro bimestre do ano deve reduzir o poder de compra do consumidor, refletindo na estabilidade do boi gordo. “Nos meses de janeiro e fevereiro a população está menos capitalizada e o consumo deve recuar ainda mais e pode derrubar o preço da arroba”.
 
Os analistas preveem que o ciclo de alta se encerre em 2017, quando o mercado já terá oferta equilibrada de bezerros. “Isso não quer dizer que o pecuarista terá grandes perdas, pois os investimentos feitos recentemente devem garantir uma boa estabilidade econômica”, destaca Alcides Torres.
 
Por outro lado, Sérgio De Zen, pesquisador do Cepea, afirma que ainda não é possível traçar essa estimativa e que o período de queda pode acontecer antes que o esperado. “Como os preços estavam numa crescente em 2014, alguns pecuaristas podem ter retido suas matrizes na estação de monta do ano passado, o que pode gerar uma grande oferta de bezerros já em meados de 2016”, especula. 
Fonte: Portal DBO

RS: Embrapa Pecuária Sul apresenta estratégias para o controle do capim-annoni e recuperação de áreas degradadas

Bagé/RS
A Embrapa Pecuária Sul realiza no dia 09 de dezembro uma Manhã de Campo para apresentar estratégias de recuperação de áreas degradadas pelo capim-annoni. Com o título Capim-annoni: Práticas, Custos e Benefícios do Controle, o evento vai apresentar alguns resultados do Mirapasto, método desenvolvido pela Embrapa para controlar a infestação da planta indesejada e recuperar áreas de pastagens degradadas. A Manhã de Campo inicia às 8h30min na sede da Embrapa Pecuária Sul, em Bagé.

Durante a Manhã de Campo serão apresentadas três estações. Uma delas vai tratar do potencial produtivo de áreas em recuperação, a segunda, vai apresentar dados sobre a produção pecuária em áreas infestadas e a terceira do estabelecimento e crescimento do capim-annoni sob estresse hídrico e a translocação de herbicidas na planta. Segundo o pesquisador Naylor Perez, um dos objetivos do evento é justamente mostrar os resultados econômicos que a reversão de áreas degradadas pelo capim-annoni pode trazer. Além de Perez, os pesquisadores Márcia Silveira, Fabiane Lamego, Vinícius Lampert, Gustavo Trentin e o analista Marcelo Pilon vão conduzir as estações e estarão à disposição para tirar dúvidas dos participantes.

O Mirapasto é baseado em quatro pilares de manejo. São eles, o ajuste da oferta de pasto, a correção e manutenção da fertilidade do solo, o controle de plantas indesejáveis (incluindo o capim-annoni) e a introdução de espécies forrageiras por semeadura direta (tanto de inverno como de verão). Esses procedimentos, utilizados de forma conjunta e sistemática, viabilizam a recuperação de pastagens degradadas, proporcionando mais ganhos para os produtores. "Utilizando estas práticas de manejo é possível elevar a capacidade produtiva, promover a biodiversidade do campo nativo e, também, o aumento da produtividade na pecuária", ressalta Perez.

Além das estações, durante a Manhã de Campo haverá demonstração do aplicador seletivo de herbicida Campo Limpo. Desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sul, o equipamento proporciona o controle químico do capim-annoni preservando as espécies do campo nativo. Também será apresentada a enxada química que parte do mesmo princípio e pode ser utilizada em áreas menores ou em condições de menor infestação da planta invasora. 




Fonte: Embrapa Pecuária Sul 

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

120 Novilhas Braford a venda

*2 anos *Carrapateadas *Conhecem Mio-mio *Peso médio 280 KG *Prontas para entore Temos ainda na fronteira oeste do RS: *150 vaquilhonas Angus de 2 anos *80 novilhos de 1 ano inteiros, média 240kg *35 novilhos castrados *75 vaquilhonas angus, sendo 62 de 2 anos,OBS: 28 red angus Maiores informações com Lund 053.99941513 ou com Charles 053.99915601

Quatro aplicativos para uso na pecuária

Tecnologias para gestão do gado de corte e leite facilitam a vida do produtor
Cada vez mais a tecnologia aplicada ao campo traz benefícios para toda a cadeia produtiva. Seja no manejo de gado de corte, de leite ou na gestão da propriedade, aplicativos ajudam o produtor a se organizar e administrar melhor o patrimônio. Conheça alguns deles:
Brabov – Indicado para pecuaristas que trabalham com gado de corte, permite registrar a compra e venda de animais e gerenciar o manejo do rebanho. Alternativa ao uso de cadernetas e planilhas, armazena dados sobre pesagem, movimentação de lotes, inseminação, desmama, aplicação de vacinas, castração entre outros. De acordo com o fundador do Brabov, Matheus Zeuch, o principal ganho prático é a possibilidade de comparar o desempenho de diferentes lotes e, assim, criar condições para aumentar a produtividade. Outra vantagem, segundo ele, é ter tudo à mão para controlar a performance da fazenda mesmo à distância, o que tem atraído a atenção de quem tem mais de uma propriedade. Com interface simples, possui versão para iOS, Android e Webapp, que funciona pela internet para qualquer dispositivo. No celular, permite o uso offline. Sobre os custos, Zeuch explica que há um plano gratuito com funcionalidades limitadas. A versão premium custa R$9,90 por mês para produtores com até 100 cabeças; R$29,90 para 500 e R$99,90 para 1.500 cabeças. Para fazendas maiores, há a opção de contratar um plano anual que cobra R$1,50 por cabeça por ano.
BovControl – É ajustado às necessidades de recriadores e pecuaristas de gado de corte, leite, confinamento e genética. Permite o acompanhamento dos lotes de animais por meio do agrupamento deles por sexo e idade. A identificação individual fica a cargo de dados do brinco, RFID, Sisbov, nome, tatuagem ou registro de associação de raça incluídos na ferramenta. Características como filiação, data de nascimento, vacinas e tratamentos também podem ser adicionadas, assim como fotos do animal. Entre as atividades passíveis de serem geridas estão: exames de toque, controle reprodutivo, ordenha e desmame. Um feed de eventos registra dia após dia as principais atualizações feitas pelo aplicativo. De acordo com Danilo Tertuliano, CEO da BovControl, o acesso múltiplo ao cadastro de uma mesma fazenda torna o app uma ferramenta útil para a comunicação interna. O aplicativo é gratuito e está disponível para Android.
VetSmart – Feita sob medida para veterinários de animais de grande porte, a ferramenta funciona como um receituário inteligente. Uma vez em atendimento, o profissional pode consultar a bula de medicamentos e vacinas, verificar a recomendação para aplicação e a frequência de uso do produto. A dosagem é indicada de acordo com o peso de cada animal e calculada no próprio app nas unidades de medida correntes no setor. O sistema também conta com informações sobre quantidade de ração e suplementos que devem ser administradas. Após o atendimento médico, o receituário pode ser impresso ou enviado para o e-mail do dono da propriedade. O app ainda salva o histórico do animal, funcionando como uma espécie de diário das consultas de bovinos e equinos. O VetSmart é gratuito e tem versão para iOS e Android.
InovaLeite – Ideal para fazer o controle de produtividade das vacas leiteiras, o aplicativo, que está associado a um software, pode ser alimentado de qualquer dispositivo móvel mesmo sem sinal de internet. Dessa forma, é construído um diário de bordo com informações sobre manejo sanitário, reprodutivo, alimentar e produtivo. Uma vez conectado à internet, o dispositivo é sincronizado a um software na nuvem que retira automaticamente os insumos utilizados do estoque e lança o custo proporcional na conta de cada animal alvo da execução da tarefa. Roberto Arana, Gerente Comercial da Agroinova, empresa criadora da tecnologia, afirma que assim fica mais fácil ter acesso ao custo de produção individual e à rentabilidade por vaca. Na prática, Arana conta que foi observada economia de até 15% nos custos de produção somente a partir do controle de estoque e adequação do manejo nutricional.
Entre os ganhos para o produtor, Arana cita a seleção adequada de matrizes; redução do desperdício de insumos; facilidade de administrar os recursos humanos da fazenda, verificando tarefas concluídas e pendentes; além da tomada de decisões mais assertivas, baseadas em relatórios técnicos. A mensalidade pelo uso do software, ao qual está associado o aplicativo, é de R$170/fazenda somada a um custo variável (a partir de 50 vacas em lactação) de R$1/vaca em lactação. O app roda apenas em dispositivos Android.
Portal DBO

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

TCU amplia investigação sobre participação do BNDES no JBS

Valores dessas operações somam R$ 8,1 bilhões em compras de ações e de debêntures do grupo ao longo de três anos

Três processos de aquisição de empresas do Grupo JBS que contaram com recursos do BNDES terão as investigações sobre sua regularidade ampliadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Em decisão tomada nesta quarta-feira (25), o órgão de controle considerou que a participação do banco na compra das americanas Swift, Smithfield Beef e Pilgrim's Pride pelo frigorífico brasileiro, feitas entre 2007 e 2008, não cumpriram as regras do próprio banco que deu "tratamento privilegiado" ao grupo. Além disso, há suspeita de que elas tenham causado prejuízo.
De acordo com o TCU, os valores dessas operações somam R$ 8,1 bilhões em compras de ações e de debêntures do grupo ao longo de três anos. No caso da compra da Swift, o banco permitiu a análise da operação um dia após receber o pedido numa operação considerada "arriscada" e 22 dias depois ela estava aprovada por "4 departamentos, uma superintendência e uma diretoria, com a assinatura de 11 pessoas, sendo 3 advogados, 1 administrador, 2 gerentes, 3 chefes de departamento, 1 superintendente e 1 diretor".
fonte: FolhaPress

Chefs- Açougueiros lançam Estados Unidos de la Carne


Chefs- Açougueiros lançam Estados Unidos de la Carne

Chefs- Açougueiros lançam Estados Unidos de la CarneJames Rodrigues tem 37 anos e passou dois terços da sua vida num açougue. É tão rápido ao desossar um animal que dá conta sozinho de 70 bois por semana no açougue Big Boi do Itaim Paulista, na zona leste. Seus colegas trabalham em duplas nas outras lojas da rede para dar conta do recado.
 James Rodrigues tem 37 anos e passou dois terços da sua vida num açougue. É tão rápido ao desossar um animal que dá conta sozinho de 70 bois por semana no açougue Big Boi do Itaim Paulista, na zona leste. Seus colegas trabalham em duplas nas outras lojas da rede para dar conta do recado.
De folga na última terça-feira, ele foi convidado para o evento de apresentação dos Estados Unidos de la Carne – um grupo intercontinental de chefs-açougueiros que tem como missão assegurar a continuidade do ofício e honrar a tradição. No café da manhã que tomou conta da Casa do Porco, ele desossou um boi enquanto falava sobre cada corte aos convidados. Trabalhou sob o olhar atento de cinco craques, os fundadores do grupo – o italiano Dario Cecchini, o brasileiro Jefferson Rueda, o peruano Renzo Garibaldi, o argentino Ariel Argomaniz e o uruguaio Diego Perez Sosa.
Unidos. Renzo, Jefferson, Dario, James, Diego e Ariel. FOTO: Rogério Gomes/Divulgação
O movimento batizado de Estados Unidos de la Carne foi apresentado no site do Paladar na semana passada – e a bandeira criada pelo designer Fernando Sciarra para ilustrar a reportagem foi adotada como a bandeira oficial do movimento.
A primeira ação foi um jantar, feito a dez mãos, na Casa do Porco, na terça-feira. Pela manhã, o objetivo era difundir os pilares do movimento, mas o grupo aproveitou para exibir o talento de James, um açougueiro da periferia de São Paulo que não é chef. Os pilares são o respeito ao ofício do artesão; o compartilhamento de informações, receitas e tradições; e a carne. “A gente tem a responsabilidade do sacrifício. Isso era uma vida, e nós somos carnívoros”, disse Dario Cecchini. Jefferson Rueda ressaltou a necessidade de unificar os nomes dos cortes. James falou da paixão pelo ofício. “Quando a gente coloca o coração na ponta da faca, tudo muda”, diz ele, que começou aos 12 anos limpando ossos. “É vergonhoso o açougue ter que contratar uma pessoa só para limpar os ossos. O bom açougueiro tem de desossar sem desperdício. Essa é a glória.”
Desossa. James Rodrigues é açougueiro do Big Boi do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo
O empresário Sylvio Lazzarini, do Varanda, também esteve na Casa do Porco. Fez breve panorama da pecuária brasileira, cujo gado come até caroço de algodão, “o que devia ser banido”, e falou dos nomes dos cortes, muitos traduzidos ou alterados segundo o humor do mercado. “Vejam a raquete, por que colocaram nela o nome shoulder?” O uruguaio Diego, que faz parte do movimento, resumiu bem o preconceito: “Se chamassem rabada de petit gâteau, todo mundo iria comer.”
Fonte: Estadão

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Falta de Responsáveis Técnicos atrapalha adesão ao Sisbi

Grande maioria dos municípios e empresas do RS ainda estão de fora do sistema
O governo federal tem efetuado constantes adequações no Sistema Brasileiro de Inspeção (Sisbi) com o objetivo de facilitar a adesão das agroindústrias e tornar o processo menos burocrático. No entanto, a grande maioria dos municípios e empresas do Rio Grande do Sul ainda estão de fora do sistema. E o motivo principal é a falta de médico veterinário habilitado como Responsável Técnico. O Sisbi, que faz parte do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa), inspeciona os produtos de origem animal para garantir a qualidade e a segurança alimentar. As empresas que possuem esse certificado estão aptas a vender seus produtos em todo o território nacional. Mas, para a implantação do selo de inspeção Sisbi, cada comércio ou município deverá ter um responsável técnico. “Cerca de 90% das indústrias que querem aderir ao Sisbi, não sabem como atender as exigências da legislação, que são muitas e requerem uma qualificação diferenciada”, explica a Presidente do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS), Angelica Zollin. Com o objetivo de atender essa carência do setor e capacitar profissionais que trabalham com a segurança dos alimentos, além de qualificar o sistema de produção das empresas, o Simvet promove de 14 a 17 de dezembro, em Porto Alegre, o primeiro módulo do Curso de Responsabilidade Técnica em Indústrias de Produtos de Origem Animal. O curso vai abordar as atribuições do profissional na produção e industrialização de itens alimentícios nos contextos do Serviço de Inspeção Municipal (Sim) e Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi/Suasa). As inscrições podem ser feitas pelo email:rt.simvetrs@gmail.com; Atualmente, já aderiram ao sistema sete estados (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Distrito Federal), dez serviços municipais (Alegrete/RS, Cascavel/PR, Erechim/RS, Glorinha/RS, Rosário do Sul/RS, Santa Cruz do Sul/RS, Santana do Livramento/RS, São Pedro do Butiá/RS, Miraguaí/RS, Marau e  Uberlândia/MG) e dois consórcios de municípios (Consad – São Miguel do Oeste/SC e Codevale – Anaurilândia/MS).
Simvet

Para Fiesp, vitória de Macri deve favorecer negócios no setor de carne

O fim das “retenções” (taxação média de 30% nas exportações argentinas), prometido por Macri, estimulará a retomada de plantas fechadas, bem como possíveis negócios das companhias
O Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp), João Sampaio, avaliou na segunda-feira, 23, que a eleição de Mauricio Macri como novo presidente da Argentina deve favorecer futuros negócios da indústria brasileira de carnes naquele País. Segundo ele, o fim das “retenções” (taxação média de 30% nas exportações argentinas), prometido por Macri, estimulará a retomada de plantas fechadas, bem como possíveis negócios das companhias. Fontes do setor apontam que a Minerva Foods teria interesse em aquisições de unidades na Argentina, o Mafrig pretende vender plantas e ainda o JBS pode retomar processadoras paralisadas após as exportações serem prejudicadas pelas “retenções”. Apesar de ter um status sanitário parecido com o Brasil e não agregar valor como o Uruguai – que exporta há tempos para Estados Unidos e China -, a Argentina é vista como estratégica pelas companhias do setor por ter acesso a importantes mercados na Europa. Segundo Sampaio, o Brasil não deve perder mercado para os argentinos no setor de proteína animal, por conta do volume pequeno de exportações do país vizinho, mas o impacto no setor de soja pode ser significativo. Para se protegerem da taxação, sojicultores argentinos passaram a estocar o grão na expectativa do fim das retenções, promessa de campanha de Macri e do adversário derrotado, Daniel Scioli. Caso a taxação caia, a expectativa é de aumento nas exportações de soja da Argentina, o que pode empurrar o preço para baixo da commodity e aumentar a competição com o produto brasileiro. Para Sampaio, no geral, o agronegócio da Argentina deve retomar a competitividade internacional com o novo governo. “Se Macri seguir o que falou, vai mudar parte significativa da economia, ampliar as exportações com a eliminação das retenções e melhorar a competitividade”, afirmou o Presidente do Cosag/Fiesp, que esteve reunido há uma semana com representantes do setor na Argentina e observou um clima “de euforia” entre os ruralistas com a iminente vitória de Macri, confirmada neste domingo.
Estadão Conteúdo

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Novilhas Red Angus a venda

NOVILHAS
Lote: 0404
Quantidade: 20
Peso Médio: 200
Sexo: Fêmeas
Tipo idade: Anos
Idade: 1
Raça: Aberdeen Angus
Animal: Novilhas
Valor: R$ 1.100,00
Cidade: Mostardas
Estado: RS
País: Brasil
Observação: Carrapateadas.
Imagens do lote

Vacinação obrigatória contra aftosa tende a cair

A revelação é do Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Décio Coutinho
A vacinação obrigatória do rebanho brasileiro tende a ser retirada. A revelação é do Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Décio Coutinho, que participou em Goiânia da discussão do Plano de Defesa Agropecuário (PDA), a ser elaborado pelo governo de Goiás com a participação dos organismos da iniciativa privada.
“A credibilidade do Brasil deve ser preservada para que as exportações sejam mantidas para os mais exigentes mercados de consumo de carnes e demais alimentos”, expõe Décio Coutinho, aprovando a decisão do governo de Goiás de sair primeiro nos estados com um plano de defesa agropecuário, posto em prática pela Agrodefesa com o respaldo dos organismos de classe dos produtores. O Ministério da Agricultura entende, todavia, que o setor pecuário responde de forma positiva, mas para efetivar a medida “precisa de inteira segurança”, para que a Organização Internacional de Epizootias (OIE), com sede em Paris, libere o Brasil dessa exigência.
BeefPoint.

Brasil pode exportar gado vivo para fins de reprodução em larga escala para a Bolívia

Autorização é resultado de reunião entre técnicos do Mapa e do governo boliviano
O Brasil pode exportar, pela primeira vez, bovinos vivos para fins de reprodução em larga escala para a Bolívia. A autorização para a entrada de gado brasileiro no país vizinho é um dos resultados da reunião entre técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Inocuidade Alimentar (Senasag) boliviano, esta semana, em Brasília. No encontro, eles trataram de temas zoossanitários de interesse bilateral, com reflexos no comércio de animais e seus produtos. Segundo o Departamento de Saúde Animal do Mapa, os técnicos dos dois países chegaram a um acordo, na reunião, sobre o novo modelo de certificado zoosssanitário internacional (CZI), que viabilizará as exportações de bovinos destinados a reprodução na Bolívia. De acordo com os representantes do Mapa, isso possibilitará mais uma oportunidade de comércio entre produtores brasileiros e bolivianos, além de contribuir para a coerção do contrabando de animais na região de fronteira entre os dois países. “A autorização das exportações de gado para Bolívia representa o reconhecimento por parte do Serviço Veterinário daquele país da excelente condição sanitária do rebanho brasileiro”, destaca o Diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Henrique Figueiredo Marques. “Além disso, a medida contribuirá para o repovoamento de bovinos em regiões bolivianas afetadas no ano passado pela enchente dos rios Beni e Mamoré, onde mais de 400 mil espécimes morreram”.  Marques informou também que os interessados em exportar bovinos para Bolívia deverão entrar em contato com as superintendências federais de Agricultura do Mapa para tomar conhecimento dos requisitos sanitários fixados pelas autoridades locais. Dessa forma, eles poderão se adequar às exigências para ter a certificação veterinária do Mapa. No encontro, o Mapa também se comprometeu a apoiar aquele país para avançar nas ações de prevenção e diagnóstico da encefalopatia espongiforme bovina, conhecida popularmente como doença da “vaca louca”. “Essa é mais uma iniciativa do Mapa que reforça o controle sanitário dos dois países em prol do avanço da pecuária regional, estando alinhado às diretrizes estabelecidas pela Ministra Kátia Abreu no Plano Nacional de Defesa Agropecuária”, assinalou Marques. Os participantes da reunião harmonizaram ainda a compreensão de alguns pontos contemplados no protocolo sanitário vigente relacionado às exportações brasileiras de suínos para o mercado boliviano, que serão repassados aos exportadores. Além disso, eles debateram a agenda bilateral sobre os procedimentos para prevenção da reintrodução da febre aftosa, incluindo o desenvolvimento de ações conjuntas na faixa de fronteira.
fonte: Abrafrigo

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Reunião discute flexibilização na rastreabilidade bovina

Crédito: Eduardo Rocha
Crédito: Eduardo Rocha

Integrantes da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da Farsul e pecuaristas debateram, nesta segunda-feira (23/11) em Porto Alegre (RS), alternativas para flexibilizar o sistema de rastreabilidade do rebanho. O procedimento é fundamental para garantir as exportações de cortes brasileiros, especialmente para o mercado europeu.
A ideia é utilizar a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA) – ferramenta do Ministério da Agricultura -, porém, de maneira mais simplificada. Isso permitirá ainda a rastreabilidade de um maior número de animais. A intenção do grupo é aproveitar a visita de uma delegação da União Europeia, que estará no Brasil em em fevereiro, para apresentar as sugestões.
Segundo o presidente da Associação de Angus, José Roberto Pires Weber, que participou da reunião, o objetivo é promover alguns ajustes na rastreabilidade para simplificar os procedimentos e, ao mesmo tempo, atender às exigências da União Europeia. A Angus foi a primeira raça a aderir à PGA e a pioneira na exportação com rotulagem à União Europeia.
fonte: ABA

Proteína animal abre janelas à América Latina


Proteína animal abre janelas à América Latina


 O aumento da população urbana em todo o mundo e o desenvolvimento econômico de países emergentes como a China criam uma nova janela de oportunidades para a cadeia produtiva da carne na América do Sul. 
 
Consumidores que conquistam aumento na renda média e ampliam a demanda por proteína sem abrir mão da comodidade forçam o setor a se adaptar rapidamente buscando mercado e renda. Para isso, além aproveitar a disponibilidade favorável de fatores de produção - como terra e água - a indústria aposta em cortes adaptados ao paladar global para garantir clientela sem perder valor agregado, mostraram os debates sobre o setor no 3° Fórum de Agricultura da América do Sul, realizado em Curitiba, PR, na última semana.
 
“O Brasil e boa parte dos países da América Latina reúnem os quatro principais elementos que favorecem a produção de carne: disponibilidade de grãos, terra e água, além de um imenso potencial para a geração de biomassa”, resume o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. Para ele, as demais regiões do globo reúnem apenas algumas dessas condições no mesmo espaço. “Com isso estamos preparados para ser a cesta de alimentos do mundo”, acrescenta.
 
Santin avalia que a expansão populacional torna o crescimento na demanda por proteína inevitável. Ele se baseia em projeções da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que indicam incremento de 10 quilos no consumo per capita de carnes até 2024. “Uma entre cada nove pessoas sofre com a fome e outros 2 bilhões têm deficiência de micronutrientes. É inevitável que ocorra uma transição para dietas ricas em proteínas”, argumenta.
 
Para aderir a essa onda de crescimento, a produção precisa ser versátil, seguindo modelos como o da avicultura brasileira. Hoje, o país exporta para 157 nações, em cortes que contemplam desde a venda dos pés das aves (para África do Sul e China, por exemplo), até a cartilagem (para o Japão). O fato ajuda a explicar a liderança do Brasil nas negociações externas da proteína branca.
 
Além de oferecer produtos acabados que atendam ao gosto urbano, a cadeia produtiva também precisa estar atenta a novos elementos que pesam na decisão dos consumidores, contextualiza o veterinário e professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, Pedro Eduardo de Felício. “As pessoas estão mais atentas à questão da sustentabilidade. Hoje elas levam em conta até a quantidade de grãos, terra, água e energia gasta para se produzir um hambúrguer”, exemplifica.
 
Efeito multiplicador
 
A flexibilidade na produção se converte em garantia de mais renda, aponta o diretor-executivo da Frimesa, Elias Zydek. Ele indica que enquanto um quilo de suíno vivo custa em média R$ 3,55, a carne processada (850 gramas) vale R$ 10,20 na indústria, e chega a R$ 16,32 no varejo. “Além disso, quanto mais tecnificada for a indústria, menor será a concorrência”, pontua.
 
O ganho também é sentido no meio urbano. Zydek cita o exemplo da cooperativa, que gera um emprego direto para cada 200 cabeças de suínos abatidas, em média. “Como o Paraná abate 6,5 milhões de cabeças por ano, isso representa 32,5 mil empregos criados”, compara.
 
Gazeta do Povo 

Rio Grande do Sul busca novo modelo de rastreabilidade para o rebanho bovino

Entidades se reúnem nesta segunda-feira na Farsul para debater proposta a ser apresentada a técnicos da União Europeia


Gisele Loeblein: Rio Grande do Sul busca novo modelo de rastreabilidade para o rebanho bovino Adilson Oliveira Garcia/Especial
Proposta está sendo contruída e deve ser apresentada a técnicos da UE que vêm ao Brasil em fevereiro do próximo anoFoto: Adilson Oliveira Garcia / Especial
O Rio Grande do Sul quer aproveitar a janela de tempo que existe até a vinda de missão da União Europeia, em fevereiro do próximo ano, para avançar na criação de um modelo de rastreabilidade do rebanho bovinho. Grupo formado pela Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e pela Federação da Agricultura do Estado (Farsul), que se reúne nesta segunda-feira com técnicos da Secretaria da Agricultura para tratar do tema, já sabe o que quer.
A ideia é usar a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), do Ministério da Agricultura, como referência e rastrear apenas animais para abate, cuja carne é destinada à exportação. O suporte da PGA, desenvolvido em parceria com Abiec e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) controla toda movimentação de animais no país por meio da emissão da guia de trânsito eletrônica.
— Vamos oferecer novas alternativas de identificação para a UE avaliar. Mas não podem ser compulsórias. Gado de cria, por exemplo, não interessa rastrear — explica Gedeão Pereira, vice-presidente da Farsul.
Projeto apresentado no governo anterior enfrentou resistência por conta da obrigatoriedade e acabou sendo retirado da pauta.
Avançar na rastreabilidade é também um dos pedidos feitos pelo frigorífico Marfrig para garantir a manutenção plena das atividades na unidade de Alegrete. A unidade de carne bovina teve suspensão anunciada, manteve as portas abertas com produção e vagas reduzidas e agora retoma os abates em carga total, com mais de 300 trabalhadores sendo contratados.
Hoje, das mais de 400 mil propriedades do Estado, pouco mais de 170 têm o rebanho rastreado.
— É um número ínfimo — reconhece Gedeão.
O que as entidades querem é se antecipar na elaboração de uma proposta gaúcha, para ser debatida com o ministério e apresentada a tempo de receber aval dos técnicos europeus que virão ao Brasil.
fonte : Zero Hora/ Gisele Loeblein


Marfrig acirra competição com JBS em exportação à China


A Marfrig Global Foods foi a única companhia alimentícia listada na BM&FBovespa a se beneficiar da decisão da China nesta semana de credenciar mais três frigoríficos produtores de carne bovina a exportar ao país. A empresa conseguiu habilitar a sua unidade em Bagé (RS), de SIF 232, a realizar embarques, e agora conta com três plantas industriais aptas a atender à demanda crescente no mercado chinês. JBS e Minerva, principais concorrentes da Marfrig, não obtiveram novas credenciais para exportação ao país.
Durante visita da ministra da Agricultura, Kátia Abreu, a Pequim, nesta semana, o governo chinês autorizou, além da Marfrig, plantas industriais da Frisa e do Mataboi, que pertence a José Batista Júnior, irmão de Wesley Batista (presidente da JBS) e de Joesley Batista (presidente do Conselho de Administração da JBS). A unidade da Frisa fica em Nanuque (MG), de SIF 2051, e a do Mataboi, em Araguari (MG), com SIF 177.
A nova credencial deixa a Marfrig mais próxima da JBS que, até o momento, lidera o número de fábricas aptas a exportar para a China, com cinco unidades. A Minerva conta com apenas um frigorífico habilitado a vender carne bovina ao país. Essa diferença, no entanto, deve ser temporária, pois China e Brasil se comprometeram em agilizar a habilitação por amostragem de grupos de plantas.
Alegrete
Espera-se que a credencial para Bagé (RS) resulte naturalmente em maior fatia de mercado para a Marfrig, visto que o número de plantas habilitadas ainda está bem abaixo do potencial de consumo estimado para o mercado chinês. No entanto, a Marfrig quer acirrar ainda mais a disputa ao colocar seu frigorífico em Alegrete (RS) para funcionar a pleno vapor. A unidade em questão já está apta a exportar desde a reabertura da China, mas vem funcionando aquém da capacidade instalada.
No início do ano, a direção da companhia revelou planos de fechar a planta de Alegrete, mas foi levada a firmar acordo com o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT/RS) para mantê-la em operação por um ano, ainda que com menor capacidade em uso. Na ocasião, a Marfrig havia justificado a decisão por considerar a unidade deficitária, além de enfrentar a falta de matéria-prima e a necessidade de um alto investimento para mantê-la.
De lá para cá, porém, a China reabriu o seu mercado à produção e elevou a importância estratégica da unidade para a Marfrig, que discute com autoridades do Rio Grande do Sul detalhes para a ampliação das atividades no frigorífico. A companhia alimentícia aproveita a oportunidade para fazer reivindicações ao governo. É possível que dentre elas estejam uma possível redução do ICMS e a implantação de um programa de identificação de origem do rebanho, o que agregaria valor ao produto comercializado pela Marfrig.
Questionada pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, sobre a estratégia por detrás da habilitação da planta de Bagé e do reforço das atividades em Alegrete, a Marfrig ainda não se posicionou.
Oportunidade
A China é a grande aposta dos exportadores de carne bovina do Brasil, principalmente após a redução de vendas a grandes parceiros comerciais, como Rússia e Venezuela, no início deste ano. O Rabobank estima que a demanda por proteína vermelha no país avance, em média, 2,2% ao ano até 2025. Com isso, o consumo interno chinês deve subir de 8 milhões de toneladas este ano a 10,2 milhões de toneladas na projeção final.
"Apesar do cenário ainda ser desafiador (para a economia global), a perspectiva do setor de proteína animal segue positiva. O crescimento da renda média dos países emergentes, especialmente da Ásia, continua a contribuir para isso", afirmou o presidente da Marfrig, Martín Secco, em teleconferência com investidores em 6 de outubro, antes de anunciar o reforço das operações em Alegrete.
Como toda aposta, porém, há riscos. A taxa de expansão na China está menor que a registrada entre 1996 e 2014, quando o avanço médio era de 4,8% ao ano. Segundo o Rabobank, o índice diminuiu devido à desaceleração econômica chinesa. O país também tem enfrentado volatilidade no mercado de ações e a queda do yuan. A desvalorização cambial foi encabeçada pelo Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), com o intuito de reforçar as exportações do país e melhorar sua balança comercial.
Ambos os fatores podem afetar o comércio internacional e, portanto, as perspectivas de longo prazo para a exportação de carne bovina do Brasil. Até o momento, porém, os resultados parecem sólidos. Os embarques à China só começaram em junho, mas o país já é o sétimo maior importador do Brasil, com 61,3 mil toneladas de carne bovina - considerando dados de janeiro a outubro, da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Colaborou Gabriela Lara