sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Três dias de queda na BM&F

O valor do vencimento do contrato futuro do boi gordo para novembro, negociado na BM&FBovespa, tem subido quase que continuamente desde meados de julho.
Ao mesmo tempo em que o preço do boi gordo no mercado físico aumentava, subiam também as apostas para o vencimento de novembro e os interessados em negociar o gado neste vencimento.
Veja na figura 1 a escalada de alta do valor do contrato futuro para novembro/10, em R$/@ e o aumento o número de contratos abertos para o mesmo mês.



No entanto, nos últimos três dias, o valor do contrato futuro de novembro caiu 5,2%. Esta queda pode ser atribuída, principalmente, a um ligeiro aumento no volume de negócios no mercado físico, observado nos últimos dias. No entanto, por mais que o volume de compras tenha aumentado, este aumentou foi discreto e não caracteriza aumento exagerado na oferta de animais terminados. Mesmo porque os compradores não conseguiram espaço para recuar as ordens de compra para o boi gordo.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Banco JBS faz parceria com indústrias de insumos

O Banco JBS lançou nesta quinta-feira (11/11) o GPS, programa de parcerias estratégicas com empresas dos diferentes elos da cadeia produtiva da pecuária. Com essa iniciativa, a instituição financeira espera nos próximos 12 meses, aumentar em 50% sua base de clientes, o que permitirá ao Banco JBS fechar 2011 com R$ 400 milhões de ativos de crédito em sua carteira.
Para viabilizar o programa, além da captação de recursos no mercado, por meio de investidores e instituições financeiras, o Banco firmou alianças estratégicas com empresas de toda a cadeia do setor, que inclui, entre outros, o segmento de insumos agropecuários, consultorias, máquinas e equipamentos agrícolas, tecnologia agropecuária e produtos veterinários. Com isso, o Banco JBS disponibilizará recursos que permitirão aos pecuaristas aumentarem sua produção e otimizarem a gestão de seus negócios.

Para Emerson Loureiro, presidente do Banco JBS, essa iniciativa marca uma nova fase da estratégia de operação da empresa. "O Banco JBS, desde a sua fundação, sempre teve como foco o pecuarista. Hoje, dois anos depois, sua atuação vai além do produtor rural, beneficiando também diversas empresas de diferentes segmentos da pecuária, uma vez que os demais elos da cadeia de valor são fundamentais para a modernização, o fomento e o crescimento do setor", destaca o executivo.

Segundo José Marinho, diretor comercial do Banco JBS, o GPS é uma ferramenta de acesso ao que há de mais moderno em gestão pecuária, incluindo tecnologia de ponta e linhas de crédito adequadas a cada negócio, com o objetivo de rentabilizar de forma sustentável todas as etapas do processo de produção e auxiliar o pecuarista a planejar estrategicamente suas operações. "Isso se traduz em aumento da produtividade rural, tecnologia de engorda e programas de qualidade bovina", complementa o executivo.

Um dos diferenciais do programa é oferecer ao pecuarista a possibilidade de uso de boi gordo como moeda de troca em operações de crédito - recurso exclusivo no mercado. Nesse caso, o pecuarista beneficiado se compromete a abater os bois em um dos frigoríficos do Grupo JBS. "Com isso, ele tem a possibilidade de adequar o prazo da operação ao ciclo de abate dos animais, evitando um desalinhamento do fluxo de caixa", ressalta Marinho.

O programa é dividido em duas categorias: o GPS Interno, que oferece vantagens e benefícios a produtores selecionados da base de parceiros do Banco, e o GPS Externo, dirigido aos produtores em geral e às empresas parceiras dos demais elos da cadeia produtiva.

Os critérios de adesão ao programa variam de acordo com cada categoria. No caso do GPS interno, são avaliados o relacionamento do cliente com o Banco e o volume de crédito tomado. Enquanto que no GPS externo, participam por um lado, empresas de ponta dos diferentes segmentos da cadeia produtiva da pecuária. Ao mesmo tempo, no caso dos produtores, a participação é aberta a todos, desde que estejam alinhados às condições das empresas parceiras e aos critérios de liberação e benefícios do Banco.

Entre as vantagens oferecidas estão a facilidade de acesso ao crédito, bonificações, melhor condição comercial na compra de insumos, limite de crédito para operar derivativos de boi gordo, soja, milho, entre outros. Além disso, o pecuarista pode contar com visita de um profissional da área de projetos para elaboração de relatório técnico e diagnóstico e consultoria para recomendar o melhor momento de realizar operações.

FONTE: Banco JBS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Momento favorável para a troca com o bezerro

Onde houve alteração nos preços da reposição, a mudança ocorreu para o garrote e boi magro. Não foram observadas muitas transações no mercado. O ritmo está lento.
A forte alta para o boi gordo corrigiu a queda da relação de troca com a reposição observada no primeiro semestre, atingindo a relação mais baixa já registrada para o bezerro em São Paulo.
Em números. Desde o início do segundo semestre, a relação de troca entre o boi e o bezerro subiu 32,9%. Hoje, compra-se, em média, 2,6 bezerros com a venda de um boi em São Paulo, considerando o bezerro de 5,5@ e o boi de 16,5@.
O momento é positivo, com relação aos preços, para se fazer a troca com as categorias jovens. Recomenda-se que o pecuarista aproveite a situação de bons preços, principalmente com relação ao boi.
Espera-se que o mercado do bezerro volte a se aquecer até janeiro. Este é mais um fator que deve levar o fazendeiro a considerar a atual troca.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Boi: Volume de abates deve seguir baixo até começo de 2011

A Associação Nacional dos Confinadores Assocon acaba de concluir o 3º Levantamento sobre Intenção de Confinamento para associados em 2010. Durante esses dias o departamento técnico da Assocon ouviu a opinião dos pecuaristas sobre vários aspectos relacionados à produção e ao comércio da carne bovina no País, e o cenário revelado foi de uma oferta restrita de bois para abate na indústria, com perspectiva de melhora apenas para os primeiros meses do ano que vem.
A entidade que atualmente representa 64 confinamentos, em dez estados brasileiros, manteve também sua projeção de queda para o rebanho confinado em 8,8%. Em geral, os pecuaristas entrevistados revelaram que a quantidade de animais em terminação nos confinamentos está bastante reduzida este ano, em média 36,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo Bruno de Jesus Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pelo levantamento, um fator que não pode ser desconsiderado ao analisarmos a falta de animais para engorda este ano, é a menor produção de bezerros por falta de matrizes. "Alguns associados já iniciaram o processo de compra da reposição para o segundo turno, porém sem adquirir grandes volumes. Para muitos deles os preços do bezerro ainda estão elevados demais e, mesmo vendendo o boi gordo no atual patamar de preços de R$ 110 por arroba, a realização da reposição ainda está fraca", destaca.
Os associados Assocon que trabalham com sistemas de boitel e/ou parceria com terceiros para engorda do gado revelaram à pesquisa que o número de consultas feitas para a ocupação de vagas dentro dos confinamentos tem sido bem maior do que a efetivação de negócios. Os motivos apontados por eles são basicamente dois: o custo elevado da diária dos animais que subiu acima da média registrada no primeiro semestre e a qualidade muito ruim do gado de reposição, que apesar disso tem se mantido super valorizado no mercado.
A Assocon foi ouvir também a opinião da indústria frigorífica sobre a pouca oferta de gado para abate. Para ela, a retomada dos abates deve ocorrer apenas em meados de fevereiro, isso se as chuvas começarem agora. Quando questionados sobre o valor de venda no balcão, os agentes sinalizaram que o poder de negociação e a qualidade do boi ofertado é que vão ditar o preço final da arroba paga ao produtor.

Fonte: DCI

Mercado do boi gordo em alta por mais uma semana

Falta matéria prima para os frigoríficos.
O mercado do boi gordo trabalhou em ambiente firme durante a semana e, de 31 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, 23 delas já registram cotação acima dos R$100,00/@, a prazo, livre de funrural.
Em São Paulo, a arroba cotada em R$115,00, a prazo, já acumula alta de R$5,00 somente nos dez primeiros dias do mês, ainda com relatos de negócios ocorrendo por até R$3,00/@ a mais.
A dificuldade na compra é grande e o mercado está praticamente sem referência de preços. Tendo boiadas, tem negócio.
Porém, começam a surgir frigoríficos tentando imprimir pressão de baixa.
A venda de carne já começa a sentir os reflexos do significativo aumento de preços dos últimos meses. O consumo sofreu ligeira redução.
A carne com osso, que possui maior liquidez, embora ainda trabalhe em cotações nunca registradas em anos anteriores, já perdeu sustentação.
Além da pequena oferta, o fator que pode segurar os preços da carne em patamares elevados e, conseqüentemente, a arroba do boi gordo, é o pagamento de décimo terceiro salários e bonificações, que normalmente confere ânimo à demanda desse tipo de produto.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Frigoríficos podem ser obrigados a importar animais

Taxa de câmbio prejudica exportadores e escassez de animais causa aumento nos preços

Com a disparada no preço do boi gordo, os frigoríficos podem ser obrigados no futuro a importar animais de outros países. Foi o que disse nesta quinta, dia 11, o ex-ministro e atual diretor do grupo JBS, Marcos Pratini de Moraes.
O Brasil, o maior exportador de carne bovina do mundo, hoje enfrenta dois obstáculos: a atual taxa de cambio que prejudica os exportadores e a escassez de animais para o abate, que vem causando uma disparada nos preços do boi gordo. O consultor do grupo JBS, o maior do mundo em carne bovina, admitiu até mesmo uma medida inusitada: a importação de animais.
Outro problema para os frigoríficos é o risco do aumento na inadimplência. Segundo o analista da Scot Consultoria Rafael Ribeiro de Lima Filho, alguns pecuaristas que fizeram a venda antecipada estão descumprindo os contratos, já que a cotação atual é bem mais alta do que na época em que o negocio foi fechado.

FONTE: CANAL RURAL

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Boi gordo não aparece e indicador é cotado a R$ 118,93

Durante a semana a oferta de animais enviados ao abate continuou restrita, mantendo o mercado firme e sustentando novas altas no preço da arroba. Apesar do recuo de R$ 1,00 na última quarta-feira, quando o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 116,18/@, na semana este indicador registrou alta de 1,96%.
Nesta manhã, Caio Junqueira Neto, da Cross Investimentos, postou em seu Twitter: "Esalq tem o 1º grande recuo depois de uma sequência de alta de vários dias, seria um sinal de inversão da arroba? Ou apenas ajustes de preços?"
Para Fabiano Tito Rosa, gerente de mercado do Minerva, "essa queda do Esalq ontem será o teste para ver se tem ou não um pouco de boi represado".
O indicador a prazo apresentou maior valorização e foi cotado a R$ 118,93/@, na última quarta-feira (10/11), acumulando variação positiva de 4,01% no período analisado (03/11 a 10/11). Em um mês este indicador registrou alta de 23,64%.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo a prazo



Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio



Segundo o InfoMoney, em meio ao aguardo pela reunião do G-20, a divisa norte-americana conseguiu chegar ao seu quarto dia sem fechamento negativo.
Sobre o encontro do G-20, que começa hoje (11/11) em Seul, na Coreia do Sul, vale a pena destacar as palavras do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que declarou ser favorável à substituição do dólar como moeda de reserva e nas transações internacionais. Mantega disse que o ideal é definir uma nova ordem no sistema financeiro internacional a partir da multimoeda. Como exemplo, o ministro citou o direito especial de saque, que é usado nas transações do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Embora nas declarações os participantes afirmem que o objetivo é chegar a um acordo que possibilite uma ação coordenada para reduzir os problemas que diversos países enfrentam atualmente com as cotações de suas moedas, na prática o consenso é de que a chance disso ocorrer é pequena.

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, defendeu nesta quarta-feira (10) o diálogo do setor produtivo com o governo na busca de medidas para conter os prejuízos causados pela questão cambial às exportações do agronegócio brasileiro, responsável por 42% do total das vendas externas do País. A preocupação demonstrada pela senadora durante reunião da Câmara Setorial da Soja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília, se deve às medidas tomadas por outros países para manter a competitividade de suas moedas no mercado internacional.

"O câmbio é uma questão que tem nos preocupado muito porque está trazendo prejuízos a todos os exportadores", afirmou. A senadora lembrou que a China é um dos países que tem adotado essas medidas, mantendo sua moeda - o Yuan - desvalorizada artificialmente com o objetivo de aumentar suas exportações para outros mercados, gerando mais receita. "Isso não pode continuar. A China, com uma poupança interna do tamanho que tem, de 40% do seu PIB, não deixará de crescer se tirar o artificialismo da sua moeda", acrescentou.

O ex-ministro e presidente do conselho de administração da BR Foods, Luiz Fernando Furlan, acredita que a guerra cambial entre os países é um assunto grave que poderá ficar ainda pior, o que afeta diretamente segmentos industriais, citando especificamente o de eletroeletrônicos. "Muitas commodities se defenderam da taxa de câmbio aumentando preço, mas os produtos industrializados acabam sendo vitimados porque competição acaba sendo desleal", afirmou, ressaltando que a BR Foods já foi afetada pela questão cambial.

Nesta quarta-feira, o dólar foi cotado a R$ 1,7062, com alta de 0,79% na semana. A arroba do boi gordo em dólares registrou alta de 1,16% na semana e já é cotada a US$ 68,09.

Mercado físico

A oferta continuou restrita e com isso, em muitas regiões, as escalas seguiram apertadas e os preços da arroba apresentaram reajustes consecutivos em quase todo o Brasil. Agentes do mercado comentam que alguns frigoríficos conseguiram comprar lotes maiores durante essa semana e isso pode dar algum fôlego para essas indústrias nos próximos dias.
A Associação Nacional dos Confinadores Assocon acaba de concluir o 3º Levantamento sobre Intenção de Confinamento para associados em 2010, realizado entre os dias 25 e 28 de outubro. Durante esses dias o departamento técnico da Assocon ouviu a opinião dos pecuaristas sobre vários aspectos relacionados a produção e o comércio da carne bovina no país, e o cenário revelado é de oferta restrita de bois para abate na indústria, com perspectiva de melhora apenas para os primeiros meses de 2011.

A entidade que atualmente representa 64 confinamentos, em 10 estados brasileiros, manteve também sua projeção de queda para o rebanho confinado em 8,8%, situação que já tinha sido revelada no último levantamento divulgação em agosto. Em geral, os pecuaristas entrevistados revelaram que a quantidade de animais em terminação nos confinamentos está bastante reduzida este ano.

Segundo Bruno de Jesus Andrade, zootecnista da Assocon e responsável técnico pelo levantamento, um fator que não pode ser desconsiderado ao analisarmos a falta de animais para engorda este ano, é a menor produção de bezerros por falta de matrizes. "Alguns associados já iniciaram o processo de compra da reposição para o segundo turno, porém sem adquirir grandes volumes. Para muitos deles os preços do bezerro ainda estão elevados demais e, mesmo vendendo o boi gordo no atual patamar de preços de R$ 110,00 por arroba, a realização da reposição ainda está fraca", destaca.

Segundo Andrade, a oferta de gado está baixa e os frigoríficos estão trabalhando com ociosidade operacional elevada já há algum tempo, em alguns casos, com dificuldade para abater gado todos os dias. Esse problema tem gerado outras situações paralelas de pecuaristas que estão vendendo lotes pequenos e mal terminados. "Os lotes que não são confinados chegam para o abate com baixa qualidade de carcaça, além de muito leves e magros, situação que prejudica a indústria que tem dificuldade de cumprir contratos para exportação, principalmente de boi Europa (lista Traces)", finaliza o especialista da Assocon.

Nessa semana o Imea também divulgou uma pesquisa de intenções de confinamento e os resultados são bem semelhantes aos apresentados pela Assocon. Registrando um total de 592,83 mil cabeças, os confinamentos do Estado em 2010 ficaram 7,08% abaixo do que o número visto em 2009.

Em relação aos outros dois levantamentos realizados neste ano, um em março e outro em julho, o número de cabeças confinadas registrou ligeira queda de 0,06%, na comparação com março, e uma alta de 10,21% na comparação com julho.

Esta alta de 10,21%, em relação ao último levantamento, deve-se principalmente à intensa valorização da arroba do boi gordo. Neste sentido, diante desta valorização do preço, alguns produtores mudaram suas estratégias confinando alguns animais que não foram projetados no levantamento de agosto. Este movimento se deu em sua grande maioria através de parcerias e do sistema chamado "Boitel", no qual o dono da unidade confinadora aluga o espaço para outro produtor colocar os seus animais.

De Uberlândia/MG, Rodrigo Pessoa informou através do formulário de cotações do BeefPoint que na sua região a arroba do boi gordo foi negociada a R$ 108,00, para pagamento em 30 dias.
O leitor do BeefPoint, Orlando Volpon, informou que no início desta semana vendeu um lote de bois gordos para o abate, na região de Maringá/PR, a R$ 110,00 - prazo de 20 dias.
Chicão Caruso, de Paragominas/PA, comentou que o preço praticado em Paragominas/PA, nos negócios com boi gordo, é de R$ 100,00/@.

Marcio Glayton Araújo Grangeiro, informou que em Roraima, município de Iracema, a arroba do boi gordo está sendo vendida a R$ 90,00, com prazo de 30 dias. Já no Estado do Sergipe, a arroba está valendo R$ 98,00, também com prazo de 30 dias, segundo informou Walter Garcez de Carvalho. "Aqui está subindo aos poucos. Vendedores sem saber o que fazer, segurar ou vender logo", completa Carvalho.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

Mercado futuro

Ontem, os contratos de boi gordo negociados na BM&FBovespa apresentaram forte retração. Mesmo assim, no acumulado da semana, os contratos com vencimento mais próximo (novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e março) registraram variação positiva. O primeiro vencimento novembro/10 fechou o pregão de quarta-feira (10/11) a R$ 113,91/@, com valorização de R$ 1,16 na semana.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 03/11/10 e 10/11/10




Atacado

Segundo o Boletim Intercarnes, hoje existe um acerta instabilidade no mercado de carne bovina e maior oscilação nos preços do atacado. Mais especificamente devido a melhor oferta de dianteiros avulsos. Em contrapartida, com relação a traseiro e carne dessossada o mercado segue firme. Porém no contexto geral, não se observa aumento significativo nas ofertas, já que as ofertas de animais para o abate seguem restritas.
No atacado paulista, o traseiro foi cotado a R$ 9,30, o dianteiro a R$ 5,80 e a ponta de agulha a R$ 6,00. O equivalente físico acumulou alta de 5,05% na semana, sendo calculado a R$ 112,59/@ na última quarta-feira. Dessa forma o spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 3,59/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina



Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico



Reposição

O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 720,82/cabeça, com recuo de 0,46% na semana. Diante altas constantes do preço do boi gordo, a relação de troca melhorou subindo para 1:2,66. Na terça-feira (09/11) a relação troca foi calculada em 1:2,69, melhor valor desde 20 de setembro de 2006.

A margem bruta na reposição também indica que o momento é bom para repor o rebanho, já que hoje este indicado é calculado em R$ 1196,15. Em 2009 a média da margem bruta foi de R$ 678,16 e em 2008 este indicador apresentou valor médio de R$ 747,78 A margem bruta na reposição é a diferença da venda de um boi gordo de 16,5@ e compra de um bezerro de reposição, este valor é o que será utilizado para investimentos na atividade, pagamento de contas e salários e lucro.

Segundo Felipe Faggioni, leitor do BeefPoint de Franca/SP, "a procura por animais magros de reposição está aumentando na região, mas não nos mesmos níveis dos animais gordos para abate. Ela está reagindo de acordo com a reação das pastagens que vem acontecendo de forma gradual, mas notamos a cada dia um maior interesse por bezerros e bezerras com pequenas elevações nos preços".

O leitor do BeefPoint, André Fioravanti, de Dracena/SP, informou que vendeu bezerras de 10 meses a R$ 530,00/cabeça. "Definitivamente os preços das reposições não estão acompanhando a rês terminada".

FONTE: BEEFPOINT

E AQUI NO RIO GRANDE DO SUL, QUANDO ISTO VAI ACONTECER?


Boi gordo atinge índice histórico no Espírito Santo

O preço do boi gordo atingiu recorde histórico no Espírito Santo no último dia 27. A arroba foi cotada a R$ 100, valor nunca atingido anteriormente pelo mercado capixaba

Segundo o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo (Senar/ES), Neuzedino de Assis, o valor atingido se deve à escassez de bovinos no mercado a nível nacional, devido ao elevado abate de matrizes recentemente, aliado à entressafra, período de diminuição de alimento para o gado e menor engorda do rebanho.

“Houve uma forte queda de preço anos atrás devido ao foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul. O produtor brasileiro descapitalizou e foi vendendo suas matrizes em alta escala. Com a diminuição do nascimento de bezerros, diminui a produção de boi gordo, e, consequentemente, o preço tende a se elevar”, explica Neuzedino.

Outro fator que provocou o aumento do preço da carne bovina foi a recuperação do mercado externo frente à crise econômica. “Os países estão comprando mais e pagando melhor a nossa carne. Além disso, o mercado interno também está com poder aquisitivo mais elevado”, diz.

As informações são da assessoria de imprensa da Faes - Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo.

FONTE: Agrolink

Mercado físico do boi gordo segue firme

Mercado firme.
Em São Paulo, a referência permanece em R$115,00/@ a prazo, porém, alguns frigoríficos já tentam impor pressão de baixa sobre o preço da arroba, mesmo com a oferta de animais terminados ainda sendo pequena.
Nos preços menores poucos negócios acontecem.
Em Goiás, no sul do estado, região que fornece gado para as indústrias de São Paulo, a arroba está valendo R$108,00/@, à vista, e R$109,00/@, a prazo, ambos livres de funrural. Existem relatos de negócios acontecendo por até R$1,00/@ a mais. É a praça que possui o boi gordo mais caro do Brasil, depois de São Paulo.
A dificuldade nas compras forçou preços maiores em Cuiabá – MT, e, no preço a prazo, igualou à cotação do sudeste do estado, as maiores registradas no Mato Grosso.
Em Santa Catarina, Oeste da Bahia e Norte do Tocantins, a necessidade em alongar as escalas também forçou reajustes nos preços.
No mercado atacadista de carne bovina, os preços altos levaram a uma ligeira redução nas vendas e com isso houve queda de R$0,10/kg para todas as peças.

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

CAR passa a ser exigência no MT a partir de 13 de novembro

A partir de 13 de novembro de 2010, os frigoríficos que assinaram o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) no Mato Grosso só poderão comprar gado de propriedades que tenham aderido ao programa mato-grossense de regularização ambiental rural, MT Legal, através do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Com a exigência do CAR, é muito provável que os frigoríficos tenham ainda mais dificuldade na compra dos animais. A oferta, que já não é boa, tende a se tornar ainda mais escassa. Isso pode provocar maiores aumentos nos preços do boi e da vaca gorda, de maneira semelhante ao que tem acontecido no Pará.
A tendência é que o número de propriedades com o registro no CAR aumente paulatinamente, mas, neste primeiro momento, os próprios frigoríficos estão esperando por redução significativa da oferta de bovinos terminados.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

NAVIO PARA EMBARQUE DE GADO EM PÉ PARA TURQUIA ESTA CHEGANDO AO PORTO DE RIO GRANDE-RS

A empresa ANGUS INTERNATIONAL EXPORTAÇÃO DE ANIMAIS LTDA estará neste fim de semana fazendo mais um embarque de gado em pé com destino a Turquia. O navio que fará o transporte deverá chegar ao porto de RIO GRANDE na madrugada do dia 12.11.2010.

FONTE: LUND NEGÓCIOS

La Niña influenciará o clima nos próximos meses

Previsão de precipitações abaixo da média, com uma distribuição irregular, intercalando períodos de muita e outros de pouca ou nenhuma chuva
Durante o mês de outubro, os padrões de precipitação continuaram muito irregulares no Sul do Brasil. Os totais ficaram entre a média e ligeiramente acima da média no Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Já no centro-sul do Rio Grande do Sul, as chuvas ficaram abaixo da média. Na região Sudeste, Centro-oeste e nas áreas agrícolas do Nordeste, as precipitações voltaram gradativamente no decorrer do mês, mas ainda muito atrasadas, acarretando com isto, um atraso no plantio nestas regiões.
De acordo com o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), apesar das chuvas observadas apresentarem totais próximos às médias climatológicas, observa-se uma irregularidade na distribuição, tanto espacial como temporal, das precipitações, principalmente no centro-sul do Brasil, característica de anos de “La Nina”.
No decorrer do mês, as temperaturas apresentaram grandes amplitudes, com mudanças bruscas e os extremos se acentuando no Sul do Brasil, devido a entrada de massas de ar frio com forte intensidade. Na região central do Brasil, com o retorno das chuvas, as temperaturas começaram gradativamente voltar aos padrões médios, para a época do ano.
As temperaturas das águas superficiais no Oceano Pacífico Equatorial, continuam abaixo da média, confirmando os prognósticos dos modelos climáticos dos últimos meses. O fenômeno La Niña está totalmente caracterizado (Figura 1). “Este evento terá intensidade moderada a forte, como continuam mostrando os prognósticos e, deve durar pelo menos, até meados de 2011 (Figura 2)”, observa.
Segundo Lazinski, nos próximos meses, o clima continuará sendo influenciado pelo fenômeno climático. A previsão é de precipitações abaixo da média, com uma distribuição irregular, intercalando períodos de muita e outros de pouca ou nenhuma chuva. “Este período de diminuição das precipitações, deve ocorrer entre meados de novembro e dezembro, no centro-sul do Brasil. Para o centro-norte da região Sudeste, região Centro-oeste e áreas agrícolas do Nordeste, as chuvas voltam ao normal no decorrer de novembro”.
Já para as temperaturas, continuam os prognósticos de grandes variações, intercalando períodos mais quentes, com entradas de massas de ar frio, que devem provocar mudanças bruscas nas temperaturas no centro-sul do Brasil. “Os extremos devem se acentuar”, alerta o meteorologista.
Acompanhe a previsão do tempo para todo Brasil no Agrotempo, do Portal Agrolink.

FONTE: Agrolink
Autor: Redação

Carne bovina aumenta até 65% no atacado

A renda do brasileiro melhorou um pouco, mas não o suficiente para manter o mesmo consumo de carne bovina, a preferida no país. Isto porque os preços do produto registram aumentos assustadores, especialmente para quem controla os números com rigor, numa planilha. Este é o caso do empresário Ezio Librizzi, dono do restaurante Macarronada Italiana, na Grande Florianópolis. No período de julho último até o início deste mês, ele registrou aumentos, no atacado, de até 65,48%. Muitas vezes, para o consumidor as altas são ainda maiores. Pelos números do restaurante, a carne de segunda, como músculo e paleta, teve alta de 65,48%. Em segundo lugar, ficaram as carnes nobres, como o filé mignon e a picanha, com aumento de 61,29% e, a carne de primeira, que inclui cortes como coxão mole e patinho, aumentou 29,88%. O presidente da rede de supermercados Giassi, Zefiro Giassi, confirma os aumentos galopantes. Segundo ele, os preços das carnes chegam a ter alta de 10% por semana e, o que pre ocupa, é que ainda não pararam de subir. A empresa está evitando reajustes ao consumidor, mas diz que isso é impossível no médio prazo.

FONTE: SITE DA CARNE

BOI/CEPEA: Preço atual surpreende agentes

Cepea, 11 – Os preços atuais da arroba têm surpreendido operadores do setor pecuário consultados pelo Cepea. As cotações tanto da arroba quanto da carne têm alcançado recordes diários. Entre 3 e 10 de novembro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa subiu 1,96%, com a arroba a R$ 116,18 nessa quarta-feira. A liquidez do mercado, que já vinha limitada a negócios pontuais por causa da baixa oferta, esteve ainda menor nos últimos dias, segundo pesquisas do Cepea.

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

Identificação de bovinos é analisada nas unidades da Embrapa em São Carlos

O coordenador do Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos), Naor Luna, esteve em São Carlos (SP) no final de outubro, para visitar as duas unidades da Embrapa na cidade (Instrumentação Agropecuária e Pecuária Sudeste) e conhecer o funcionamento do Tag Ativo, um dispositivo para identificação e monitoramento do trânsito de animais.
Após a visita às duas unidades, ele participou, na Embrapa Instrumentação Agropecuária, da reunião da Comissão de Estudos de Normas Técnicas, que discutiu a revisão das normas NBR 14766 e NBR 15006 que tratam da identificação de animais por radiofreqüência (rastreabilidade). A comissão faz parte do Comitê Brasileiro de Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O coordenador da Comissão (CB4), pesquisador Washington Luiz de Barros Melo, da Embrapa Instrumentação Agropecuária, adiantou que um dos assuntos discutidos refere-se à redistribuição dos bits de identificação do animal . “Discutimos o número máximo de vezes para substituir, em caso de perda, o transponder usado pelo animal, ou seja, uma segunda via do seu RG, mas com o mesmo número identificador”, diz ele.

ISO no Brasil
A revisão da norma ocorre um mês após representantes da ISO (Organização Internacional para Padronização) terem participado, pela primeira vez no Brasil, de encontro para discutir a identificação eletrônica de animais por radiofreqüência, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília.
Participarão de reunião de hoje, além de Naor Luna, os pesquisadores da Embrapa, Washington Luiz de Barros Melo (Instrumentação Agropecuária), Waldomiro Barioni Júnior (Pecuária Sudeste) e representantes de empresas privadas.

Tag Ativo eletrônico para o gado reduz fraudes e custos
A Embrapa Pecuária Sudeste lançou, recentemente, o “TAG Ativo”, um dispositivo para identificação e monitoramento do trânsito de animais. Este dispositivo eletrônico substitui os documentos em papel exigidos no transporte de gado, como atestados de vacina e dados sobre o animal. O novo produto ajudará a reduzir fraudes e baixará custos. O aparelho tem memória para gravar e transmitir dados coletados por radiofreqüência – similar aos utilizados nos pedágios das rodovias paulistas e do Sul do Brasil (“sem parar” ou “passe fácil”) – de animais rastreados e identificados com brincos eletrônicos. “A nova tecnologia consolida os processos de rastreabilidade, contribuindo assim para a melhoria da eficiência e competitividade da pecuária brasileira nos mercados interno e externo”, diz o pesquisador Waldomiro Barioni Jr, da Embrapa Pecuária Sudeste.

Com tecnologia totalmente brasileira, a Embrapa Pecuária Sudeste e a empresa parceira AnimallTAG, de São Carlos, tiveram participação na concepção do produto. Agora a Embrapa Pecuária Sudeste e a AnimallTAG estão validando o dispositivo a campo para transporte de bovinos. O direito de fabricação do TAG-Ativo é de exclusividade da empresa parceira por tempo determinado, cabendo à Embrapa Pecuária Sudeste os royalties sobre a comercialização do produto.

É um sistema de baixo custo, que automatiza o processo de fiscalização nos postos de fiscalização da sanidade animal, mesmo em regiões afastadas, sem infra-estrutura; reduz o tempo de fiscalização para poucos segundos, permite a inspeção de 100% dos veículos; permite saber quantos e quais animais passaram pelas barreiras, proporcionando um monitoramento total do trânsito animal; proporciona boa capacidade de resposta frente ao surgimento de eventuais emergências sanitárias; permite integração com a Guia de Trânsito Animal (GTA) eletrônica e com o SISBOV. Com a adoção do novo produto, o camioneiro levará o Tag Ativo fixado ao caminhão de transporte de animais, do lado externo, ao invés das dezenas de documentos em papel, hoje ainda necessários.

No novo equipamento estão ainda gravados os dados da Guia de Trânsito Animal – GTA, do Documento de Identificação Animal – DIA e a identificação do motorista do caminhão, responsável pela carga de animais.

Como funciona o Tag
O sistema proposto é composto por um Tag Ativo (1), um leitor fixo (2) para leitura do Tag Ativo, brincos eletrônicos (3) para identificação dos animais e um leitor portátil (4) para leitura do brinco Eletrônico.
1) O Tag Ativo é um pequeno dispositivo de rádio freqüência similar aos utilizados nos pedágios das rodovias paulistas e do Sul do Brasil. Sua distância de leitura é maior que a do Brinco Eletrônico.
2) O leitor portátil é um equipamento dotado de uma antena que ao ser acionado faz a leitura do brinco eletrônico.
3) O leitor fixo é um equipamento no formato de painel, dotado de uma grande antena, e com alcance de leitura maior, possibilitando a leitura dos Tags Ativos.
4) O brinco eletrônico é um identificador fixado a orelha do animal, sem bateria, que transmite o número do animal quando excitado por um sinal de rádio freqüência. Sua função é identificar o animal e não localizar o animal. A distância de leitura de um brinco eletrônico é pequena pelo fato de não possuir bateria. Normalmente um brinco eletrônico é usado em conjunto com um brinco plástico visual, fixado na outra orelha do animal.

FONTE: Boi a Pasto

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CARTA PECUÁRIA

E eis que chegamos na tal paridade 1:1.
Com uma arroba de boi gordo compra-se uma arroba de bezerro. Isso não acontecia desde dezembro de 2007.
O bezerro é a linha em laranja e o boi a linha verde. As duas se encontraram, depois de longos anos, nessa segunda-feira.



No passado demonstrado aqui, essa paridade, ou ao redor dela, foram os pontos onde ocorreram os picos da arroba do boi. Ou seja, daí a expressão "o teto do boi é o bezerro".
Vamos ver se vai ocorrer isso novamente.

FONTE: CARTA PECUÁRIA

Boi sobe de escada e desce de elevador

A frase do título é antiga e muito conhecida de todos que operam ou trabalham no mercado do boi gordo. Historicamente o ritmo da alta é bem mais lento e comedido do que a força da queda. É só lembrar 2008, quando o boi subiu de maneira ininterrupta de janeiro a julho, com força ainda maior na BM&F, onde ultrapassou R$102,00/@, mas perdeu R$10,00/@ em pouco mais de uma semana.
Interessante que este ano pode-se dizer que o boi subiu de elevador, mas hoje resolveu fazer bungee jump na BM&F. De janeiro a novembro o indicador Esalq subiu quase R$40,00/@, principalmente pela redução na oferta de gado terminado, mas também pela melhora nas exportações e consumo interno firme. O ritmo acelerado de alta observado para o boi gordo foi acompanhado de perto pela carne bovina. No mesmo período a carne acumulou alta de 49,4%, enquanto o boi subiu 52,4%.
Até outubro a variação era ainda mais próxima, com alta de 33,9% e 32,9%, respectivamente, para carne e boi, mas no começo de novembro houve um descolamento. A diferença média entre a @ da carne (traseiro + dianteiro + ponta de agulha) e o boi gordo ficou em 6,1% entre janeiro e outubro, mas está ao redor de 8,4% agora em novembro. É um sinal amarelo, de cuidado. Talvez o receio de que o varejo não consiga mais absorver as altas na carne esteja se tornando realidade, sobretudo porque estamos próximos da 2ª quinzena do mês, quando o consumo é tradicionalmente mais fraco.
Entretanto, esse movimento parece ser pontual, por isso o bungee jump e não um tobogã, por exemplo. A oferta de gado para abate segue restrita, com alguns dias de maior volume de negócios, mas com escalas ainda curtas e ociosidade elevada. Do lado da demanda o cenário é positivo à frente, em especial para dezembro, quando além do pagamento do salário e 13º, ainda têm inúmeras comemorações e festividades de final de ano que aquecem as vendas.
O efeito do La Niña ainda está presente no mercado também. Apesar da melhora na pluviosidade, o volume e a distribuição foram erráticos e a perspectiva é de chegada da safra de bois de pasto apenas em 2011. Soma-se a isso o abate de animais mais leves, resultado da pressão de compra dos frigoríficos e pecuaristas aproveitando a melhora na relação de troca para antecipar a venda dos bois gordos, o que pode afetar a oferta esperada de janeiro em diante.
Um ponto de cautela é o aumento de volatilidade no mercado, ou seja, o nível de estresse atual. Historicamente a volatilidade do boi gira em torno de 15%, mas está na faixa de 20% atualmente. Com isso a compra de put (seguro de venda) para 2011 para garantir os preços atuais ficou mais cara, mas ainda assim, interessante. Outra oportunidade é a trava do preço de compra no milho para 2011 também, uma vez que o cenário de médio prazo é altista para o grão e o spread (diferença) entre boi e milho está próximo à máxima histórica.

FONTE: www.agroblog.com.br / autor LEONARDO ALENCAR

Boi-XP: preços apresentam queda, mas tendência é de alta

Após alguns dias que pareciam indicar calmaria, ofertas mais altas foram registradas no mercado físico, empurrando os preços novamente para cima na grande maioria das praças brasileiras. Em São Paulo, já é possível observar preços de balcão em R$115,00/@ à vista e negócios em até R$120,00/@ à vista, dependendo do padrão do lote e distância dos animais até o frigorífico.
Um fator de atenção é que nesses níveis as escalas aumentaram ligeiramente e atendem 5 dias, em média, para os grandes frigoríficos. Os pequenos continuam com programações apertadas, entre 2 e 3 dias. Com exceção do Rio Grande do Sul e da Bahia, osR$100,00/@ à vista já são realidade em praticamente todas as praças do País e refletem a falta crônica de animais terminados nesta entressafra. E falando em entressafra, com o atraso das chuvas no início do período, a safra também deverá chegar com atraso.
As escalas se alongaram ligeiramente, mas o efeito ainda não foi sentido no mercado atacadista e nos estoques de carnes. Sendo assim, os preços permanecem estáveis para o boi casado, mas a movimentação por parte do consumidor é lenta, devido aos altos preços. A situação poderá se complicar a partir da segunda quinzena.
Após ter feito uma figura de reversão ontem no gráfico diário, o boi nov/10 abriu confirmando a indicação gráfica e desabou de 116,01 para 112,15, ou R$3,86/@ de queda. Isso fez com que ambos, nov/10 e dez/10, se aproximassem do limite de baixa estabelecido para o boi gordo, que é de -3,5%. Além de realização de lucros após um mercado esticado, os stops de players comprados ajudou a empurrar o mercado para baixo com bastante força. Sugere-se cautela.

Confira a análise completa: Boi_1011.pdf

Fonte: XP Agro

Mercado do boi gordo segue em alta

Mercado em alta.
Em algumas regiões as compras fluíram um pouco melhor ontem e as escalas se alongaram discretamente, ainda que permaneçam curtas.
Em São Paulo algumas empresas compraram melhor e aumentaram a programação de abate para cerca de 3 ou 4 dias. A maior parte dos negócios foi fechada por R$115,00/@, livre do imposto, com negócios à vista e a prazo, dependendo da ocasião. Mas foram registradas negociações em até R$118,00/@, a prazo.
O gado do Mato Grosso do Sul vale hoje R$105,00/@, à vista, livre do funrural. Neste patamar as compras correram um pouco melhor tanto no estado quanto nos frigoríficos paulistas.
Nas duas praças do Rio Grande do Sul a cotação do boi gordo subiu. A oferta diminuiu e, mediante as altas observadas no restante do país, os frigoríficos aumentaram as ordens de compra.
Na Bahia os preços também estão em alta, com variação entre R$2,00/@ e R$3,00/@ nas cotações entre ontem e hoje.
No mercado atacadista de carne bovina o preço do dianteiro avulso caiu R$0,10/kg e a cotação da ponta de agulha para charque subiu R$0,30/kg

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

TOUROS ANGUS E RED ANGUS E RED BRANGUS À VENDA ( 2 e 3 anos )

GENÉTICA DE PONTA







TRATAR COM LUND PELOS FONES 8111.3550 OU 3028.3550

Continua a alta do boi gordo

O preço do boi gordo teve novo reajuste e a referência em São Paulo está em R$113,00/@, a prazo, livre do funrural. Este valor é 20,1% maior que há 30 dias.
As escalas estão curtas e a oferta não sinaliza melhora.
Em relação ao início do ano a alta nesta praça é de 48,3%. Desde o dia primeiro de julho o preço subiu 36,1%.
Considerando uma média das 31 praças pesquisadas o preço do boi gordo atual é 42,8% maior que no início do ano.
No segundo semestre a alta média foi de 32,3% e nos últimos 30 dias de 15,8%.
A maior alta nos últimos 30 dias ocorreu no Oeste do Maranhão, de 21,7%. Considerando a variação desde o meio do ano, a maior valorização ocorreu no Norte de Minas, 43,1%.
Desde o início do ano o preço do boi gordo aumentou 53,5% no Sudeste do Mato Grosso, a maior valorização no período.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Abate de matrizes há cinco anos é a causa do alto preço da carne, diz diretor da Conab

Airton Porto lembrou que o gado não é como o frango, que rende resultados antes dos dois primeiros meses do início da criação
O diretor de Política Agrícola e Informação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Airton Porto, disse nesta quarta, dia 10, que o preço da carne bovina, "considerado alto pelo mercado", não se deve a aumento dos percentuais de exportação ou ao custo de rações.
A causa, segundo ele, é resultante do impacto do abate de matrizes (gado propício à procriação) ocorrido em 2005, que está agora provocando "efeito retardado". De lá para cá, segundo Porto, não houve na agropecuária brasileira estoques de novilhas e bezerras para engorda em volume suficiente para garantir uma oferta maior de carnes.
Ele lembrou que o gado não é como o frango, que rende resultados antes dos dois primeiros meses do início da criação. Por isso, defendeu que é equivocado vincular o alto preço da carne bovina aos custos com rações à base de milho ou de soja. O diretor prevê que os preços da carne deverão se normalizar ao longo de 2011.

Fonte: AGÊNCIA BRASIL

Boi: oferta de animais seguirá restrita em Mato Grosso

O volume de animais confinados, em Mato Grosso, neste ano só não caiu mais porque o preço da arroba iniciou trajetória firme de alta a partir de julho e estimulou a atividade. Conforme o terceiro levantamento das intenções de confinamento divulgado ontem pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) há um recuo de 7,08% em relação ao ano passado, mas a queda apontada no relatório de agosto chegou a estimar um percentual maior: 15,69% no Estado que detém o maior rebanho bovino do país, 27 milhões de cabeças.
Conforme os números, nesta entressafra pecuária, Mato Grosso está confinando 592,83 mil cabeças de gado contra 637,98 mil cabeças confinadas em 2009. Do total deste ano, apenas 152 mil restam para entrega entre novembro e dezembro, volume que representa menos de 30% do total ofertado pela atividade em 2010. O pico de entrega dos animais para o abate foi entre setembro e outubro, com 121,24 mil e 125,79 mil cabeças, respectivamente.
Para o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, “esta alta de 10,21%, em relação ao último levantamento (agosto que apontava queda de 15,69%) deve-se a uma recuperação do preço da arroba no mercado futuro, o que contribuiu para tomada de decisão do produtor em confinar, pois ainda dava tempo de preparar o animal, e principalmente a intensa seca e período de queimada que Mato Grosso viveu, onde a produtor tinha uma capacidade de suporte muito pequeno. Assim, visando o mercado futuro ele apostou nessa modalidade”.
Vacari analisa ainda que apesar da alta em relação ao último levantamento, uma boa parte desses 592,83 mil cabeças já morreu. “Isso significa que a restrição de boi gordo continua e assim vai permanecer pelos próximos três anos, consequência do abate excessivo de fêmeas nos anos de 2006 e 2007”, analisou.
Apesar de apostar nas projeções de mercado futuro para a arroba do boi gordo, as operações de hedge, nas quais os produtores travam o preço da arroba, ainda são relativamente pequenas. Já as operações a termo, que são acordos feitos com os frigoríficos, responderam por 7% e as operações na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) representaram 12%. “O pecuarista acredita nas projeções, mas poucos travam os preços para garantir que independente de uma queda brusca, ele receba por aquilo que o mercado aponta hoje”.
Na análise de mercado ao longo do ano, o Imea ressalta que foram observados três cenários distintos. Para o superintendente do Imea, Otávio Celidônio, “no início do ano a expectativa estava relativamente boa, pois a cotação da arroba tinha conseguido sair da casa dos R$ 60 e vinha em uma tendência forte de alta, puxada pela demanda crescente tanto interna, quanto externamente. Entretanto, com o início da entressafra, alguns indicadores e notícias não deixaram os produtores do Estado arriscar”. Ele observa que o preço elevado da reposição e as incertezas em relação a alguns países da União Europeia são exemplos desses indicadores e notícias. Por alguns meses deste ano, a relação de troca – boi x bezerro – estava desfavorável com a supervalorização do segundo. Com um boi não se obtinha dois bezerros e isso desestimulou a recria, engorda e o confinamento em si. O cenário só mudou neste segundo semestre quando a oferta restrita de boi gordo – pela falta de animais terminados e pelas dificuldades relativas a uma entressafra de forte estiagem – provocou reação positiva no mercado para o criador que viu a arroba valorizar.

Fonte: Diário de Cuiabá

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Hereford faz pista limpa no Leilão Mauá e Charrua

O penúltimo remate chancelado pela ABHB no circuito de primavera de 2010, realizado em Santa Vitória do Palmar pelas Estâncias Mauá e Charrua, manteve boas médias e faturamento para a região vendendo 31 reprodutores Hereford e Polled Hereford (100% da oferta), totalizando R$ 180.575,00. A média geral do Remate Mauá e Charrua foi de R$ 5.825,00.

O animal mais valorizado do remate (PC de tatuagem 004) foi vendido por R$ 15.750.00. O touro foi o Grande Campeão PC e Supremo Campeão da 79ª Exposição de Santa Vitória do Palmar e foi adquirido pelo criador Pedro Duarte Rotta.

Para o encerramento da temporada de Remates Chancelados 2010, irá se realizar na quinta-feira (11) o 2º Remate de Produção do Núcleo Fronteira Oeste de Criadores de Hereford e Braford, no Parque de Exposições Lauro Dornelles, em Alegrete. Estarão a venda reprodutores Hereford e Braford, novilhas e vacas registradas e comerciais, bois e vacas de invernar padrão HB.

FONTE: Lorena Riambau Garcia
Assessoria de Comunicação ABHB
ascom.hereford@braford.com.br

Confinamento de bovino tem queda de 7% em MT


Segundo a Acrimat, apesar de a queda ser menor que a registrada em junho, a oferta de boi gordo vai continuar restrita pelos próximos 3 anos
592,83 mil cabeças de gado. Esse é o número de animais confinados em Mato Grosso do Estado em 2010 constatado no 3º levantamento feito pelo IMEA – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, no período de 1º a 29 de outubro. Isso representa 7,08% abaixo dos números registrados em 2009, com 637,98 mil cabeças. Já em relação aos outros dois levantamentos realizados neste ano, um em março e outro em julho, o número de cabeças confinadas registrou ligeira queda de 0,06%, na comparação com março, e uma alta de 10,21% na comparação com julho.
Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – Luciano Vacari “esta alta de 10,21%, em relação ao último levantamento deve-se a uma recuperação do preço da arroba no mercado futuro, o que contribuiu para tomada de decisão do produtor em confinar, pois ainda dava tempo de preparar o animal, e principalmente a intensa seca e período de queimada que Mato Grosso viveu, onde a produtor tinha uma capacidade de suporte muito pequeno. Assim, visando o mercado futuro ele apostou nessa modalidade”.
Vacari analisa ainda que apesar da alta em relação ao último levantamento, uma boa parte desses 592,83 mil cabeças já morreu, restando pouco mais de 150 mil cabeças para novembro e dezembro. “Isso significa que a restrição de boi gordo continua e assim vai permanecer pelos próximos 3 anos, consequência do abate de fêmeas nos anos de 2006 e 2007”, analisou.
O levantamento feito com 158 propriedades, o que representa 71% do total da amostra de contatos que o instituto possui para este levantamento, mostra que a única macrorregião que obteve incremento no número de animais confinados foi a Médio-Norte, com uma variação positiva de 29,38%. Já as macrorregiões que apresentaram as maiores quedas foram o Norte com recuo de 32,08%, Centro-Sul, com 27,42% e o Noroeste com 13,58%.
Na analise de mercado ao longo do ano, o Imea ressalta que foram observados três cenários distintos. Para o superintendente do Imea, Otávio Celidonio, “no início do ano a expectativa estava relativamente boa, pois a cotação da arroba tinha conseguido sair da casa dos R$ 60,00/@ e vinha em uma tendência forte de alta, puxada pela demanda crescente tanto interna quanto externamente. Entretanto, com o início da entressafra, alguns indicadores e notícias não deixaram os produtores do Estado arriscar”. Ele observa que o preço elevado da reposição e as incertezas em relação a alguns países da União Europeia são exemplos desses indicadores e notícias.
O segundo levantamento foi realizado em julho e apresentado em agosto. Neste período a reposição ainda estava alta e o preço da arroba havia perdido força, devido a alguns fechamentos de plantas no Estado, influenciando negativamente o número de animais confinados. De lá pra cá, o preço voltou a subir em uma intensidade maior do que vista no início do ano, e as notícias sobre a União Europeia não se confirmaram, “ocasionando assim o alívio da queda em relação a 2009 de 15% em agosto para 7% em novembro”, ponderou Celidonio.
As operações de hedge, nas quais os produtores travam o preço da arroba, ainda são relativamente pequenas. Já as operações a termo, que são acordos feitos com os frigoríficos, responderam por 7% e as operações na Bolsa de Mercadorias e Futuro (BM&F) representaram 12%.
As informações são da assessoria de imprensa da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat.

FONTE: Agrolink

Marfrig reabre frigorífico no Uruguai

A partir da próxima semana, o grupo brasileiro Marfrig Alimentos S.A. reabrirá sua unidade produtiva em Colonia e somente manterá fechada até dezembro a planta de Salto (ex-frigorífico La Caballada).
Com a reativação dos abates dessa empresa, 750 empregados dos 15.300 da indústria frigorífica voltam a trabalhar. Com exceção da unidade produtiva do Marfrig Salto, não há mais plantas fechadas, mas sim, em alguns casos, os frigoríficos mantêm fechadas algumas seções, até que a oferta de gado gordo se normalize.
O gerente geral do Grupo Marfrig Alimentos S.A. no Uruguai, Martín Secco, disse que está confiante que, "semana a semana, a oferta de gado gordo no mercado crescerá" e, lentamente, os abates serão retomados.
Na semana passada, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), foram abatidas 35.489 cabeças, enquanto que na semana anterior tinham sido industrializadas 32.917 cabeças.
O mercado mundial da carne continua com uma demanda muito forte e uma oferta um pouco menor, com a saída do Brasil que pede mais por seus cortes e da Argentina, que não está exportando. Por isso, os importadores mundiais estão vendo mais o Uruguai como fornecedor de qualidade.
A tonelada dos cortes Hilton do Uruguai, os mais valiosos, estão a um preço de US$ 15.000, porém o problema que enfrentam os frigoríficos uruguaios não são os preços, mas sim, a falta de mercadoria, devido à queda dos abates, para atender os negócios de exportação. Por outro lado, a Rússia, principal mercado para cortes bovinos, principalmente os de dianteiro, está acelerando as compras.
Segundo o corretor argentino, Alejandro Berruti, os importadores russos vêm comprando "para embarcar na segunda semana de novembro e algumas operações se concretizam para embarcar nas primeiras semanas de dezembro, para que cheguem ao destino com a nova cota". Nesse caso, os importadores buscam se proteger ante aos novos aumentos de preços devido à escassez de carne e à demanda crescente.

FONTE: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

USDA: mercados mundiais e comércio de carnes - Previsões para 2011




Carne bovina

As exportações deverão aumentar, revertendo a tendência dos últimos anos. Entretanto, o crescimento no comércio mundial continua sendo restrito pelas ofertas escassas e restrições sanitárias. As importações em uma série de países deverão ser maiores, à medida que as ofertas domésticas são menores. Além disso, a contínua recuperação econômica deverá impulsionar as importações na Ásia.

LEIA MAIS: http://www.beefpoint.com.br/?noticiaID=67324&actA=7&areaID=15&secaoID=129

FONTE: BEEFPOINT

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

JBS: vale a pena um campeão nacional?

Após sucessivos aportes de recursos realizados pelo BNDES, uma abertura de capital e a absorção de várias empresas, incluindo o Frigorífico Bertin, o JBS transformou-se num gigante. É a maior empresa mundial de proteína animal, trabalhando com as carnes de boi, frango e suínos, além de leite. Opera também na Argentina, Estados Unidos, Austrália e Itália. Nesse processo, o suporte do BNDES foi tão grande quanto fundamental: algo como R$ 10 bilhões, entre subscrição de ações, empréstimos e compra de debêntures. Tendo isso em mente, vale perguntar se o País ganhou com a operação, uma vez que os ganhos dos acionistas originais são evidentes. Tive nesse trabalho uma inestimável ajuda de José Carlos Hausknecht (sócio da MB Agro). Destaco que não se faz aqui uma análise da companhia em si, mas da escolha de se reintroduzir uma política de campeões nacionais.
Comecemos com os aspectos comerciais externos:
- Estamos exportando mais?
Não. Em quantidade, a média mensal de vendas ao exterior ainda é inferior a 2008, quando a União Europeia colocou restrições, que ainda existem, às vendas brasileiras. A existência do campeão nacional não parece ter alterado qualquer tendência.
- Estamos penetrando em novos mercados?
Mais uma vez, não há evidências que o campeão nacional tenha contribuído para tanto. O Brasil continua acessando menos da metade do mercado mundial de carne vermelha, vendendo essencialmente para os países de renda mais baixa, produtos menos nobres e mais baratos. Os conflitos com a União Europeia continuam os mesmos. Estamos ainda longe de acessar os mercados mais nobres, como Japão e Coreia. Ao contrário, do ponto de vista das exportações, há um evidente conflito de interesses, pois a JBS-USA concorre com a carne industrializada brasileira lá e em outros mercados. O caso da controlada Pilgrim”s Pride é mais peculiar, pois a força comercial dos Estados Unidos garantiu para suas exportações a maior parte do mercado russo, às expensas do produto brasileiro. O financiamento para expansão mundial nesse caso é diferente do projeto de fusão de duas empresas nacionais (por exemplo, Aracruz e VCP), caso em que as sinergias são absorvidas no país.
- Melhorou a qualidade sanitária das exportações?
Mais uma vez, não há evidências disso. Pior, coincidência ou não, as exportações de carne industrializada nacional para os EUA foram suspensas desde maio, por alegado uso não conforme de vermífugos em fábrica do JBS. Apenas recentemente as barreiras foram removidas. Quanto aos impactos internos, vale destacar que não percebo grandes efeitos positivos na cadeia produtiva, pelo menos para os pecuaristas, pois o poder de mercado da empresa ficou enorme em boa parte das áreas de produção. É claro que isso decorre também da quebra de várias empresas, como Quatro Marcos, Margem, Independência, Arantes e Frigoestrela. Entretanto, o JBS, com sua folga financeira, reforçou sua posição ao arrendar várias fábricas do Quatro Marcos. Naturalmente, os preços do boi estão altos hoje (e as margens dos frigoríficos menores) por escassez de oferta e não pela consolidação do mercado.
A escolha dos campeões nacionais, especialmente JBS e Marfrig, precipitou a situação financeira de muitos frigoríficos, especialmente médios e pequenos. Alguns já pediram recuperação judicial. Outros estão em dificuldades, pois o mercado de crédito passou a temer o risco das não escolhidas; sem crédito, o setor paralisa e não funciona. A solução aventada, de fazer a fusão de algo como 15 pequenas empresas, não tem a menor base na realidade. Quem já assistiu a alguma tentativa de incorporar duas empresas familiares, sem gestão profissional, sabe das dificuldades envolvidas. Imagine um lote de empresas dispersas geograficamente!
Teria havido alguma mudança tecnológica ou organizacional decorrente da criação do campeão?
Também aqui não há qualquer evidência disponível. O grande problema com a criação de uma empresa dessa natureza, mesmo depois de resolvida a questão do capital, é cultural e organizacional. Não se transforma uma empresa local em internacional em cinco ou seis anos. Tive a oportunidade de ver isso pessoalmente quando participei do Comitê Estratégico da Companhia Vale do Rio Doce, de 2001 a 2004. Na ocasião, a Vale tomou a correta decisão de diversificar seu portfólio de produtos e de países onde desenvolver novas minas. Rapidamente, a empresa percebeu as dificuldades dessa expansão, pois mesmo operando há décadas no mercado internacional e tendo um quadro de pessoas de classe mundial, desconhecia o ambiente onde passaria a trabalhar. As dificuldades trabalhistas que enfrenta até hoje no Canadá, com a Inco, ilustram bem o ponto.
Pessoal qualificado, conhecimento dos mercados, gestão à distância, planos de remuneração, preparo para negociações, inclusive trabalhistas, planos de contingência para enfrentar situações inesperadas ou adversas são questões que exigem muito tempo para serem adequadamente respondidas. Mesmo experimentadas empresas já multinacionais perderam e ainda perdem muito dinheiro ao se aventurar na China. Não existe método “From Goiás” que produza resultados sólidos em um par de anos. Tudo fica mais difícil ainda quando se trata de alimentos, ante diferentes regimes de defesa do consumidor, especialmente onde essas coisas são levadas muito a sério.
Considere-se, por exemplo, a questão do conhecimento dos mercados e players e os casos da operação na Argentina e da Inalca. Qualquer analista que conheça a Argentina sabe há muito tempo que uma sucessão de governos populistas, num regime de gigantesca concentração de poder na presidência, resulta num grande risco político e regulatório. Em outras palavras, é muito comum um bom projeto ser destruído por intervenção do governo. Disso sabem muito bem industriais brasileiros como os calçadistas; sabe também até a Petrobrás. Entretanto, o JBS entrou com tudo no país ao comprar a Swift local. Desde então, a colocação de impostos nas exportações e as intervenções diretas do famoso ministro Moreno estão liquidando o setor de pecuária na Argentina. O nosso vizinho deixou de ser um fornecedor de importância no mercado internacional (até julho deste ano a Argentina exportou, em média, apenas 27 mil toneladas de carne por mês; o Brasil, por sua vez, exportou neste mesmo período 138,6 mil toneladas), bem como seu rebanho está se reduzindo em termos absolutos. O resultado é que as plantas do JBS estão fechadas e, aparentemente, à venda.
O investimento na Inalca italiana transformou-se, como se sabe pela imprensa, numa enorme dor de cabeça. O conflito entre acionistas será resolvido pela justiça italiana e o resultado será a saída de um dos dois sócios. Lembro esse caso não apenas por sua importância, mas também porque, na ocasião do negócio, um executivo internacional muito experiente disse-me que estava surpreso pela operação, pois a Inalca era uma empresa, digamos assim, muito complicada. É um caso típico de insuficiência de informações num novo mercado. O caso do JBS como campeão não parece muito brilhante. Aparentemente, o mercado também tem a mesma opinião. A ação foi lançada em março de 2007 a R$ 8,00. Enquanto escrevo este artigo, seu valor é de R$ 6,51, sendo a empresa agora muito maior do que naquela ocasião. Não é simples criar um campeão nacional.

Fonte: Agência Estado

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO

EM 08.11.2010

REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 2,90 A R$ 3,00
VACA GORDA: R$ 2,50 A R$ 2,60

FONTE: PESQUISA REALIZADA POR www.lundnegocios.com.br

ATENÇÃO


PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO

REGIÃO DE PELOTAS

*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 08.11.2010
BOI: R$ 5,70 a R$ 5,85
VACA: R$ 5,35 a R$ 5,45

PRAZO: 30 DIAS

FONTE: PESQUISA REALIZADA POR www.lundnegocios.com.br

ATENÇÃO


PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO*

EM 08.11.2010
REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 2,70 A R$ 2,80
TERNEIRAS R$ 2,30 A R$ 2,40
NOVILHOS R$ 2,60 A R$ 2,80
BOI MAGRO R$ 2,55 A R$ 2,65
VACA DE INVERNAR R$ 2,05 A R$ 2,15

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA PORwww.lundnegocios.com.br







COTAÇÕES

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 08/11/2010
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 05/11/2010 - PRAÇA RS


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MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,00R$ 5,82
KG VivoR$ 3,00R$ 2,91
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 5,53R$ 5,44
KG VivoR$ 2,63R$ 2,58
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

COTAÇÕES



FONTE: CORREIO DO POVO

Boi gordo segue firme e indicador registra nova alta

Na última sexta-feira, o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 115,96/@, com valorização de 0,59%. O indicador a prazo registrou alta de 0,29%, sendo cotado a R$ 117,51/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio




Na BM&FBovespa, os contratos que vencem em novembro/10 foram cotados a R$ 113,52/@, com valorização de R$ 1,60. Dezembro/10 fechou a R$ 108,65/@, com variação positiva de R$ 0,76.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 05/11/10



Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para novembro/10



O leitor do BeefPoint, Rodrigo Pessoa, de Uberlândia/MG, informou que na sua região a arroba do boi gordo foi negociada a R$ 108,00, para pagamento em 30 dias.
Gustavo Figueiredo postou no Twitter que em São Paulo já foram registrados negócios a R$ 117,00/@ para pagamento à vista. Segundo ele em Goiás a arroba do boi gordo já está valendo R$ 110,00/@ nas mesmas condições.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
No atacado, o traseiro foi cotado a R$ 9,00, o dianteiro a R$ 5,70 (+R$ 0,10) e a ponta de agulha a R$ 5,80 (+R$ 0,10). O equivalente físico foi calculado em R$ 109,46/@ na última sexta-feira, com valorização de 2,63% na semana. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente está em R$ 6,50/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico




Conforme postado pela XP Investimentos no Twitter, "carne bovina estável no atacado com estoques enxutos e vendas de razoáveis a boas no final de semana. Boi casado em R$7,20/kg ou R$108,00/@".
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 717,41/cabeça, recuo de R$ 3,54. A relação de troca subiu para 1:2,67.

FONTE: André Camargo, Equipe BeefPoint

Mercado do boi gordo segue com poucos negócios

Mercado com poucos negócios.
Além da pequena oferta, observada há algum tempo, a segunda-feira colabora para o marasmo no mercado do boi gordo.
Boa parte dos frigoríficos está fora das compras (leia-se sem preço de balcão, pois se houver oferta, há negócio).
De maneira geral, os preços seguem em alta. A referência em São Paulo subiu e está em R$111,00/@, à vista, livre de imposto. Existem negócios a preços mais altos.
As escalas no estado atendem de dois a três dias.
Houve reajuste para o preço do boi gordo em 15 das 31 praças pesquisadas, com muitas variações de mais de R$1,00/@. O preço da vaca gorda subiu em 16 das 31 regiões.
No último mês a valorização média das praças analisadas foi de 15,1% para o boi gordo e 14,8% para a vaca gorda.
No mercado atacadista com osso a oferta segue pequena, com preços estáveis.

Clique aqui e confira as cotações do boi.

Fonte: Scot Consultoria

Boi Gordo: Apesar do pequeno volume de negócios, mercado físico segue firme

Apesar do pequeno volume de negócios, típico das segundas-feiras, o mercado físico segue firme, com negócios em São Paulo acima dos R$110,00/@ à vista no balcão.
Há negócios que ocorrem em valores mais altos, dependendo do lote, padronização e distância dos animais em relação aos frigoríficos.
De toda forma, o tom do mercado é de preços esticados. Já são 20 dias úteis consecutivos de alta e 38% de valorização somente nesta entressafra. Para a indústria, a situação permanece difícil e mesmo oferecendo preços considerados bons, as escalas permanecem curtas. Hoje elas atendem uma média de 3 a 4 dias, em São Paulo.
O volume de chuvas já começa a deixar os pastos com maior capacidade de suporte, mas para que os animais ganhem peso no curto-prazo a situação ainda não é favorável, de modo que a oferta deverá seguir curta e a safra deste ano deverá chegar com atraso.

Clique aqui e confira a análise na íntegra.

Fonte: XP Agro

Exportações de carne bovina podem chegar a US$ 5 bilhões este ano, estima Abiec

São Paulo - As exportações brasileiras de carne bovina devem fechar o ano com uma receita perto de US$ 5 bilhões. A previsão foi feita hoje (8) pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, na capital paulista. Se for confirmada a estimativa, o setor registrará crescimento de cerca de 20% em relação ao ano passado – US$ 4,12 bilhões - e se aproximará da receita alcançada em 2008, quando as exportações chegaram a US$ 5,33 bilhões.
“Se não alcançarmos a cifra de US$ 5 bilhões, seguramente estaremos perto. Em relação à quantidade, acredito que a gente chegue por volta de 1,8 milhão toneladas equivalente à carcaça”, afirmou. Em 2008, em volume, exportou-se 1,924 milhão de toneladas, enquanto que em 2008 o valor chegou a US$ 2,163 milhões.
De acordo com o balanço divulgado pela associação, as exportações brasileiras de carne bovina alcançaram US$ 4,11 bilhões no acumulado do ano (entre janeiro e outubro), resultado 22% maior do que o registrado em igual período no ano passado (US$ 3,37 bilhões). Em volume, o Brasil exportou 1,495 milhão de toneladas em dez meses deste ano ante 1,472 milhão de toneladas comercializadas no mesmo período de 2009.
No mês de outubro, as exportações de carne bovina chegaram a US$ 419 milhões, valor 11% maior do que as do mesmo mês do ano passado, quando as vendas para o exterior renderam US$ 378 milhões. Porem, em volume, houve queda. Ela foi motivada principalmente pelo bloqueio europeu à carne brasileira. Os números da Abiec mostram que, em volume, foram exportadas 134 milhões de toneladas em outubro deste ano contra 155 milhões de toneladas do mesmo período de 2009.
Segundo Camardelli, o aumento na receita e a diminuição em relação ao volume no mês de outubro se deve a uma conjuntura de fatores. “Temos hoje um mercado bastante atribulado, leia-se a Europa com essa blindagem excessiva; temos também harmonização de preços na matéria-prima em todo o mundo, no caso o boi, o que estabelece uma competição igual para todo mundo; e temos uma taxa cambial bastante complicada”, disse.
De acordo com ele, essa diversidade de fatores implica numa oferta menor de animais e o alto custo dessa matéria-prima (boi) leva o setor a fazer rearranjos e selecionar países onde possa ter mais rentabilidade. Para obter números mais expressivos no próximo ano, o presidente da associação diz que os criadores pretendem conquistar espaço em mercados como Japão, Coreia, Taiwan, Estados Unidos, Canadá e México, apostando que o Brasil possa confirmar seu status sanitário nesses países.

Edição: Aécio Amado

Exportações de bovinos vivos estão se tornando mais importantes para o Pará

Entre janeiro e setembro de 2010, o faturamento com as exportações de bovinos vivos do Pará foi o equivalente a 5,42% das exportações totais do estado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Em relação ao mesmo período de 2009, a participação das exportações de bovinos vivos no total do estado aumentou, passando de 4,61% para os atuais 5,42%.
Os embarques totais do estado, nos primeiros nove meses de 2010, comparados ao ocorrido no mesmo período de 2009, cresceram 39% enquanto que o faturamento com as exportações de bovinos vivos aumentou 63,4%.
Esse comércio está se tornando mais importante para a economia do estado. Em 2007 e 2008, ele representavam cerca de 3,2% do faturamento total das exportações do estado e atualmente, chegam a 5,42%.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Aseguran precios altos en la carne por cinco años

El titular de la Cámara de la Industria y Comercio de Carnes y Derivados (CICCRA), Miguel Schiariti, estimó hoy que la Argentina contará durante al menos cinco años con precios "altos y escasa oferta" de carne vacuna, y dijo que "es imposible" importar para equilibrar el mercado.

Schiariti planteó sus dudas respecto a la apertura formal del mercado chino para la carne bovina de origen local y aclaró que si bien "técnicamente y de acuerdo a convenios comerciales este mercado está abierto, nunca logramos el certificado sanitario" por parte de las autoridades asiáticas.
"Recomponer la oferta de carne (vacuna en el mercado doméstico) nos va a llevar entre tres y cinco años. Destruir la producción le llevó a (el secretario de Comercio Interior, Guillermo) Moreno y al ex presidente (Néstor) Kirchner cuatro años. Por ello, vamos a estar cinco años con valores altos y escasa oferta en el mercado interno", dijo el directivo.
Schiariti estimó que por un año más "habrá restricciones de exportaciones, y el próximo gobierno seguramente dejará que las exportaciones fluyan normalmente". En caso de que esto no suceda, el titular de CICCRA indicó que la industria, la producción y el gobierno deberán "hacer un acuerdo de exportación para evitar el conflicto social que está generando esta política que dejó casi 15 mil trabajadores despedidos" en el sector frigorífico.
Atento a las condiciones que ofrece el mercado local e internacional, Schiariti estimó que resulta "imposible" disponer una importación con el objeto de reducir el precio de la carne en el ámbito doméstico y aseguró que actualmente "se está exportando un 65 por ciento menos de cortes frescos y congelados" respecto del 2009. "Importar carne -dijo- en estas condiciones de mercado internacional, es prácticamente imposible".
Aseguró que si se constató un incremento en las compras realizadas a Uruguay, que pasó de 90 mil toneladas en el 2009 a las actuales 180 mil toneladas, cifra que es "simbólica" respecto al consumo interno de 2,5 millones de toneladas.
En el caso de la apertura del mercado chino de carnes, Schiariti aseguró que es "un anuncio importante" y recordó que "es la tercera vez que este gobierno anuncia esta apertura: espero que esta vez sea cierto", dijo. "Sin embargo, si bien técnicamente y por acuerdos en los convenios comerciales el mercado chino está abierto, nunca hemos logrado que el servicio sanitario chino le entregara el certificado sanitario (para ingresar productos cárnicos) a sus pares argentinos", explicó el dirigente de CICCRA.

FONTE: DIARIO HOY

Argentina fecha acordo de exportação de carne bovina para a China

SÃO PAULO - O governo da Argentina confirmou que fechou um acordo de exportação de carne bovina para a China. O anúncio obedeceu ao novo estilo de comunicação adotado pelo chanceler da Argentina, Héctor Timerman, via rede social Twitter, na internet. "Ontem a chancelaria concluiu as negociações para a abertura do mercado chinês às nossas carnes", escreveu o chanceler na rede social.
Na última quinta-feira, o secretário de Comércio Internacional, Luis María Kreckler, que se encontra em Pequim, informou à imprensa local que o acordo visa a abertura do mercado asiático não só para as carnes, mas também para a cevada e os lácteos argentinos. Além disso, o convênio prevê "a melhoria das condições para a entrada no mercado chinês dos produtos tradicionais, como maçãs, pêras e vinhos".
A notícia de abertura do mercado chinês para a carne bovina argentina chega em um momento de forte crise na agroindústria local. O relatório mensal da Câmara de Indústria e Comércio de Carnes e Derivados (Ciccra), divulgado na última sexta-feira, revela que a produção de carne bovina na Argentina recuou 21,8% entre janeiro e setembro de 2010, para 1,98 milhão de toneladas, comparada com igual período de 2009. Os negociadores argentinos argumentam que, apesar da crise, o importante é conseguir abrir o novo mercado. "Depois, vemos como cumpriremos os contratos de exportação", amenizou um dos negociadores que preferiu não revelar a identidade.
A Ciccra informa que a forte crise enfrentada pelo setor é resultado da redução permanente na oferta nos últimos anos, provocada pela política de intervenção do governo e pelos longos períodos de estiagem, que prejudicou as pastagens. A combinação desses fatores provocou uma mudança de comportamento da maioria dos pecuaristas, que decidiu investir no plantio de soja, por causa da altarentabilidade do grão. O Ciccra informa, no entanto, "em agosto se confirmou o início de uma nova fase de retenção de ventres [matrizes] para recompor estoques e, portanto, para recuperar a atividade da indústria frigorífica durante os próximos três anos".
De janeiro a setembro deste ano, as exportações de carne bovina da Argentina tiveram forte baixa. Apenas 154.589 toneladas foram embarcadas, o que representa uma queda de aproximadamente 50%, ante o mesmo periodo de 2009. A indústria afirma que no mercado doméstico o consumo médio anual de carne bovina por habitante retrocedeu 16,5% no período, para 57,1 quilos.

FONTE: DCI