sábado, 19 de julho de 2014

RS: projeto Vitrine da Carne Gaúcha tem a primeira reunião do ano, diz Farsul

Os preparativos para a Expointer 2014 já iniciaram na Farsul. Uma das atrações que já se tornou tradicional no evento, o projeto Vitrine da Carne Gaúcha, teve sua primeira reunião realizada na última quinta-feira, 18/07, na sede da Federação. O encontro serviu para a organização do calendário com a distribuição das datas entre as marcas participantes.

Nesta 6º edição, serão cinco sessões diárias, entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro, de carne bovina, bubalina, de ovinos e suínos, totalizando 40 apresentações. Elas acontecerão diariamente no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, sendo duas pela manhã e três a tarde.

O assessor técnico do Sistema Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, explica que o principal propósito do projeto é apresentar a qualidade e características da carne produzida no Rio Grande do Sul.

Além das raças que tradicionalmente participam, de bovinos - Angus, Brangus, Braford, Devon, Hereford, os programas Aproccima e Apropampa; búfalos; ovinos – Arco, Herval Premium e Cordeiros do Pampa; suínos - da Associação Criadores de Suínos do RS, a partir deste ano também participam do evento a associação de criadores de zebuínos.  “Há algum tempo que eles manifestaram interesse e desde o ano passado intensificaram o contato com a Farsul e o Senar-RS”, comenta Pinheiro.

O projeto Vitrine da Carne Gaúcha é uma das as ações do Programa Juntos para Competir,  que é uma parceria entre Farsul, Senar-RS e Sebrae-RS.

Fonte: Sistema Farsul 

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sanidade bovina no RS [Yin e Yang] – Como achar o equilíbrio destas energias?

Em meio à troca de informações com um colega sobre o panorama do preço do boi e andamento das pastagens devido à luminosidade e ao excesso de chuvas, surgiu uma importante questão.
Será que os produtores e técnicos estão conscientes da real situação sanitária do rebanho gaúcho, no quesito carrapato?
No aspecto nutricional já temos um Yin e Yang, ou seja, nosso gargalo alimentar atualmente não é o inverno e sim o verão em boa parte dos sistemas.
Se considerarmos que hoje, boa parte da pecuária do estado está relacionada direta ou indiretamente com agricultura, podemos concluir que temos pastagens de alto valor nutricional e com boa disponibilidade no período de outono-inverno, e temos pastagens de verão ou campos nativos no período de primavera-verão.
No aspecto sanitário, como Yin e Yang, podemos citar a imunidade da tristeza parasitária bovina (TPB), cuja principal questão seria a seguinte:
Animais passam por um longo período em áreas com baixo desafio de carrapatos, de abril a outubro, no caso de pastagens entre lavouras de verão, e depois disso, durante a primavera e o verão, são mantidos em áreas como campos mais sujos ou pastagens degradadas com grande desafio de carrapatos.
Em função do longo período sem contato com o vetor, ocorre redução na capacidade imunológica dos animais, acarretando em surtos de TPB e possíveis perdas.
Com a expansão da soja nos últimos anos, principalmente na metade sul do estado, vemos mais movimentação de gado de invernar no outono-inverno.
Caso não haja um manejo adequado, potencializamos os problemas sanitários tanto de endo como de ectoparasitas, pois nesta situação, dentro de uma mesma propriedade temos animais de diferentes criatórios, com distintas cargas parasitárias e variado nível de resistência a diferentes drogas.
Se não tivermos um protocolo sanitário de chegada de animais na propriedade, ao invés de fazermos um incremento de renda com a integração lavoura-pecuária, estaremos fazendo um incremento de risco com a inclusão de parasitas mais resistentes.
Se aliarmos estas informações básicas à decisão do ministério da agricultura em retirar do mercado produtos de longa ação, veremos que o problema é grave, e que em algumas regiões do estado já está instalado devido à resistência a diversas drogas.
Esta decisão do ministério pode ser lobbying das indústrias frigoríficas, porém, mais uma vez quem arca com as consequências é o produtor.
Se o objetivo era de evitar residual de produtos na carne, devido ao produtor não respeitar o período de carência dos produtos, para depois enviar os animais para abate, teria de se melhorar a fiscalização e criar maneiras de penalização.
Além do que, devido ao desconhecimento dos burocratas, ainda há produtos nas prateleiras com carências semelhantes e ações distintas.
Este acontecido é semelhante à piada aquela em que o gaúcho pegou a mulher dele com outro homem no sofá da sala, então ele foi lá e tirou o sofá para que isto não acontecesse mais…
Por Eduardo Castilho

Brasil quer multiplicar por 30 vendas de carne bovina à China com liberação

Brasil quer multiplicar por 30 vendas de carne bovina à China com liberação
Brasil quer multiplicar por 30 vendas de carne bovina à China com liberação
Brasília, 17 jul (EFE).- O governo federal calcula que pode multiplicar por 30 as exportações de carne bovina à China, para US$ 1,2 bilhão em 2015, após a decisão do governo de Pequim de suspender o embargo ao produto brasileiro, informaram os dois países em declaração conjunta.
O fim do embargo chinês à carne bovina brasileira foi anunciado na reunião entre a presidentes Dilma Rousseff, e o da China, Xi Jinping, na primeira visita de Estado do líder chinês ao seu maior parceiro latino-americano.
A decisão foi imediatamente festejada pelo setor agropecuário brasileiro, maior produtor e exportador mundial de carne bovina.
O ministro de Agricultura, Neri Geller, garantiu que, sem restrições, as vendas de carne à China podem alcançar 18% de todas as exportações brasileiras do produto e chegar ano que vem a um valor entre US$ 800 milhões e US$ 1,2 bilhão.
O Brasil começou a vender carne bovina à China em 2009, quando o governo chinês autorizou as importações, e em 2012 chegou a vender US$ 38 milhões no maior mercado mundial.
Em dezembro de 2012, no entanto, a China suspendeu as importações preventivamente por causa de um caso da doença da vaca louca registrado no Brasil em 2010, que depois foi confirmado como atípico e sem risco para o rebanho.
No período sem vendas, no entanto, a China multiplicou as importações de carne bovina desde US$ 255 milhões em 2012 para US$ 1,269 bilhão em 2013, o que faz o setor calcular que pode se beneficiar dessa expansão.
Segundo o ministro da Agricultura, o processo para a retomada das exportações pode demorar cerca de um mês e inicialmente favorecerá oito frigoríficos que já têm certificados sanitários das autoridades chinesas para embarcar seus produtos. Outros nove já esperam autorização.
fonte: Agencia EFE, S.A. 2014

China suspende embargo à carne bovina do Brasil

A venda de carne brasileira para o país estava suspensa desde 2012.
China é vista como o mais promissor mercado para o produto brasileiro

A China suspendeu o embargo à carne bovina do Brasil, uma medida que foi estabelecida em 2012 após um caso atípico de doença da vaca louca no Paraná, anunciou nesta quinta-feira (17)o Ministério da Agricultura brasileiro, após o encontro dos presidentes do Brasil, Dilma Rousseff, e da China, Xi Jinping.
"Está suspenso o embargo, o Brasil pode exportar para a China sem nenhum problema", disse o ministro Neri Geller à Reuters, comentando medida tomada durante visita do presidente chinês ao Brasil.
A China nunca foi um grande comprador de carne bovina do Brasil, mas apresenta grande potencial considerando a demanda de Hong Kong, atualmente a maior compradora do produto brasileiro.
Em 2012, ano em que foi imposto o embargo, o Brasil exportou US$ 37,768 milhões em carne para a China.
A expectativa do governo brasileiro é vender até US$ 1 bilhão para os chineses no próximo ano. As vendas brasileiras de carne bovina, cujo principal mercado atualmente é Hong Kong, somaram US$ 6,6 bilhões em 2013.
Segundo analistas do setor, a medida não terá resultados imediatos, uma vez que será preciso restabelecer canais de negociação."A liberação das exportações para os chineses é estratégica para a pecuária brasileira, tendo em vista que a China é o mais importante parceiro comercial do Brasil e o mais promissor mercado mundial para as nossas carnes, devido ao crescente consumo de proteína animal", destacou, em nota, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
"Ainda é preciso agilizar a habilitação de novas plantas frigoríficas", ressalta a CNA, lembrando que atualmente apenas oito estabelecimentos brasileiros estão autorizados a exportar carne bovina para o mercado chinês. "Desde o ano passado, o Brasil aguarda uma visita das autoridades sanitárias da China para concluir o processo de habilitação", acrescenta a entidade.
A CNA destaca que o embargo chinês foi mantido desde dezembro de 2012,contrariando a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que manteve o Brasil na classificação de “risco insignificante” em relação à doença.
As exportações de carne bovina brasileira somaram 762 mil toneladas no primeiro semestre de 2014, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A remessa do produto ao exterior cresceu 12,7% em relação às 675,7 mil toneladas do intervalo janeiro-junho de 2013. Em receita, o crescimento foi de 13,3%, atingindo US$ 3,404 bilhões, contra US$ 3,004 bilhões do ano passado.
Geller se disse confiante de que com a reabertura da China à proteína animal brasileira as exportações para o país asiático respondam por cerca de 20% do total exportado pelo Brasil.
fonte: G1

 

A qualidade do couro bovino no Brasil



Há alguns anos o desempenho da indústria coureira brasileira vem contribuindo de forma positiva para o saldo da balança comercial. Em outras palavras, nosso país anda exportando mais couro do que importando. Para se ter uma ideia, em 2011 exportamos US$ 2,045 bilhões e em 2012 um valor aproximado, US$ 2,079. Mas em 2013 exportamos US$ 2,200 bilhões e, se falarmos em quantidade, foram 32 milhões de toneladas de couro vendidas para países como China/Hong Kong, EUA e Itália. Sim, nosso país exporta muito couro. Mas podia ser melhor.

Digo isso, pois, embora os valores das exportações sejam expressivos, nosso couro ainda apresenta baixa qualidade. Se alguns cuidados “porteira-adentro” fossem tomados, o couro brasileiro conseguiria melhor classificação na indústria depois de processado porque apresentaria menos defeitos, o que acarretaria em melhores valores pagos.

Mas então por que esses cuidados não são tomados? Porque que até hoje não existe uma forma diferenciada de pagar o produtor que cuida da pele dos seus animais. Ele continua recebendo, pela pele, de 7% a 8% do valor da arroba do boi, independente da qualidade desta. Já nas negociações feitas entre frigoríficos e curtumes, uma pele (também chamada de couro verde) é vendida por peso (Kg). As últimas cotações oscilaram entre R$ 2,30 e R$ 2,50/Kg. Se considerarmos que a pele corresponde a aproximadamente 10% do peso do animal, um boi abatido com 450 Kg vai fornecer uma pele com algo em torno de 45 Kg, ou seja, custará entre R$ 103,50 e R$ 112,50.

Se o produtor recebesse pela qualidade das peles de seus animais, certamente os marcaria com ferro candente somente nos locais permitidos (cara ou na região logo acima das articulações da coxa e/ou da paleta) e com marcas de, no máximo, 11 cm de diâmetro. Ele também evitaria a utilização de cercas de arame farpado, controlaria infestações de ectoparasitas (bernes, carrapatos, moscas-do-chifre), retiraria pontas de pregos e parafusos proeminentes dos mangueiros e jamais utilizaria ferrões ou pedaços de pau pontiagudos no manejo de seus animais.

O assunto é tão sério que a Embrapa Gado de Corte liderou um estudo para saber como andava a qualidade do couro no Brasil e pensar onde poderia atuar na melhoria de tão valorizado coproduto da cadeia da carne. Esse estudo percorreu sete estados brasileiros (Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Pará) que representassem as cinco regiões do país na produção de peles e couros e avaliou 1000 couros em cada um deles. E os resultados obtidos foram preocupantes.

Dos 7000 couros avaliados, praticamente todos apresentavam marca a ferro candente em locais não permitidos, às vezes com quatro ou cinco marcas em um mesmo animal. A incidência de marcas de carrapatos também foi visualizada em quase todos os couros. Outro defeito bastante encontrado foi o de marcas de riscos cicatrizados, ocasionados por cercas de arame farpado, manejo com ferrões e pastos “sujos” ou com arbustos espinhosos.

Diante desse cenário, o que nós da Embrapa podemos fazer é trabalhar a conscientização do produtor para que adote práticas relativamente simples, já citadas, que resultam em melhoria tanto na qualidade das peles dos animais, quanto na saúde e no desempenho geral do rebanho. Algumas ações contidas no Programa de Boas Práticas Agropecuárias (http://cloud.cnpgc.embrapa.br/bpa/) são de grande ajuda nesse sentido. No entanto, nós sabemos que a remuneração pela qualidade das peles é fundamental para que tais mudanças realmente ocorram. E na delicada relação produtor-frigorífico, nós ainda não conseguimos interferir.

Agrolink com informações de assessoria

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Carne orgânica a um passo da certificação no RS

Com o objetivo de oferecer um produto com maior rentabilidade ao produtor e mais saudável ao consumidor, o Governo do Rio Grande do Sul criou grupo de trabalho para estimular a produção e certificação da carne orgânica.

Integram o grupo as secretarias de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Emater, Secretaria do Meio Ambiente (Sema), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), técnicos de organizações não governamentais e produtores de bovinos, suínos, ovinos e aves. 

A iniciativa é do plano RS Sustentável e tem o objetivo de oferecer um produto com maior rentabilidade ao produtor e mais saudável ao consumidor. A iniciativa também busca a preservação do Bioma Pampa, explica o coordenador do programa, Francisco Milanez.

Já ocorreram duas reuniões do colegiado. A próxima será com degustação da carne orgânica numa atividade com o governador Tarso Genro, em agosto, no Galpão Crioulo, do Palácio Piratini. 

Mais informações podem ser obtidas pelo email: planors-sustentavel@secdes.rs.gov.br

fonte: Noticias da Pecuária

Confira previsões para o mercado mundial de carne bovina para o segundo trimestre de 2014| Estudo Rabobank

Oferta e demanda bem equilibradas
O mercado global de carne bovina está passando por uma situação de oferta e demanda relativamente equilibradas devido ao aumento da oferta direcionado pela seca na Austrália, produção temporariamente maior nos Estados Unidos e contínua forte demanda por carne bovina em importantes mercados importadores, como China e Estados Unidos.
As previsões para o terceiro trimestre para a carne bovina são muito positivas, com forte nível de preços previstos direcionados pela oferta limitada após o atual impulso da oferta, forte demanda de importação e altos preços de proteínas concorrentes, especialmente para carne suína devido ao vírus da diarreia epidêmica suína (PEDv).
Os curingas são as chuvas, que são chave para a oferta da Austrália e, a uma extensão menor, Estados Unidos e Brasil, e os consumidores, que serão chave para a aceitação de níveis maiores de preços.
A disponibilidade de bovinos para engorda, bem como os maiores custos de produção, limitarão a expansão em todo o mundo em 2015, suportando uma forte previsão para produtores primários, em contraste com as contínuas circunstâncias apertadas para os processadores.
Perspectivas globais
O mercado global de carne bovina ganhará novamente seu momento positivo no terceiro trimestre, uma vez que a oferta atual, temporariamente maior, trabalhou através do sistema. Isso provavelmente suportará mais fortalecimento dos preços – resultando das ofertas mais escassas de proteínas concorrentes, especialmente carne suína, devido à PEDv – no final de 2014 (Figuras 1 e 2).
Rabobank T2 - Fig 1
Rabobank T2 - Fig 2
Os principais curingas para o começo desses desenvolvimentos positivos são as chuvas na Austrália e, a uma extensão menor, nos Estados Unidos e no Brasil, onde a continuação da seca pressionará mais bovinos no sistema, o desenvolvimento das importações da Indonésia durante as festividades do Ramadã de julho e as importações chinesas para a alta temporada no final de 2014. Além disso, os preços relativamente altos podem resultar nos consumidores se voltando à carne suína e de frango.
Os contínuos fundamentos positivos do mercado serão positivos para as margens dos produtores. Entretanto, em prazo mais longo, a provável menor disponibilidade de bovinos para engorda e os altos custos de produção poderão limitar o possível lado positivo. Para os processadores, a atual estabilização dá a eles espaço para retomar margens, mas as previsões são menos positivas devido à aproximação da oferta escassa na maioria das regiões produtoras.
Nos Estados Unidos, as maiores colocações de animais em estabelecimentos de engorda ocorrendo entre setembro e fevereiro começaram a entrar no mercado. Isso continuará até agosto, quando as ofertas deverão se estreitar e os preços se recuperar.
Na Austrália, o impulso da oferta induzido pela seca continuará até que as chuvas tenham melhorado as pastagens suficientemente para começar a reconstrução do rebanho. Até então, a oferta será firme e os preços ficarão sob pressão. No Brasil, a oferta aumentou após condições sazonais difíceis no primeiro trimestre, que apoiou um forte crescimento, apesar das barreiras devido à descoberta de um novo caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) durante o segundo trimestre. Com um forte crescimento nas exportações, de 15% em 2014, e a Copa do Mundo em progresso, os preços permanecerão altos.
As importações da China continuam crescendo, mas o aumento de 380% registrado no ano passado subjugou um aumento ainda muito forte de 34,2% entre janeiro e abril. O declínio, comparado com o ano anterior, é principalmente resultado da forte disponibilidade de carne suína. Apesar de um certo enfraquecimento, os preços da carne bovina no varejo ainda estão 12% maiores com relação ao ano anterior, o que é notável à medida que o segundo trimestre é um período de baixo consumo. As importações suficientes de bovinos vivos da Indonésia resultaram em uma situação de oferta e demanda equilibrada estabilizando os preços, que prevenirão um aumento nos preços da carne bovina como ocorrido no terceiro trimestre de 2013, apesar do começo do mês festivo em julho. O aumento nos bovinos vivos da Austrália e as maiores importações de carne bovina ajudaram a reduzir os preços varejistas da Indonésia.
Perspectivas regionais
Estados Unidos
Depois de explodir em níveis recordes de preços durante o primeiro trimestre, os mercados de bovinos e carne bovina dos Estados Unidos retrocederam um pouco durante o segundo trimestre. Os preços do boi gordo alcançaram o pico na última semana de março em um alcance de US$ 335,00 por 100 quilos para US$ 339,50 por 100 quilos e caíram para um nível ainda recorde de US$ 317,50 por 100 quilos a US$ 322 por 100 quilos para o segundo trimestre até agora (Figura 3). Os preços caíram devido aos níveis de produção, mantendo-se na parte alta das últimas projeções com alguma desaceleração nos gastos dos consumidores em reação aos preços mais altos.
Rabobank T2 - Fig 3
Daqui para frente, a pressão sazonal sobre os preços está começando a pesar sobre o mercado junto com expectativas de que mais boi gordo estará chegando ao mercado em breve.  As colocações de bovinos para engorda para o período de setembro a fevereiro foram de 563.000 cabeças a mais que no ano anterior, com o maior aumento em janeiro e fevereiro. Dados os esperados 175 dias em engorda, as ofertas de boi gordo durante o verão deverão ficar acima dos níveis do ano anterior, com o peso vindo em julho e agosto.
As projeções anteriores de preços foram para uma baixa no verão dentro do alcance de US$ 304,24 por 100 quilos a US$ 313 por 100 quilos.
Até agora nesse ano, os abates de novilhos gordos ficaram apenas 1% abaixo dos níveis do ano anterior, os abates de novilhas caíram em 7%, mostrando o começo da retenção de novilhas, para um declínio combinado nos abates de animais gordos de 3%. Pelo menos para o período e comercialização do verão, o Rabobank espera ver taxas semanais de abates de animais gordos muito mais próximas dos níveis do ano anterior – potencialmente excedendo esse nível por um breve período. Uma vez que a oferta de boi gordo no verão é trabalhada através do sistema, as ofertas deverão cair e os preços se fortalecerão durante o quarto trimestre de 2014 e primeiro trimestre de 2015.
Até agora, os abates de bovinos de corte e leiteiros caiu em 12% e 11% com relação ao ano anterior, respectivamente, mostrando que os operadores de cria dos Estados Unidos pararam de liquidar fêmeas e estão retendo o rebanho de fêmeas. Tornando essa retenção ainda mais impressionante está o fato que ocorreu com a continuação das condições de seca em grande parte das áreas de produção de cria. Atualmente, 52% dos bovinos de corte e 47% dos bovinos leiteiros dos Estados Unidos estão localizados em áreas com condições de seca.
No momento em que esse relatório foi escrito, houve certas chuvas gloriosas em algumas das áreas mais secas – principalmente Texas, Oklahoma, Novo México e Colorado. Infelizmente, as áreas de seca na Califórnia, Kansas e Nebraska ainda precisam receber alguma precipitação significativa. Embora as atuais chuvas estejam fornecendo uma ajuda tremenda, o clima seco geral continua.
Os preços dos bovinos e bezerros de engorda continuam pressionados em níveis recordes, no alcance de US$ 441 a US$ 463 por 100 quilos, US$ 143,30 por 100 quilos a mais que no ano anterior, sem redução nos preços até agora (Figura 4). Sazonalmente, os preços dos bovinos para engorda terão uma correção modesta de preços em maio, antes de aumentar do meio de junho até agosto, inevitavelmente resultando em uma maior volatilidade de preços.
Rabobank T2 - Fig 4
Austrália
Os abates totais de bovinos australianos durante os primeiros quatro meses de 2014 aumentaram em 12% com relação ao ano anterior devido às condições de seca em Queensland e às más condições no norte de New South Wales. O contínuo fluxo de bovinos viu um extra de 337.000 cabeças abatidas nos primeiros quatro meses de 2014, comparado com os abates historicamente altos registrados no mesmo período de 2013 (Figura 5).
Rabobank T2 - Fig 5
Apesar dos altos volumes de processamento, os preços médios permaneceram acima dos níveis do ano anterior até abril e maio. O Eastern Young Cattle Indicator (EYCI), um índice que avalia os valores médios do gado no país aumentou em 15% ou 41,30 centavos de dólar por quilo durante abril a maio de 2014 comparado com o mesmo período do ano anterior, ficando em média em US$ 3,22 por quilo. Os preços de venda ficaram sobre severa pressão devido ao aumento da oferta, especialmente em Queensland. Entretanto, os preços foram assistidos pela forte demanda de exportação, bem como pelas condições positivas do outono em grandes partes do sul da Austrália, que viram bovinos em boas condições vindo ao mercado.
Um desenvolvimento positivo dadas as extensas séries de condições desafiadoras tem sido a demanda muito forte de exportações para a carne bovina australiana. As exportações de carne bovina alcançaram níveis recordes durante os primeiros cinco meses de 2014 apoiadas pelos maiores abates. Março e maio viram o maior total mensal registrado de exportações de carne bovina e de vitelo da Austrália. As exportações de carne bovina nos primeiros cinco meses de 2014 aumentaram em 17% ou 69.480 toneladas comparado com o mesmo período de 2013.
A maioria do aumento veio da forte demanda dos Estados Unidos (agora, o maior mercado da Austrália), com as exportações aumentando em 46% ou 38.823 toneladas com relação ao ano anterior, para 123.300 toneladas. Mais crescimento foi registrado na Indonésia (aumento de 11.097 toneladas), Coreia (aumento de 9.523 toneladas) e China (aumento de 7.860 toneladas com relação ao ano anterior). Esses fortes volumes de exportação deverão continuar durante 2014 devido à forte demanda internacional dos Estados Unidos, Coreia e China. Entretanto, isso será dependente das chuvas e das condições sazonais, particularmente em Queensland (Figura 6).
Rabobank T2 - Fig 6
Entretanto, as previsões de curto e médio prazo para ofertas e preços é dependente de uma coisa, chuvas. O aumento da probabilidade da ocorrência do El Niño poderá colocar mais pressão nos níveis de estoques e nos retornos aos produtores. A previsão de um inverno mais seco no Hemisfério Sul na maioria das regiões sul e leste da Austrália provavelmente levará à contínuos altos níveis de produção e manterá uma pressão de baixa nos mercados do nordeste que estão com dificuldades.
Brasil
No segundo trimestre de 2014, o mercado brasileiro de carne bovina foi testado para a descoberta de um novo caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) em Mato Grosso e crescimento nos custos de produção. Esses dois fatores poderiam resultar na redução de margem, particularmente em estabelecimentos de engorda.
O bom é que o fato de o caso atípico de EEB ter sido reportado a tempo à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) garantiu ao Brasil credibilidade e demonstrou um bom controle sanitário do rebanho às autoridades internacionais. Isso permitiu que o Brasil mantivesse seu status de “risco insignificante” para a doença. Entretanto, o caso foi suficiente para resultar em alguns embargos de países como Egito, Peru, Irã, mas somente na carne fornecida pelo Mato Grosso.
As autoridades brasileiras garantiram que essas restrições não afetarão as exportações de carne bovina brasileira, uma vez que os principais exportadores têm a opção de continuar exportando de outros estados. Além disso, as autoridades vêm trabalhando para derrubar os embargos testando cerca de 50 animais no Mato Grosso, com todos os casos mostrando resultados negativos para a doença. Como consequência, a OIE confirmou que o Brasil não apresenta um risco de epidemia de EEB.
Assim, as exportações permanecem fortes e os principais importadores de carne bovina brasileira, como Rússia e Hong Kong, não mostraram nenhuma restrição. Além disso, o Brasil ainda está esperando o resultado das negociações com o USDA para abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina brasileira fresca e estão também esperando pela reabertura do mercado chinês, à medida que ambos os países estão passando por problemas internos de oferta de carne. De acordo com a Associação Brasileira de Exportadores de Carne Bovina (Abiec), essas duas coisas deverão ocorrer nos próximos meses.
Dessa forma, o Rabobank espera que as exportações nesse ano crescerão em cerca de 15% comparado com o ano anterior, resultando em preços firmes no mercado doméstico. Os preços também foram impulsionados pela Copa do Mundo de Futebol, que acelerou o consumo doméstico. Em uma recente pesquisa conduzida em São Paulo e no Rio de Janeiro, quase metade dos participantes que ficariam em casa para assistir aos jogos disseram que comeriam churrasco.
O aumento nas exportações nesse ano e os altos preços nos mercados futuros trouxeram a expectativa de um aumento no número de animais confinados. Entretanto, os maiores custos levaram o Rabobank a acreditar que o aumento nos números de estabelecimentos de engorda nesse ano não deveria ser tão grande quanto esperado anteriormente, mas ficariam alto, em torno de 8% com relação ao ano anterior. É importante notar que somente 10% dos bovinos brasileiros abatidos são de estabelecimentos de engorda de confinamento, demonstrando um alto potencial de crescimento nos próximos anos. Os grandes membros do setor, como JBS e Minerva Foods, acreditam que a indústria pecuária brasileira está passando por um período de intensificação da tecnologia que naturalmente aumenta o uso de estabelecimentos de engorda.
Os preços dos bovinos vivos decresceram lentamente à medida que a oferta de carne bovina aumenta no Brasil. Entretanto, considerando a Copa do Mundo, a estação de seca do inverno brasileiro, bem como a demanda internacional forte, o Rabobank previu que os preços se recuperariam no terceiro trimestre e no quarto trimestre, e deverão exceder novamente R$ 125/15 quilos (Figuras 7 e 8).
Rabobank T2 - Fig 7
Rabobank T2 - Fig 8
Nova Zelândia
Os fundamentos da indústria de carne bovina da Nova Zelândia permanecem positivos em direção ao inverno, com as menores ofertas combinadas com forte demanda apoiando os preços ao produtor e de exportação. Ventos contrários continuam vindo da alta taxa de câmbio e das maiores ofertas sustentadas da Austrália, ambas devendo permanecer desafiadoras nos próximos meses.
Os abates totais de bovinos durante os primeiros quatro meses de 2014 declinaram em 4% com relação ao mesmo período do ano anterior, para pouco mais de 1 milhão de cabeças (Figura 9). A queda total foi apoiada por um declínio nos abates de vacas (412.488 cabeças), que caíram em 15% com relação ao ano anterior durante o mesmo período. Os altos preços das vacas leiteiras e melhores condições climáticas comparado com a seca durante os primeiros cinco meses de 2013 estimularam uma maior retenção de vacas.  O preço do touro na Ilha do Norte ficou em média em NZ$ 4,15 (US$ 3,65) por quilo no começo de junho, 5% a mais que na mesma semana do ano anterior e o maior preço médio desde o começo de 2012. Provavelmente haverá um aumento nos preços à medida que a oferta se estreita com a chegada do inverno e a demanda dos Estados Unidos, bem como a robusta demanda da China, continuam fortes.
Rabobank T2 - Fig 9
A demanda internacional por carne bovina da Nova Zelândia durante os primeiros quatro meses se manteve forte. Apesar de os níveis de abate durante o mesmo período do ano anterior terem caído e a taxa de câmbio que continuou aumentando para níveis desconfortavelmente altos durante 2014, as exportações totais e os retornos médios de exportação aumentaram. Os envios para os primeiros quatro meses do ano alcançaram 163.599 toneladas, levemente a mais que no mesmo período do ano anterior. Os retornos médios gerais de exportação permaneceram relativamente estáveis durante 2014.
Canadá
O mercado canadense de bovinos tem sido muito incomum até agora nesse ano. No começo do ano, os totais de bovinos em engorda do Canadá estavam 10% acima dos níveis do ano anterior. Atualmente, os bovinos em engorda totais do Canadá está 8% acima dos níveis do ano anterior. Ao mesmo tempo, as exportações de bovinos para engorda até agora nesse ano aos Estados Unidos estão atualmente 44% maiores que no ano anterior, e no começo do ano estavam 64% maiores que os níveis do ano anterior. A questão é que a oferta disponível de bovinos fora dos estabelecimentos de engorda está sendo usada a um ritmo anormalmente rápido. Simplesmente não é possível para as exportações e colocações continuar nesse ritmo que veio até agora nesse ano. De fato, os envios de bovinos para engorda aos Estados Unidos e as colocações em estabelecimentos de engorda deverão apresentar fortes declínios durante a segunda metade do ano.
O maior uso de bovinos para engorda canadense e a oferta de bezerros foram direcionadas por uma série de fatores. Primeiro, os níveis recordes de preços nos Estados Unidos vêm extraindo muitos animais e, segundo, o clima extremo de inverno torna a manutenção dos animais muito cara, bem como as condições de alimentação dos mesmos. Finalmente, as consequências inesperadas das leis revisadas de rotulagem do país de origem (COOL) dos Estados Unidos levaram a um aumento dos envios de bovinos para engorda e uma modesta a leve redução nos envios de boi gordo aos Estados Unidos. OS preços dos bovinos canadenses têm sido tão atrativos quanto nos Estados Unidos.
Os envios até agora nesse ano de vacas canadenses aos Estados Unidos estão 6% menores que no ano anterior, sugerindo que, assim como nos Estados Unidos, os produtores de cria receberam o sinal econômico de que as ofertas de animais de reposição em todas as categorias de peso estão excepcionalmente escassas e permanecerão com uma baixa oferta, estimulando os produtores a começar o processo de expansão.
Argentina
O abate de bovinos e a produção para os primeiros quatro meses do ano foram levemente menores, em 0,2% e 1,1%, respectivamente, comparado com o mesmo período do ano anterior (Figura 10). Apesar de não haver números oficiais para abril e maio ainda, a contração piorou no segundo trimestre do ano, à medida que as fortes chuvas durante o período evitaram o movimento dos animais para fora das fazendas. A oferta mais escassa apoiou os maiores preços dos bovinos no segundo trimestre, que alcançou 16 pesos argentina (US$ 1,96) por quilo.
Rabobank T2 - Fig 10
A diferença entre a contração nos abates e na produção é devido ao fato de que o peso médio ao abate continua declinando à medida que a produção é principalmente destinada ao mercado doméstico, que favorece animais mais leves.
As exportações para os primeiros quatro meses foram de aproximadamente 35 mil toneladas, 17% a menos que no ano anterior e representando apenas 6% da produção total. Com somente um mês faltando para o fechamento do período da Cota Hilton, estima-se que a mesma não será cumprida por 10 mil toneladas (um terço da cota total distribuída para a Argentina). O baixo desempenho das exportações continua sendo o resultado combinado de uma taxa de câmbio não competitiva, uma taxa de exportação de 15% e um processo complicado de obtenção de direitos de exportação.
Para a segunda metade do ano, o Rabobank espera que a produção aumente sazonalmente, enquanto a demanda se enfraquecerá como resultado do ambiente econômico geralmente recessivo. Os preços dos bovinos na segunda metade do ano deverão cair (em termos reais) com relação aos níveis da primeira metade do ano.
China
A oferta escassa continuou no segundo trimestre de 2014. Como o segundo trimestre é normalmente uma estação de baixa para o consumo de carne, os preços varejistas da carne bovina enfraqueceram desde março, caindo de 63,87 yuan (US$ 10,35) por quilo em janeiro para 62,59 yuan (US$ 10,14) por quilo em maio (Figura 11).  Apesar de os preços estarem sob uma leve pressão sazonal, o preço médio no varejo no país continua em um nível alto, ainda 12% maior do que no mesmo período de 2013.
Em termos de lucratividade se disseminando em toda a cadeia de fornecimento, os lucros dos produtores chineses de carne bovina, lucros em abril de 2014, caíram para 1.242,2 yuan (US$ 201,417) por cabeça (cada cabeça equivale a 500 quilos), 24,4% menos que no primeiro trimestre do ano. A rentabilidade nos abates aumentou marginalmente para 744,2 yuan (US$ 120,66) por cabeça (aumento de 4,5% comparado com o primeiro trimestre do ano).
Rabobank T2 - Fig 11
As importações de carne bovina pela China alcançaram 101.000 toneladas nos primeiros quatro meses de 2014, um aumento de 34% com relação ao ano anterior, mas menor comparado com o crescimento excepcional de 380% em 2013. Entretanto, mesmo com esse volume, as importações de carne bovina da China estão historicamente muito altas se comparado com os volumes de antes de 2013. O preço médio de importação da carne bovina congelada nos primeiros quatro meses do ano foi de US$ 4.368,25 por tonelada, 6% a menos que no ano anterior. Isso é devido à oferta temporariamente suficiente da Austrália. Nos primeiros quatro meses de 2014, a Austrália continuou sendo o maior fornecedor de carne bovina à China, representando 52,7% do volume total importado, 50% a mais que no ano anterior. O Uruguai ainda está em segundo lugar, com o volume importado de 23.912 toneladas, aumentando em 27% com relação ao ano anterior.
México
A combinação de baixos custos de alimentação animal, melhores pastos e altos preços da carne bovina deram aos produtores de carne bovina do México o incentivo para integrar verticalmente as operações para aumentar a produção de carne. Entretanto, o Rabobank espera que essa expansão seja marginal, à medida que o rebanho bovino continua limitado. No final desse ano, o Rabobank antecipou que a produção de carne bovina aumentará em 0,9% com relação ao ano anterior, alcançando 1,824 milhão de toneladas.
As melhoras nas margens dos bovinos de corte encorajam os confinadores a reconstruir seus estoques. Apesar das atuais pressões sobre a disponibilidade de animais, o Rabobank espera que os estoques finais de bovinos de corte crescem em 0,4% com relação ao ano anterior. A maioria desse crescimento virá de novos projetos públicos e privados de repovoameto e algumas aquisições de bovinos de operações de duplo propósito. Além disso, o Rabobank espera que as exportações de bovinos aos Estados Unidos declinem pelo segundo ano consecutivo, à medida que os confinadores mexicanos continuam competindo por bovinos com os Estados Unidos. Em 2014, o Rabobank antecipou que as exportações de bovinos serão de 950 mil cabeças, menos que as 1 milhão de cabeças exportadas no ano passado.
O aumento marginal esperado nos bovinos de corte não diluirão as pressões sobre os preços à medida que o resto do rebanho, particularmente os bovinos de duplo propósito, continuarão diminuindo.
Durante o segundo trimestre, os preços dos bovinos aumentaram em cerca de 7% com relação ao trimestre anterior e aumentaram em 13% com relação aos preços do ano anterior. Apesar de os preços terem alcançado valores históricos, o Rabobank acredita que os mesmos têm potencial para aumentar ainda mais (Figura 12).
Rabobank T2 - Fig 12
O consumo de carne bovina continua letárgico à medida que os preços continuam em alta, alcançando níveis recordes. O consumo per capita foi antecipado em 15,8 quilos, menos que os 15,9 quilos em 2013. Entretanto, esse declínio está encontrando um piso, à medida que os preços de outras proteínas, como carne suína e de frango, permanecem fortes.
Com relação ao comércio, o México anunciou que abriria sua fronteira à carne bovina dos Estados Unidos e subproduto vindos de bovinos abatidos de qualquer idade naquele país. Como resultado da redução na produção de carne bovina dos Estados Unidos, o Rabobank não espera nenhum aumento significativo nas exportações ao México. No final desse ano, o Rabobank antecipou importações mexicanas de 171 mil toneladas, mais que as 164 mil toneladas no ano anterior.
As exportações de carne bovina deverão permanecer baixas, à medida que os preços domésticos continuam mais fortes do que os preços pagos em outros mercados, como nos Estados Unidos. Além disso, as exportações à Rússia continuam incertas. No final do ano, as exportações mexicanas de carne bovina foram estimadas em 121 mil toneladas, levemente a mais que as 117 mil toneladas no ano passado.
União Europeia (UE)
Na UE, desenvolvimentos diferentes podem ser observados entre o sul da Europa (França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Chipre e Malta) e o resto da UE. No sul da Europa, os números abatidos no primeiro trimestre (-6,5% de janeiro a março) continuaram declinando nos últimos anos, o que resultou nos preços nos países mencionados permanecendo estáveis em comparação ao ano anterior. Em contraste, os níveis de abate no noroeste e no leste da Europa aumentaram em 4,0% e 2,7%, respectivamente, resultando em declínios de duplos dígitos nos preços na Irlanda e na Suécia. Os abates totais da UE declinaram em 0,8%, para 6,1 milhões de cabeças, com a produção caindo em 0,4%, para 1,77 milhão de toneladas.
Com a Irlanda sendo exportador líder na UE e apesar do crescimento nas exportações (+10,5% de janeiro a março) e o declínio nas importações (-4,8% de janeiro a março), os preços permaneceram sob pressão na UE (Figura 13). Somente os preços das vacas aumentaram devido à menor disponibilidade (-2,3%), ambos sazonalmente e em preparação para a abolição das cotas em abril de 2015.
Rabobank T2 - Fig 13
Os preços da carne bovina na UE deverão se estabilizar em torno dos níveis atuais no verão, com algum potencial de aumentar no final do ano devido à combinação de oferta estável, contínua forte demanda de exportação e proteínas concorrentes com preços relativamente altos.
Indonésia
Os preços da carne bovina da Indonésia no primeiro trimestre ficaram em média em 98.400 rúpias (US$ 8,47) por quilo, 13% a mais que no ano anterior e 5% a mais que no quarto trimestre de 2013 (Figura 14). No segundo trimestre, os preços permaneceram estáveis comparado com o primeiro trimestre, em grande parte direcionados pela boa oferta de bovinos para engorda no primeiro trimestre.
Rabobank T2 - Fig 14
Não há pressão imediata de alta nos preços da carne e, nesse momento, o Rabobank não espera que os preços aumentem no terceiro trimestre. Isso contrasta com os últimos anos, quando o período do festival do Ramadã resultou em grandes aumentos dos preços.
No primeiro trimestre, as importações de bovinos vivos aumentaram em 147%, para 137.000 cabeças. Com o festival do Ramadã se aproximando, começando em 28 de junho, a Indonésia emitiu permissões de importações de 273.000 bovinos no segundo trimestre, 71% a mais que as permissões do primeiro trimestre. Entretanto, as licenças provavelmente não serão totalmente utilizadas, considerando as fortes importações no primeiro trimestre e o atual mercado bem suprido com confinamentos cheios. A forte oferta no primeiro trimestre pressionou o mercado de bovinos vivos em 10% para 15%. Entretanto, isso ainda não refletiu nos preços da carne. O Rabobank espera que as importações de bovinos vivos em 2014 na Indonésia possa ultrapassar 700.000 cabeças contra as importações totais de 454.152 cabeças em 2013, um aumento de 54%.
O volume de importação de carne bovina quase dobrou para 47.700 toneladas com relação ao ano anterior. Isso provavelmente estabilizará os preços em 2014, com alguma possível pressão se a demanda cair conforme visto no primeiro trimestre.
Fonte: Rabobank, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Mercado do boi gordo está estável na maioria das praças

Mercado do boi gordo com poucos negócios e referências estáveis na maioria das praças pecuárias pesquisadas.

Em São Paulo aumentou a dificuldade para comprar animais terminados. Os relatos são de poucos negócios. O boi gordo está cotado em R$120,00/@, à vista.

A escala média dos frigoríficos paulistas está em cinco dias úteis.

Mesmo com a ligeira diminuição da oferta a dificuldade de escoamento de carne trava o mercado.

Nas regiões de Paragominas e Redenção, no Pará, a oferta está maior, em virtude da menor concorrência com as empresas de exportação de gado em pé, em razão dos embarques em ritmo lento.

Já no Sul da Bahia, o cenário é de escassez de animais terminados, o que gera valorizações. Em uma semana a alta para a arroba foi de 1,9%.

fonte: Scot Consultoria

QUERÊNCIA AZUL & RINCÃO DO ANASTACIO


Postura não compradora dos frigoríficos aumenta pressão de baixa do boi gordo

No Rio Grande do Sul, embora os preços estejam estáveis, foi verificada melhora na oferta de animais devido às pastagens de inverno
O mercado do boi gordo terminou de forma lenta no final da semana passada, com poucas negociações. Esse cenário foi motivado pelo alongamento das escalas. 
De acordo com os especialistas da Scot Consultoria, boa parte dos frigoríficos reduziu os preços de balcão, no entanto, foram poucos os negócios concretizados nestes valores. 
Em São Paulo, por exemplo, a referência ficou estável em R$ 120 a arroba, à vista. Houve ofertas de compra de até R$ 118 a arroba, nas mesmas condições.  As programações são de cinco dias úteis, em média. 
Já em Mato Grosso do Sul, na região de Dourados, o cenário é de maior dificuldade na aquisição de animais terminados, ocasionando alta na referência, tanto para o macho quanto da fêmea
No Rio Grande do Sul, embora os preços estejam estáveis, foi verificada melhora na oferta de animais devido às pastagens de inverno. 
No mercado atacadista de carne bovina com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$ 7,51 ao quilo. Segundo a Scot, a semana passada houve tentativa de negociação a preços maiores, no entanto, sem sucesso. Sinal de que o consumo não foi suficiente para gerar valorizações. 
fonte: AF News Análises

terça-feira, 15 de julho de 2014

Consumidor final paga 9,2% mais pela carne bovina


Consumidor final paga 9,2% mais pela carne bovina
As vendas de carne bovina no varejo fluíram regularmente na última semana, possibilitando o escoamento dos estoques, que vinham abastecidos nas últimas semanas.

O cenário possibilitou que este elo subisse as cotações, visando recuperar parte da sua margem de comercialização.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços dos cortes subiram 0,5% e 0,7%, respectivamente. Em Minas Gerais e no Paraná, não houve alterações no período.

Em relação à mesma época do ano passado, o consumidor paga 9,2% mais pela carne bovina nos açougues e supermercados paulistas. fonte Scot Consultoria





Desempenho das carnes na segunda semana de julho

Desempenho das carnes na segunda semana de julho

As exportações de carnes apresentaram boa recuperação na segunda semana de julho (6 a 12, cinco dias úteis). Isso está refletido na receita cambial que, pela média diária, apresentou incremento de 21% sobre a semana anterior.

Com esse desempenho, o resultado do mês (nove de um total de 23 dias úteis) melhorou significativamente. E ainda que continue negativo (-1,8%) em relação ao mês anterior, agora apresenta incremento de 10,1% sobre julho do ano passado.

Desta vez quem contribuiu para a melhora foi a carne de frango. Que, na semana (e ainda pela média diária), apresentou aumento de mais de 25% no volume embarcado. Isso projeta, para a totalidade do mês, exportações da ordem de 327 mil toneladas, volume que, se alcançado, significará expansão de 5,14% sobre julho de 2013 e de 16,85% sobre junho passado.

Por ora, o único senão nesse desempenho fica com o preço médio, 2,81% menor que o do mês anterior (-2,81%). Por outro lado, porém, o valor ora registrado apresenta evolução positiva de quase 3% sobre julho de 2013.


domingo, 13 de julho de 2014

La OCDE y la FAO prevén un descenso de los precios agrícolas, mientras ganan terreno la producción ganadera y los biocombustibles

Los cereales siguen siendo la base de la alimentación, pero se consumen más proteínas, grasas y azúcar en muchas regiones del mundo al aumentar los ingresos y la urbanización
Foto: ©FAO/Danfung Dennis
La agricultura tiene que aportar no sólo más alimentos para el consumo humano, sino también materia prima para la industria, como biocombustibles y piensos
11 de julio de 2014, Roma – El descenso reciente de los precios de los principales cultivos debería prolongarse durante los próximos dos años, antes de estabilizarse en niveles por encima del período anterior a 2008, pero muy por debajo de los máximos alcanzados últimamente, según el último informe Perspectivas Agrícolas elaborado por la OCDE y la FAO.
La demanda de productos agrícolas se mantendrá firme, mientras se incrementa a tasas menores que en la última década. Los cereales siguen siendo la base de la alimentación, pero las dietas son cada vez más ricas en proteínas, grasas y azúcar en muchas partes del mundo, al aumentar los ingresos y la urbanización.
El informe Perspectivas Agrícolas OCDE-FAO 2014-2023 indica que tales cambios -combinados con una población mundial cada vez mayor- requerirán una expansión sustancial de la producción en la próxima década. Lideradas por Asia y América Latina, las regiones en desarrollo serán responsables de más del 75 por ciento de la producción agrícola adicional durante la próxima década.
Al presentar el informe, en Roma, el secretario general de la OCDE Ángel Gurría aseguró que: “los mercados agrícolas están recuperando condiciones más estables después de un período de precios inusualmente altos. Esto se ha visto favorecido por reacciones proteccionistas más moderadas de los gobiernos. Pero no podemos considerarnos satisfechos. Tenemos que hacer más, en el ámbito del comercio, de la productividad y frente a la pobreza. Los gobiernos deben dar protección social a los más vulnerables y desarrollar herramientas para ayudar a los agricultores a gestionar los riesgos e invertir en productividad agrícola. Lograr avances que sean a la vez inclusivos y sostenibles sigue siendo un enorme desafío”.
El Director General de la FAO, José Graziano da Silva, señaló por su parte que: "Este año el mensaje del informe es más positivo. Los agricultores reaccionaron muy rápidamente a los altos precios y aumentaron su producción, de forma que ahora también tenemos más disponibilidad. Prevemos que los precios relacionados con los cereales disminuirán durante al menos los próximos dos años. El panorama es diferente para la carne y el pescado, ya que nos enfrentamos a una demanda creciente. El buen desempeño del sector agropecuario, en particular en los países en desarrollo, contribuirá a la erradicación del hambre y la pobreza". 
Con una atención especial en la India, el informe de la OCDE y la FAO prevé un crecimiento sostenido de la producción y el consumo de alimentos, liderado por sectores de valor añadido, como el de los lácteos y la acuicultura. Las inversiones en tecnología e infraestructuras de producción -junto con los subsidios en una serie de áreas-, han contribuido a la fuerte expansión de la producción en la última década. El informe añade que se espera que la presión sobre los recursos reduzca las tasas de crecimiento de la producción en los próximos años.
Si bien se mantendrá en gran parte vegetariana, las dietas en la India se diversificarán. Con el aumento del consumo de cereales, leche y productos lácteos, pescado, legumbres, frutas y verduras, la ingesta de nutrientes alimenticios mejorará. La India alberga actualmente el mayor número de personas con inseguridad alimentaria en el mundo.
Perspectivas Agrícolas prevé que producción mundial de cereales sea un 15 por ciento más elevada para 2023 que en el período 2011-13. El crecimiento más rápido de la producción se espera en las semillas oleaginosas, con un 26 por ciento durante los próximos 10 años. La expansión de la producción de cereales secundarios y oleaginosas se verá impulsada por la fuerte demanda de biocombustibles, en particular en los países desarrollados, y la creciente demanda de piensos en las regiones en desarrollo.
El aumento de la producción de cultivos alimentarios será más moderado en la próxima década, según el informe, con el trigo creciendo en torno al 12 por ciento y el arroz en un 14 por ciento, muy por debajo de las tasas de crecimiento de la década precedente. Se prevé también que la producción de azúcar aumente en un 20 por ciento, concentrada principalmente en los países en desarrollo.
El informe Perspectivas Agrícolas proyecta la evolución de una amplia gama de productos básicos para los próximos diez años:
·       Cereales: Los precios mundiales de los principales cereales se moderarán al inicio del período analizado, impulsando el comercio mundial. Se prevé un aumento de las reservas, mientras que las existencias de arroz en Asia alcanzarán niveles récord.
·       Semillas oleaginosas: El porcentaje global de las tierras de cultivo sembradas con oleaginosas sigue aumentando -aunque a un ritmo más lento que en los últimos años-, ya que la creciente demanda de aceites vegetales empuja los precios al alza.
·       Azúcar: Tras debilitarse a finales de 2013, los precios se recuperarán, impulsados ​​por la fuerte demanda mundial. Las exportaciones de Brasil, el mayor exportador de azúcar en el mundo, se verán influidas por el mercado del etanol.
·       Carne: La firme demanda de importaciones de Asia, así como la reposición de la cabaña en América del Norte sostienen los precios, que se espera se mantenga por encima de los niveles medios de la década anterior, ajustados teniendo en cuenta la inflación. Los precios del vacuno alcanzarán niveles récord. Las aves de corral deben superar a la carne de cerdo y convertirse en el producto cárnico de mayor consumo en los próximos 10 años.
·       Lácteos: Los precios caen ligeramente desde sus niveles altos actuales, debido a los aumentos sostenidos de productividad en los principales países productores y la reanudación del crecimiento en China. India supera a la Unión Europea para convertirse en el mayor productor de leche del mundo, con cuantiosas exportaciones de leche desnatada en polvo.
·       Pesca: El crecimiento de la producción acuícola se concentrará en Asia, y seguirá siendo uno de los sectores alimentarios de más rápido crecimiento, superando a la pesca de captura para el consumo humano en 2014.
·       Biocombustibles: Se espera que los niveles de consumo y producción de biocombustibles aumenten en más del 50 por ciento, liderados por el etanol y el biodiesel a base de azúcar. El precio del etanol aumenta en línea con el del petróleo, mientras que el precio del biodiesel sigue más de cerca la trayectoria de los precios de los aceites vegetales.
·       Algodón: La esperada liberación de las reservas mundiales acumuladas impulsará el consumo, ayudado por precios más bajos que luego deben recuperarse para 2023. fonte : FAOnoticias



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