sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
LUND NEGÓCIOS
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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SELECIONANDO TERNEIROS PARA CLIENTES
ESTAMOS SELECIONANDO TERNEIROS PARA CLIENTES
*SOMENTE RAÇAS EUROPÉIAS OU SUAS CRUZAS
*CASTRADOS OU INTEIROS
*TERNEIROS LEVES A PARTIR DE 100 KG
*TERNEIROS PESADOS A PARTIR DE 180 KG
*PREÇOS DIFERENCIADOS PARA TERNEIROS LEVES E DE QUALIDADE
*PAGAMENTO À VISTA
INTERESSADOS EM VENDER TRATAR COM LUND PELOS FONES 053.99941513 ou 81113550
*SOMENTE RAÇAS EUROPÉIAS OU SUAS CRUZAS
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Oferta enxuta deixa mercado do boi gordo firme
por Gustavo Aguiar
No panorama geral, no fechamento de ontem (14/2) houve ajustes pontuais para o boi gordo e vaca gorda nas duas direções. Porém, neste momento, a situação do mercado tende mais à firmeza.
A dificuldade de compra de boiadas é um relato comum em São Paulo. Existe ampla variação de preços no estado.
A referência está em R$98,00/@, à vista, existindo também ofertas de compra acima deste valor.
No mercado da carne, apesar da dificuldade de repasse de preço, as negociações foram boas antes do feriado de Carnaval e os estoques tiveram ligeira redução.
Os preços no mercado atacadista de carne bovina com osso ficaram estáveis, com o boi casado de animais castrados cotado em R$6,32/kg
FONTE: SCOT CONSULTORIA
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Consumo de subprodutos animais está em crescimento no mundo, e agregar valor é o desafio
Os subprodutos de origem animal estão retornando ao centro da indústria global de carnes. Nos últimos anos, o aproveitamento da carcaça animal mudou de cortes nobres para cortes de processamento, miúdos e outros subprodutos como mocotó e orelhas (fifthquarter), direcionados pela mudança da preferência de consumidores. A rápida melhoria da situação econômica e preferência por subprodutos animais da Ásia, incentivou novas aplicações para subprodutos animais e menor disponibilidade de carne suína.
O Rabobank acredita que essa tendência será permanente e impactará no modelo de negócios de quase todos os membros da indústria global de carnes, com diferentes efeitos para os participantes. Os frigoríficos se tornarão cada vez mais ativos no processamento de miúdos. Mais processadores poderão ser forçados a mudar ou até mesmo garantir sua oferta de matéria-prima, enquanto processadores dedicados a subprodutos precisarão fortalecer sua posição na cadeia de valor como resultado da maior competição.
Desde os tempos antigos até hoje, a humanidade tem se esforçado para usar toda a carcaça animal. Além de fornecer alimentos e roupas, outras partes do animal têm sido usadas em mobiliário, equipamentos e, até mesmo em armas. Com a intensificação da produção animal e a introdução do processo de rendering (transformação de restos de tecidos animais em materiais com valor agregado) e outros processos, o uso de carcaças se desenvolveu em muitas outras aplicações na indústria farmacêutica, cosmética, doméstica e industrial.
Possíveis aplicações para o “fifthquarter” parecem intermináveis e continuam oferecendo oportunidades para aumentar o valor total da carcaça. Além disso, a melhor situação econômica dos países em desenvolvimento, principalmente na China (que tem uma preferência por produtos “fifthquarter”) aumenta mais a demanda e o valor destes produtos.
Além disso, a demanda dos consumidores por produtos processados de carne tem aumentado nos países desenvolvidos devido a preferências por conveniência e pelo fato de os consumidores estarem buscando as carnes processadas, mais baratas. Como resultado, o valor da carcaça está mudando de principais cortes da carne para cortes de processamento e produtos “fifthquarter”. O Rabobank acredita que essa mudança é estrutural, criando oportunidades e consequências para os processadores de carne.
Otimização da avaliação da carcaça, um desafio para a indústria de carnes
Um animal entra no abatedouro é desmontado em quatro quartos, que, juntos, são conhecidos como carcaça e contém os principais cortes nobres (como lombo, costela, etc) e de processamento (como ombro, mandril, etc). A carcaça, ou carne e esqueleto do animal, representa cerca de 60% do peso vivo do gado bovino e cerca de dois terços do peso vivo de suínos.
O restante do peso vivo de um animal pode ser dividido nos seguintes grupos de produtos: couro e pele, sangue, ossos, intestinos/invólucros, gordura e miúdos. Esses produtos são conhecidos como subprodutos ou “fifthquarter” e estão aumentando em valor.
A importância dos cortes principais, dos cortes de processamento e dos subprodutos pode diferenciar entre os países, dependendo das tradições, cultura, religião e riqueza. Por exemplo, na França e na Irlanda, os subprodutos representam uma parte importante do consumo de carnes (cerca de 8 quilos por cabeça), enquanto muitos dos produtos “fifthquarter” (como focinho, mocotó e cérebro) são considerados iguarias em muitos países da Ásia, mas não são consumidos na maioria dos países em desenvolvimento. As diferenças no valor desses produtos entre os países cria oportunidades comerciais.
O desafio para os abatedouros é otimizar o valor de todos os diferentes produtos (isto é, valorizar toda a carcaça). Para complicar, o valor dos diferentes cortes varia, às vezes devido a fatores sazonais. Além disso, os abatedouros têm a oportunidade de cortar/processar os diferentes cortes em produtos pré-embalados, prontos para comer, que aumenta o valor de venda, mas também requer investimentos em maquinaria e mão de obra.
A utilização da carcaça está mudando?
O valor de um animal abatido é o preço de venda combinado de todos os cortes de carne e dos produtos “fifthquarter”, a maioria tendo diferentes mercados com características próprias. Devido à sua participação relativamente alta no peso total, os cortes principais de carne, que são principalmente voltados às vendas como carne fresca ou processados em produtos de alta qualidade, têm o maior valor de venda.
Entretanto, essa divisão geral da carcaça animal começou a mudar lentamente nos primeiros anos desse século, apesar das mudanças se tornarem mais aparentes a partir de 2009 nos Estados Unidos e na União Europeia (UE). A partir daí, os preços de cortes menos valorizados do suíno na avaliação total da carcaça aumentaram mais rapidamente do que o valor médio da carcaça, enquanto o preço dos cortes principais tiveram desempenho pior comparado com os preços da carcaça.
Esse desenvolvimento também fica claro com a mudança no valor dos subprodutos. Em todos os países exportadores importantes de carne bovina e suína, o preço de exportação por quilo de subprodutos aumentou significantemente desde 2000. Isso é especialmente aparente para a carne suína, onde os preços dos subprodutos dobraram entre 2003 e 2011. Para a carne bovina, o impacto da crise econômica sobre o valor do couro desacelerou o aumento em 2009. Isso foi seguido por um aumento a partir de 2010 devido à forte demanda por carros de luxo com bancos de couro na Ásia e ao declínio na disponibilidade global de gado para abate.
O aumento do preço dos cortes de processamento e dos subprodutos de bovinos e suínos mostra que a avaliação da carcaça animal vem mudando desde 2009. Essa reversão é devido a cinco principais pontos: crescimento da economia nos países em desenvolvimento, incluindo a abertura do mercado chinês para importações; a crise econômica; o crescimento da demanda por produtos de conveniência; o crescimento no número de opções de consumo dos subprodutos animais; e o declínio no rebanho suíno nos Estados Unidos e na UE.
Primeiramente, muitos pratos asiáticos tradicionais requerem produtos “fifthquarter”, que têm o sabor forte. Os cortes principais são considerados como de sabor fraco por muitos consumidores asiáticos. Por exemplo, no Japão, a língua bovina é considerada uma iguaria, mas raramente é consumida nos Estados Unidos e na UE. Os japoneses pagam um bom preço por essa iguaria, com a língua bovina sendo comercializada a preços comparáveis aos cortes de alta qualidade nos Estados Unidos. Na China, as diferenças de preços são ainda maiores, com os preços de fígado, rins e cauda aproximadamente cinco vezes maior que nos Estados Unidos em 2011. Com o rápido crescimento da economia em muitos países da Ásia, a demanda por subprodutos animais está crescendo rapidamente. Ainda mais porque muitos consumidores estão mudando de uma dieta baseada em grãos para uma dieta baseada em proteína animal.
Em segundo lugar, a desaceleração econômica global que começou em 2008 ainda está impactando a economia global. Isso levou os consumidores a buscar produtos mais baratos, incluindo produtos e proteínas processadas. Por exemplo, o consumo de carne suína fresca caiu 7,2% na Europa Ocidental entre 2006 e 2011, enquanto o consumo de produtos processados aumentou 0,8% durante o mesmo período. Os consumidores percebem que produtos processados oferecem um valor melhor, o que resultou em um aumento de preços dos cortes de processamento e dos subprodutos.
Em terceiro lugar, a maior demanda por cortes processados está fortalecendo devido à atual demanda por conveniência, e este crescimento é geralmente direcionado pelos mesmos fatores em todo o mundo: mais mulheres entrando no mercado de trabalho, consumidores com menos tempo para cozinhar e a introdução de pratos rápidos específicos de diferentes cozinhas.
Em quarto lugar, a melhor capacidade tecnológica, combinada com o maior conhecimento sobre os benefícios dos subprodutos animais estão contribuindo para aumentar o consumo destes produtos. Por exemplo, a crescente popularidade da heparina, um produto obtido a partir do muco coletado de dentro do intestino e usado como anticoagulante. Com o envelhecimento global da população, a demanda por esse produto vem crescendo. Com mais pesquisa e desenvolvimento, muitos outros produtos de valor podem surgir de subprodutos animais.
Por último, o rebanho suíno está declinando, em parte devido a fatores cíclicos, mas também, devido ao ganho de produtividade. A carne suína, devido a seu teor maior de gordura, é usada principalmente em produtos processados como salsichas. O menor número de suínos abatidos levou os produtores de carne processada a buscar cada vez mais sua matéria-prima em suínos comerciais, levando ao aumento de preço e demanda para cortes com maior teor de gordura.
Essa alteração na valorização da carcaça é permanente?
Historicamente, o consumo direto de subprodutos animais tem declinado de acordo com o maior poder aquisitivo, que permitiu que os consumidores comprassem cortes tradicionais, mais caros. Isso implica que a proporção de subprodutos para consumo em países com alto PIB per capita é menor do que em países com menor PIB per capita e tem uma menor participação no valor total da carcaça. Nas economias emergentes, os consumidores geralmente não podem pagar por cortes mais caros, resultando em maior demanda por cortes mais baratos, que são tratados como subprodutos e processados entre outros produtos.
Baseado nesta teoria geral, o consumo de subprodutos animais na Ásia deve começar a desacelerar um pouco na próxima década, seguido por mais um declínio nos próximos anos. Quando combinado com a melhoria esperada na crise econômica, isso levará a um declínio no consumo de subprodutos animais.
Entretanto, os exemplos anteriores da popularidade da língua bovina no Japão e do alto consumo de subprodutos na França – ambos países altamente desenvolvidos, com PIB per capita bem alto – mostram que, devido às preferências dos consumidores, os subprodutos animais manterão sua participação nos pratos dos consumidores. Em contraste com a maioria dos outros países desenvolvidos onde os subprodutos são consumidores porque os cortes principais não são acessíveis, no Japão e na França, certos subprodutos são considerados iguaria e serão consumidos, independentemente. A maioria dos subprodutos animais é considerada uma iguaria na Ásia, o que suportará a contínua forte demanda por esses produtos em longo prazo, dando suporte a uma mudança na avaliação da carcaça.
O Rabobank acredita que a preferência dos consumidores por subprodutos animais na Ásia resultará em uma contínua forte demanda. Essa demanda será fortalecida por um crescente número de opções de uso para os subprodutos. Além disso, os preços para cortes de processamento permanecerão elevados devido à atual demanda por produtos de fácil preparo, enquanto a disponibilidade desses cortes continuará pressionada. Dessa forma, a mudança na avaliação da carcaça será permanente, afetando os modelos de negócios de quase todos os membros ativos da indústria de carnes.
Essa mudança já atraiu a atenção de muitas companhias independentes de rápido crescimento, que estão ativas na compra de subprodutos. Até poucos anos atrás, a maioria das companhias somente comprava poucos subprodutos oferecidos. Isso tem mudado rapidamente nos últimos anos, com a maioria das companhias aumentando o número de produtos oferecidos.
Opções para a indústria de carnes
O impacto da mudança na utilização e valorização da carcaça será diferente para frigoríficos, indústrias de processamento e demais empresas dedicadas em diferentes partes da indústria de subprodutos. Para frigoríficos, o foco será cada vez maior na obtenção de valor dos subprodutos, o que pode levar a uma maior integração nessas atividades. A indústria de processamento poderá ser forçada a mudar sua compra de matéria-prima para outros produtos ou entrar em contratos de longo prazo para proteger o abastecimento. Para processadores dedicados a subprodutos, a competição aumentará, o que poderá fazer com que esses fortaleçam suas posições na cadeia de valor.
Integração é a melhor opção para os frigoríficos
Para os frigoríficos, a mudança nessa avaliação da carcaça aumentará a atenção para otimizar o processo e reduzir perdas dentro da indústria. Além de aumentar o foco na coleta de subprodutos, os abatedouros podem se integrar mais no processamento dos subprodutos animais. Possíveis opções seriam cortes e processamento de miúdos e expansão das atividades em farinhas, invólucros, gelatina ou produtos altamente demandados nas indústrias farmacêutica e cosmética, por exemplo. Isso poderia ser acompanhado por uma parceria com companhias que já são ativas nessas indústrias.
O mercado de reaproveitamento tem potencial, à medida que ainda é relativamente fragmentado em muitos países, especialmente na indústria de carnes da Ásia, que está se modernizando rapidamente. Além disso, o valor médio dos subprodutos que passaram por esse processo cresceu em uma taxa composta anual (CAGR) de cerca de 10% na última década.
Começar atividades em outros usos importantes (como gelatinas e invólucros, por exemplo) será mais desafiador. Ambos os mercados são globais e, especialmente no caso da gelatina, estão se consolidando e requerem investimentos relativamente altos.
Garantir matéria-prima será cada vez mais importante aos processadores
A maior competição e os maiores preços para cortes de carne processada e subprodutos animais estão tendo um impacto nas posições de compras de processadores. Além do desafio pelos maiores preços, essas companhias podem ser forçadas a obter cortes alternativos de diferentes características. Se a substituição da matéria-prima não é possível por causa do impacto na qualidade do produto final, essas companhias podem entrar em contratos de longo prazo com fornecedores e construir cadeias de fornecimento dedicadas. Outras possíveis opções são se unir com fornecedores ou fazer integração com processadores específicos ativos na coleta de matéria-prima.
Processadores dedicados a subprodutos animais fortalecerão sua posição
A crescente importância dos subprodutos animais também está clara para companhias dedicadas à subprodutos animais. Até poucos anos, a maioria das companhias somente comprava poucos subprodutos. Entretanto, atraídas pelos bons retornos, isso tem mudado nos últimos anos, com a maioria dessas companhias aumentando o número de produtos que coletam. De acordo com esse desenvolvimento, as primeiras transações de fusões e aquisições surgiram, permitindo que as companhias capturem uma porção maior dos subprodutos. Esse desenvolvimento deverá continuar nos próximos anos. Além disso, a competição aumentará devido à integração dos abatedouros.
Processadores dedicados aos subprodutos animais devem buscar oportunidades de aumentar sua posição, independentemente ou através de parcerias com outro processador ou frigorífico para fortalecer sua posição.
Fonte: The Returnof Animal By-Products, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Variações e safras de preços firmes
O que ocorre no momento é muito bom, amigos. Temos visto até agora uma safra de preços firmes, fora da normalidade. Quando falamos em custo de produção, estamos perdendo, mas ajuda um pouco ouvir que a arroba está firme, que as escalas têm dificuldades de andar e que o consumo está acima da média para o período.
Gráfico 1.
Variação da arroba do boi gordo em SP e dos custos de produção com a pecuária de alta tecnologia.
Fonte: Cepea/Bigma Consultoria/AgriFatto
Na onda do consumo em crescimento, dólar firme e custos sustentados, estamos nós, pecuaristas, na corda bamba. Digo na corda bamba, pois os custos de produção foram parar nas alturas no ano passado e, especialmente, neste início de ano. Grãos, dólar (encarecendo produtos importados), combustíveis, salários, entre outros tantos itens que compõem o custo de nossa arroba não deram espaço para respirarmos.
O gráfico não deixa dúvidas. Em amarelo ele representa a variação do valor da arroba nos últimos 24 meses. Em cinza ele representa os custos de produção com a pecuária de alta tecnologia. Portanto, não podemos reclamar de preços em alta, pelo menos nesta safra, onde encontramos firmeza, mas da margem, sim. Ela tem nos castigado nos últimos tempos, sem falar da inflação.
Por isso seria loucura dizer que trabalhamos em um mercado com preços bons e favoráveis ao pecuarista. É o reflexo do ciclo pecuário, que traz maior oferta de animais de maneira sistemática.
Na outra ponta da oferta, está o consumo.
Estudo do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) revela que o comprometimento de renda no Brasil para pagar dívidas cresceu rapidamente nos últimos anos e está no nível mais elevado da história.
Com esse aumento, a parcela mensal dos salários das pessoas físicas e da receita das empresas destinada ao pagamento de empréstimos já é comparável à de países como a Itália.
Segundo o BIS, 19,9% da renda no Brasil vai para as dívidas, nos Estados Unidos, essa fatia é de 19,8%. Para o BIS, o elevado nível de endividamento no Brasil e outras economias emergentes pode ser um problema.
Do patamar de 10,8% registrado no fim de 2005, a escalada foi expressiva ao longo dos anos seguintes: 12% no fim de 2006, 14% em 2007, 16% em 2008, 17,5% em 2010 e quase 20% no dado mais recente, confirmando um salto no último ano.
Isso representa um entrave ao estilingamento da demanda, como ocorreu em 2010, mas ela ainda poderá se manter sustentada devido às medidas governamentais para manter a economia aquecida, tais como redução dos juros e intervenções sobre o Dólar. Novamente, algo que nos faz pensar em inflação.
Em breve falaremos mais sobre o comportamento do Dólar.
Mas aqui temos um parêntesis que pode ser positivo para 2013: o péssimo resultado atual do confinamento traz pessimismo entre os pecuaristas, principalmente quando levamos em conta uma expectativa de custos sustentados pelos baixos estoques mundiais de grãos, pela inflação e pelo aumento dos salários. A questão é pensar nos efeitos disso mais adiante.
Se trouxer pessimismo e a Bolsa não conseguir aliviar, teremos menos confinadores que apostam na atividade e, consequentemente, menos oferta na entressafra. E é aí que poderemos nos surpreender!
Gráfico 2.
Crescimento do confinamento (a.a.) e valorização do boi na entressafra.
Fonte: Cepea/Assocon/Bigma Consultoria/Agroconsult/AgriFatto
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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18:35
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