quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Produtores apoiam a Associação e Sindicato Rural para realização da próxima feira de terneiros

Ontem, à tarde, um grupo de produtores rurais realizou reunião para deliberar assuntos relacionados à próxima feira de primavera de terneiros de corte. Um dos integrantes do grupo de produtores, o médico veterinário e pesquisador aposentado da Embrapa Pecuária Sul, Alfredo da Cunha Pinheiro, destacou que os produtores participantes da assembleia decidiram apoiar a Associação e Sindicato Rural de Bagé para que a entidade organize e promova, no dia 6 de novembro, a feira de primavera de terneiros.
O também pecuarista Edemar Scholant, que no final do ano passado havia lançado uma chapa para se candidatar à presidência do núcleo, porém impedida de concorrer porque, segundo a comissão eleitoral não apresentava os requisitos legais para o pleito, destacou, mais cedo, à reportagem, sua contrariedade com o processo eleitoral feito pela entidade. “Nós temos um grupo de produtores de terneiros das Palmas que está descontente com as ações que foram tomadas pela diretoria da entidade. Nós, que somos produtores de terneiros, iremos deliberar e tomar alguma decisão que indique um novo rumo para o nosso grupo”, comentou.
Até o fechamento desta edição, a reunião que foi realizada na sede do Núcleo de Criadores de Angus ainda não havia sido concluída.
fonte: Folha do Sul

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Pistas enxutas e carne valorizada


Aumento de exportações e redução de animais prontos para abate deve levar à alta nos preços dos touros nos remates de primavera

 

O pecuarista interessado em qualificar o plantel e que for às pistas nesta temporada de remates de primavera terá de se apressar e se preparar para desembolsar mais do que em 2013 para comprar touros. A valorização deve ser puxada pela alta do boi gordo, influenciada por fatores como aumento das exportações, redução de animais prontos para o abate e disposição do próprio consumidor brasileiro de abrir a carteira para ter à mesa carne de qualidade, trunfo das raças de origem britânicas e suas derivações sintéticas criadas no Estado.


Pelo lado da oferta, a tendência é de menor número de reprodutores à disposição devido ao inverno chuvoso que dificultou o desenvolvimento de pastagens e a preparação dos animais, diminuição de remates e mais compras antecipadas nas propriedades. Dados do Sindicato dos Leiloeiros Rurais (Sindiler-RS) mostram que, na temporada passada, o martelo bateu para 5,2 mil reprodutores.


– Neste ano, serão em torno de 4,5 mil – estima o leiloeiro Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates.


PERSPECTIVAS PROMISSORAS


O presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Fernando Lopa, enumera mais razões para projetar uma temporada de valorização. Segundo Lopa, em 2014 cessou o abate de fêmeas verificado nos dois últimos anos em virtude do avanço da soja nos campos de pecuária. Isso estaria ajudando, agora, a frear a oferta de gado para abate, influenciando os preços e também levando a uma procura maior por touros pela retenção das matrizes. Com o interesse em alta e a antecipação das aquisições, Lopa faz uma previsão:


– Vão faltar touros.


Para Silva, quem for às compras no final de outubro corre o risco de não encontrar os melhores reprodutores. Na Associação Brasileira de Angus (ABA), o número de remates chancelados pela entidade no Estado será 10% inferior ao do ano passado, mas se repete a expectativa de uma estação promissora para os negócios.


– Esperamos uma boa temporada de vendas porque os preços do boi e do terneiro estão altos. Produtores que investirem em touros devem ter retorno interessante – avalia José Roberto Pires Weber, vice-presidente da ABA.


A percepção de antecipação é compartilhada por Henrique Ribas, vice-presidente da Associação de Criadores Devon.


– Acreditamos que teremos 30% dos reprodutores vendidos antes do início da temporada e, na metade dela, o estoque já estará liquidado – entende.


Também deve influenciar o mercado, dizem criadores e leiloeiros, a busca pela genética produzida no Rio Grande do Sul por pecuaristas de outros Estados, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás.


Fonte: Zero Hora, 22/09/2014 (caio.cigana@zerohora.com.br)



Motor do mercado em alta rotação

 

Com a cotação do boi gordo no Estado quase um quarto acima do mesmo período de 2013, as projeções são de que ao menos parte dessa alta seja transferida para os preços pagos pelos reprodutores na atual temporada. Os números do Sindiler-RS mostram que, no ano passado, os touros fecharam com média de R$ 7,7 mil.


– Acho que, neste ano, vamos ter média geral acima de R$ 8 mil – estima o leiloeiro Marcelo Silva.


O patamar acima de R$ 8 mil já foi atingido em leilão de touros angus na Expointer. Levantamento de preços da Emater indica que, há um ano, o preço médio do do quilo do boi gordo, moeda que baliza os negócios na pecuária de corte, estava em R$ 3,43. Na última semana, subiu para R$ 4,22. Outra amostra do apetite do mercado foi a feira de novilhas selecionadas da Federação da Agricultura do Estado, também na Expointer, com média de R$ 1,33 mil por animal, 10% acima da edição anterior.


Apesar dos preços em alta, alguns fatores podem puxar o snegócios para baixo. É o caso da queda na cotação da soja e a estagnação da economia brasileira, pondera José Roberto Pires Weber, vice-presidente da ABA.


GAP aumenta oferta em 2014 

 

Na contramão das expectativas, algumas cabanhas aumentarão a oferta, como a GAP. No leilão do próximo domingo, em Uruguaiana, serão 300 touros e 320 ventres das raças angus, brangus, hereford e braford, número 10% superior ao ano passado. A intenção é privilegiar tradicionais clientes e reservar o que a cabanha tem de melhor para a disputa de lances. Apesar da escalada do preço do boi gordo, manter a média de 2013 será considerado um bom desempenho, avalia João Paulo Schneider da Silva, diretor comercial da GAP:


– Não acreditamos que essa valorização seja toda repassada, talvez por incertezas da economia, pelo momento de recessão. Mas a pecuária vai muito bem. A atividade, que vive altos e baixos, nunca teve estabilidade tão duradoura.


Considerado um dos principais remates da temporada de primavera e balizador de preços, o leilão da GAP faturou R$ 4,03 milhões ano passado.


Fonte: Campo & Lavoura 

Abate sobe e oferta de carne cresce em 2015


Abate sobe e oferta de carne cresce em 2015
Rebanho e produção de carne bovina mundiais se recuperam no próximo ano, mas a demanda deverá continuar forte, segurando os preços internacionais.
Analistas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) preveem que os abates no Brasil, um dos líderes nesse setor, subam para 43 milhões de animais em 2015. Os dados deste ano ficam em 42,2 milhões.
O aumento de abates permitirá ao país obter uma produção de carne bovina superior a 10 milhões de toneladas. E, consequentemente, ter um volume maior para exportações, que subiriam para 2,3 milhões de toneladas, acima dos 2 milhões previstos para este ano.
Quanto ao rebanho, a avaliação do Usda de que o país poderia atingir 208 milhões de cabeças neste ano e 212 milhões no próximo é superior à de analistas brasileiros, que indicam um número próximo de 200 milhões.
O rebanho argentino se recupera lentamente, após a forte queda há quatro anos. Mas os custos de produção, inflação e limitações do governo às exportações inibem esse crescimento.
Mesmo assim, o Usda prevê para o país vizinho produção de 2,8 milhões de toneladas e exportação de outras 210 mil no próximo ano.
O Uruguai, outro importante fornecedor de carne bovina na América do Sul, elevará o abate para 2,45 milhões de cabeças de gado no próximo ano, acima dos 2,24 milhões previstos para este.
As exportações uruguaias subiriam para 435 mil toneladas, 13% mais.
Brasil e Argentina vão ser beneficiados pela presença maior da Rússia em seus mercados, após os atritos russos com os países desenvolvidos, devido à Ucrânia.
Já os uruguaios terão mais carne para mercados seletivos, com o dos Estados Unidos, e com remuneração maior.
A União Europeia, que não terá a Rússia como compradora na região, terá abates e produção de carne bovina estáveis em 26,5 milhões de cabeças e em 7,5 milhões de toneladas de carne.
Já a Índia, exportadora de carne de búfalo e concorrente do Brasil em vários mercados, eleva as exportações para 2,2 milhões de toneladas no próximo ano, 10% mais do que neste.
Os Estados Unidos continuam com o menor rebanho nas últimas décadas e o total de gado confinado recuando.
Consumo Entre os principias produtores de carnes na América do Sul, brasileiros, argentinos e uruguaios também estão entre os que mais consomem o produto, segundo o Usda e a Informa Economics/FNP.
Os argentinos consomem pelo menos 110 quilos per capita da proteína, com destaque para a bovina, cujo consumo anual é de 60 quilos.
Brasil e Uruguai estão empatados no consumo per capita de carnes. Ambos consomem 101 quilos, com a diferença de que a carne de cordeiro tem importância maior na dieta dos uruguaios do que no Brasil.
Disputa
Assim como elevou a compra de carnes do Brasil, a Rússia vai querer disputar o mercado de trigo brasileiro, já que o país é um dos principais importadores mundiais do cereal.
fonte: Folha de S.Paulo

domingo, 21 de setembro de 2014

TOUROS - EXPECTATIVA DE VALORIZAÇÃO NAS PISTAS




A temporada de remates de primavera começa, nos próximos dias, com um cenário diferente do que foi observado em 2013 — quando o  faturamento aumentou em 30%, resultado considerado histórico. O preço médio do boi gordo estava cotado a R$ 3,30 kg/vv no fim de setembro
do ano passado. Hoje, o valor é de R$ 4,30. O preço do terneiro passou por valorização semelhante no mesmo período. Aliada a uma possível  redução de oferta em pista — embora não haja consenso sobre o tema —, essa conjunção de fatores leva o setor a projetar bons preços na primavera. 

Entre os leiloeiros, a estimativa é de alta de 10% a 20% nos preços, com valor médio dos touros entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Para Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, a oferta de animais deverá cair em cerca de 10%, considerando as dificuldades enfrentadas na preparação das pastagens. Ele ressalta que o preço do boi gordo está em alta, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil Central, e que a abertura de mercados como a 
Rússia deve impactar positivamente. “Esses mercados que se abriram para nós, ainda que não seja grande quantidade, ajudam  no que se refere a preço internacional da carne”, avalia. Ele acredita que, para esta temporada de remates, o preço médio do boi deva ficar entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil.

Para o consultor agropecuário Fernando Velloso, da FF Velloso & Dimas Rocha, um dos fatores que podem deixar o setor otimista é que leilões recentes, em outros estados, tiveram médias altas, entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Lógico, é fora do Rio Grande do Sul, onde há oferta menor de raças europeias, mas são valores que estão ocorrendo não em caráter de exceção”, avalia. Na opinião dele, é possível falar em uma média de R$  7,5 mil para a temporada prestes a se iniciar. Velloso projeta oferta igual à do ano passado, e eventualmente até maior. 

O presidente do Sindiler, Jarbas Knorr, acredita que os ventres poderão ter uma valorização expressiva. Ele projeta um aumento de 15% a 20% na média de preços. “Com a redução dos campos, porque a soja cada vez ocupa mais espaço, as pessoas querem fêmeas para produzir terneiros”, justifica. Calcula que o número de animais em pista não deve sofrer grandes alterações, apesar do avanço da soja em áreas de pecuária, e projeta uma variação de no máximo 10%, para mais ou para menos. Os remates da última Expointer são vistos como um bom parâmetro no que se refere os preços da primavera. O leilão da 7ª Nacional de Rústicos, por exemplo, teve média de R$ 8.171,05. Segundo o presidente da Febrac, Eduardo Finco, a feira realizada em Esteio contou com uma valorização individual dos animais, o que representa uma expectativa positiva para a temporada. “O valor médio foi maior do que no ano passado, o que reflete a qualidade dos animais”, explica. 

O presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, concorda. Ele acredita que os preços devem se manter próximos aos que foram praticados em Esteio, com média em torno de R$ 7 mil para os touros. “O preço do boi gordo está num patamar bom, o melhor dos últimos anos, e os remates estão sempre com pista limpa”, explica. “A pecuária está sendo melhor referenciada pelo avanço da agricultura.” 

As regras sanitárias para esta temporada permanecem inalteradas nas feiras oficiais, segundo o chefe do serviço de Exposições e Feiras da Seapa, Honório Franco. O peso mínimo exigido é de 160 kg para os terneiros machos nascidos na primavera e 200 kg para nascidos no outono. Para as fêmeas, o mínimo é de 150 kg a 180 kg, conforme a época do nascimento. Nas vaquilhonas, o peso varia de 220 kg a 300 kg, de acordo
com a idade. 
Otimismo com preços
O diretor comercial da GAP Genética, João Paulo Schneider, acredita em uma temporada impulsionada pelos bons valores referenciais do boi e do  terneiro. “Essas duas referências estão mais de 20% superiores ao ano passado.” Com 600 reprodutores e 36 cavalos Crioulos em pista, o leilão da GAP, que ocorre no dia 28, manteve oferta semelhante a de 2013. Se o preço do boi está em alta, o mesmo não ocorre com a soja. A saca da oleaginosa custava R$ 63,91 em setembro do ano passado. Hoje, vale em média R$ 55,09. Outras commodities, contudo, poderão equilibrar as
contas do setor. “Essa oscilação é passageira. Deve-se levar em conta também a perspectiva para o arroz, que é muito boa”, avalia o leiloeiro Marcelo Silva.

Bancos ampliam financiamento

Incentivados pelo bom momento do setor, os bancos ampliaram a oferta de crédito para as feiras de primavera. O Banrisul, que em 2013 disponibilizou R$ 250 milhões, neste ano aumentou a oferta para R$ 300 milhões. Segundo o superintendente da unidade de negócios rurais,
Anderson Rostirolla, poderá haver suplementação, caso necessário — a exemplo do que ocorreu na temporada passada, quando o valor acenado inicialmente havia sido de R$ 150 milhões. “O banco tem recursos para atender às demandas tanto dos clientes quanto dos produtores que procurarem o Banrisul”, explica. “Entendemos que o mercado está aquecido e tem condições de realizar uma boa temporada.” De acordo com ele, o volume disponibilizado leva em conta o desempenho do setor nas feiras de outono e nos leilões realizados na Expointer. O financiamento do Banrisul é válido apenas para as feiras oficiais. 

O Banco do Brasil, por sua vez, conta com diferentes linhas de financiamento voltadas à  bovinocultura. “Temos 18% da nossa carteira investida na pecuária”, afirma o gerente de Agronegócios da Superintendência estadual do BB, João Paulo Comerlato. “Das linhas que estamos elencando, não faltará recursos em nenhuma delas”, observou. Os valores podem ser utilizados nas feiras. Para médios produtores, o BB oferece o Pronamp custeio, com prazo de um ano, juros de 5,5% ao ano e limite de R$ 660 mil; Pronamp
investimento, com prazo de até cinco anos, juros de 5,5% e limite de R$ 385 mil; e o programa ABC, voltado à recuperação de pastagens e implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta ou pecuária- floresta, com prazo de até oito anos, juros de 4,5% e limite
de R$ 1 milhão. No caso dos grandes produtores, o custeio agropecuário oferece juros de 6,5% ao ano, com limite de R$ 1,1 milhão e prazo de um ano; e a possibilidade de o produtor fazer retenção de matrizes, com limite de R$ 1 milhão, juros de 6,5% ao ano e até dois anos de carência. 

O Sicredi atende aos remates por meio do seu Plano Safra, que conta com de R$ 5 bilhões em crédito rural representando 25,62% de crescimento
sobre o ciclo anterior. 


Fonte: Correio do Povo, adaptado pela Assessoria Agropecuária 

Consumidores americanos estão dispostos a pagar mais caro pela carne bovina


Fonte: Drovers
Os consumidores participantes de uma pesquisa mensal – Food Demand Survey – conduzida pelo Departamento de Economia Agrícola da Universidade do Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos, reportou a disposição em pagar mais caro pela carne bovina comparado com o mês passado e o ano passado.

Com relação às outras carnes, os consumidores americanos disseram que também estavam dispostos a pagar levemente mais (0,2%) pelo peito de frango, mas menos pelos produtos de carne suína.

Os consumidores reportaram menos gastos nas lojas de alimentos em setembro comparado com agosto, mas durante o mesmo período, reportaram que gastaram mais comendo fora. De acordo com a pesquisa, os consumidores anteciparam que os preços da carne bovina serão maiores nas próximas semanas e as expectativas de compra de carne caíram comparado com o mês passado.

De acordo com o relatório sobre Características de Atividades Varejistas de Carne Bovina Semanais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), para a semana de 12 a 18 de setembro de 2014, houve uma redução de 7,9% no número de estabelecimentos varejistas trazendo carne bovina com uma queda de 2% em taxas especiais e de 1,1% na atividade varejista geral comparado com a semana anterior. De acordo com o relatório, à medida que o verão chega ao fim, os varejistas estão começando a ter fazer ofertas especiais dos principais cortes para se grelhar em um esforço de dar espaço para cortes maiores de músculos.


Fonte: Drovers