sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Abertura de novos mercados para a exportação de gado vivo

México, Austrália, Canadá, Brasil, Uruguai e Estados Unidos, nesta ordem, são os principais exportadores de bovinos vivos. Juntos representaram 75,5% do volume total de bovinos embarcados em 2017. O Brasil detém 8,2% deste mercado. 

Desde de 2016, o mercado de exportação de gado em pé no Brasil vem se recuperando da suspensão das importações feitas pela da Venezuela, principal importadora até então, devido à crise econômica e política enfrentadas pelo país.

Neste ano, até setembro, o Brasil exportou 644,1 mil cabeças, volume 60,8% maior em relação ao acumulado de 2017. O faturamento foi de US$442,9 milhões, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

Figura 1. Faturamento (em milhões de dólares) e volume, em cabeças, da exportação de bovinos vivos 

do Brasil.  *2018 até setembro 


Fonte: MDIC / Elaborado pela Scot Consultoria

Desde 2016, o maior comprador de bovinos vivos do Brasil é a Turquia. Este ano o país foi responsável por 77,6% do volume embarcado.

O Egito é o segundo maior comprador, respondendo por uma fatia de 9,1%, seguido pelo Líbano com 6,2%, Jordânia com 3,9% e Iraque com 3,2%.

Abertura do mercado com o Irã 

Em 22 de outubro, foi anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a abertura do mercado de exportação de bovinos vivos para o Irã.  

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), reconhece o Brasil como livre de aftosa com vacinação e risco de encefalopatia espongiforme bovina (doença da Vaca Louca) muito baixo. Esse reconhecimento contribuiu para a celebração do acordo com o Irã. 

O Brasil já mantinha e mantém relações comerciais com o Irã, principalmente no mercado de grãos, o que pode ter facilitado as negociações que estavam ocorrendo desde 2014. 

Segundo reportagem publicada em 2017 no Financial Tribune (jornal iraniano), o Ministro da Agricultura do Irã, Hassan Rokni, informa que a produção iraniana atendia 90% do consumo interno de carne bovina e que os 10% restantes eram importados. Rokni também ressaltou que o Irá, até então, não importava animais vivos para abate.

Segundo o MAPA, o Irã tem potencial para adquirir 100 mil bovinos anualmente. Isso representa 15,5% da exportação brasileira até setembro, em 2018. 

Se confirmado os embarques, o volume destinado ao Irã o colocaria como o segundo maior cliente brasileiro, atrás apenas da Turquia. Em termos de faturamento, poderia representar um incremento de US$68,7 milhões para o país, considerando os valores médios de hoje. 

O MAPA também prevê a abertura do mercado brasileiro para Indonésia e a Tailândia, porém, a proximidade com Austrália e acordos já consolidados entre esses países são fatores limitantes para os negócios com o Brasil. A Indonésia representou 64% do volume de gado em pé exportado pela Austrália em 2017, e a Tailândia comprou 1% dos bovinos exportados pela Austrália. 

Final

A diversificação de destinos é importante, para manter o canal de escoamento da produção aberto e   melhorar o poder de barganha. 

Os países mulçumanos representam oportunidade para a ampliação do mercado de exportação de bovinos vivos, devido aos costumes e exigências de abate.

O Brasil tem potencial para atender esse mercado que permite agregação de valor ao bovino vivo e assim permitir ganho em cadeia. 
fonte: Scot Consultoria

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Irã surge como opção para o RS na venda de gado vivo



A estimativa é de que o mercado iraniano tenha potencial para adquirir 100 mil cabeças por ano, somando-se à Turquia como destino do produto brasileiro


A notícia de que o Irã abrirá suas portas para a compra de gado vivo brasileiro representa, para o Rio Grande do Sul, oportunidade extra de exportação, já que hoje a Turquia tem sido o único destino do produto embarcado no porto de Rio Grande. Para o Brasil, a estimativa é de que o mercado iraniano tenha potencial para adquirir anualmente 100 mil cabeças – no ano passado, o Brasil embarcou um total de mais de 400 mil animais. Aos iranianos somam-se os sauditas, que também acenaram com a abertura de mercado. Com mais dois destinos no portfólio, os pecuaristas gaúchos ganham opções de vendas.
– O Estado não será, necessariamente, o único fornecedor possível, mas com o Pará somos os mais preparados, em termos de estrutura, para atender a essa demanda – avalia Fernando Velloso, da FF Velloso & Dimas Rocha Assessoria Agropecuária.
Diretor da Brasil Beef e da Associação Brasileira de Exportadores de Animais Vivos (Abreav) no RS, José Crespo também entende que os dois países representam novas alternativas para o produtor que quer vender gado em pé, ainda que remunerem menos do que os turcos. A crise econômica na Turquia foi um alerta de que é importante trabalhar com opções diferentes, evitando ficar refém de um único comprador.
– São alternativas para dar continuidade aos negócios. Poder manter a demanda em um momento crítico de liberação de áreas de pastagens para a lavoura é importante – pondera o diretor da Abreav.
Atualmente, os preços pagos nos embarques de animais têm similaridade com os do mercado interno. Mas chegou a haver diferença de cerca de R$ 1 a mais por quilo neste ano.
Números da superintendência do porto de Rio Grande mostram que, nos nove primeiros meses de 2018, o número de animais exportados já é 32% maior do que em todo o ano passado. Ontem, navio Polaris 2 embarcou 9,6 mil exemplares rumo à Turquia.
O ritmo diminuiu após a turbulência na Turquia – mas a qualidade do gado produzido fez o Estado ter preferência nos negócios. Velloso avalia, no entanto, que em razão da redução muitos criadores que priorizavam o mercado externo passaram a usá-lo como segunda opção.
– O negócio da exportação é alternativa. A orientação é que o produtor separe parte do gado, que não seja opção final para todos os terneiros – diz Crespo.

Fonte: GaúchaZH, por Gisele Loeblein

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Epagri/Ciram confirma formação de ciclone que deverá atingir SC e RS no sábado





A Epagri/Ciram confirmou a formação de um ciclone extra tropical que deverá atingir regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul neste próximo sábado (27).
Desde ontem circula no whatsapp um áudio de Ronaldo Coutinho, que depois foi confirmado por ele mesmo, onde o agrônomo comenta sobre a projeção de ventos acima dos 100Km/h que devem atingir o litoral gaúcho e sul de Santa Catarina.
Ainda sobre o áudio de Coutinho, o que mais chamou a atenção foi o “ar de preocupação” no tom da conversa, que, segundo ele, foi vazada sem autorização, pois a divulgação da notícia estava prevista para quinta a noite ou sexta feira.
A Defesa Civil e Epagri Ciram monitoram o fenômeno. Em breve deveremos ter mais informações.
Fonte: www.notisul.com.br

terça-feira, 23 de outubro de 2018

FAO: Produção global de carnes deve crescer 19% até 2030

A produção global de carnes irá crescer 19% até 2030, sendo que os países em desenvolvimento deverão suprir 77% desta demanda adicional, segundo projeções de um estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) divulgado na quarta-feira (17).
Argentina, China, Brasil, Índia, México e Paquistão responderão pela maior parte da demanda adicional por carnes, enquanto os outros 23% do crescimento do consumo esperado serão supridos por países desenvolvidos.
A produção de carne de frango apresentará o maior crescimento até 2030, impulsionada pela demanda em expansão por esta proteína animal, segundo o relatório intitulado “Pecuária Global: Transformando a pecuária através dos objetivos de desenvolvimento sustentável”.
“A produção expandirá rapidamente nos países que produzem excedentes de grãos para alimentação”, disse a FAO sobre a produção de frango.
Já a demanda global por carnes deverá aumentar cerca de 1% por ano entre 2018 e 2030, sustentada principalmente pelo crescimento da população.
O relatório avalia que a atividade da pecuária é importante para a segurança alimentar e nutricional mundial, além de gerar renda e empregos, mas que pode contribuir ainda mais para o desenvolvimento sustentável ambiental e de comunidades.
Entre alguns desafios relacionados ao crescimento da produção pecuária, está a competição por terra para a produção de ração, que pode restringir a disponibilidade de recursos para produzir alimentos, segundo o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva. Além disso, a concentração de mercado tende a prejudicar os pequenos produtores.
“Há também a necessidade urgente de cessar o uso impróprio de antimicrobianos na criação de animais”, disse Silva em comunicado.
Para superar os desafios, será necessário que países avaliem seus setores pecuários e desenvolvam políticas adaptadas às circunstâncias locais, designadas a garantir que os pequenos produtores possam também colaborar para o suprimento da demanda adicional de carne nos próximos anos, segundo a FAO.

Fonte: Carne Tec

Preços reais da arroba e ciclo pecuário: onde estamos?


Sabemos que a formação dos preços pecuários se dá pela relação dinâmica entre oferta e demanda.
Neste sentido, o ciclo pecuário, que influencia essa dinâmica dos preços, evolui com o tempo conforme a pecuária também evolui. Nível tecnológico aplicado nas propriedades rurais, oferta de crédito, mudanças nas políticas econômicas governamentais, além de alterações pelo lado da demanda externa, exercem influência sobre a duração dos ciclos ou de suas fases.
Apesar de interferências externas, o fato é que o ciclo pecuário continua exercendo sua influência cíclica através da variação real dos preços pecuários em três fases distintas: alta, estabilidade e baixa.
Essa influência cíclica também pode ser descrita como a alternância entre a variação positiva das margens da atividade de cria combinada à queda da proporção de fêmeas abatidas frente ao total e vice-e-versa.
O ciclo tem duração média de 6 a 9 anos, com 3 a 4 anos em fase de baixa e 2 a 3 anos em alta, intermediados por uma fase de estabilidade, que costuma durar entre 1 e 3 anos. A figura 1 ilustra a descrição das fases-gatilho do ciclo pecuário.
Entre o final de 2013 e a metade de 2016, o valor da arroba variou acima da inflação. A alta de preços no período medida pelo IGP-DI foi de 23%, o que levaria a arroba em São Paulo de R$ 109,00 para R$ 134,30. Entretanto, em jul/16 a média (nominal) de preços ficou em R$ 155,60/@, acima do índice corretivo adotado nesta análise, o que sugere que o mercado pecuário se manteve aquecido no período.
Já a partir da segunda metade de 2016, o movimento se inverteu e o ciclo pecuário entrou em fase de baixa, já que os preços nominais se valorizaram abaixo da inflação.
Para se ajustar à variação teórica dos custos, os preços pecuários deveriam estar em R$ 165,00/@ considerando a média de preços em São Paulo para julho/18, mas o mês encerrou em R$ 142,00/@, bem abaixo das expectativas.
Valores menos atrativos reduzem o interesse do pecuarista em manter fêmeas para a reprodução e levam à ampliação dos abates de matrizes, que de fato voltou a tomar força a partir de 2017, e nota-se continuação do movimento também em 2018.
O movimento pode ser observado no gráfico 2.
O abate total de animais no país vem aumentando em bom ritmo, o que reforça a ideia de que o pecuarista tem conseguido se desfazer de estoques e dar continuidade ao ciclo pecuário.
Essa lição de casa tem sido fundamental para que seja possível liquidar com a fase de baixa e dar início à fase de alta do ciclo, possibilitando assim que as cotações variem acima da inflação. Há boa probabilidade de que isso ocorra já a partir da metade de 2019, especialmente em virtude dos abates em temporadas anteriores aliados ao forte movimento exportador e a alguma sinalização do governo que possa novamente atrair investimentos externos ao país, ajudando a reduzir o índice de desemprego.
Pelos motivos óbvios, o último fator é o mais difícil de se alcançar, afinal, a resistência à aplicação de medidas reformistas é grande.
Atualmente, o consumo interno de carne bovina ainda patina. A recuperação até acontece, mas a passos lentos, já que o cenário de incerteza econômica e política imprime riscos, impedindo a migração de investimentos para o país de forma consistente.
Já as exportações caminham em bom ritmo. Os embarques de agosto e setembro/2018 registraram dois recordes consecutivos para os volumes mensais embarcados, e no consolidado dos nove primeiros meses deste ano, o volume exportado está no maior patamar dos últimos 10 anos.
E assim, as exportações exercem função importante de suporte às cotações na medida em que enxugam a disponibilidade interna.
Falando sobre a disponibilidade interna, o número maior de animais do segundo giro de confinamento gera expectativa de maior oferta de animais terminados com suplementação nas próximas semanas.
Fator que facilitará a originação pelos frigoríficos, que devem continuar testando preços abaixo das indicações atuais.
Nessa perspectiva de curto-prazo, as projeções de preços para o final 2018 esfriam, e um possível avanço do consumo em dezembro pode oferecer alívio a pressão baixista.
Marco Guimarães é estagiário pela Agrifatto
Gustavo Machado é consultor pela Agrifatto

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Irã vai importar gado vivo do Brasil

O Brasil vai exportar gado vivo ao Irã conforme comunicado enviado nesta segunda-feira (22) pela Organização Veterinária do Irã, ao Departamento de Saúde Animal (DSA)do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O documento, recebido pelo diretor do DSA, Guilherme Marques, confirma a aprovação do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) para esses embarques.
Segundo o diretor “foram decisivos para a abertura deste mercado sucessivos reconhecimentos sanitários obtidos nos últimos anos junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como o reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa com vacinação (Santa Catarina é livre sem vacinação)e de pleuropneumonia contagiosa e de risco insignificante para encefalopatia espongiforme bovina (EEB, o Mal da Vaca Louca). As tratativas entre o DSA e os iranianos vinham sendo mantidas desde final de 2014, tendo em vista que são complexas, lembrou Marques.
O diretor diz que “os constantes acessos a novos mercados à exportação de gado brasileiro, impulsionaram esta negociação. Os próximos países que poderão comprar bovinos do Brasil são a Tailândia e a Indonésia. A diversificação dos mercados é favorável aos produtores e pode propiciar a negociação de outras commodities”.
A estimativa no setor produtivo é de que o mercado iraniano tem potencial para adquirir anualmente 100 mil cabeças de bovinos do Brasil, com a perspectiva de expansão a médio prazo, na medida em que avancem as relações comerciais.
A exportação de gado vivo é uma atividade praticada apenas por países que possuem rígido controle sanitário dos seus rebanhos, e representa canal de escoamento da produção para o produtor rural, conforme o diretor. Ele lembrou que “a atividade contribui para a melhoria da rentabilidade do pecuarista, que consegue melhorar a sanidade dos seus animais, os protocolos nutricionais e a gestão da propriedade, gerando empregos e receita cambial”.
Os dados dos últimos sete anos (2010-2017), mostram que a atividade gerou US$ 3,7 bilhões em divisas para o país. No ano passado, a exportação de bovinos vivos respondeu por faturamento de mais de US$ 276 milhões, e, dados até julho deste ano, mostram que os embarques atingiram US$ 301 milhões.

Mais informações à Imprensa:
Coordenação-geral de Comunicação Social
imprensa@agricultura.gov.br

domingo, 21 de outubro de 2018

Secretaria da Agricultura lança canal 24h para interação com produtores rurais

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Iniciativa da Secretaria visa obter o apoio da comunidade no combate a enfermidades animais - Foto: Seapi/Divulgação
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) lançam nesta sexta-feira (19), um novo canal para contato com os produtores. Por meio de whatsapp e e-mail, os gaúchos poderão enviar mensagens, áudios e vídeos com comunicações de notificações direcionadas aos diversos programas sanitários. Juntamente com o canal, está sendo lançado um material educativo em sanidade animal para ser distribuído nas propriedades visitadas pelo serviço veterinário oficial.
O intuito do material é fazer com que a população se sinta identificada e comprometida com os trabalhos desenvolvidos em sanidade animal. No primeiro momento, as atividades relacionadas ao combate da febre aftosa, doença erradicada no estado desde 2001, receberá atenção especial. O folder lançado traz informações esclarecendo o que é a doença, seus principais sintomas, formas de contaminação, como é possível evitar a contaminação e o que fazer para ajudar ao combate.
Nas próximas semanas, materiais informativos sobre tuberculose, brucelose, raiva herbívora e sanidade suína também serão lançados, em forma de folders, cartazes e ímãs de geladeira. Os recursos para a campanha são oriundos do Fundesa.
O secretário Odacir Klein ressaltou a importância do trabalho de integração realizado entre a Seapi, o Fundesa e as demais entidades do setor. “O trabalho do Fundesa é de grande importância para o desenvolvimento do setor. Também é fundamental salientar nossa ótima relação com o Ministério da Agricultura, que está sendo um grande parceiro na busca pela elevação do status sanitário do Rio Grande do Sul."
O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, afirmou “que o material lançado é resultante do trabalho e do esforço dos técnicos, e que ele atende a um anseio do Fundesa, que é o de integrar o produtor ao sistema.”
Para entrar em contato com a Secretaria, a população poderá utilizar o e-mail notifica@agricultura.rs.gov.br ou o whatsapp pelo fone (51) 98445-2033. O serviço ficará disponível 24 horas por dia.
Veja o folder aqui.
Texto: Eduardo Oliveira/Ascom Seapi
Edição: André Malinoski/Secom

Ministério do Trabalho interdita frigorífico da Marfrig em Bagé

Laudo técnico apontou risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores MPT/DIVULGAÇÃO/JC Uma força-tarefa liderada pelo Ministério do Trabalho (MT) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) interditou nesta sexta-feira (19) o frigorífico da Marfrig, em Bagé, na região da Campanha. O MPT emitiu um laudo técnico de 68 páginas, em que aponta “condição de risco grave e iminente à saúde e à integridade física dos trabalhadores”. A ação é resultado da 51ª operação da força-tarefa dos frigoríficos gaúchos, realizada desde 2014. Esta fase marcou o retorno do MT ao grupo operacional. Foram suspensas a utilização de diversas máquinas, setores e serviços, como salas de abate e de instalações elétricas. As irregularidades detectadas pelo MPT incluem o atordoamento de animais, abate, desossa e resfriamento. Também foram registrados problemas no acesso à planta, no fornecimento de água potável aos empregados, concessão e gozo de pausas, instalações sanitárias e subnotificações de acidente de trabalho e violação à estabilidade acidentária. O local já havia sido interditado pelo Ministério do Trabalho em 2015, também devido à constatação de situação de risco à saúde e à integridade física dos trabalhadores. A planta da Marfrig em Bagé abate, diariamente, 680 cabeças de gado e tem 890 empregados, que trabalham em turno único, de segunda a sexta-feira. Procurada, a Marfrig garantiu que aplica normas rígidas de segurança, zela pelo bem estar dos funcionários e está "adotando todas as medidas necessárias apontadas para a unidade de Bagé". Depois da vistoria, a empresa recebeu um prazo de 30 dias para manifestar interesse em firmar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). O documento inclui o cálculo de multa pelo descumprimento de TAC anterior, firmado em 2016. A operação desta sexta foi a 51ª ação da força-tarefa estadual dos frigoríficos, que atua desde 2014, que tem realizado inspeções nas plantas de todas as regiões do estado. Até o momento, de acordo com o MPT, cerca de 41 mil empregados foram beneficiados em todo o estado e interdições de máquinas e atividades paralisaram 16 plantas. Confira a íntegra do posicionamento da empresa: “A Marfrig informa que aplica rígidas normas de segurança no ambiente de trabalho, além de zelar pelo bem-estar de seus funcionários e pela constante manutenção do espaço fabril de todas as suas unidades. Nesse sentido, a companhia está adotando todas as medidas necessárias apontadas para a Unidade de Bagé e dando todo suporte as autoridades”. - 
fote:Jornal do Comércio 

Marfrig mantém ritmo acelerado de abates em Alegrete

Depois de um ano da reabertura da planta do frigorífico Marfrig em Alegrete, a indústria continua a pleno.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Alimentação estão sendo abatidas 700 reses por dia. E a tendência é aumentar os abates.
Para manter todo este trabalho estão atuando na planta 670 trabalhadores, informa Marcos Rosse.
Ele diz que além disso adquiriram uma nova máquina, no setor de dessosa, para corte de costelas que chegou à unidade e, provavelmente, vão empregar mais gente para operar o equipamento. Ele lembra que existem cerca de mil currículos na empresa e de lá que vão selecionando os novos servidores.
Outra boa notícia é quanto a ação na Justiça, referente a questões em que empresa não  cumpriu (itens da legislação trabalhista) e teria que pagar 5 milhões de multa. O sindicalista esclarece que a empresa se comprometeu a cumprir essas questões, na primeira audiência que aconteceu no mês de agosto.
 Vera Soares Pedroso