Pecuaristas misturam subproduto do grão com sal proteinado
Não importa se o inverno foi rigoroso ou o verão vem acompanhado de La Niña: na estância Sant’Ana, de Miguel Augusto Barbará, em Uruguaiana, no Rio Grande di Sul, o gado é gordo o ano inteiro. O produtor lançou mão de uma técnica que aproveita a palha de arroz, subproduto do grão, para formação de fardos que alimentam o gado em períodos de crise climática.
Assim como ele, produtores de pecuária e arroz da Fronteira Oeste e da Campanha têm a técnica como aliada. Enrolado por uma enfardadeira logo após o período de colheita do arroz, em março, e misturado com sal proteinado, cada rolo pesa 400 quilos e alimenta 50 animais.
Com a sobra da safra passada, Barbará produziu, com 960 toneladas de palha de arroz, 2,4 mil fardos. Suficiente para alimentar seu rebanho braford até o final de janeiro. Para a próxima safra, comprou uma enfardadeira nova e pretende produzir 5 mil fardos:
– Neste ano, comecei a usar no início da primavera, enquanto em anos anteriores sempre usei no final – diz Barbará, que vende os fardos excedentes a outros produtores a R$ 80.
Assistente técnico regional da Emater em Bagé, Fábio Eduardo Schlick diz que a suplementação é uma ótima alternativa para as regiões da Campanha e da Fronteira Oeste, em razão de muitas propriedades terem pecuária e lavoura de arroz integradas:
– O produtor não precisa gastar com transporte, o que torna a opção mais barata. É preciso observar que a palha esteja misturada ao sal proteinado. Só a palha não tem capacidade nutricional de manter o peso do animal.
Fonte: Canal Rural
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