sábado, 22 de março de 2014

China busca carne bovina para saciar apetite da classe média; Brasil é opção

Por Naveen Thukral e Dominique Patton
CINGAPURA/PEQUIM, 18 Mar (Reuters) - Evitando as restrições de Pequim às importações, fontes da indústria estimam que centenas de milhares de toneladas de carne bovina, provenientes de países como Brasil e Índia, foram contrabandeadas para a China através dos vizinhos Hong Kong e Vietnã.
O enorme comércio não oficial reflete o apetite da China por carne bovina. As importações oficiais quadruplicaram no ano passado, como a crescente classe média demandando mais alimentos ricos em proteína.
Pequim deve levantar em breve as restrições à importação de carne bovina do Brasil relacionadas ao registro de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como "mal da vaca louca". O gigante asiático também deve finalizar um acordo para permitir a entrada de carne de búfalo importada da Índia, uma vez que outros canais de fornecimento estão encolhendo.
A Austrália, que respondeu por cerca de metade das importações oficiais da China no ano passado, enfrenta uma queda na produção.
A seca obrigou os criadores de gado do terceiro maior exportador de carne do mundo a abater vacas, alimentando temores de uma escassez global de carne bovina iminente, uma vez que o rebanho dos Estados Unidos, seu principal exportador concorrente, está no menor tamanho em seis décadas.
Com o andamento de medidas para aliviar as restrições às importações, o Brasil e a Índia estão lutando para alcançar uma fatia maior do mercado de carne bovina da China e preencher a lacuna deixada pela Austrália.
A estimativa é que as importações de carne bovina no mercado paralelo sejam superiores às importações oficiais, de 400 mil toneladas no ano passado.
"Isto não é fácil de estimar, mas de acordo com a indústria poderia ser de cerca de um milhão de toneladas, mais de duas vezes as importações oficiais", disse Meng Qingxiang, professor da Universidade de Agricultura da China, em Pequim.
Dados oficiais da Índia mostram o Vietnã como seu maior mercado para carne bovina, apesar de Hanói não incluir os embarques da Índia em seus dados, indicando que a carne é transportada para a China.
Os dados mostram que as exportações indianas de carne de búfalo para o Vietnã saltaram 17 por cento, para 330.109 toneladas, em 2012/13 ante o ano anterior.
No caso da carne bovina brasileira, Hong Kong desbancou a Rússia como o maior comprador em 2013, com embarques crescendo três vezes, para 360 mil toneladas, de acordo com dados da associação que reúne os exportadores brasileiros (Abiec), volume que se acredita ter sido destinado para a China.
"As vendas do Brasil para Hong Kong vêm crescendo desde 2007, e durante este período o tamanho da população e o consumo de carne em Hong Kong ficou relativamente constante", disse Pan Chenjun, analista sênior da Rabobank, em Pequim.
A alfândega chinesa disse que está continuamente reprimindo o contrabando de carne in natura e congelada e que lançou este ano uma campanha contra o contrabando de produtos agrícolas.
A alfândega está investigado 96 casos envolvendo 88 mil toneladas de produtos congelados no ano passado.
RESTRIÇÕES DEVEM CAIR
Embora atualmente não compre carne diretamente da Índia ou do Brasil, a China deve relaxar as restrições em breve.
Uma delegação de Pequim deverá visitar o Brasil para inspecionar as instalações dos produtores brasileiros, para possivelmente suspender o embargo relacionado à vaca louca imposto em 2012.
Os embarques de carne bovina brasileira poderiam começar antes de uma reunião de cúpula dos países emergentes que formam o bloco Brics no mês de junho, em Fortaleza, quando o presidente Xi Jinping deve se encontrar com a presidente Dilma Rousseff, disse o adido agrícola da embaixada do Brasil em Pequim.
"Não se trata de aprovação, uma vez que nós já temos o protocolo para exportar para a China", disse Andrea Bertolini. "É sobre a reabertura do mercado. Nós realmente acreditamos que não há razões técnicas para manter esta proibição."
A autoridade de quarentena da China, responsável pela aprovação dos importadores, disse que está fazendo uma avaliação de risco sobre as importações brasileiras e redirecionou consultas sobre a carne indiana e dos EUA para outro departamento.
A China assinou um memorando de entendimento no ano passado com a Índia sobre a importação de carne de búfalo, com os dois lados tentando resolver as questões finais, disseram autoridades em Nova Délhi.
A carne bovina dos EUA também está impedida de entrar na China continental devido a casos anteriores da vaca louca, mas mesmo assim, é improvável o país consiga aumentar sua participação significativamente para o mercado chinês.
"Se você considerar China, Vietnã e Hong Kong, as opções para grandes ofertas são Índia e Brasil", disse Brett Stuart, presidente-executivo da Global AgriTrends, em Denver, Colorado.
CRESCIMENTO
As importações de carne bovina da China neste ano podem subir para 550 mil toneladas, contra 400 mil toneladas em 2013, com o consumo impulsionado ainda mais por conta do surto de gripe aviária, informou o adido agrícola do Departamento de Agricultura dos EUA em Pequim.
O Brasil tem cerca de 200 milhões de cabeças de gado, enquanto a população de búfalos na Índia é estimada em 327 milhões. Isso se compara com um rebanho de 27 milhões a 28 milhões de cabeças de gado na Austrália, que está encolhendo a cada dia com os pastos afetados por uma severa seca.
"O tamanho do rebanho da Índia e mesmo do Brasil é tão grande que vai ser um desafio e uma competição muito maiores para a Austrália", disse Simon Quilty, analista de carne e pecuária da FCStone Austrália.
Mas ainda incertezas. As exportações de carne bovina da Índia poderiam ser prejudicadas se coalizão nacionalista hindu liderada pelo Partido Bharatiya Janata (BJP, na sigla em inglês) chegar ao poder na eleição em 7 de abril. O BJP, como muitos hindus, considera as vacas sagradas e se opõe ao consumo de carne bovina e às exportações.
(Reportagem adicional de Meenakshi Sharma em Mumbai, Ho Binh Minh em Hanói e Theopolis Waters em Chicago)
fonte: Reuters Brasil

O Rio Grande do Sul é um estado diferente de toda a nação, tem um povo com paixão e tradição em pecuária – Juliano Leon

No dia 4 de abril, será realizado o BeefSummit Sul, em Porto Alegre – RS. O evento será organizado pelo BeefPoint, em parceria com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). O BeefSummit Sul vai reunir nomes de sucesso do agronegócio para discutir e debater os rumos da pecuária de corte no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. A expectativa é de um público de 400 pessoas, entre produtores e investidores, tornando o BeefSummit uma excelente oportunidade de gerar novos negócios.
No dia do evento, o BeefPoint irá homenagear as pessoas que fazem a diferença e têm paixão pela pecuária de corte no Sul do Brasil com o Prêmio BeefPoint Edição Sul. Há vários finalistas, em 13 categorias diferentes.
O público irá escolher através de votação, o vencedor de cada categoria. Para conhecer melhor os indicados, o BeefPoint preparou uma entrevista com cada um deles.
Conheça Juliano Severo Leon,  finalista nas categorias Terminador / Invernista a Pasto Produtor – Destaque Qualidade de Carne.
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Juliano Severo Leon é médico veterinário, formado pela UFPEL (2001) e responsável pela Estância Pedra Só. Trabalhou com extensão rural pela indústria frigorífica e também administrou outras propriedades rurais.
A Estância Pedra Só fica localizada na região sul do Rio Grande do Sul, na cidade  de Pedro Osório, propriedade que sempre foi referência em pecuária e  produção de genética Angus e Brangus para a região.
Em 2012, decidiram fazer um leilão de liquidação do gado registrado e  intensificou-se o sistema de produção, ampliando a integração entre lavoura e pecuária na propriedade.
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BeefPoint: O que você implementou de diferente no quesito produtor – qualidade de carne, em sua propriedade, que levou você a ser um dos finalistas do Prêmio BeefPoint Edição Sul 2014?
Juliano Leon: Com relação a produzir carne de qualidade, estamos sempre buscando produzir animais de raças britânicas, jovens, com muito bom acabamento de gordura e que esta oferta seja constante.
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BeefPoint: O que vem te trazendo mais resultados no seu sistema de produção de carne de qualidade? 
Juliano Leon: Acredito que não exista um só fator que traga resultado, mas sim um processo de produção que inicia num bom planejamento de toda a atividade, passa pela execução destas atividades planejadas e encerra na comercialização e entrega de um bom produto para a indústria.
BeefPoint: Todos sabemos que aprendemos mais com nossos erros. O que fez e deu errado? Você poderia nos contar?
Juliano Leon: Um erro que cuido muito para que não ocorra é de “entrar na zona de conforto”.
Existem atividades consolidadas dentro do processo, que a equipe está acostumada a executar e naturalmente com o passar do tempo não damos a devida atenção e é neste momento que ocorrem as falhas e os erros inadmissíveis. Desta forma, em atividades novas, procuro planejar muito bem antes de executá-las para reduzir a chance de erro.
BeefPoint: Em sua opinião quais as principais vantagens de se produzir carne de qualidade em nosso país?
Juliano Leon: A principal vantagem é poder vender nossa carne por um valor maior, conquistando mercados com maior poder aquisitivo.
BeefPoint: Qual o perfil deste animal que produz carne de qualidade?
Juliano Leon: Em resumo este animal tem que ser jovem, de raça europeia (Angus ou Hereford) e bem acabado (bastante cobertura de gordura).
BeefPoint: Em sua opinião quais os principais fatores interferem na produção de um animal que tenha carne de qualidade?
Juliano Leon: Todas as atividades tem interferência, é como uma linha de produção de uma fábrica, cada fase ou processo tem vital importância para que a carne tenha qualidade.
BeefPoint: Quais são os maiores desafios para quem trabalha com carne de qualidade?
Juliano Leon: Os desafios já foram bem maiores – mas ainda existem. Entretanto, a indústria já remunera melhor quem produz uma carne diferenciada. O custo de produção, mão de obra capacitada para implementação de novas tecnologias e cuidados nos processos industriais, acho que, são os maiores desafios.
BeefPoint: Quais os maiores desafios para o pecuarista que trabalha com engorda a pasto?
Juliano Leon: Entre os maiores desafios estão: o aumento de produção de kg/hectare e a eficiência do sistema de produção. Da mesma forma, outro ponto que pode ser explorado como forma de agregar valor é levar a informação do novilho produzido a pasto ao consumidor, uma vez que essa informação tem apelo interessante e pode ser melhor explorado pela indústria.
BeefPoint: O que é o mais importante para ter sucesso em produzir animais com carne de qualidade engordados a pasto?
Juliano Leon: No nosso caso, Estância Pedra Só, começa pela paixão em produzir! Buscamos estar sempre assessorados de bons profissionais, ter uma equipe motivada e enxergando os objetivos finais.
BeefPoint: Qual inovação / novidade na pecuária de corte você mais gostou dos últimos anos?
Juliano Leon: Nos últimos anos, fiquei bastante satisfeito com o trabalho feito pelas associações das raças Hereford e Angus, em busca de diferenciação da carne de qualidade.
Da mesma forma o technograzing - sistema de intensificação de pecuária a pasto, que busca otimizar a utilização da área é outra ferramenta que conheci e gostei nos últimos anos.
BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2014, no quesito terminação/ engorda a pasto? E por quê?
Juliano Leon: 2014 será um ano de consolidar práticas já implantadas, instalação de 3 módulos de technograzing nas pastagens de inverno e projeta-los, além de executar um projeto de melhor aproveitamento das pastagens de verão. Assim, o objetivo destes 3 pontos é de aumentar a eficiência no sistema produtivo.
BeefPoint: Qual o exemplo de pecuária do futuro que produz animais diferenciados, com alta qualidade de carne, no Sul do Brasil hoje? Quem você admira por fazer um excelente trabalho?
Juliano Leon: São vários os exemplos que tenho. Admiro a capacidade gerencial e o empreendedorismo do Gabriel Fernandes (Estância Santa Maria/Pedras Altas), o foco em qualidade e relacionamento com fornecedores do Luiz Roberto Saalfeld (Frig. Coqueiro e Fazenda Pérola Negra), ao André Kroth ( Frig. Família Kroth) pela diferenciação e reconhecimento de produtores de carne de qualidade e o pessoal da Lanztech, Guilherme e Felipe Dias, pelo conhecimento e comprometimento no trabalho.


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fonte: Beefpoint

RS - Rastreabilidade em banho-maria

Dados apresentados em reunião da Câmara Setorial da Carne Bovina traçam um panorama da pecuária no último ano considerado animador pelo secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi. Um dos pontos destacados é a alta de 18% no número de nascimentos de bovinos nos últimos três anos. 
– Houve diminuição da área de pecuária para a soja e ainda assim aumentou o número de nascimentos. Isso se deve à qualificação do produtor. É fruto da integração lavoura-pecuária – afirma. 
Sobre a polêmica proposta da rastreabilidade obrigatória, Mainardi, que deixa o cargo amanhã, reconhece que a ideia perdeu força – embora o Plano Decenal apresentado ontem tenha entre os seus objetivos que o rebanho bovino gaúcho esteja 100% rastreado em 10 anos. 
– Só quando tiver ampla maioria dos sindicatos a proposta será viável – completa Mainardi.
fonte: Fonte: Zero Hora/ Giseli Loeblein

Fim de ciclo no sorgo e implantação de azevém

fonte: Lance Agronegócios

URUGUAY - Exportación de ganado en pie, más fluida y con nuevos interesados

Lentamente comienza a existir una fluidez para la exportación de ganado en pie. Ayer se confirmó el interés de otra empresa que está comprando terneros entre 160 y 180 kilos y que paga hasta US$ 2 el kilo de esa categoría. Para animales hasta 200 kilos paga hasta US$ 1,95. Según confirmó Tardáguila Agromercados la empresa involucrada es Herbal Paradise y el volumen total de la operación es de 3.000 animales. La concentración se realizará en Treinta y Tres en la localidad de Santa Clara.
Este nuevo negocio se suma al que ya estaba realizando la empresa Gladenur, que se encuentra comprando terneros y vaquillonas, con destino a Egipto, las cuales partirán en el mes de abril.
El mercado de exportación de ganado en pie uruguayo parece comenzar a reactivarse con este tipo de negocios. No obstante los operadores no descansan en la búsqueda de nuevos mercados, luego que se retirara Turquía del escenario —principal destino de ganado vivo para Uruguay—, por encontrar otros mercados más competitivos. En ese sentido el presidente de la Unión de Exportadores de Ganado en Pie (UEGP), Alejandro Dutra, destacó que se han mandado cartas a los consulados de Azerbaiyán y Georgia. Estos dos países podrían representar un mercado muy interesante, por lo que hay mucha expectativa. “Aún estamos esperando una respuesta por parte de esos países, la mayor dificultad sería definir un protocolo sanitario” agregó.
fonte: Tardáguila Agromercados

Defesa Agropecuária garante adicional de R$ 100 milhões


Integrantes da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) e o governo federal firmaram nesta terça-feira (18) um acordo para liberação de R$ 100 milhões, apenas neste ano de 2014, para a defesa agropecuária, responsável pela sanidade animal e vegetal no país. O adicional, conforme entendimento, acertado no Palácio do Planalto, nasceu de uma proposta da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu.

A verba extra para a sanidade animal e vegetal do país foi a alternativa encontrada para o impasse ocorrido na votação do Projeto de Lei nº 591/2011, de autoria do senador Antônio Russo (PR-MS), que veda o contingenciamento de recursos financeiros destinados a estas atividades. Líder do governo no Congresso, o senador Pimentel argumentou que o projeto não atendia às determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

O aporte adicional de recursos para a defesa agropecuária será inserido em mensagem do Executivo, a ser encaminhada ao Congresso Nacional nos próximos dias, por meio de um Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN). A solução definitiva do problema será encaminhada por meio de uma emenda à próxima Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Verba escassa - De acordo com os dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), a dotação orçamentária autorizada para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 2014, é de R$ 14,5 bilhões. Mas os recursos para a sanidade animal e vegetal (defesa agropecuária) ficaram em apenas R$ 303,8 milhões (2,1% de toda a verba do Mapa), volume 28% inferior ao valor aprovado para o orçamento de 2013: R$ 417 milhões.

A CNA, citando números do Mapa, lembra que as exportações do agronegócio em 2014 irão superar US$ 100 bilhões, aliado ao fato de que o Produto Interno Bruto do Agronegócio (PIB) ter crescimento estimado de 4%, em comparação com os números do ano passado.

fonte: A Critica de Campo Grande

Persiste a dificuldade na aquisição de bovinos terminados


Mercado do boi gordo firme e com altas das referências em diversas praças pecuárias.

Em São Paulo, o preço da arroba do animal terminado subiu nesta quarta-feira (19/3) e ficou cotada em R$125,00, à vista. Existem negócios pontuais por até R$3,00 a mais por arroba no estado.

Em Goiás houve valorizações nas duas praças pecuárias. Na região sul do estado, o animal terminado tem sido negociado, em média, por R$113,50/@, à vista.

A demanda pelas indústrias paulistas por boiadas de estados vizinhos tem colaborado para o cenário altista nessas regiões.

Em Rondônia, apesar da estabilidade na referência, ocorrem negócios pontuais por até R$116,00/@, à vista.

No Pará, a dificuldade nos embarques, juntamente com a oferta restrita, tem sustentado as altas. Houve valorizações nas três praças pecuárias no estado.

De maneira geral a oferta restrita tem sido o principal fator para o cenário altista em todo território nacional.

fonte: Scot Consultoria

Guinada no mercado de inseminação

Mercado de Inseminação 2013 (Fonte: ABS News Março 2014)
Mercado de Inseminação 2013 (Fonte: ABS News Março 2014)
Crédito: Reprodução/FS
Os dados da Inseminação Artificial no Brasil, em 2013 (ASBIA) são surpreendentes e históricos, pois a raça Angus volta a vender mais doses de sêmen no Brasil do que a raça Nelore e demais raças zebuínas. Em 2013, a raça Angus (somando preto e vermelho) vendeu 42,8% de todas as doses de raças de corte, na sequência a raça Nelore participou com 35,6% do mercado.
O número de doses vendidas pela Angus somou 3,39 milhões de unidades e o Nelore com 2,81 milhões de doses. A variedade preta da raça Angus comercializou sozinha mais doses que a raça Nelore e alcançou a marca histórica de 2,94 milhões de doses. No ano passado, o mercado de gado de corte no país comercializou 7,9 milhões de doses de sêmen e o crescimento foi de 6,12% em relação a 2012. Esta taxa de crescimento pode ser considerada pequena se comparada ao período de 2009 a 2011, onde a inseminação crescia em taxas superiores a 20%. No último ano, a raça Nelore teve redução em vendas de 8,0%, o Angus (preto) crescimento de 25,6% e o Red Angus redução de 15,8%. Em relação às diferenças de evolução do mercado das variedades da raça Angus podem ser discutidas algumas questões. O Angus preto é predominante no mundo e sua população é muito maior do que a de animais vermelhos. Esta situação é simples de entender, pois a característica “pelagem preta” tem gene dominante.  O Brasil viveu uma fase (final dos 90 e início dos 2000) de preferência por animais vermelhos, porém a prática, experiência obtida e os dados de campo direcionaram os produtores ao maior uso de animais pretos, conforme ocorre na grande maioria dos países onde a raça tem expressão. O receio da menor tolerância ao calor dos animais pretos comparativamente aos vermelhos foi um fato, que no passado teve importância e hoje parece estar superado. O crescimento da venda de sêmen de Angus no Brasil nos permite pensar em diversas questões da pecuária brasileira relacionadas ao cruzamento industrial: o aumento de uso de tecnologia, a busca por mais produtividade dos rebanhos, a maior popularização dos confinamentos e sistemas intensivos de engorda, a especialização de alguns pecuaristas para o mercado de carne de qualidade, o crescimento dos programas de carne de qualidade, etc. A Inseminação Artificial à Tempo Fixo (IATF) é uma das principais responsáveis pelo crescimento do uso do cruzamento no Brasil, pois a técnica popularizou e ampliou o volume de fêmeas prenhes via inseminação artificial.
A polarização da genética usada no Brasil em Nelore e Angus é um fato que se consolida a cada ano. O relatório da ASBIA mostra que, em 2013, todas as demais raças somadas (zebuínas e europeias) representam menos de 20% do mercado de inseminação no país. O gráfico publicado no ABS News Março 2014 mostra claramente a polarização do mercado em Angus e Nelore.
As informações usadas neste texto foram obtidas através do Informativo ABS News (edição Março/2014) e da prévia do Relatório ASBIA 2013.

fonte: Folha do Sul

quinta-feira, 20 de março de 2014

Cotações do gado gordo e de reposição em 20.03.2014 - PELOTAS - RS


PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA - CARNE A RENDIMENTO NO RS



*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO
 EM 20.03.2014

BOI:    R$ 8,20 a R$ 8,50
VAC
A: R$ 7,90 a R$ 8,10

PRAZO: 30 DIAS

*PREÇOS MÉDIOS À PRAZO NA REGIÃO DE PELOTAS.
 NESTES PREÇOS NÃO ESTÃO INCLUÍDAS AS BONIFICAÇÕES.   

FONTE: PESQUISA REALIZADA

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PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA - KG VIVO NO RS



  REGIÃO DE PELOTAS

 *PREÇO POR KG VIVO
   EM 20.03.2014

   KG VIVO:
   BOI GORDO:    R$ 4,00 A R$ 4,25
   VACA GORDA: R$ 3,60 A R$ 3,70

   PRAZO PARA PAGAMENTO: 30 DIAS

   FONTE: PESQUISA REALIZADA
   POR http://www.lundnegocios.com.br

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PREÇOS MÉDIOS DE GADO - MERCADO FÍSICO / KG VIVO NO RS


REGIÃO DE PELOTAS
EM 20.03.2014    

TERNEIROS  R$ 4,70 A R$ 5,00
TERNEIRAS  R$ 4,30 A R$ 4,60
NOVILHOS    R$ 4,00 A R$ 4,40
NOVILHAS    R$ 3,80 A R$ 4,20
BOI MAGRO R$ 3,90 A R$ 4,00
VACA DE INVERNAR R$ 2,95 A R$ 3,10

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

Leilão Angus Querência 2014 - Touros PC e PO Ger. 2012

Lote de Touros Angus PO e PC - Ger. 2012 Imagens de 10 de março de 2014. Oferta do leilão Angus Querência - 08.05.214 (Livramento, RS) Suporte Técnico: Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

terça-feira, 18 de março de 2014

PASTAGEM DE AZEVÉM É CARA? (PARTE 1)


Quando falamos em lavouras de verão não se acha nada anormal gastarmos R$ 1.000,00 ou até R$ 3.000,00 por hectare para produzirmos soja, milho, arroz, porém quando se cogita investir entre R$ 600,00 a R$ 1.000,00 em uma pastagem de inverno não faltam pessimistas para dizer que não se pode gastar tudo isso porque pastagem não dá retorno.
Costumamos ouvir de produtores rurais que pastagens de azevém em resteva de lavoura não precisam ser adubadas, pois as mesmas se utilizam do resíduo da lavoura para produzir. Mas que resíduo é esse quando falamos em super colheitas de soja e arroz, por exemplo, onde os grãos levam quase que a totalidade dos nutrientes que foram adicionados na adubação de base.
O que temos visto é que quando adubamos essa pastagem pós lavoura de verão esta responde de uma maneira bem mais produtiva em relação a que não foi adubada. E a adubação de inverno irá beneficiar também a lavoura de verão, pois a pecuária de corte retira muito pouco da pastagem. A maior parte do que é consumido é devolvido na forma de esterco e urina promovendo a reciclagem dos nutrientes.
Outra situação que encontramos é a de pastagens de azevém formadas a partir do preparo de solo de áreas de campo nativo que também não são adubadas adequadamente porque se torna muito caro. Muitas vezes porque são utilizadas para salvar os animais que estão à beira da morte por falta de alimentação. Com isso ao final da utilização desta pastagem o produtor não vende os animais e acaba não se reembolsando deste custo inicial.
Ocorre que nas duas situações citadas acima, da pastagem pós-lavoura sem adubação, e da pastagem em preparo convencional em área de campo nativo com baixos níveis de adubação, a capacidade de suporte desta pastagem é bastante reduzida fazendo com que se coloquem poucos animais por hectare e no final a conta não fecha, pois a produção de peso vivo é muito aquém dos custos.
Porém quando entendemos que devemos fazer uma adubação adequada conforme se recomenda após uma análise de solo essas pastagens acabam tendo uma ótima produção de matéria seca que promoverá uma alta capacidade de suporte transformando a produção de pasto em kg de peso vivo produzido por hectare, que irão não só custear a pastagem, mas também gerar uma receita líquida variando de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 por hectare.
A tabela abaixo mostra dois exemplos de pastagens com dois níveis de adubação e a receita esperada dependendo do nível de tecnologia:
Insumos Baixa tecnologia Alta tecnologia
Semente R$ 120,00 R$ 140,00
Adubo R$ 150,00 R$ 210,00
Uréia R$ 60,00 R$ 240,00
Preparo de solo R$ 180,00 R$ 180,00
Distribuição R$ 60,00 R$ 100,00
Desembolso R$ 570,00 R$ 890,00
Produção PV/Ha 300 kg/ha 700 kg/ha
Receita R$ 1.200,00 R$ 2.800,00
Diferença R$ 630,00 R$ 1.910,00
Neste exemplo podemos ver que aumentando os níveis de adubação podemos chegar a uma margem bruta de R$ 1.910,00 por hectare contra R$ 630,00 por hectare com baixa tecnologia. No próximo artigo vamos discutir como manejar esta pastagem, a época de aplicar a uréia, e qual categoria animal podemos utilizar para colher esta pastagem.
Cristiano Costalunga Gotuzzo
Engº Agrônomo
GEOPLAN - Soluções em Agronegócios
(53) 99737724


Alta da arroba do boi perderá força após problemas climáticos, diz Marfrig

SÃO PAULO, 18 Mar (Reuters) - A Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina do país, avaliou que a alta da arroba do boi perderá força após problemas climáticos, e vê melhora da oferta de animais entre abril e maio, disse nesta terça-feira o diretor de compras da companhia, José Pedro Crespo, a jornalistas.

(Por Roberto Samora)

segunda-feira, 17 de março de 2014

Grupo Araucária faz média de R$5,81/kg nos bezerros certificados


Foto: Divulgação/Assessoria
Lotes Certificados - Leilão Grupo Araucária 2014
 
 
 
  
 
  
  
 
 
  
 

Neste sábado (15/3) ocorreu o IV Leilão Grupo Araucária e Convidados em Ponta Grossa (PR).  O grupo ofertou bezerros Angus certificados e o trabalho de campo foi realizado pelo Méd. Veterinário Dimas C. Rocha (Assessoria Agropecuária).

O leilão contou com três tipos de ofertas: lotes de bezerros Angus certificados dos produtores do Grupo Araucária, lotes de bezerros Angus e cruza de convidados, e lotes de novilhos e vacas. O faturamento total do evento alcançou R$1.001.290,00, com a venda de 916 animais por valor médio de R$1.093,11. A empresa leiloeira responsável foi a Rural Business Leilões (RBL).

Veja a seguir os resultados obtidos na comercialização:

Lotes do Grupo Araucária
Machos - Bezerros Certificados – 324 animais, média de R$ 5,81/kg e sobrepreço de 6,0 % sobre os demais animais do leilão.
Fêmeas – Bezerras Certificadas – 205 animais, média de R$ 4,94/kg e sobrepreço de 8,0 % sobre os demais animais do leilão.

A maior cotação por quilograma foi o Lote 37 de Emílio Manfra por R$6,47/kg, sendo um grupo de 15 machos com 167 kgs.
O maior valor por animal foi o Lote 12 da Pecuária Veiga Lopes Ltda por R$1.575,00 para cada macho de um lote de 10 animais com peso médio de 273 kgs.

Outros lotes
Machos - 149 animais, média de R$ 5,48/kg
Fêmeas – 174 animais, média de R$ 4,77/kg 

Média geral (sem considerar novilhos e vacas)
Machos – R$ 5,70/kg
Fêmeas – R$ 4,77/kg

LOTES CAMPEÕES
O julgamento de classificação dos lotes certificados ficou por conta do Méd. Veterinário Fernando F. Velloso e os lotes premiados são os seguintes:

Grande Campeão Machos Certificados   – Lote 20 de Oscar Ransolin;
Reservado Grande Campeão Machos Certificados  – Lote 16 de Pecuária Veiga Lopes Ltda;
3° Melhor Lote de Machos Certificados   - Lote 13 de Pecuária Veiga Lopes Ltda;

Grande Campeão Fêmeas Certificadas   – Lote 06 de Pecuária Veiga Lopes Ltda;
Reservado Grande Campeão Fêmeas Certificadas  – Lote 09 de Pecuária Veiga Lopes Ltda;
3° Melhor Lote de Fêmeas Certificadas   - Lote 08 de Pecuária Veiga Lopes Ltda;

O IV Leilão do Grupo Araucária foi o segundo evento com suporte técnico da Assessoria Agropecuária e consideramos que os resultados traçados estão sendo alcançados, em função da sobrevalorização dos lotes certificados e reconhecimento do mercado que o produto ofertado pelo grupo tem diferenciais em relação à genética, sanidade e qualidade geral.

Fonte: Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha

Angus preto vende mais sêmen que Nelore no Brasil em 2013

Foto: Divulgação/Assessoria
Principais raças - ASBIA 2013
 
 
 
  
 

Os dados do fechamento de 2013 da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA) são surpreendentes e históricos, pois a raça Angus volta a vender mais doses de sêmen no Brasil do que a raça Nelore e demais raças zebuínas. Em 2013, a raçaAngus (somando variedades preta e vermelha) vendeu 42,8% de todas as doses de raças de corte, na sequência a raça Nelore participou com 35,6% do mercado. O número de doses vendidas pela Angus somou 3,39 milhões de unidades e o Nelore com 2,81 milhões de doses. A variedade preta da raça Angus comercializou sozinha mais doses que a raça Nelore e alcançou a marca histórica de 2,94 milhões de doses.

Em 2013 o mercado de gado de corte no país comercializou 7,9 milhões de doses de sêmen e o crescimento foi de 6,12% em relação a 2012. Esta taxa de crescimento pode ser considerada pequena se comparada ao período de 2009 a 2011, onde a inseminação crescia em taxas superiores a 20%. No último ano, a raça Nelore teve redução em vendas de -8,0%, o Angus (preto) crescimento de 25,6% e o Red Angus redução de 15,8%.

Em relação às diferenças de evolução do mercado das variedades da raça Angus podem ser discutidas algumas questões. O Angus preto é predominante no mundo e sua população é muito maior do que a de animais vermelhos. Esta situação é simples de entender, pois a característica “pelagem preta” tem gene dominante.  O Brasil viveu uma fase (final dos 90 e início dos 2000) de preferência por animais vermelhos, porém a prática, experiência obtida e os dados de campo direcionaram os produtores ao maior uso de animais pretos, conforme ocorre na grande maioria dos países onde a raça tem expressão. O receio da menor tolerância ao calor dos animais pretos comparativamente aos vermelhos foi um fato que no passado teve importância e hoje parece estar superado.

O crescimento da venda de sêmen de Angus no Brasil nos permite pensar em diversas questões da pecuária brasileira relacionadas ao cruzamento industrial: o aumento de uso de tecnologia, a busca por mais produtividade dos rebanhos, a maior popularização dos confinamentos e sistemas intensivos de engorda, a especialização de alguns pecuaristas para o mercado de carne de qualidade, o crescimento dos programas de carne de qualidade, etc. A Inseminação Artificial à Tempo Fixo (IATF) é uma das principais responsáveis pelo crescimento do uso do cruzamento no Brasil, pois a técnica popularizou e ampliou o volume de fêmeas prenhes via inseminação artificial.

A polarização da genética usada no Brasil em Nelore e Angus é um fato que se consolida a cada ano. O relatório da ASBIA mostra que em 2013 todas as demais raças somadas (zebuínas e europeias) representam menos de 20% do mercado de inseminação no país.

As informações usadas neste texto foram obtidas através do Informativo ABS News (edição Março/2013) e da prévia do Relatório ASBIA 2013. Confira a edição do ABS News e matéria sobre o mercado de IA em http://www.abspecplan.com.br/popups.php?ver_divulgacao,300

Figura: Comercialização de sêmen das principais raças de corte no Brasil (Adaptado - ASBIA 2013).


Fonte: Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha