A temporada de remates de primavera começa, nos próximos dias, com um cenário diferente do que foi observado em 2013 — quando o faturamento aumentou em 30%, resultado considerado histórico. O preço médio do boi gordo estava cotado a R$ 3,30 kg/vv no fim de setembro
do ano passado. Hoje, o valor é de R$ 4,30. O preço do terneiro passou por valorização semelhante no mesmo período. Aliada a uma possível redução de oferta em pista — embora não haja consenso sobre o tema —, essa conjunção de fatores leva o setor a projetar bons preços na primavera.
Entre os leiloeiros, a estimativa é de alta de 10% a 20% nos preços, com valor médio dos touros entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Para Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, a oferta de animais deverá cair em cerca de 10%, considerando as dificuldades enfrentadas na preparação das pastagens. Ele ressalta que o preço do boi gordo está em alta, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil Central, e que a abertura de mercados como a
Rússia deve impactar positivamente. “Esses mercados que se abriram para nós, ainda que não seja grande quantidade, ajudam no que se refere a preço internacional da carne”, avalia. Ele acredita que, para esta temporada de remates, o preço médio do boi deva ficar entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil.
Para o consultor agropecuário Fernando Velloso, da FF Velloso & Dimas Rocha, um dos fatores que podem deixar o setor otimista é que leilões recentes, em outros estados, tiveram médias altas, entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Lógico, é fora do Rio Grande do Sul, onde há oferta menor de raças europeias, mas são valores que estão ocorrendo não em caráter de exceção”, avalia. Na opinião dele, é possível falar em uma média de R$ 7,5 mil para a temporada prestes a se iniciar. Velloso projeta oferta igual à do ano passado, e eventualmente até maior.
O presidente do Sindiler, Jarbas Knorr, acredita que os ventres poderão ter uma valorização expressiva. Ele projeta um aumento de 15% a 20% na média de preços. “Com a redução dos campos, porque a soja cada vez ocupa mais espaço, as pessoas querem fêmeas para produzir terneiros”, justifica. Calcula que o número de animais em pista não deve sofrer grandes alterações, apesar do avanço da soja em áreas de pecuária, e projeta uma variação de no máximo 10%, para mais ou para menos. Os remates da última Expointer são vistos como um bom parâmetro no que se refere os preços da primavera. O leilão da 7ª Nacional de Rústicos, por exemplo, teve média de R$ 8.171,05. Segundo o presidente da Febrac, Eduardo Finco, a feira realizada em Esteio contou com uma valorização individual dos animais, o que representa uma expectativa positiva para a temporada. “O valor médio foi maior do que no ano passado, o que reflete a qualidade dos animais”, explica.
O presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, concorda. Ele acredita que os preços devem se manter próximos aos que foram praticados em Esteio, com média em torno de R$ 7 mil para os touros. “O preço do boi gordo está num patamar bom, o melhor dos últimos anos, e os remates estão sempre com pista limpa”, explica. “A pecuária está sendo melhor referenciada pelo avanço da agricultura.”
As regras sanitárias para esta temporada permanecem inalteradas nas feiras oficiais, segundo o chefe do serviço de Exposições e Feiras da Seapa, Honório Franco. O peso mínimo exigido é de 160 kg para os terneiros machos nascidos na primavera e 200 kg para nascidos no outono. Para as fêmeas, o mínimo é de 150 kg a 180 kg, conforme a época do nascimento. Nas vaquilhonas, o peso varia de 220 kg a 300 kg, de acordo
com a idade.
do ano passado. Hoje, o valor é de R$ 4,30. O preço do terneiro passou por valorização semelhante no mesmo período. Aliada a uma possível redução de oferta em pista — embora não haja consenso sobre o tema —, essa conjunção de fatores leva o setor a projetar bons preços na primavera.
Entre os leiloeiros, a estimativa é de alta de 10% a 20% nos preços, com valor médio dos touros entre R$ 7 mil e R$ 8 mil. Para Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, a oferta de animais deverá cair em cerca de 10%, considerando as dificuldades enfrentadas na preparação das pastagens. Ele ressalta que o preço do boi gordo está em alta, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil Central, e que a abertura de mercados como a
Rússia deve impactar positivamente. “Esses mercados que se abriram para nós, ainda que não seja grande quantidade, ajudam no que se refere a preço internacional da carne”, avalia. Ele acredita que, para esta temporada de remates, o preço médio do boi deva ficar entre R$ 7,5 mil e R$ 8 mil.
Para o consultor agropecuário Fernando Velloso, da FF Velloso & Dimas Rocha, um dos fatores que podem deixar o setor otimista é que leilões recentes, em outros estados, tiveram médias altas, entre R$ 10 mil e R$ 12 mil. “Lógico, é fora do Rio Grande do Sul, onde há oferta menor de raças europeias, mas são valores que estão ocorrendo não em caráter de exceção”, avalia. Na opinião dele, é possível falar em uma média de R$ 7,5 mil para a temporada prestes a se iniciar. Velloso projeta oferta igual à do ano passado, e eventualmente até maior.
O presidente do Sindiler, Jarbas Knorr, acredita que os ventres poderão ter uma valorização expressiva. Ele projeta um aumento de 15% a 20% na média de preços. “Com a redução dos campos, porque a soja cada vez ocupa mais espaço, as pessoas querem fêmeas para produzir terneiros”, justifica. Calcula que o número de animais em pista não deve sofrer grandes alterações, apesar do avanço da soja em áreas de pecuária, e projeta uma variação de no máximo 10%, para mais ou para menos. Os remates da última Expointer são vistos como um bom parâmetro no que se refere os preços da primavera. O leilão da 7ª Nacional de Rústicos, por exemplo, teve média de R$ 8.171,05. Segundo o presidente da Febrac, Eduardo Finco, a feira realizada em Esteio contou com uma valorização individual dos animais, o que representa uma expectativa positiva para a temporada. “O valor médio foi maior do que no ano passado, o que reflete a qualidade dos animais”, explica.
O presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, concorda. Ele acredita que os preços devem se manter próximos aos que foram praticados em Esteio, com média em torno de R$ 7 mil para os touros. “O preço do boi gordo está num patamar bom, o melhor dos últimos anos, e os remates estão sempre com pista limpa”, explica. “A pecuária está sendo melhor referenciada pelo avanço da agricultura.”
As regras sanitárias para esta temporada permanecem inalteradas nas feiras oficiais, segundo o chefe do serviço de Exposições e Feiras da Seapa, Honório Franco. O peso mínimo exigido é de 160 kg para os terneiros machos nascidos na primavera e 200 kg para nascidos no outono. Para as fêmeas, o mínimo é de 150 kg a 180 kg, conforme a época do nascimento. Nas vaquilhonas, o peso varia de 220 kg a 300 kg, de acordo
com a idade.
Otimismo com preços
O diretor comercial da GAP Genética, João Paulo Schneider, acredita em uma temporada impulsionada pelos bons valores referenciais do boi e do terneiro. “Essas duas referências estão mais de 20% superiores ao ano passado.” Com 600 reprodutores e 36 cavalos Crioulos em pista, o leilão da GAP, que ocorre no dia 28, manteve oferta semelhante a de 2013. Se o preço do boi está em alta, o mesmo não ocorre com a soja. A saca da oleaginosa custava R$ 63,91 em setembro do ano passado. Hoje, vale em média R$ 55,09. Outras commodities, contudo, poderão equilibrar as
contas do setor. “Essa oscilação é passageira. Deve-se levar em conta também a perspectiva para o arroz, que é muito boa”, avalia o leiloeiro Marcelo Silva.
contas do setor. “Essa oscilação é passageira. Deve-se levar em conta também a perspectiva para o arroz, que é muito boa”, avalia o leiloeiro Marcelo Silva.
Bancos ampliam financiamento
Incentivados pelo bom momento do setor, os bancos ampliaram a oferta de crédito para as feiras de primavera. O Banrisul, que em 2013 disponibilizou R$ 250 milhões, neste ano aumentou a oferta para R$ 300 milhões. Segundo o superintendente da unidade de negócios rurais,
Anderson Rostirolla, poderá haver suplementação, caso necessário — a exemplo do que ocorreu na temporada passada, quando o valor acenado inicialmente havia sido de R$ 150 milhões. “O banco tem recursos para atender às demandas tanto dos clientes quanto dos produtores que procurarem o Banrisul”, explica. “Entendemos que o mercado está aquecido e tem condições de realizar uma boa temporada.” De acordo com ele, o volume disponibilizado leva em conta o desempenho do setor nas feiras de outono e nos leilões realizados na Expointer. O financiamento do Banrisul é válido apenas para as feiras oficiais.
O Banco do Brasil, por sua vez, conta com diferentes linhas de financiamento voltadas à bovinocultura. “Temos 18% da nossa carteira investida na pecuária”, afirma o gerente de Agronegócios da Superintendência estadual do BB, João Paulo Comerlato. “Das linhas que estamos elencando, não faltará recursos em nenhuma delas”, observou. Os valores podem ser utilizados nas feiras. Para médios produtores, o BB oferece o Pronamp custeio, com prazo de um ano, juros de 5,5% ao ano e limite de R$ 660 mil; Pronamp
investimento, com prazo de até cinco anos, juros de 5,5% e limite de R$ 385 mil; e o programa ABC, voltado à recuperação de pastagens e implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta ou pecuária- floresta, com prazo de até oito anos, juros de 4,5% e limite
de R$ 1 milhão. No caso dos grandes produtores, o custeio agropecuário oferece juros de 6,5% ao ano, com limite de R$ 1,1 milhão e prazo de um ano; e a possibilidade de o produtor fazer retenção de matrizes, com limite de R$ 1 milhão, juros de 6,5% ao ano e até dois anos de carência.
O Sicredi atende aos remates por meio do seu Plano Safra, que conta com de R$ 5 bilhões em crédito rural representando 25,62% de crescimento
sobre o ciclo anterior.
Anderson Rostirolla, poderá haver suplementação, caso necessário — a exemplo do que ocorreu na temporada passada, quando o valor acenado inicialmente havia sido de R$ 150 milhões. “O banco tem recursos para atender às demandas tanto dos clientes quanto dos produtores que procurarem o Banrisul”, explica. “Entendemos que o mercado está aquecido e tem condições de realizar uma boa temporada.” De acordo com ele, o volume disponibilizado leva em conta o desempenho do setor nas feiras de outono e nos leilões realizados na Expointer. O financiamento do Banrisul é válido apenas para as feiras oficiais.
O Banco do Brasil, por sua vez, conta com diferentes linhas de financiamento voltadas à bovinocultura. “Temos 18% da nossa carteira investida na pecuária”, afirma o gerente de Agronegócios da Superintendência estadual do BB, João Paulo Comerlato. “Das linhas que estamos elencando, não faltará recursos em nenhuma delas”, observou. Os valores podem ser utilizados nas feiras. Para médios produtores, o BB oferece o Pronamp custeio, com prazo de um ano, juros de 5,5% ao ano e limite de R$ 660 mil; Pronamp
investimento, com prazo de até cinco anos, juros de 5,5% e limite de R$ 385 mil; e o programa ABC, voltado à recuperação de pastagens e implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária, lavoura-floresta ou pecuária- floresta, com prazo de até oito anos, juros de 4,5% e limite
de R$ 1 milhão. No caso dos grandes produtores, o custeio agropecuário oferece juros de 6,5% ao ano, com limite de R$ 1,1 milhão e prazo de um ano; e a possibilidade de o produtor fazer retenção de matrizes, com limite de R$ 1 milhão, juros de 6,5% ao ano e até dois anos de carência.
O Sicredi atende aos remates por meio do seu Plano Safra, que conta com de R$ 5 bilhões em crédito rural representando 25,62% de crescimento
sobre o ciclo anterior.
Fonte: Correio do Povo, adaptado pela Assessoria Agropecuária
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