sábado, 20 de novembro de 2010

Boi Gordo: Mercado com poucos negócios

Mercado com poucos negócios.
A melhora sutil na oferta dos últimos dias alongou as escalas e fez surgir uma forte pressão de baixa em quase todas as regiões.
Esta melhoria na oferta foi causada pela venda de animais para aproveitar os bons patamares de preços.
Em São Paulo as escalas atendem entre 3 e 5 dias, de maneira geral. Existem ofertas de compra de R$105,00/@ a R$110,00/@, a prazo, livre de imposto. Nos preços menores os negócios são escassos.
Apesar de tentativas de queda nos preços de balcão de até R$5,00/@, em algumas regiões, os preços de referência pouco mudaram, por falta de negócios efetivados nestes valores.
Na região de Pelotas-RS, o preço foi no sentido oposto ao observado no resto do país. Os frigoríficos precisaram pagar mais para comprar e o preço subiu para R$3,00/kg, a prazo, livre de imposto.
A melhoria da oferta no atacado com osso provocou recuo nos preços do traseiro e dianteiro casado. A ponta de agulha para charque está estável e a para consumo teve aumento no preço.

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

MERCADO DE GADO ARGENTINO

Esta semana se vendieron casi 22.500 cabezas en Liniers
Se trata de una cifra inferior a la registrada la semana pasada cuando se vendieron 25.234 animales. El ternero se negoció a un precio promedio de 8,62 $/kg con picos de 9,37 $/kg.
En la jornada de hoy viernes se comercializaron 6825 cabezas en el Mercado de Liniers, una cifra superior a la registrada el mismo día de la semana pasada cuando se vendieron 10.161 animales.
En tanto, en el transcurso de la presente semana se registró un total de ventas por 22.492 animales en la plaza porteña, mientras que la semana anterior se vendieron 25.234 ejemplares.
La categoría con mayor volumen de operaciones hoy fue el ternero con 2296 ejemplares comercializados registrando un precio promedio de 8,62 $/kg (8,61 $/kg el miércoles pasado) y un máximo de 9,37 $/kg (9,40 $/kg).
La vaca conserva buena (72 cabezas) registró un valor medio de 5,22 $/kg (5,04 $/kg), mientras que la vaca conserva inferior (91 cabezas) se negoció a 4,66 $/kg (4,83 $/kg).
En lo que respecta a la hacienda liviana, los novillitos buenos de 351/390 kilos (864 cabezas) registraron un precio promedio de 8,48 $/kg (8,50 $/kg) y un tope de 9,05 $/kg (9,00 $/kg). Mientras que los novillitos buenos de 391/430 kilos (512 cabezas) recibieron un valor medio de 8,29 $/kg (al igual que en la jornada previa) con un máximo de 8,80 $/kg (9,04 $/kg).
Por su parte, la vaca buena (1415 cabezas) recibió un precio promedio de 6,62 $/kg (6,54 $/kg) alcanzando un tope de 8,60 $/kg (7,71 $/kg).
R$ 1,00 = $ 2,315
EX: NOVILLITOS BUENOS DE 351/390 KG / PREÇO MEDIO $ 8,48:$2.315 = R$ 3,66 KG VIVO

FONTE: INFOCAMPO

VARIAÇÃO DO PREÇO DA VACA GORDA NO RS NO ANO

Valor Inicial: R$ 2.28

Valor Final:R$ 2.86
Variação: 25.44%
Mín: R$ 2.23
Máx: R$ 2.86
Média: R$ 2.40
1 ano

FONTE: RURAL BUSINESS

VARIAÇÃO DO PREÇO DO TRASEIRO EM SP NO ANO

Valor Inicial:R$ 6.20
Valor Final:R$ 9.00
Variação:45.16%
Mín: R$ 6.10
Máx: R$ 9.30
Média: R$ 6.76
1 ano

FONTE: RURAL BUSINESS

VARIAÇÃO DO PREÇO DO BOI GORDO AVISTA EM SP NO ANO



Valor Inicial: R$ 74.69
Valor Final:R$ 111.00
Variação:48.61%
Mín: R$ 71.78
Máx: R$ 117.00
Média: R$ 84.16
1 ano

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FONTE: RURAL BUSINESS

JBS diz que carne brasileira é saudável

A maior produtora e exportadora mundial de proteína animal, JBS, divulgou na madrugada desta sexta-feira (19-11) comunicado defendendo a qualidade da carne produzida no país, em meio a notícias de um suposto caso da doença da vaca louca em Campinas (SP).
Apesar do diagnóstico do caso suspeito ainda não ter sido confirmado, a JBS afirma em comunicado que "as reportagens veiculadas noticiando que uma pessoa foi infectada por uma doença conhecida por Creutzfeldt-Jakob (ou similar) no Estado de São Paulo não tem qualquer relação com a indústria de carnes".
Uma pessoa está internada no Hospital de Beneficência Portuguesa de Campinas com suspeita de doença neurológica priônica, um diagnóstico que, se confirmado, pode indicar várias enfermidades, entre elas, a variante humana da doença da vaca louca .
"Nunca houve um caso de Vaca Louca no Brasil e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal, é altamente improvável que ocorra um caso da doença no país, tendo em vista que o gado no Brasil é estritamente alimentado a pasto", afirma a JBS no comunicado.
Procurado pela Reuters na quinta-feira (18-11), o hospital informou por meio de sua assessoria de imprensa que não há prazo para a conclusão do diagnóstico e que, para preservar a privacidade do paciente e da família, o hospital não divulgará outras informações sobre o caso.

FONTE: Reuters
Autor: Alberto Alerigi Jr

Exportações de bovinos vivos recuaram em outubro

As exportações de bovinos vivos do Brasil caíram em outubro. Foram exportados 54,6 mil bovinos, um recuo de 15,1% na comparação com o resultado de setembro (64,4 mil cabeças), segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), analisados pela Scot Consultoria. Veja a figura 1.


Provavelmente os preços mais altos do boi gordo no Pará (assim como em todo o Brasil) estão interferindo negativamente na atratividade da exportação.
De qualquer forma, na comparação com 2009, os resultados são positivos. Em outubro deste ano o Brasil exportou 28% mais bovinos e no acumulado do ano, o resultado de 2010 está 31% acima do de 2009.

Fonte: Scot Consultoria

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

TERNEIROS ANGUS OU CRUZA ANGUS X HEREFORD

NECESSITO COMPRAR PARA CLIENTE 150 (CENTO E CINQUENTA) TERNEIROS ANGUS OU CRUZA ANGUS X HEREFORD NA REGIÃO DE PELOTAS


FOTO ILUSTRATIVA

TRATAR COM LUND PELOS FONES 8111.3550 OU 9994.1513

TERNEIRAS HEREFORD

NECESSITO COMPRAR PARA CLIENTE 100 (CEM) TERNEIRAS HEREFORD NA REGIÃO DE PELOTAS


FOTO ILUSTRATIVA

TRATAR COM LUND PELOS FONES 8111.3550 OU 9994.1513

Angus aposta na qualidade genética

Com as metas principais de promover a atualização, a capacitação, a padronização de critérios de avaliações genéticas e o fomento ao Programa de Melhoramento Genético Angus, a Associação Brasileira de Angus (ABA), através de seu Conselho Técnico, realiza nos dias 19 e 20 de novembro, mais uma edição do Curso de Melhoramento Genético Angus - Formação de Avaliadores Promebo.
Equipe
Composto por segmentos teóricos e práticos, o curso será ministrado pelos especialistas em Melhoramento Genético do Promebo e Gensys Consultores Associados. E neste ano, pela primeira vez, também participará do time de professores o experiente técnico e mestre da UFRGS, Dr. Jaime Tarouco. Ele abordará o tema da Ultrassonografia de Carcaças.
Haverá também a apresentação de um case da Cabanha Santo Antão, vencedora do Premio Luis Alberto Fries - 2009, a cargo do selecionador de Angus e técnico da ABA, Dr. Flávio Montenegro Alves. O curso é requisito obrigatório para o credenciamento de novos avaliadores para coleta de dados a campo do programa Promebo - Angus.
As abordagens teóricas terão como local o auditório da ABA, na Av. Carlos Gomes, 141 conjunto 501, em Porto Alegre, RS, e os treinamentos práticos serão realizados na Cabanha La Cornélia, propriedade da selecionadora Leila Settineri Schetert, em Tapes, RS.
Teoria e prática
No dia 19 (uma sexta-feira) os participantes terão o curso teórico de capacitação, cujo programa conta com palestras explicativas sobre os benefícios da utilização do melhoramento genético nos rebanhos, as características que devem ser avaliadas e os usos que se pode dar a estas informações: utilização em relatórios genéticos, orientações de como ler um sumário de touros, etc.
Já no dia 20 acontece o credenciamento de avaliadores do Promebo, com o desenvolvimento prático das teorias estudadas. Será uma atividade de campo, realizada na Cabanha Lá Cornélia, onde serão apresentadas as informações mais importantes aos profissionais que estão buscando o credenciamento, além das simulações práticas de avaliações de animais Angus a campo. Também haverá um treinamento prático para avaliações de CPMT.
Os destaques
Detalhadamente, o curso visa capacitar técnicos que atuam na pecuária para a implantação e condução adequada de programas de melhoramento genético, também disseminar conceitos atuais de melhoramento genético, promover o acesso detalhado a sistema de controle pecuário, relatórios, estatísticas, sumário de touros, etc., tornando as ferramentas promotoras do melhoramento genético de fácil e correta operação e interpretação.
Nos tópicos teóricos serão abordados princípios de seleção, efeitos genéticos e ambientais, critérios de seleção, seleção e uso dos relatórios genéticos, sistema de avaliação por escores visuais, caracterização racial e avaliação de carcaças por ultrassonografia.

As informações são da assessoria de imprensa da Associação Brasileira de Angus (ABA).
FONTE:Agrolink

Trabajadores de frigoríficos quieren interceptar embarque de ganado en pie

ASSIM COMO AQUI NO BRASIL, NO URUGUAI TAMBÉM FAZEM PRESSÃO CONTRA EXPORTAÇÃO DE GADO EM PÉ!
Cortarán el acceso al puerto de Montevideo a los camiones con animales


Un sector de la Federación Obrera de la Industria de la Carne y Afines (Foica) está decidido a paralizar el próximo embarque de exportación de ganado en pie para Turquía y por ello están apostados en las afueras del puerto de Montevideo.
El reclamo es por la falta de materia prima para la actividad de las plantas frigoríficas uruguayas -que ha provocado despidos y el envío de trabajadores a seguro de desempleo- y la medida obedece a que el ganado exportado tiene destino de faena en otros países.
Sebastián Robinson, secretario de Foica, dijo a Observa que no están en contra de toda la exportación de ganado en pie, sino de aquellas reses que tienen destino de faena fuera de Uruguay.
“En 2009, el 90% de las 195 mil cabezas exportadas tuvieron destino de faena y hasta el 30 de setiembre de 2010, el 85% de las 131.469 cabezas exportadas”, dijo Robinson.
Los trabajadores están decididos a esperar el nuevo buque que llegará al puerto de Montevideo para cargar ganado. Cuando esto suceda, anunciaron que cortarán el ingreso de los camiones al recinto portuario.
Esto no significa que vayan a parar toda la actividad portuaria, pero sí los camiones que lleguen cargados de animales.
Según Robinson, este será el tercero de cinco barcos programados. Los dos primeros cargaron la semana pasada.

FONTE:Observa

Russos querem importar gado em pé do Uruguai

Empresários russos visitam o país incluindo visitas em confinamentos
O Diretor Executivo da Associação Uruguaia de Produtores de Carne Intensiva Natural (Aupcin), Álvaro Ferrés, informou que empresários russos visitam o país, incluindo visitas em confinamentos, porque têm a intenção de levar gado em pé a seu país.
"Entendemos que a Rússia explora a possibilidade de recompor seu rebanho de carne porque quer desenvolver novamente a pecuária e pensam em levar gado de engorda para terminar. Porém, também pensam em levar vacas prenhes".
Ferrés disse que o gado uruguaio "se adapta ao que querem (os russos) do ponto de vista de qualidade e sanidade, enquanto os preços são muito convenientes". Ele disse que os russos valorizam o Uruguai como um país sem febre aftosa e que conta com uma rastreabilidade individual do gado, o que é comparável com a Austrália.

FONTE: AgroCIM

Turquía y Jordania compran 20.000 reses en pie

Unas 20.000 reses en pie serán exportadas en los próximos meses a Turquía y Jordania. El Grupo Técnico El Terrón participa del operativo de compra de los animales

El integrante de la firma El Grupo Técnico El Terrón, Diego Enciso, explicó que se cargarán novillitos livianos de hasta 280 kilos máximo y novillos para faena de más de 400 kilos con cuatro dientes como máximo. Además, señaló que vendrán dos barcos por lo que, de acuerdo a su capacidad, se exportarán unas 20.000 reses en pie.
El precio de referencia ronda U$S 1,80 para el ganado liviano, dependiendo de la distancia y el lote.
En el caso del ganado pesado la referencia fue fijada en U$S 1,70. “Esto es negocio a negocio y se conversa lote a lote. Son muy buenos precios y le siguen sirviendo al productor”, indicó Enciso.
En cuanto a los compradores el integrante de El Terrón dijo que tienen que pagar un arancel, pero también están subsidiados por el gobierno porque deben recomponer su stock de cría.

FONTE: OBSERVA

Atacado de carne bovina interrompe comportamento de alta

O mercado atacadista de carne bovina sem osso de São Paulo interrompeu o movimento de alta depois de seis semanas.
Segundo levantamento realizado pela Scot Consultoria, na média geral, nos últimos sete dias os preços dos cortes sem osso ficaram praticamente estáveis.
Quando se compara as cotações atuais com as registradas em igual período de 2009, os preços estão 60% maior este ano, comportamento que acabou afetando o consumo de carne bovina.
Esse fator pressiona o mercado do boi gordo a pagar menos pela arroba.
Para os próximos dias alguns ajustes podem ocorrer no mercado de carne sem osso.
A expectativa é que em dezembro o consumo volte a crescer, comportamento típico de final de ano. Este cenário pode voltar a dar sustentação ao mercado do boi gordo.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Boi/CEPEA: Arroba e carne desvalorizam após sucessivas altas

Depois de um período de altas consecutivas, os preços da arroba e da carne caíram nos últimos dias. O Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa fechou na quarta-feira, 17, a R$ 114,17, queda de 1,7% entre 10 e 17 de novembro. Quanto à carcaça casada de boi negociada no atacado da Grande São Paulo, houve baixa de 3% no período, fechando em R$ 7,13/kg. Os valores, no entanto, ainda estão em patamares elevados. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores pressionaram os valores pedidos por pecuaristas. Vale observar, no entanto, que o número de negócios foi pequeno, visto que a oferta de animais segue bastante restrita.

Fonte: Cepea

MESMA TENDÊNCIA PODE OCORRER AQUI NO BRASIL

GANADERÍA
Prevén menos oferta de ganado por lluvias
El cambio en la tendencia de la oferta de ganado puede provocar que los precios suban

Se prevé que las lluvias caídas en los últimos días en todo el país reviertan la tendencia de las últimas semanas, provocando una disminución en la oferta de ganado y un aumento de los precios.
“La semana pasada tuvo una oferta de ganado más importante mientras la industria está ajustando sus valores en casi todas las categorías”, comentó Gabriel Rodríguez, integrante de la Asociación de Consignatarios de Ganado.
Estimó que las lluvias “que han sido bastante generales, van a provocar algún cambio en la cantidad de ganado ofertado. Calculamos que se revertirá la tendencia que viene generando el mercado”.
Rodríguez afirmó que ese cambio de tendencia en la oferta puede provocar que los precios mantengan su nivel e incluso puedan incrementarse en algunas categorías.
En cuanto a valores de referencia, informó que para los novillos pesados, bien terminados, están en el entorno de U$S 3,02 a U$S 3,05 en segunda balanza y a levantar, mientras que las vacas pesadas van desde U$S 2,92 a U$S 2,95.
Rodríguez estimó que la semana próxima la faena podría llegar a las 40 mil cabezas, porque entra al mercado el frigorífico Colonia, que tenía paralizadas sus activida

FONTE: OBSERVA

Produtores usam feno de palha de arroz como alternativa contra La Niña

Pecuaristas misturam subproduto do grão com sal proteinado
Não importa se o inverno foi rigoroso ou o verão vem acompanhado de La Niña: na estância Sant’Ana, de Miguel Augusto Barbará, em Uruguaiana, no Rio Grande di Sul, o gado é gordo o ano inteiro. O produtor lançou mão de uma técnica que aproveita a palha de arroz, subproduto do grão, para formação de fardos que alimentam o gado em períodos de crise climática.
Assim como ele, produtores de pecuária e arroz da Fronteira Oeste e da Campanha têm a técnica como aliada. Enrolado por uma enfardadeira logo após o período de colheita do arroz, em março, e misturado com sal proteinado, cada rolo pesa 400 quilos e alimenta 50 animais.
Com a sobra da safra passada, Barbará produziu, com 960 toneladas de palha de arroz, 2,4 mil fardos. Suficiente para alimentar seu rebanho braford até o final de janeiro. Para a próxima safra, comprou uma enfardadeira nova e pretende produzir 5 mil fardos:
– Neste ano, comecei a usar no início da primavera, enquanto em anos anteriores sempre usei no final – diz Barbará, que vende os fardos excedentes a outros produtores a R$ 80.
Assistente técnico regional da Emater em Bagé, Fábio Eduardo Schlick diz que a suplementação é uma ótima alternativa para as regiões da Campanha e da Fronteira Oeste, em razão de muitas propriedades terem pecuária e lavoura de arroz integradas:
– O produtor não precisa gastar com transporte, o que torna a opção mais barata. É preciso observar que a palha esteja misturada ao sal proteinado. Só a palha não tem capacidade nutricional de manter o peso do animal.

Fonte: Canal Rural

ABRAFRIGO e ABIEC pedem melhoria da Lei que isenta PIS\Cofins

Num ofício conjunto enviado a Receita Federal no final de outubro, a Associação Brasileira de Frigoríficos(ABRAFRIGO) e a ABIEC (Associação Brasileira das Empresas Exportadoras de Carne) estão solicitando à Receita Federal alguns aperfeiçoamentos na legislação que disciplinou a desoneração dos frigoríficos da contribuição do PIS\Cofins. Segundo o ofício encaminhado Subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro de Vargas Serpa, “hoje contamos com uma sistemática de tributação mais justa e equânime mas, face a complexidade do tema, da própria cadeia produtiva e dos diversos produtos e subprodutos que são gerados e comercializados pelo conjunto dos seus agentes econômicos, algumas situações específicas restaram de fora da área de abrangência das normas regulatórias”,dizem.
“Alguns produtos e subprodutos como tripas, bexigas e estômagos, sangue, crinas, raspas de couros, couro Wet Blue inteiro, fígado, farinha de carne e ossos e farinha de sangue ficaram de fora do artigo 32 da Lei no 10.058\2009”, informa o presidente-executivo da ABRAFRIGO, Péricles Salazar. “Se forem somados, correspondem a aproximadamente 5% do faturamento de um frigorífico e fator importante na rentabilidade da indústria, principalmente no caso da farinha de carne e ossos. Por isso, a desoneração é importante”, acrescenta.
Além disso, o ofício informa que muitas empresas do setor estão enfrentando dificuldades na transmissão da ficha arquivo digital e, com isso, seus pedidos de ressarcimento de créditos de Pis e Cofins são indeferidos. “Pedimos que seja permitida a transmissão da Per\Dcomp no sistema antigo”, informa o dirigente. A ABRAFRIGO e a ABIEC também solicitaram à Receita a inclusão da filial de varejo de alguns frigoríficos nos benefícios da Lei que isentou o setor do PIS\Cofins e ainda as empresas que são entrepostos comerciais atacadistas que não realizam a desossa, “porque, de fato, fazem a ligação entre a indústria e o varejo”, segundo Péricles Salazar. Num outro ponto, as duas entidades defendem ainda uma melhor conceituação pela Receita do que realmente é o“Consumidor Final”, na cadeia produtiva da carne. “São múltiplas as interpretações decorrentes deste conceito e em muitos casos fica difícil decidir o que está desonerado ou não”, conclui o presidente executivo da ABRAFRIGO.
As informações são da assessoria de imprensa da ABRAFRIGO.

FONTE: Agrolink

PREÇOS DE GADO NO URUGUAI

Exitoso remate de Plazarural
La firma de remate ganadero tuvo una buena colocación, equivalente a más del 80% de lo ofertado. Los precios ajustaron a la baja
Plazarural colocó 22.732 vacunos en su último remate, equivalente a más del 80% de lo ofertado. Carlos De Freitas, integrante de la firma De Freitas, consideró que el remate fue un éxito por la calidad de la oferta y el nivel de colocación.
En cuanto a precios, hubo una adecuación a la baja de los valores en comparación a la tendencia que se había mantenido en los últimos remates, pero igualmente se tomó como una oscilación normal y previsible del mercado.
“El lunes ofertamos 4.800 terneros y novillos. El remate fue ágil para el ternero liviano, a medida que la escalera subía de quilaje el mercado se volvía más selectivo pero los precios se mantuvieron y se vendió un 80% de la oferta con un promedio de U$S 1,80 y un máximo de U$S 2,20”, sostuvo De Freitas.
Los lotes que no fueron colocados en el primer día se fueron vendiendo en el correr de este martes y miércoles. “Ayer (miércoles), en el caso de las vaquillonas, el mercado logró otra tónica, fue mucho más ágil y con muy buenos valores”, acotó De Freitas.
El empresario dijo que habrá una pequeña adecuación de precios porque los ganados en todas sus categorías venían muy firmes.
Plazarural prepara un nuevo remate para el miércoles 1° de diciembre, adicional a los ya previstos para los días 15 y 16 del mismo mes.

Resultado (valores máximos, mínimos y promedio expresados en dólares): PRIMER DÍA: 705 terneros hasta 140 kg: 2,26, 1,89 y 2,041; 179 terneros hasta 140 kg. Angus: 2,26, 1,99 y 2,128; 3.838 terneros: 2,26, 1,70 y 1,835; 418 terneros Angus: 2,26, 1,73 y 1,956; 1.703 novillos 1 a 2 años: 1,76, 1,52 y 1,646; 65 novillos 1 a 2 años Angus: 1,70.

SEGUNDO DÍA: 2.026 novillos 2 a 3 años: 1,63, 1,40 y 1,54; 636 novillos más 3 años: 1,545, 1,45 y 1,472; 218 Holandos: 1,315, 1,11 y 1,190; 1.599 vacas de invernada: 1,29, 1,10 y 1,202; 3.035 terneras: 1,77, 1,43 y 1,552; 342 terneros/as: 1,79, 1,55 y 1,657.

TERCER DÍA: VALORES. 3.318 vaquillonas 1 a 2 años: 1.605, 1,395 y 1,467; 675 vaquillonas más 2 años: 1,51, 1,35 y 1,405; 709 vientres preñados: 515, 440 y 482; 223 vientres entorados: 420, 365 y 395; 2.807 piezas de cría: 316, 245 y 293.

FONTE: PLAZA RURAL

Pecuaristas brasileiros pagam o preço por não saberem a força que possuem

Duas máximas acompanham a pecuária brasileira. A primeira: o pecuarista sabe produzir, mas não sabe vender; a segunda: o setor é forte, porém desunido

Duas máximas acompanham a pecuária brasileira. A primeira: o pecuarista sabe produzir, mas não sabe vender; a segunda: o setor é forte, porém desunido. Os números provam que eles sabem criar gado e com eficácia cada vez maior. A idade média de abate caiu um mês por ano, em média, na última década, situando-se na faixa de 24 a 36 meses, algo impensável até os anos 1980.
O peso médio ao desmame (sete meses de idade) também evolui (mais lentamente), situando-se na faixa dos 150 quilos, e a taxa de desfrute (percentual do rebanho que vai para o abate) caminha para 25%, ainda abaixo da média dos países mais produtivos, porém avança.
Os números do IBGE apontam para 4,8 milhões de propriedades rurais no país, das quais cerca de 80% têm gado (corte e leite), mesmo que para subsistência. Isso dá a dimensão da abrangência e da importância socioeconômica da atividade. Números da CNA mostram que a carne e o leite movimentam algo em torno de R$ 70 bilhões por ano somente dentro da porteira.
Quanto a não saber vender e serem desunidos, há nisso um fundo de verdade. Mas eles são vítimas de um sistema que os coloca contra a parede no momento da obtenção da receita, após longos e caros investimentos em genética, em sanidade, em nutrição, em mão de obra e em gestão. Nessa hora, as opções de comercialização se resumem, com sorte, a duas ou três.
Além disso, eles vendem os bois o mais rápido possível para não continuar gastando para mantê-los. Não dá para concordar com a pecha de desunião. Acho mais que falta “engajamento” em lutas que efetivamente melhorariam nossa condição de vendedores. Uma das causas é a frequente mudança das regras.
O caso da rastreabilidade é sintomático. Primeiro era obrigatório, o que levou muitos criadores a fazer grandes investimentos. Porém, quase uma década depois, pouco foi definido. Mas o ônus ficou com o pecuarista, que tem seu gado depreciado quando não é rastreado. Outra questão que tira o sono do produtor diz respeito ao peso ideal de abate. Num momento, eles são convencidos de que o boi gordo ideal para o frigorífico tem de pesar 18 arrobas. Produzem tendo esse parâmetro como meta.
Depois, vem a preferência por animais mais pesados. A onda agora é boi com 22 arrobas, justificada -segundo os entendidos de plantão- pela redução do gado disponível. Perfeito. Só que a conta recai sobre o criador, que paga para manter os animais durante semanas no pasto ou confinados e depois os entrega mais gordos para o abate.
Nunca é demais lembrar que é preciso pelo menos dois anos para preparar um boi para o abate. É nessas horas que falta um maior “engajamento” da parte dos pecuaristas. Afinal, a cadeia produtiva da carne bovina não existe sem eles. Mas eles continuam ao sabor dos movimentos do mercado e não fazem valer a sua importância.
PAULO DE CASTRO MARQUES, empresário e pecuarista, é proprietário da Casa Branca Agropastoril, especializada na criação de gado angus, brahman e simental sul-africano.

FONTE: bca agrobusiness

COTAÇÕES ATACADO

Atacado - 17/11/10


COTAÇÕES

Mercados Futuros - 16/11/10

Vencimento Fechamento Diferença do dia anteriorContratos em abertoContratos negociados
Nov/10107,931,8410.95710.925
Dez/10102,16-0,648.8794.668
Jan/1198,960,281.968420
Fev/1197,140,64401
Mar/1193,910,6600
Abr/1189,730,7430
Mai/1189,500,8536652
Jun/1189,660,7800






Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F - Estado de SPIndicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F - Estado de MS
DataA vista R$/@A prazo R$/@DataA vista R$/cabeçaA prazo R$/cabeça
05/11/10115,96117,5105/11/10717,41714,95
08/11/10116,41117,8908/11/10717,88718,97
09/11/10117,18118,9309/11/10718,93717,37
10/11/10116,18118,9310/11/10720,82719,05
11/11/10117,18119,4111/11/10720,29719,14
12/11/10116,78117,8012/11/10717,12718,81
16/11/10115,26117,7116/11/10726,02725,07
FONTE: BEEFPOINT

Boi Gordo: Frigoríficos tentam baixar os preços da arroba

Mercado especulado, com frigoríficos tentando baixar os preços da arroba.
Em São Paulo o preço de referência está em R$111,00/@, à vista, e R$112,00/@, a prazo, ambos livres de funrural. Porém, existem ofertas de até R$3,00/@ a menos, mas nos preços menores o mercado trava.
Compras nos valores mais baixos ocorrem somente com lotes menores. Esse comportamento baixista ocorre em todo Brasil. Apesar disso, a oferta de animais terminados continua pequena.
Existem muitos frigoríficos fora das compras, esperando uma definição melhor do mercado, embora haja ainda certa urgência para completar as escalas de abate.
Em todas as praças do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, houve redução nos preços ofertados pela arroba, mas sempre com dificuldade na compra.
No atacado de carne bovina com osso os preços estão estáveis. Aliás, o mercado de carne bovina, que trabalhou em baixa nos últimos dias, é que tem forçado muitos frigoríficos a recuarem e ofertar menos pela arroba do boi gordo.

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO*

EM 17.11.2010
REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 2,70 A R$ 2,90
TERNEIRAS R$ 2,40 A R$ 2,50
NOVILHOS R$ 2,60 A R$ 2,80
BOI MAGRO R$ 2,55 A R$ 2,65
VACA DE INVERNAR R$ 2,05 A R$ 2,15

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA POR www.lundnegocios.com.br

ATENÇÃO


PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO

REGIÃO DE PELOTAS
*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 17.11.2010

BOI: R$ 6,00 a R$ 6,10
VACA: R$ 5,60 a R$ 5,70
PRAZO: 30 DIAS
FONTE: PESQUISA REALIZADA POR www.lundnegocios.com.br

ATENÇÃO


PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO

EM 17.11.2010
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:

BOI GORDO: R$ 3,00 A R$ 3,10
VACA GORDA: R$ 2,50 A R$ 2,60

FONTE: PESQUISA REALIZADA POR www.lundnegocios.com.br

Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 17/11/2010
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 16/11/2010 - PRAÇA RS


Ver todas cotações Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,10R$ 5,94
KG VivoR$ 3,05R$ 2,97
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 5,63R$ 5,57
KG VivoR$ 2,67R$ 2,65
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

Arroba do boi seguirá sustentada pelo consumo, diz Marfrig

Empresa, ao contrário do setor como um todo, aumentou seu volume de abate em 20,7% no terceiro trimestre

O presidente da Marfrig Alimentos, Marcos Molina dos Santos, prevê que os preços da arroba do boi continuarão firmes no país, sustentados pela demanda interna aquecida.

– A manutenção da alta da arroba do boi gordo no país dependerá muito da demanda do mercado interno. Mas há uma demanda forte, mesmo com repasse de preços. Daqui a pouco também teremos o final do ano, o pagamento do 13º salário, que contribuem para vendas aquecidas. Então, vejo novembro e dezembro de consumo aquecido e o preço da arroba ficará sustentado – afirmou, há pouco, em teleconferência com jornalistas.

A Marfrig, ao contrário do setor como um todo num cenário de escassez de matéria-prima (boi gordo), aumentou seu volume de abate em 20,7% no terceiro trimestre, para 750,1 mil cabeças, ante 621,4 mil cabeças no segundo trimestre. Segundo dados do Ministério da Agricultura, no período, o abate de gado bovino no Brasil caiu 5,4% na mesma base de comparação, passando de 5.610 mil cabeças para 5.356 mil cabeças.

Já na comparação com o terceiro trimestre de 2009, enquanto o abate de gado no Brasil caiu 2,4%, o do Marfrig cresceu em 95,4%. Com isso, a participação de mercado da Marfrig no abate total de gado no país, que era de 7% no terceiro trimestre de 2009, e de 11% no segundo trimestre de 2010, cresceu para 14% no terceiro trimestre deste ano.

– Trabalhamos muito com confinamento – explica Molina dos Santos.

A utilização da capacidade da companhia no período no Brasil ficou em 65%, enquanto na Argentina, ficou em 60%. Já no Uruguai, o executivo não citou um porcentual, porque, das quatro unidades que a empresa tem no país, duas não estavam em operação.
Sobre as exportações de bovinos, Molina disse que a demanda está aquecida e que na Europa, especificamente, há menos produção de carne bovina, o que apoia também as boas vendas no Exterior. A participação de mercado da empresa com vendas externas de carne bovina in natura ao final do terceiro trimestre ficou em 18,9%.

Com relação à queda de 5,2% nos preços médios de bovinos praticados no Exterior em dólar e do recuo de 7,5% em reais - ambos ante o segundo trimestre -, o presidente da Marfrig explica que foi uma questão de mix de itens vendidos ao mercado externo.

– Acabamos por vender mais carne in natura no Exterior e priorizando os processados no doméstico – explicou.

Fonte: AGÊNCIA ESTADO

Alta interrompida no mercado do boi gordo

Após 126 dias úteis de mercado com movimentação positiva ou estabilidade, foi registrado recuo no preço referência do boi gordo em São Paulo.
O preço referência no estado está em R$114,00/@, a prazo, livre de imposto.
A melhoria nas escalas na última semana, devido ao ligeiro aumento na oferta, fez com que frigoríficos pressionassem o mercado. As programações atendem entre 4 e 5 dias, de maneira geral.
A venda de animais de pasto, mesmo mais leves que o normal, ajuda a tirar a firmeza do mercado, com os pecuaristas aproveitando os patamares altos dos preços.
Na terça-feira boa parte dos frigoríficos estava fora das compras, à espera de uma definição do mercado. Os que compraram conseguiram algum recuo.
A última vez que os preços haviam caído nesta praça foi em 13/5, com a saída dos animais, devido à perda de condição de suporte das pastagens.
Devido à retirada dos animais dos pastos fracos, houve recuo entre 19/4 e 13/5, com queda de 2,5% no período.
Variação pequena, se comparada à escalada desde então, com o boi subindo 45,6% entre 13/5 e 10/11.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Boi gordo: compradores seguem pressionando e indicador recua

Nesta terça-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista voltou a cair, sendo cotado a R$ 115,26/@, com desvalorização de R$ 1,52. O indicador a prazo registrou queda de R$ 0,09, sendo cotado a R$ 117,71/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio



Diferente do movimento observado nos últimos dias, a BM&FBovespa fechou em alta. O primeiro vencimento, novembro/10, fechou a R$ 107,93/@, com alta de R$ 1,84. A única exceção foram os contratos que vencem em dezembro/10, que registraram variação negativa de R$ 0,64, fechando a R$ 102,16/@.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 16/11/10



Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/10


Gustavo Figueiredo, comentou no Twitter: "A certeza que temos é que havia uma oferta pontual em alguns Estados, a espera de sempre conseguir preços melhores. Neste momento há correção do mercado futuro, devido a queda exagerada nos últimos dias por conta de STOP, mas não que reflita a realidade".

O leitor do BeefPoint, Silvio de Melo e Souza, informou que em Barra do Garças/MT compradores ofertavam R$ 105,00 à pela arroba do boi gordo na última quarta-feira e conseguiram comprar um bom volume de animais para serem abatidos nesta semana (16 a 19/11). "Em seguida suspenderam as compras, aguardando uma oferta a preços menores, o que não está ocorrendo", comenta Souza.

Diante dos reajustes de preço e da forte pressão exercida pelos frigoríficos nos últimos dias, muitos pecuaristas se sentem desconfortáveis em negociar no momento e esperam maior definição do mercado.

Taulni Francisco Santos da Rosa, de Bagé/RS, lembrou que no "RS ainda não é a mesma, estamos falando aqui de bois em torno de R$90/@, o gado rastreado pode beirar o R$100/@, mas ainda não tem previsão de maiores altas. As escalas estão diminuindo, a reposição continua escassa e o que tem é muito caro".

O leitor do BeefPoint, José Luiz Martins Costa Kessler, também comentou que a diferença entre o preço da arroba no RS e em SP está muito grande. Ele ressalta que apesar da oferta ser baixa ainda não ocorreram reajustes como nas outras regiões do Brasil. "Teríamos chances de segurar boi no campo e otimizar ganhos não fosse tão intenso e precoce os efeitos de La Nina", completa Kessler.

Seria interessante trazer boi do Sul do país para abater em SP e no Centro-Oeste?
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 9,20 (-R$ 0,10), o dianteiro a R$ 5,40 (-R$ 0,20) e a ponta de agulha a R$ 5,80 (-R$ 0,10). Assim o equivalente físico registrou queda de 1,87%, sendo calculado em R$ 109,14/@. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente voltou a subir, ficando em R$ 6,12/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico


Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 726,02/cabeça, com valorização de R$ 8,90. A relação de troca recuou para 1:2,62.
Estêvão Domingos de Oliveira, leitor do BeefPoint de Caçu/GO, comentou que vendeu um lote de 100 bezerras Nelore a R$ 540,00. "Mercado de reposição ainda fraco em função dos pastos estarem ruins", finaliza.

FONTE: André Camargo, Equipe BeefPoint

Preços x concentração de frigoríficos

Colaborou Gabriela Tonini, médica veterinária.
A crise global, cujo ápice ocorreu em 2008, deixou como legado profundas mudanças estruturais na pecuária de corte brasileira. A principal delas foi a redução da quantidade de frigoríficos, que se deu por meio de fusões, aquisições, arrendamentos ou encerramento das atividades.
Para determinar ou estimar esse fenômeno, a Scot Consultoria identificou a capacidade de abate brasileira e a capacidade de abate por estado. Estima-se que o parque industrial tenha capacidade para abater 62 milhões de cabeças por ano.



O Mato Grosso detém o maior parque frigorífico, com uma capacidade de abate diária de 29,1 mil cabeças. Em seguida vem São Paulo, com 26,7 mil cabeças por dia. Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais possuem uma capacidade de abate instalada próxima de 24 mil cabeças/dia.
Considerando esse cenário a Scot Consultoria realizou uma pesquisa com 150 unidades frigoríficas, que representam 53% da capacidade de abate do Brasil. Selecionou os dez maiores grupos e apuramos o nível de concentração em cada estado.

Esses grupos, à parte os que estão com as atividades totalmente paralisadas, possuem 98 unidades de abates, distribuídas por estado e expressam o quadro de concentração exposto na figura 1.

Rondônia chama a atenção. Ali, os dez maiores grupos detêm 86% da capacidade de abate instalada. No Mato Grosso, essas mesmas empresas detém 69% do mercado e no Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo, sua representatividade é em torno de 45%.
Em Rondônia, os dez maiores, com nove unidades no estado, possuem capacidade de abate de cerca de 7,5 mil cabeças por dia. Considerando-se a capacidade instalada, restam 14% do mercado para os demais frigoríficos.

No Mato Grosso, estado onde o parque industrial é duas vezes maior do que o de Rondônia, os dez maiores possuem 20 unidades frigoríficas, com capacidade de abate de 20 mil animais por dia.

Esses números foram construídos com base em estimativas da Scot Consultoria e com dados de abate do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica).
Na terceira posição em grau de concentração está o Mato Grosso do Sul, onde os dez maiores grupos frigoríficos possuem metade da capacidade de abate do estado, com 12 unidades, totalizando 12,3 mil cabeças/dia. Em Goiás, eles detêm 11 unidades com capacidade de abate de 11 mil cabeças e em São Paulo, 12 unidades com capacidade de 12 mil cabeças.

No Pará, a concentração também está entre as mais fortes. Os dez maiores grupos frigoríficos possuem 42% da capacidade de abate do estado, com sete unidades.
Merece destaque a pequena concentração existente na Bahia, estado onde dois destes maiores grupos brasileiros atuam. Em Minas Gerais, os dez maiores possuem seis unidades industriais com capacidade de abate de 5,5 mil cabeças.

Efeitos sobre a crise

A nova conjuntura do setor de frigoríficos é recente, e não é possível afirmar categoricamente que as oscilações dos preços têm sido influenciadas pela nova conjuntura de concentração de frigoríficos.

Outros fatores, como a oferta de animais terminados, a estiagem prolongada, o preço dos animais para reposição e o custo de produção, também exercem pressão sobre as cotações.
Será necessário acompanhar o mercado por mais um ciclo de preços, até a estabilização do rebanho de matrizes, para comprovar os efeitos da contração de empresas frigoríficas no mercado.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Cota Hilton: Brasil endurece discussão com a UE

O Brasil endureceu o tom com a União Europeia, acenando com a possibilidade de recurso na Organização Mundial do Comércio (OMC) para poder preencher a Cota Hilton. O país tem direito de exportar ao mercado europeu 10 mil toneladas de cortes nobres de carne bovina dentro da Cota Hilton, mas preencheu menos de 10% no ano-cota encerrado em julho.
Dentro da cota, o produto tem uma tarifa de 20%, enquanto no extracota a UE cobra imposto de 12, 8%, mais € 3.041 por tonelada. Assim, com tarifa menor pela cota, os frigoríficos brasileiros obtêm prêmio de cerca de US$ 3 mil por tonelada sobre o extracota.
O país não cumpriu a cota porque os produtores brasileiros aceitaram um acordo com a UE, prevendo rastreabilidade rígida da carne, mas não têm conseguido cumpri-lo. O acordo prevê identificação eletrônica dos animais destinados ao abate para atender à cota na desmama ou até 11 meses de idade. Antes, a identificação era feita pela dentição do animal, quando sua idade também era definida. Para o abate na cota Hilton, um dos critérios é de que o animal deve ter menos de 36 meses.
Além disso, a definição da UE para Cota Hilton obriga que os animais sejam alimentados apenas a pasto, o que se torna complicado nos períodos de seca, quando a alimentação precisa ser suplementada com ração. Essa exigência só é feita para o Brasil.
Além de buscar uma flexibilização para a rastreabilidade, o Brasil tenta alterar a definição da Cota Hilton. Os europeus querem discutir, primeiro, até o que seria considerado o período da seca no país.
Outro problema, segundo Bruxelas, é que os produtores do Brasil não têm demonstrado interesse em atender às exigências da UE, já que o mercado brasileiro está aquecido e com preços altos.
O Brasil já avisou a UE que se não resolver bilateralmente o problema deve recorrer à OMC para examinar o contencioso que custa dezenas de milhões de dólares em exportações.

FONTE: Assis Moreira, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Missão ao Chile reforça exportações de carnes

Para incentivar o aumento das exportações de carnes ao Chile, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) promove missão comercial, entre os dias 17 e 19 de novembro, a Santiago. O foco é reforçar a presença das carnes bovina, suína e de aves naquele país e inserir novos produtos brasileiros. Representantes de 10 empresas integram a delegação.
O Chile, nos últimos anos, passou por grande abertura comercial, sendo hoje, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), um dos países com maior facilidade para a concretização de negócios. O Brasil, como membro do Mercosul, tem preferências tarifárias, fazendo com que as exportações agrícolas acessem aquele mercado sem a cobrança de imposto de importação. A coordenadora-geral de Ações no Mercado Externo do Ministério da Agricultura, Telma Gondo, ressalta que, apesar desses fatores, a participação das exportações agrícolas brasileiras, no total das importações agrícolas do Chile foi de 5,86% no ano passado, patamar consideravelmente inferior aos 21,7% que o Brasil obteve na Argentina e aos 16,2%, na Venezuela.
"Esses fatos credenciam esta missão de imagem e promoção comercial como necessária e oportuna", enfatiza. Além de quatro entidades exportadoras de carnes, seis empresas representam os setores de bebidas, alimentos congelados e condimentos. O governo de Minas Gerais também estará presente, por meio da agência de incentivo às exportações (ExportaMinas).
A programação inclui um seminário sobre o mercado local, rodadas de negócios e visitas técnicas a supermercados e centros de distribuição, com o objetivo de identificar a concorrência, níveis de preço, formas de consumo e contato com exportadores. Está prevista, ainda, a realização de evento gourmet, com a degustação de produtos brasileiros para empresários, compradores, formadores de opinião, chefs de importantes restaurantes locais e autoridades governamentais daquele país.
O Chile ocupa a 33ª posição no ranking internacional de vendas do Brasil. Entre janeiro e outubro de 2010, a receita dos embarques agropecuários foi de US$ 410,2 mil. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 55% no valor exportado. Este ano, a pauta é liderada pelos produtos florestais (US$ 125 mil), seguida pelas carnes (US$ 99,17 mil). Nessas proteínas, o destaque é para a carne bovina in natura (US$ 61,35 mil).

FONTE: Mapa, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Estados Unidos reconhecem Santa Catarina como área livre de aftosa

O estado de Santa Catarina foi oficialmente reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação pelo governo dos Estados Unidos. “Não foi bondade dos Estados Unidos abrir o mercado para a gente, foi mérito nosso”, disse nesta quarta-feira (17-11) o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Segundo Camargo Neto, o Brasil vinha pleiteando a condição de exportador, porém os países trabalham numa lentidão inaceitável. “Eles não reconhecem, às vezes por burocracia, as vezes por má-vontade, ou ainda por protecionismo. Algumas vezes, também é erro nosso por esquecermos o processo lá, a embaixada não dá a devida atenção, mas quando a gente trabalha direito, quer ser respeitado”, reclamou.
O presidente da Abipecs lembrou que esse reconhecimento foi solicitado pelo Brasil em 2007. Foram enviados veterinários para fazer análises em 2008. “Em dezembro de 2008, estava concluído, mas ficou lá engavetado e, finalmente, quando o governo norte-americano teve que se sentar com o Brasil, o governo brasileiro incluiu a questão da carne suína".
Para Camargo Neto, o mercado americano é muito competitivo, tem preços semelhantes aos do Brasil. "Nós acreditamos que para os Estados Unidos vamos exportar pouco, pois o país não é visto como um grande mercado [para o produto]. A credibilidade, porém, que o serviço sanitário americano tem é muito grande, então acreditamos que isso terá uma influência, principalmente em países que têm receio de aprovar o Brasil".
Apenas o estado de Santa Catarina foi reconhecido como livre de aftosa para exportação. O presidente da Abipecs lembrou que o Ministério da Agricultura tem um serviço de fiscalização que não permite, nesse caso, que o Brasil exporte carne suína de qualquer outro estado. “Quem vai exportar são as empresas da Abipecs e a gente tem que trabalhar com um mínimo de seriedade. Se queremos ter credibilidade, não podemos mandar carne de outros estados, é fraude”, concluiu.

FONTE: Agência Brasil

Boi e bezerro

Terminei a semana passada com a seguinte conclusão:
“O bezerro é o destaque da semana. Estamos nos picos do movimento. A alta da reposição ultrapassou a estilingada de 2002/2003 por alguns pontinhos. Mas lá atrás, por mais forte que tenha sido a alta da arroba, foi mais ou menos aí que o mercado parou de subir. Vamos ficar de olho. Tenho a impressão que o mercado dessa semana será definitivo. Será uma semana crucial. Não sei porque estou sentindo isso. Não tem nenhuma base técnica para tal. É só um feeling.”
De fato, o bezerro é o destaque. Disparado, caro leitor. É impressionante ver a dissociação entre o mercado do boi gordo e do bezerro.
Tenho lido várias fontes desclassificando a queda do bezerro, ou a aparente falta da alta relativa ao boi como não sendo importante. Dizem que é só esperar as águas para o mercado voltar a se aquecer.
Daí o bezerro voltará a subir, dizem.
Quem sou eu para argumentar contra? Não é meu estilo bater de frente com ninguém. Prefiro analisar friamente os fatos. Não há nada na história dos preços que comprove que só pela razão de ser águas o mercado de bezerro irá subir. A história desses últimos quinze anos mostra uma coisa completamente diferente disso, aliás. Observe o gráfico.



O bezerro alternou anos de alta com anos de baixa, caro leitor. A mensagem é a seguinte, e eu já falei isso aqui antes em várias ocasiões: o bezerro quando muda de direção, ele muda por vários anos.
Quando quer subir, sobe por anos. Quando quer cair, ele cai por anos a fio também. Isso não tem nada a ver com “entrada das águas”. Para ficar mais claro o que estou querendo dizer, observe a variação ano a ano nos preços do gráfico acima colocados em forma de porcentagem.


Aqui fica bem mais claro o que quero dizer. Observe que por detrás do capô o bezerro oscila como qualquer outro mercado. Ele até perde valor alguns anos, como foi entre 1995/96 e 2005/06 e no final de 2009.
O ponto que quero chegar é o seguinte. Porque, então, tivemos essa megavalorização do bezerro entre 2006 e 2008? Sabe como é que é... Vacas produzem bezerros. A gente abateu muita vaca entre 2003 e 2007 e daí quer um milagre? Iria faltar bezerro mesmo adiante.
Foi exatamente isso que ocorreu até 2008. Mas porque o bezerro não continuou a subir depois de 2008? Porque ele está mais ou menos estável com uma ligeira queda de 2008 para cá?
Porque o que ocorreu de 2008 para cá foi uma surpreendente retenção de fêmeas.
É o inverso de 2003 a 2007, caro leitor. Agora, acredito que 2009 e 2010 foi um ano de transição entre a falta de bezerros e a entrada das novas fornadas.
Estão entrando novos animais, mas ainda não estão entrando em quantidade suficiente para derrubarem os preços, mas em quantidade suficiente para impedirem uma alta. É importante destacar essa diferença, pois de agora adiante, a cada ano, entrarão maiores e maiores quantidades de bezerros e bezerras.

E os preços? Bom, os preços, no cenário 1, oscilarão mais ou menos estáveis, com uma tendência de leve queda ainda ano que vem para começarem a cair mesmo, a meu ver, a partir de 2012. No cenário 2 eles começarão a cair já a partir de 2011 em uma agonizante, lenta e contínua queda até atingirem o final desse ciclo pecuário lá para frente.
Até agora, se considerarmos que o pico do bezerro ocorreu mesmo em 2008, o cenário 1 está sendo a realidade.

Percebe que aqui a gente extrapola, e muito, a idéia altista e circunstancial que “o bezerro sobe nas águas”? Espero que tenha ficado claro que não é assim que o mercado de bezerro funciona; é mais fácil e certeiro dizer que o mercado desse pequeno animal se move lentamente ao longo dos anos, subindo alguns anos e caindo por alguns. Ele é totalmente dependente do que acontece na evolução do descarte/retenção de fêmeas e a evolução das fêmeas também é assim.
Ou é isso, caro leitor, ou também tem o outro lado da moeda. Pode ser que você não acredite em ciclo pecuário. Fica a seu critério, mas é o mesmo que dizer que você não acredita em gravidade. Você pode não acreditar, mas isso não impede que a gravidade te arrebente no chão se você pular sem pára-quedas de um avião.

E falando em pular de avião, você viu a bolsa essa semana? Achou que eu não iria comentar, né? Fiquei enrolando até aqui falando do bezerro, não é? Na realidade não iria comentar mesmo, não, caro leitor, até porque o que ocorreu essa semana na bolsa não foi pecuária, o que ocorreu foi um clássico evento que está escrito em qualquer livro de história de mercados. Foi um choque de realidade para quem achava que as árvores cresciam até o céu. Obviamente, isso não ocorre.
Isso me lembrou Bob Farrell, ex-analista de mercado da Merril Linch, dos EUA. Cheguei a colocar no twitter essa semana: “Mercados exponencialmente em alta ou em baixa normalmente vão mais longe do que você pensa, mas eles não se corrigem andando ‘de lado’.”
“De lado”, é uma gíria de mercado. Significa um mercado que está lento, parado, oscilando pouco.
Ou seja, exatamente o oposto do que vimos essa semana no boi. Cara esperto, esse Bob.
Então, sobre a queda deixemos para lá, até porque tenho a impressão que foi exagerada demais, principalmente no contrato de novembro.

E falando em twitter, caro leitor, durante a semana tenho escrito algumas coisas por lá. Sai um bate-papo interessante, tem hora. É uma forma de ler um pouco mais sem ter que esperar até a semana seguinte por uma nova edição da CP. Entre lá e confira em twitter.com/cartapecuaria .
Estava me esquecendo, mas isso é muito importante. Vocês devem ter visto que mandei uma mensagem na quarta-feira sobre a arroba do boi encostando na arroba do bezerro essa semana. Para quem não teve tempo de abrir a mensagem coloco novamente aqui o gráfico.



Isso realmente é uma coisa que a gente tem falado muito aqui faz tempo. O teto do boi é o bezerro, e mais uma vez parece que essa máxima está se mantendo, se olharmos para a movimentação dos preços essa semana.
Foi só o boi encostar no bezerro para o mercado fraquejar. Agora, este ano tivemos um preciosismo — as duas arrobas se encostaram exatamente no mesmíssimo preço, R$116,41/@. Isso é impressionante e curioso, só isso. Não é para se tirar nenhuma conclusão a não ser alegórica desse fato.

O teto do boi é o bezerro, e isso quer dizer que ao redor da arroba do bezerro o boi fez seu pico. Ao redor, ok? O que ocorreu essa semana foi a primeira vez que isso novamente aconteceu desde 2007.

Seguindo em frente, temos aqui do lado novamente o gráfico das escalas de abate. Dessa vez peguei uma média das escalas Brasil afora, e não a escala de SP, medida pelo indicador Esalq/BVMF. Queria nessa semana dar uma olhada geral em como estão as coisas pelo Brasil. Observe aqui de fato as escalas terem andado um pouco mais nessa semana. Saímos de 4 e fomos para 6 dias, em média. Para uma situação que vinha entre 4 e 7 dias desde junho, olhando sob essa perspectiva realmente se compraram mais bois esses últimos cinco dias.


Compraram-se muito bois no MS, de novo. Olha o MS aí como venho falando essas últimas semanas. Um leitor chamou a atenção para as escalas em Rondônia também. Um pecuarista me falou que as escalas andaram bem no sudoeste do Mato Grosso e um frigorífico me disse que comprou bem em São Paulo. Ou seja, essa semana foi ofertada uma boa quantidade de animais.
As escalas, conforme a gente pode ver no gráfico, não podem romper essa linha vermelha. Se romperem, aí meu amigo, é porque está entrando mais animais mesmo e é bom ficar preparado.

FONTE: SCOT CONSULTORIA/AUTOR ROGÉRIO GOULART

Boi firme no físico. Enquanto isso… na BM&F…

O mercado do boi gordo, depois de uma tendência quase imutável de alta, registrou algumas quedas no físico e uma forte pancada na BM&F. No físico o indicador registrou máxima de R$117,18/@ e permanecia acima de R$115,00/@ até ontem, mas na BM&F os negócios saíram de R$117,00/@ no dia 9/11, registraram mínima de R$102,40/@ na sexta-feira passada (12/11) e hoje retomou o patamar de R$108,00/@.
Como comentado na última semana, a velocidade e força da queda lembram 2008, quando o mercado saiu de R$102,40/@ e foi até R$90,00/@ em uma semana. Na realização da semana passada a queda chegou a R$14,00/@ ou -12,5%, ante os 12,1% de 2008. Com isso, a volatilidade do mercado nos últimos 5 dias ultrapassou os 40%, enquanto nos últimos meses trabalhou perto de 20% e antes dificilmente ultrapassava os 15%.
A mudança de rumo no mercado deve-se ao aumento na oferta de gado para abate nas últimas semanas, o que tirou a sustentação do mercado e permitiu que os frigoríficos alongassem as escalas para cerca de uma semana, pelo menos na região de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A dificuldade no repasse das altas nos preços da carne bovina para o varejo foi outro fator de pressão, diante do consumo mais fraco de 2ª quinzena.
A oferta nas últimas semanas foi composta por gado de cocho, semi-confinamento e pasto, em proporção decrescente e nada expressiva, mas com certeza melhor que a observada há cerca de 1 mês. Em inúmeros casos é possível observar que houve antecipação do abate para aproveitar os preços mais altos, assim como aproveitar a boa relação de troca com o bezerro.
Nestes momentos de alta volatilidade a análise do cenário fica mais complicada, afinal estamos longe de um consenso no mercado. Diante da melhora nas escalas de abate, os frigoríficos saíram das compras e forçaram recuos nos negócios. O volume, entretanto, recuou e a continuidade desse movimento dependerá da oferta real no curto prazo.
Com a queda no preço da carne bovina, os frigoríficos de menor porte têm menos fôlego para pagar no boi gordo, sobretudo se o boi casado perder os R$7,00/kg. Por outro lado, a proximidade do final de ano quando o consumo costuma melhorar impulsionado pelas festividades pode indicar que o movimento atual é de ajuste, tirando parte da euforia do mercado, mas sem alteração no cenário altista.

FONTE: www.agroblog.com.br/ autor LEONARDO ALENCAR