sábado, 24 de janeiro de 2015

Preço justo ou enrolação ???


Vou falar, e de ante mão, já sei que vou ser muito criticado, mas claro espero com o tempo ser compreendido. Vocês me conhecem e sabem que não tenho medo de por a cara a tapa.
De uns tempos para cá, estão forçando o hábito de pedir o valor por cabeça e não mais por kg vivo, na venda de categorias de reposição que historicamente assim era feito. Terneiros, terneiras, novilhos, novilhas e vacas de invernar de uma forma geral sempre vinham sendo comercializado pelo kg vivo, e vacas prenhas, vacas com cria, e touros pelo preço final por cabeça. Agora, por qualquer lote ofertado pedem o preço por cabeça, mesmo nas categorias como terneiros, novilhos etc, com a simples tentativa, entre outras coisas, de confundir ou mascarar o verdadeiro valor do animal.
Este expediente vem sendo muito usado por vendedores nas categorias para engorda, e que na minha modesta forma de ver, é usado para tentar  confundir a cabeça do comprador ( se me provarem ao contrário, retiro meu comentário).  Quase sempre, pela experiência que tenho, esta fórmula é usada para quando vendedores querem por kg vivo, valores acima do que o aceitável, acima da realidade ou tentando induzir ao comprador que o animal pesa mais do que realmente pesa. O objetivo final nas categorias de engorda é produzir um animal gordo, e não conheço ou não me lembro (com  raras exceções de alguns marchantes) de frigoríficos que compre boi ou vaca gorda pelo valor da peça.
Porém, nos dias de hoje, pela dificuldade de compra de gado de reposição, esta maneira de comercialização vem sendo muito utilizada, sem a menor possibilidade de contra ponto por parte do comprador. Há um tempo atrás se falava que os frigoríficos estavam matando os produtores, hoje da forma que está, são produtores matando os próprios produtores( esta afirmação não é minha e sim de alguns pecuaristas). O mercado é soberano e livre, eu sei e acredito nisso, mas não precisa ser dúbio, precisa sim, é ser transparente. Não esqueçam que para cada ação , existe uma reação que é igual e oposta, e que com certeza, numa normalidade de negócios. a "vingança será maligna". Aguardem, e quem viver, verá.
por Lund

Promover uma carne de qualidade.Como fazer bem feito !!!


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Setor de carne do RS vê alternativa a fechamento de unidade da Marfrig


O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, está otimista quanto a uma solução para a crise que levou a Marfrig a fechar uma unidade em Alegrete, na fronteira oeste do Estado.

No início desta semana, a empresa enviou ofício ao governo gaúcho confirmando a decisão de suspender as atividades da planta. Autoridades, sindicatos e entidades do setor buscam uma forma de manter o emprego dos cerca de 600 funcionários e evitar prejuízos para a economia da região.

"A novidade é que parece que tem uma luz no fim do túnel", disse Sperotto ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, em referência à reunião realizada na noite desta quinta-feira, 22, em Porto Alegre para discutir a questão.

Ele explicou que, durante a conversa de ontem com o diretor da Marfrig para o Sul do Brasil, Rui Mendonça, surgiu uma "nova posição" que será levada para a apreciação do primeiro escalão da companhia em São Paulo.

O encontro em Porto Alegre durou mais de três horas e também teve a participação de sindicalistas e do presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Camardelli.

O presidente da Farsul não quis detalhar qual seria a alternativa estudada no momento, mas afirmou que espera que até o dia 4 de fevereiro, quando terminam as férias coletivas dos trabalhadores da Marfrig em Alegrete, o quadro esteja "restabelecido".

Uma opção que vem sendo cogitada é a Marfrig dar seguimento ao fechamento da unidade em questão - concentrando as atividades no Rio Grande do Sul nas plantas de Bagé, São Gabriel e Pampeano - e permitindo que outra empresa do setor assuma as instalações em Alegrete.

Outra hipótese é que a Marfrig fixe uma data para retomar a produção em Alegrete. Em todos os comunicados a companhia vem frisando que decidiu pela suspensão temporária das atividades.

A empresa alega que a planta de Alegrete está deficitária e "sem perspectivas de mudança no curto e médio prazo". Entre as dificuldades apresentadas estão a falta de matéria-prima e a necessidade de um alto investimento em melhorias estruturais.

Apesar de não entrar em detalhes sobre o rumo das negociações, Sperotto sinalizou que a perspectiva de avanço na revisão do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa) pode contribuir para uma decisão favorável da Marfrig.

Esta semana, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu lideranças do setor de aves e suínos e prometeu trabalhar na atualização das normas aplicadas atualmente, que possuem muitos pontos que não estão mais adequados à realidade do mercado ao desenvolvimento da produção. A expectativa é de que o texto seja entregue para sanção da presidente Dilma Rousseff em fevereiro. "Isso pode ajudar", disse.

De acordo com Sperotto, na reunião com a Marfrig a Farsul também indicou que os produtores - junto com o governo estadual - estão dispostos a avançar na implantação de um sistema de rastreabilidade do rebanho, algo que há tempos é reivindicado pelas indústrias.

"Eu deixei claro que vamos trabalhar nisso (na implantação da rastreabilidade), o que se somaria a outros benefícios que o Estado já se comprometeu em oferecer à Marfrig", justificou. 


Fonte: Estadao Conteudo

Setor deve apresentar sugestões ao Riispoa


Fim da lista geral para exportação está entre as propostas

 
O Ministério da Agricultura (Mapa) deve receber na próxima segunda-feira, 25, as sugestões de alteração ao Riispoa (Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal). Entidades o setor  de carnes receberam  o documento para análise  na última quarta-feira, 21, após encontro com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em Brasília, DF. O texto deve ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff no próximo dia 13. 
 
A Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos)  entregou o documento  ao Mapa na última quinta-feira, 22, e sugeriu a eliminação da chamada lista geral, que reúne os estabelecimentos aptos para exportação.  
 
Para ser habilitado, o frigorífico precisa ser vistoriado pelo SIF (Serviço de Inspeção Federal), e ter alguns itens verificados pelo Mapa. Além disso, passa pela avaliação dos países interessados em adquirir os produtos.  “Defendemos que o certificado sanitário internacional é suficiente para que uma empresa com SIF seja considerada exportadora”, afirma o presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar. Com isso, as indústrias dependeriam apenas da aprovação dos países que adquirem seus produtos para serem consideradas aptas a exportar, sem passar pelos processos adicionais de controle do Mapa, o que tornaria o processo mais ágil.
 
Salazar avalia positivamente a proposta de autocontrole das indústrias, que deve ser apresentada pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) e prevê a autonomia nos processos de garantia de qualidade dos produtos. “Isso atribui mais responsabilidades para as empresas, evita burocracias e cada frigorífico passa a responder por seus atos”, afirma. 
 
No próximo dia 4, ele participará de reunião com Décio Coutinho, assessor técnico da CNA, que deverá ser nomeado secretário de Defesa Agropecuária do Ministério. Durante o encontro,  serão debatidas a demora na análise de habilitação de frigoríficos, e a liberação da exigência de habilitação para exportação de fornecedores de entrepostos de carnes e derivados. 
 
 

Fonte: Portal DBO

RS: pecuária de corte pauta reunião na Secretaria Estadual da Agricultura



Na manhã desta quinta-feira (22), o secretário estadual da agricultura e pecuária, Ernani Polo, se reuniu com representantes de entidades do setor pecuário para debater os entraves na criação de gado de corte no Rio Grande do Sul. Como encaminhamento da reunião, será montado um grupo de trabalho para mapear as necessidades do mercado nacional e internacional, para, a partir daí, desenvolver um programa de governo que fomente o setor e o mantenha competitivo.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, apresentou estatísticas da associação a respeito do rebanho gaúcho e brasileiro, da exportação de carne, da sanidade animal, e da possibilidade do Rio Grande do Sul se tornar uma referência na criação de gado de corte. O presidente da Abiec destacou também a necessidade de fortalecer o setor através da criação de um plano de defesa agropecuária de forma a monetizar os créditos, junto ao governo, para fomentar a infraestrutura: “Hoje, não produzimos o suficiente para o consumo interno. Temos um gado diferenciado, de alta qualidade, mas pecamos na quantidade.

Precisamos unir todas as partes do processo - produtor, indústria, entidades - em um programa piloto de desenvolvimento da pecuária de corte”, destacou.
Para o secretário Ernani Polo, é extremamente necessária a criação de um programa de governo para fomentar a criação de gado de corte: “Nosso Estado é reconhecidamente privilegiado para liderar o atendimento desta demanda mundial, porém, é preciso investir no melhoramento contínuo das características do nosso rebanho, buscar a aproximação entre criador, indústria, varejo e consumidor. Assim, estabeleceremos condições básicas para a continuidade desta atividade tão tradicional no Rio Grande”, declarou Ernani Polo.

Participaram da reunião o ex-ministro da agricultura, Francisco Turra, o vice-governador, José Paulo Cairoli, o deputado federal Luís Carlos Heinza (PP/RS), o deputado estadual Adolfo Brito (PP), o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, o presidente da Federação da Agricultura do Estado,Carlos Rivaci Sperotto, o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes do Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Alberto Lauxen, o diretor executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber e o prefeito de Pantano Grande, Cássio Nunes Soares. 

Fonte: Seapa/RS 

Novos modelos para a carne gaúcha


A suspensão das atividades do frigorífico da Marfrig em Alegrete trouxe novamente à tona a discussão sobre o que ainda está faltando para a pecuária de corte gaúcha deslanchar.
E antecipou a divulgação de um projeto, em construção, para o desenvolvimento da atividade no Estado.
A estimativa é de que o programa de desenvolvimento da pecuária de corte seja formatado até o próximo mês, para ser lançado em março.
Neste momento, o que se tem são alguns parâmetros, definidos em reunião com integrantes da indústria, de entidades e de sindicatos rurais, realizada ontem na Secretaria da Agricultura.
Um dos pilares prevê pedido para incluir, no Plano Safra do governo federal, crédito.
Outro, deverá abordar a questão da sanidade, inclusive a polêmica rastreabilidade, que o atual secretário, Ernani Polo, prefere chamar de identificação de origem.
No governo anterior, projeto liderado pelo então titular da pasta Luiz Fernando Mainardi previa a obrigatoriedade da identificação. O modelo compulsório enfrentou resistência de entidades como a Federação da Agricultura do Estado e acabou sendo retirado. Aliás, a rastreabilidade formava um dos pilares do Programa Carne Gaúcha, lançado em 2011. A meta era de que, em quatro anos, os mais de 14 milhões de bovinos do Estado tivessem adotado o sistema, conforme divulgação à época.
– A gente ainda não tem o modelo do de identificação de origem – diz Polo com relação à proposta a ser construída agora.
Um grupo de trabalho foi criado para elaborar o formato do novo programa de desenvolvimento.
Qualidade – e boa fama – a carne produzida no Rio Grande do Sul tem.
A pecuária de corte também vive um momento singular, com o registro de preços históricos. Uma combinação de demanda em alta, embalada pelo crescimento das exportações de carne bovina brasileira, e oferta ajustada tem valorizado a cotação do boi gordo.
O que o pecuarista gaúcho quer é poder aproveitar com tranquilidade essa boa onda do setor, com a chance de ampliar a rentabilidade. Nada mais justo, já que a atividade, de ciclo longo, exige investimento e dedicação. Qualquer que seja a iniciativa, precisa vingar para ter o efeito desejado.
fonte: Gisele Loeblein/ZH

Brasil e Venezuela estreitam relações para comércio bilateral agropecuário

Reunião aconteceu na última quinta-feira (22), em Caracas. O país enviará missão ao Brasil em abril deste ano  

 Representantes da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) e Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reuniram-se, nessa quinta-feira (22), com os técnicos dos Ministérios da Agricultura e Terras, da Saúde e da Alimentação da Venezuela para tratar de temas agropecuários de interesse bilateral. Entre eles, a exportação de carnes do Brasil para aquele país. A reunião aconteceu na Embaixada do Brasil, em Caracas.

Ao fim da reunião, ficou concluído que a governo venezuelano enviará missão ao Brasil em abril, para verificação dos controles oficiais dos produtos exportados e, como consequência, a possibilidade de incluir novos estabelecimentos exportadores na lista atual, que hoje conta com cerca de 200 empresas. Ficou decidido ainda que, enquanto a missão não acontece, a lista atual desses estabelecimentos será prorrogada até maio deste ano. 

Além disso, haverá a criação de um grupo de trabalho para discutir as condições que autorizaram o Mapa indicar os estabelecimentos exportadores de carnes para a Venezuela. Outro ponto discutido foi a possibilidade de iniciar exportação de produtos lácteos do Brasil para aquele país. Haverá ainda a criação de canal oficial de comunicação para facilitar a troca de informações e solução de pendências comerciais e a continuidade na discussão sobre procedimentos de certificação para a exportação de gado em pé ao país.

Todos os participantes concordaram em dar continuidade às reuniões técnicas para minimizar entraves no comércio e trocar informações oficiais de interesse bilateral.


Em 2014, a Venezuela foi o terceiro maior importador de carne bovina brasileira. No mesmo ano, o Brasil exportou US$ 3,05 bilhões em produtos do agronegócio para aquele país. Apenas em produtos do setor de carnes foi exportado US$ 1,35 bilhão, sendo US$ 904 milhões de carne bovina e US$ 428 milhões de carne de frango.


fonte:Assessoria de Comunicação do Mapa
Por: Rayane Fernandes do MAPA 

NOVO COMANDO EM DUAS SECRETARIAS DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

MAPPPA
Tatiana Lipovetskaia Palermo assume a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio e Mila Jaber, a Secretaria Executiva
Foi nomeada nesta quarta-feira (21) a nova secretária de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa), Tatiana Lipovetskaia Palermo. Na última sexta-feira (16), Mila Jaber assumiu a Secretaria Executiva.
Perfil Tatiana – Nascida na Rússia e naturalizada brasileira, a secretária é formada em Direito, com dois mestrados e uma pós-graduação, todos na área de relações econômicas e de comércio internacional.
Começou sua carreira, ainda na Rússia, lidando com privatizações e com atração de investimentos estrangeiros. Em seguida, trabalhou como consultora da Corte Permanente de Arbitragem na Haia, na Holanda. Em 2000, já residindo no Brasil, ocupou cargo de vice-presidente executiva em São Paulo da Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria & Turismo.
Em Brasília, a secretária trabalhou como analista sênior de comércio exterior da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e depois assumiu o cargo de coordenadora de articulação e cooperação internacional na Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Em 2011, Tatiana assumiu a posição de assessora internacional do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e em 2013 transferiu-se para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), onde coordenou a criação da Superintendência de Relações Internacionais e permaneceu no cargo de superintendente da área até ser convidada para assumir a SRI no Mapa.
Perfil Mila – Maria Emília Mendonça Pedroza Jaber, também conhecida como Mila Jaber, possui graduação e especialização em Artes Visuais e Projetos Educacionais pela Universidade Federal de Goiás (UFG); pós-graduação em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV); formação em Lideranças pela Universidade Dom Cabral e em Desenvolvimento de Lideranças pela Alta Scuola Impresa e Societá – ALTIS/Universitá Cattolica del Sacro Cuore – UCSC – Milão e certificação pela Sociedade Brasileira de Coaching em Personal, Business e Executiva Coach.
Especialista em gestão, atuou como Diretora do Serviço de Apoio às Micro e Pequena Empresa do SEBRAE/Tocantins entre 2007 e 2014, onde coordenou vários projetos em agronegócios e assistência técnica em parceria com a CNA, MDA, FAET e SENAR e sindicatos rurais. É palestrante em fóruns, seminários e congressos estaduais, nacionais e internacionais. Foi Diretora da Escola de Educação Profissionalizante Sesi/Senai-Palmas/TO, de 2004 a 2007, e Assessora Especial da Presidência do Sistema Fieto e Conselheira da CNI no Fórum das Micro e Pequenas Empresas Industriais.
fonte: Mapa

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Associação Brasileira de Angus leva demandas importantes da cadeia da carne bovina para reunião com a Ministra Katia Abreu

mq0105O presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, levou demandas ligadas à produção e à exportação de carne bovina à reunião com a nova ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Katia Abreu, realizada nesta semana, em Brasília. Também participaram outras entidades da cadeia produtiva, como ABIEC, ABRAFRIGO, ABEG e representantes da indústria frigorífica.
Weber solicitou atenção especial da ministra à implantação da Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), que objetiva a criação de banco de dados único das cadeias produtivas do agronegócio de todos os estados. A entidade foi a primeira na pecuária a se inscrever na PGA.
Além disso, o presidente da Angus pediu o empenho do MAPA para a abertura da cota 481, para exportação de carne bovina em condições especiais à União Europeia. “A cota 481 –High Quality Beef conta com tarifas especiais e excelente valorização para a carne de alta qualidade, oriunda de animais terminados em sistemas intensivos, e se encaixa perfeitamente no Angus produzido em nosso país, especialmente na região centro-oeste, onde predomina o sistema de confinamento” afirmou o dirigente.
“Também nos posicionamos a favor da rastreabilidade bovina como instrumento de boas práticas produtivas e pela liberação das avermectinas para bovinos. Além disso, acompanhamos os pleitos de outros agentes da cadeia da carne bovina em prol do fortalecimento da atividade, a segunda mais representativa do agronegócio brasileiro, eendossamos pedido dos frigoríficos para que o Governo Federal trabalhe na abertura de  novos mercados para a carne brasileira”, assinalou José Roberto Pires Weber, ressaltando que a Associação Brasileira de Angus foi a única entidade de raça bovina presente à reunião com a ministra Katia Abreu.
“A ministra se mostrou extremamente receptiva às demandas da cadeia da carne e pediu algumas semanas para se posicionar sobre os temas mais urgentes, como a Instrução Normativa 13, que proibiu a comercialização de avermectinas”, explica o presidente da Angus.
fonte: ABA

CNTA Afins ameaça greve nacional para reverter demissão em frigorífico do RS

Motivo seria a saída da unidade da Marfrig, em Alegrete, no Rio Grande do Sul.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) protocolou na última sexta (16/1) ofícios no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e nos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE); e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em repúdio a ameaça de demissão de cerca de 600 trabalhadores do frigorífico Marfrig, em Alegrete (RS).

A entidade, que representa 440 mil trabalhadores do setor no Brasil e cerca de 54 mil só no Estado do Rio Grande do Sul, pede a intervenção do governo para reverter a situação dos trabalhadores da região.

Para o presidente da CNTA Afins, Artur Bueno de Camargo, a justificativa de "falta de matéria-prima e necessidade de alto investimento em melhorias estruturais" por parte da Marfrig deve preocupar não só os trabalhadores, mas também governo e sociedade, já que a indústria (uma das principais do País) conta com incentivos e empréstimos públicos como o do BNDES.

"O dinheiro público foi investido nessa indústria e o mínimo que deveríamos cobrar em troca é a contrapartida social por parte da empresa. Não aceitamos essas demissões e nem como isso foi decidido e anunciado (durante férias coletivas), sem negociar com os trabalhadores e o sindicato local. Se o grupo Marfrig não rever essas demissões, a CNTA Afins não descarta a possibilidade de uma grande mobilização nacional dos trabalhadores ligados às unidades da Margrif, com possíveis paralisações", afirma Bueno.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Alegrete (RS), a medida atingirá até 2,5 mil pessoas.
Informações Assessoria de Imprensa CNTA Afins

LUND NEGÓCIOS / FRIGORÍFICO COOPESUL


INFORMAMOS A CLIENTES E AMIGOS 
QUE LUND NEGÓCIOS, ESTÁ CREDENCIADO PARA COMPRA DE GADO GORDO AO FRIGORÍFICO COOPSUL PARA A REGIÃO.
MAIORES INFORMAÇÕES COM:

LUND 053.99941513 / 99990049 / 81113550
CHARLES BARCELOS 053.99915601








terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ministra promete tratamento igualitário à indústria da carne bovina


A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniu nesta terça-feira com produtores e representantes das indústrias do setor de carne bovina. Segundo o ministério, Kátia afirmou que a gestão dela vai tratar todos os frigoríficos, sejam eles pequenos, médios ou grandes, de forma igualitária.

Durante o encontro, foram discutidas questões de rastreabilidade, combate a doenças, abertura de mercados, desoneração de tributos e o uso de avermectina de longa duração. A ministra ainda pediu sugestões dos pecuaristas para acrescentar ao projeto que está colocando em prática para dar mobilidade social das classes rurais. 

Fonte: Estadão Conteúdo

Crédito será prova de fogo para Kátia Abreu

Brasília- DF, Brasil- Kátia Abreu será Ministra da Agricultura.Geraldo Magela/Agência Senado
Manter o volume do crédito rural para a agricultura empresarial será o primeiro grande desafio para a nova ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, na cúpula do governo federal. Desde que assumiu, suas declarações são no sentido de que não vê dificuldades em negociar com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas há indícios de que o governo federal tende a manter o volume de recursos ou mesmo reduzi-lo
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, disse, logo após reunião com Levy, que espera “que seja mantido” o orçamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que é de R$ 24,1 bilhões em 2014/15. Não há confirmação de manutenção dos R$ 156 bilhões da agricultura empresarial.
Kátia abreu tem até junho para negociar com ministérios pares. E mostra consciência de que terá de fazer pressão por recursos. “Será grande o esforço para agilizar ações estruturais com outros órgãos do governo e manter a situação positiva para o agronegócio”, afirma.

Email LUND NEGÓCIOS

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Marfrig confirma que irá fechar frigorífico em Alegrete

Empresa enviou documento ao governo do Estado no qual mantém decisão de suspender operações da unidade onde trabalham 623 funcionários


Marfrig confirma que irá fechar frigorífico em Alegrete Marcio Vaqueiro/Agencia RBS
Empresa manterá atividades na planta de São Gabriel, Bagé e Hulha NegraFoto: Marcio Vaqueiro / Agencia RBS
Marfrig não irá voltar atrás na decisão de suspender as operações do frigorífico em Alegrete, na Fronteira Oeste. A informação foi dada no final da tarde da segunda-feira em ofício encaminhado pelo diretor presidente da Marfrig Global Foods, Martín Secco, ao secretário da Agricultura, Ernani Pol.
— Agora vamos tentar buscar uma outra alternativa — pontua Polo, que deve reforçar outro pedido: o de que a Marfrig considere a alternativa de repassar a operação a uma outra empresa, o que garantia a manutenção dos empregos.
Com a confirmação da paralisação em Alegrete, a Secretaria do Trabalho dará início a ações que possam diminuir os impactos das demissões. O primeiro passo será o cadastramento dos trabalhadores.
A Marfrig mantém no Estado as unidades de São Gabriel, Bagé e Hulha Negra (onde está o frigorífico Pampeano).
fonte: Zero Hora

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Preços da carne bovina estabilizam após festas de fim de ano NESPRO Índices mostra que cortes para churrasco apresentaram as maiores altas

Retomando as atividades do ano, o NESPRO Índices mostra o comportamento dos preços de carne no varejo de Porto Alegre (RS) neste início de 2015. Os preços dos cortes de carne bovina vinham em alta  desde a última semana de novembro no Estado. No entanto, após as festas de fim de ano, houve uma estabilização. O levantamento do NESPRO mostrou ainda que estão faltando alguns cortes, principalmente  nos supermercados.

Os chamados cortes para churrasco – maminha, entrecot e picanha – registraram um aumento médio de 11% no período avaliado. A maior alta foi a da maminha, 11,7%, seguida do entrecot, com 11,4%, e da picanha,  11,0%. “Já esperávamos esse aumento, porque nessa época de festas as pessoas costumam fazer churrasco e consequentemente os estabelecimentos elevam os preços em função da maior procura”, explica  o médico veterinário e pós-doutorando em Agronegócios Eduardo Antunes Dias, do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPRO). Mas não foram apenas os cortes para churrasco que aumentaram de preço na virada do ano. As carnes usadas no dia a dia também tiveram elevação da última semana de novembro até a primeira  quinzena de janeiro.

O levantamento do NESPRO apontou que as carnes de traseiro – moída de primeira e alcatra – subiram 7%. “A alcatra teve um amento de 5,5%, enquanto a moída de primeira subiu ainda mais,  8,4%”, afirma Dias. Já os preços das carnes de dianteiro – acém e moída de segunda - ficaram estabilizados, com alta de 0,1%.

A pesquisa do NESPRO mostra que os preços do quilo do boi também estabilizaram em janeiro no Estado, em torno de R$ 4,90. “No final do ano, os frigoríficos pagam mais para os produtores em função  da maior procura de carne pelos consumidores, visando manter a oferta.

A estabilidade dos preços em janeiro, após as festas de fim de ano, é natural”, completa o médico veterinário. No ano passado, segundo o IBGE, a carne teve um aumento médio de 22,21% em todo o Brasil.

Agora o NESPRO Índices está com um novo layout, em formato de livro, o que facilita a leitura. Assim pode-se comparar o comportamento dos preços ao longo do tempo, ficando na cor vermelha  conforme aumentam, na cor verde quando abaixam ou pretos quando estabilizam. 



Preços da Carne Bovina para o consumidor (R$/Kg) - quinzenal 

http://www.ufrgs.br/nespro/arquivos/indices/carne_bovina/1/index.html#p=2

fonte: Nespro

HUMOR!!!

Realmente quanto vai valer o terneiro nesta safra de 2015 ?


Como todo ano acontece, quando nos aproximamos da safra de terneiros, acabo sempre sendo questionado sobre o valor do kg vivo para comercialização.
O que tenho a dizer este ano é o que venho falando nos anteriores, mas eu pergunto esta valorização vai ate quanto?

1º Nestes últimos meses de 2014 e início de 2015 não enfrentamos  secas, portanto existe uma abundância de pastos que fazem com que o criador tenha condições de segurar um pouco mais seus animais, sendo assim preparem-se para comprar terneiros mais pesados

2º Soja cada vez mais tomando a àrea da pecuària, portanto menor produção de terneiros.

3º O preço boi gordo no RS, muito bem obrigado!!! O que estimula a retenção de fêmeas e com isso menor venda de vacas como também novilhas aptas para reprodução. É so olhar a quanto e quantos touros foram vendidos esta primavera de 2014

4º Existe também, em nossa região e a da campanha gaúcha, empresas nacionais (Frigoríficos) e exportadoras (hoje um pouco menos ativas , mas com previsões ainda deste ano voltarem a comprar)  buscando um tipo de mercadoria muito encontrada aqui, que são terneiros e novilhos de raças europeias ou suas cruzas, para atender suas demandas, sejam elas no Brasil ou exterior.

5º Valendo a sabedoria popular temos:
  - 15 a 20 % a mais do que o KG do boi vivo
 - uma mais atual: 2,2 a 2,4 terneiros de 180 kg  por boi gordo 

6º Preço médio do kg vivo do terneiro nos últimos anos
2006 - R$ 1,65
2007 – R$ 2,50
2008 – R$ 3,00
2009 – R$ 2,60
2010 – R$ 3,00
2011 – R$ 3,50
2012 – R$ 4,00
2013 – R$ 4,30
2014 -- R$ 4,70

E o mais importante, muita gente, mas muita gente mesmo, não conseguiu repor seu estoques com os novilhos e, obrigatoriamente, vira se abastecer de terneiros, inclusive se preparando para não enfrentar a mesma situação no ano que vem, principalmente invernadores.

Portanto minha opinião é a de que teremos preços firmes entre R$ 5,50 e R$ 6,00 no forte da safra de terneiros, mas isto não é surpresa pois todo mundo já espera!!!!

Lund


Especialista aposta em retenção de fêmeas para manter preço firme da arroba do boi gordo

Foto: Assessoria Acrimat
Especialista aposta em retenção de fêmeas para manter preço firme da arroba do boi gordo
A continuidade da retenção de fêmeas para o abate seguirá pressionando o preço da arroba do boi gordo para cima. Fator este, segundo especialistas, que deverá fazer com que 2015 seja o ano da pecuária, visto a oferta de animais ser menor que a demanda. Em 2014 a arroba do boi gordo em Mato Grosso chegou aos patamares de R$ 130.

Apesar da recuperação dos preços, onde se teve os preços nominais maiores da história no Estado, a renda da pecuária não acompanhou a evolução do valor pago ao produtor pela arroba, que equivale a 15 quilos.

Leia mais:
Churrasco e guisado estão 23,97% mais caros apenas com a carne bovina
Arroba da vaca tem valorização de 41% em relação a 2013, revela Imea

De acordo com o ex-superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, o custo de produção encareceu também. Em entrevista ao Agro Olhar, ele comenta que os preços pagos pelos animais tendem a seguir pressionados e que 2015 será o último ano de sentimento dos reflexos dos abates de fêmeas de 2012 e 2013, anos nos quais o percentual de fêmeas dentro do volume total de animais destinados aos frigoríficos equivalia a mais de 50%.

Confira a seguir entrevista com o ex-superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari: 

Agro Olhar - Como foi à pecuária em Mato Grosso e no Brasil em 2014?

Luciano Vacari - 2014 foi um ano bom para a pecuária de Mato Grosso e do Brasil. Nós vivemos um ano bom de preço e isso é indiscutível. Tivemos os preços nominais maiores da história. Então, muita gente comemorou esse negócio. O problema é que as pessoas fazem uma análise errada do negócio. Não é de preço que se faz a atividade. A atividade se faz de renda e apesar de o preço ter se recuperado o custo de produção subiu de maneira inexplicável. É aquela história a pessoa vê que você está recebendo mais pelo produto e ele vai e aumenta o negócio dele, isso aconteceu com o sal mineral, com medicamento, com mão de obra, diesel. Aconteceu com tudo. Não foi só na pecuária. A renda não acompanhou a evolução do preço, mas mesmo assim tivemos um ano de renda positiva. Isso é muito bom, porque a pecuária viveu anos sem renda. Quando não ficava no zero a zero, ficava com renda negativa e nós vimos isso claramente. Todo aquele abate de fêmeas foi feito em 2010 e depois agora em 2012, isso é um sinal claro de que existe um problema. Quando se abate fêmea deste tanto se está usando o patrimônio para fazer dinheiro. Esse eu acho que foi o negócio do ano. Foi um ano bom de preço, mas a renda não acompanhou toda essa condução, apesar de ter sido positivo.

Agro Olhar - E por que se fala tanto da renda?

Luciano Vacari - Eu falo tanto da renda, porque a renda é o desafio do setor. Se você tiver renda você terá como comprar o pacote tecnológico que está aí. A tecnologia à disposição da pecuária ela é hoje muito grande, o problema é que o produtor não tem renda para ir comprar aquele produto que ele quer. Ele acaba com isso comparando um produto com qualidade um pouco inferior, que vai dar um resultado inferior, porque é o que ele tem e ao que ele consegue ter acesso. Então, se você tiver renda você vai acessar a tecnologia e com a tecnologia você faz tudo o que quer que é aumentar o índice de produtividade.

Agro Olhar – E o pesou para em 2014 chegarmos a registrar cerca de R$ 130 a arroba em Mato Grosso do boi gordo?

Luciano Vacari - Em 2014 o que deu toda essa sustentação para este momento de preço foi a história da demanda. Não tem jeito o preço é a oferta e a demanda. O fator primordial de 2014 foi à demanda, principalmente a demanda externa. Nós retomamos vários mercados que havíamos perdido, exportamos 7% a 8% a mais que em 2013, tanto em volume quanto em faturamento. O mercado interno também foi muito bom em 2014 e nós tivemos dois grandes eventos, que foi a Copa do Mundo e a eleição. Isso fez com que tivéssemos uma demanda boa. Deu vazão para a produção. Ao contrário do que muita gente acha "a teve tudo isso porque o rebanho diminuiu", pelo contrário não faltou boi em 2014. O que houve foi uma sensação de que não teve boi, porque o abate de fêmeas diminuiu. O que tivemos foi uma oferta equilibrada, muito parecida com 2013, e uma demanda maior que 2013. Foi isso que fez 2014 ser um ano de preços assim.

Agro Olhar - Como estão as perspectivas para 2015?

Luciano Vacari - O ano de 2015 tem tudo para continuar com esse suporte de preço, ou seja, a demanda dando suporte. É normal aumentar a exportação, salvo se tivermos um problema externo, pois todos os dias entram mais pessoas na faixa de consumo. O consumo interno é uma incógnita, isso dependerá de como a economia brasileira vai se comportar. Mas, a soma das duas, interna e exportação, nós acreditamos que teremos uma demanda maior em relação a 2014. E do lado da oferta aí sim em 2015 nós vamos uma oferta menor do que em 2014. Nós vamos ter dois fatores uma demanda maior e uma oferta menor.

Foto: Reprodução/Internet

Agro Olhar - O setor acha que essa oferta de animais pode ser quantos por cento menor? É uma consequência dos abates maiores de fêmeas nos últimos três anos?

Luciano Vacari - Não dá para você ter uma noção. Essa oferta menor é sim uma consequência do aumento de abates de fêmeas. O ano de 2015 vai ser o último ano que nós vamos sentir os reflexos de abates de fêmeas de 2012 e 2013. Este ano acaba o reflexo do que foi feito lá atrás, ou seja, fecha um ciclo.

Agro Olhar - E como setor está vendo o mercado externo? Nós tivemos consideráveis números de frigoríficos sendo autorizados pela Rússia, o Japão sinaliza retorno de compra, além de novos mercados sendo abertos. Como o setor vê isso?

Luciano Vacari - Isso é muito positivo. Existem duas coisas importantes que a gente observa nisso. Primeiro o fato de retomarmos mercado, isso é muito bom independente do tamanho do mercado, se ele compra muito ou compra pouco, o fato é que retomamos mercado que nós havíamos perdido. Isso consolida cada vez mais o Brasil no patamar entre o primeiro e o segundo exportador do Mundo. E a outra coisa, que é importante, é a demonstração de credibilidade. Quando um país exigente como o Japão declara para o Mundo inteiro que vai comprar carne industrializada do Brasil ele está dando uma demonstração para o Mundo inteiro de que o nosso modelo é confiável, que ele está satisfeito com os requisitos técnicos e isso é positivo.

Agro Olhar - Nós tivemos no início de 2014, mais precisamente em abril, com confirmação em maio, de um caso do mal da vaca louca, que rapidamente foi confirmado que era um acaso atípico. Nós tivemos, com isso, alguns países embargando a carne mato-grossense, mas logo voltando a comprar. A atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi fundamental neste ponto, na questão das analises?

Luciano Vacari - Ele foi exemplar e nós estamos muito satisfeitos, porque há muitos anos nós cobrávamos um posicionamento mais firme do Ministério. Felizmente, o Ministério da Agricultura do Brasil nos últimos dois anos vem dando demonstração de comprometimento com o setor, com o Brasil, com os produtores. E o que aconteceu aqui foi um evento sanitário que poderia ocorrer em qualquer lugar do mundo, pois foi um caso atípico e infelizmente aconteceu em Mato Grosso. Mas, o que foi fundamental foi a atitude do Ministério. Em 40 dias o Ministério havia identificado o foco, tomado todas as medidas de contenção, comunicado a OIE e resolvido o problema, ou seja, tudo o que deveria ter sido feito foi feito e isso deu credibilidade para o Brasil e Mato Grosso. O mundo inteiro viu que o nosso sistema de defesa, que é o mais importante, funcionou, pois se não ninguém tinha identificado e funcionou rapidamente. As ações tomadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foram adequadas e no tempo adequado e os resultados foram os esperados. Foi coletado material, mandado para laboratório, comprovado laboratorialmente e pronto. Encerrou o assunto. É lógico que alguns países possuem o direito de usar isso para embargo comercial. Alguns fizeram e aí o trabalho do Ministério e do ex-ministro Neri Geller foi fundamental, porque foram procurar todos os países que embargaram e explicar um a um o que aconteceu, quais as medidas tomadas, apresentar o modelo de defesa brasileira e todo mundo ficou satisfeito, tanto que todos os países que embargaram nesse evento já retiraram seus embargos.

Agro Olhar - E a atuação do Estado de Mato Grosso? Como o setor pecuário vê, não apenas nesta questão sanitária do mal da vaca louca, mas também nas demais que surgem? Como está à atuação do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e quais as perspectivas para este novo governo?

Luciano Vacari - Neste caso específico do caso sanitário de Porto Esperidião (mal da vaca louca) temos que deixar claro o seguinte: toda a ação de defesa ela é feita em conjunto com o Ministério da Agricultura e o Indea e isso funcionou perfeitamente. O Indea é um dos órgãos mais importantes do Estado. Os servidores do Indea são profissionais técnicos e compromissados com a defesa agropecuária de Mato Grosso e todo o trabalho que deveria ter sido feito foi feito de maneira exemplar. Mas, além disso, o Indea tem a prerrogativa e o dever de cuidar da defesa agropecuária do Estado, dos postos interestaduais, dos abates, inspeção estadual, enfim, ele cuida da defesa agropecuária. O Indea está aí para evitar que problemas aconteçam. É muito melhor você trabalhar com prevenção. Nós não temos nenhuma preocupação com a capacidade técnica do Indea, nós estamos muito satisfeitos com esta parte. O que nos deixa preocupados é a capacidade operacional e infelizmente nos últimos anos o governo do Estado não deu a atenção que deveria ter dado para o Indea. Nós vimos postos sem condições de trabalho, veículos sem condições de trabalho e isso compromete o serviço. O que esperamos é que este novo governo dê a atenção que o órgão de defesa agropecuária merece e é muita atenção, pois é um dos órgãos mais importantes do estado, como eu disse. A atividade agropecuária é fundamental para Estado. Mato Grosso é um Estado produtor. Somos o maior produtor de soja, maior de gado e precisamos da melhor defesa do Brasil.

Foto: Viviane Petroli/Agro Olhar

Agro Olhar - O que faz a pecuária de Mato Grosso dar certo e ser a maior do Brasil?

Luciano Vacari - É uma série de fatores. Primeiro nós temos aqui clima favorável, relevo favorável. Nós temos uma combinação de gado, ou seja, além do Nelore, temos outras raças entrando, o que é importantíssimo para o negócio, pois faz com que haja uma busca para sempre melhorar a produtividade. Nós temos pastagem. Então, o que fez dar certo foi uma combinação de solo, clima, baquearia e Nelore. Isso mudou a pecuária de Mato Grosso. É lógico que isso foi a 30, 40 anos atrás, mas foi à base da pecuária. Hoje, a gente continua com o mesmo relevo, o mesmo clima, vemos o rebanho mudando e se tornando mais produtivo e a gente vê a tecnologia sendo aplicada. Além disso, o que é fundamental é o trabalho dos produtores. Você dizer que o pecuarista é conservador é uma coisa que nós nunca concordamos, porque se ele fosse conservador ele teria ficado no Paraná, em São Paulo, no Mato Grosso do Sul e não teria vindo há 40, 50 anos para Mato Grosso abrir o Estado, fazer cidades.

Agro Olhar - Quais são hoje os entraves do setor pecuário mato-grossense?

Luciano Vacari - Nós temos alguns. O principal, e é perene essa preocupação nossa, não é um entrave e sim uma preocupação, que é o trabalho com a defesa. Nós vivemos de um negócio que depende diretamente da defesa, pois qualquer problema prejudica o nosso negócio. Além disso, temos problemas operacionais, ou seja, nós não temos estradas, não temos infraestrutura. Por conta do tamanho do Estado se produzir em algumas regiões é o custo de produção mais caro do Brasil, na hora de vender o produto é o boi mais barato do Brasil e isso compromete a renda, que é um gargalo importante. A diversificação da indústria frigorífica do Estado continua sendo um problema. Existem regiões do Estado que sofrem com a falta de opção para o abate para abater os animais, aí o produtor acaba sendo prejudicado pela falta de concorrência. Acho que estes são os principais.

Agro Olhar - E o que faz a arroba do boi de Mato Grosso ser mais barata que a de São Paulo? É a questão de nós termos o maior rebanho ou a logística?

Luciano Vacari - É a questão da dificuldade de logística. Nós estamos a 2 mil quilômetros dos grandes centros consumidores. Estamos a 2 mil quilômetros dos portos por onde exportamos os produtos. E você quando compra uma carga de sal mineral essa carga tem de vir até o Mato Grosso e esse boi tem que descer, ou seja, custa mais caro produzir, pois o sal mineral é o mais caro do Brasil, e você é penalizado porque na hora do abate essa carne tem de andar.
fonte Agro Olhar