sábado, 22 de outubro de 2011

CONFINADOR ESPERA BOM FIM DE ANO PARA PREÇO E OFERTA DE BOI GORDO

SAFRAS (21) - Neste último trimestre começam a ser apuradas quais as
expectativas dos produtores quanto ao possível panorama neste restante de 2011
quanto ao preço da arroba e a oferta de animais acabados e prontos para o
abate.
O pecuarista e associado da Assocon (Associação Nacional dos
Confinadores) Pérsio Ailton Tosi, da Marca 7 Pecuária e Fazenda Mônica
Cristina, em Ribas do Rio Pardo (MS), diz que sua expectativa é o da arroba do
boi se manter estável no patamar de preço atual de R$ 95 por arroba à vista.
Segundo ele, se houver alguma ligeira alteração no preço, esta não deve
ultrapassar a faixa dos R$ 97 ou R$ 98 a arroba à vista. "É mais provável
ficar como está, porque salvo exceção, frigoríficos tendem a não repassar
algum valor adicional".
Pérsio Tosi tem a capacidade física na fazenda para confinar até dois
mil bovinos de corte, mas prefere operar na maioria das vezes mantendo metade do
limite, tem trabalhado na média com 1000 cabeças de gado em confinamento.
"Prefiro fazer o próprio custeio ao invés de tomar empréstimo e depois ter
que pagar juro e reduzir a minha rentabilidade".
"Somado às outras ações como a boa logística e boa estrutura
operacional na fazenda e o equilíbrio de saber o momento certo para comprar bem
e depois vender bem, o resultado na atividade deste ano é considerado
satisfatório", revela.
O confinador admite que mesmo com as oscilações de preços de insumos e
dos preços da arroba ao longo do ano, a pecuária intensiva se manteve atrativa
e auxiliada por vantagens indiretas como a economia de sal mineral a pasto, a
economia no uso de vacinas, das pastagens e a sobra do pasto para as categorias
mais jovens para a recria.
"As áreas de pastagens estão começando a rebrotar agora com o início
das chuvas, então a oferta de gado a pasto, pelo menos aqui na minha região,
será possível só a partir de dezembro", revela o pecuarista.
Para o confinador e também membro participante da Assocon, Abel
Leopoldino, Fazenda Califórnia, em Água Boa (MT), o período da entressafra do
boi deste ano chegou a ter alguns percalços em função do alto preço de
grãos, o que acabou prejudicando o equilíbrio nutricional de parte de seu lote
de bovinos confinados no período, o que o fez entregar o gado na média de 18
arrobas ao invés das 20 arrobas habituais.
Leopoldino tem um volume calculado de mais de cinco mil bovinos em sistema
de engorda em confinamento até o fim do ano. Ele está otimista e diz que até
o final de novembro a arroba poderá ter uma ligeira melhora no preço com
expectativa de alcançar até R$ 92 a arroba a prazo (30 dias). "Atualmente
tenho negociado a R$ 89 a arroba para 30 dias acrescidos de R$ 1 de
bonificação (prêmio Europa), preço praticado aqui no Mato Grosso".
O preço da arroba ainda é considerado compensador segundo Leopoldino, em
função do pecuarista conseguir manter a média dos R$ 70 o seu custo da arroba
no cocho.
Animado com este mercado atual considerado por ele firme, o pecuarista
mato-grossense já começa a se preparar para ter para o ano que vem número de
cabeças próximo ao de 2011 para fazer a recria onde utilizará a partir de
dezembro o uso de pastagens apostando conseguir no sistema de engorda a pasto
entre 4,5@ a 5@ por garrote até o final de maio de 2012.
"A verdade é uma só, quem tem expertise no negócio manterá seu
trabalho com uma rentabilidade bem razoável e vai conseguir permanecer dentro
da normalidade", conclui Abel Leopoldino.

Sobre a Assocon

A Assocon é uma entidade de classe com 73 associados ativos oriundos de
dez estados brasileiros (GO, SP, MS, MT, MG, PR, PA, RJ, BA e MA) e espalhados
nas cinco regiões do País.
Segundo dados da Associação na oferta de gado confinado para corte, o
setor responde por cerca de 8% da produção de carne bovina processadas
anualmente pela indústria frigorífica brasileira e deve fechar este ano com
rebanho estimado ao redor das três milhões de cabeças.

FONTE: assessoria de imprensa da Assocon. (AB)

CONVITE





sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Animais de reposição uruguaios estão mais caros que os brasileiros

De acordo com a Asociación de Consignatarios de Ganado do Uruguai, o bezerro desmamado (5,5@) foi o animal que mais se valorizou no Uruguai em relação a outubro de 2010. A alta foi de 25,6% e o animal está cotado em R$723,00.

Já o que menos valorizou foi o boi magro (12@). O preço subiu 13,9%, com os negócios ocorrendo, em média, em R$1.210,00 por cabeça.

O mesmo acontece no Rio Grande do Sul com o preço do bezerro desmamado subindo 28,9%, cotado em R$580,00 e o boi magro com alta de 17,0%, cotado em R$1.100,00.

Com isso, notamos que o bezerro desmamado está 24,6% mais caro no Uruguai em comparação com os animais no Rio Grande do Sul, e o boi magro 10,0%.

O que contribui para os preços dos animais de reposição estar elevado no Uruguai é a alta do dólar. Para compensar a compra de animais no Uruguai, o dólar teria que voltar aos patamares de julho, próximo à R$1,55
FONTE: SCOT CONSULTORIA

OIE: China registra febre aftosa em bovinos


A China registrou casos de febre aftosa em bovinos da região autônoma de Ningxia Hui, segundo informou o Ministério da Agricultura do país. Até agora, foram encontrados 26 bovinos infectados na região de Haiyuan. Os testes revelaram que os animais tinham o vírus tipo O.

Todos os animais infectados e os demais animais susceptíveis - o rebanho de animais susceptíveis somava 389 bovinos e 293 ovinos e caprinos, de acordo com dados do site da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) - foram abatidos e descartados de forma adequada. Segundo informações da OIE, o foco teve início em 30 de setembro.

De acordo com a OIE, foram tomadas medidas como controle dos reservatórios de vida silvestre, quarentena, controle de movimentos dos animais dentro do país, zoneamento, triagem e vacinação em resposta ao foco.

O site da OIE informa que o foco continuará sendo acompanhado através de relatórios mensais.

Fonte: Agência Xinhua, com dados do site da OIE.

Principais indicadores do mercado do boi - 21/10/11

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio



O indicador Esalq/BM&F Bovespa boi gordo a vista teve alta de 0,04% nessa quinta-feira (20), sendo cotado a R$99,41/@. Na semana, teve valorização de 0,16%.

Desde o início de outubro, o Indicador do boi gordo está fechando na casa dos R$ 99,00. De acordo com o Cepea, ainda que a época atual não seja entendida como confortável aos frigoríficos, nota-se que está relativamente melhor que há um ano, quando os valores estavam subindo. A oferta de animais está abaixo da demanda da indústria, mas altas mais expressivas nos preços têm sido raras.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta



O indicador Esalq BM&F Bezerro a vista teve baixa de 0,77%, sendo cotado a R$711,85/cabeça nesta quinta-feira (20). A margem bruta na reposição foi de R$928,42 com valorização de 0,67%.

Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar




Na quinta-feira (20), o dólar foi cotado em R$1,78 com valorização de 1,26%. O boi gordo em dólares teve queda de 1,21% sendo cotado a US$55,79. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.

De acordo com o Infomoney, essa valorização do dólar foi impulsionada pelo sentimento de aversão ao risco, que tende a prejudicar investimentos mais arriscados, como o mercado acionário, favorecendo investimentos tidos como mais seguros, como a moeda norte-americana.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 20/10/11



O contrato do boi gordo para novembro/2011 foi negociado a R$102,38, com alta de R$0,08.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para Novembro/11



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

No atacado da carne bovina, o equivalente físico se manteve constante. O spread entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$5,35, com alta de R$0,04 no dia e R$1,46 na semana. Confira a tabela abaixo.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

FONTE: BEEFPOINT

Marfrig dá continuidade à otimização de suas operações


A Marfrig Alimentos S.A. informa aos seus acionistas e ao mercado que, em continuidade à estratégia de otimização de sua plataforma operacional com foco nas principais competências da companhia, está implementando um novo conjunto de ações com o objetivo também de reduzir custos e aumentar margens operacionais.

Mudança na estrutura organizacional de Bovinos Global

As operações da Argentina e do Uruguai passam a se reportar ao CEO das operações Globais de Bovinos.Sem haver mudança na estrutura societária de cada divisão de bovinos na América do Sul, a unificação, elaborada em conjunto com a empresa Bain & Company, estará focada em ganhos de eficiência com reflexos em redução de custos em diversas áreas, como a comercial, industrial, logística e administrativa.

Centro de Serviços Compartilhados Marfrig

O centro de serviços compartilhados do Grupo Marfrig (MSC - Marfrig Serviços Compartilhados) é um departamento que unificará e compartilhará diversos serviços administrativos iguais em cada divisão de negócios.

O MSC inicialmente envolverá os serviços para a divisão Seara e no médio prazo para Bovinos no Brasil. Desenvolvido e com foco na excelência operacional, o MSC terá como meta elevar ainda mais o nível de serviço do Grupo Marfrig e englobar, até o final de 2012, os serviços passíveis de compartilhamento em todas as operações do Grupo no Exterior, incluindo EUA e Europa. A primeira fase do MSC entra em operação no dia 17 de outubro de 2011.

Mudança do centro gestor da Seara

Divididos entre Itajaí (SC) e São Paulo (SP), diretores responsáveis pelas tomadas de decisão na Seara passarão a partir do dia 17 de outubro a compartilhar um único escritório, em São Paulo (SP). Esta medida visa agilizar a tomada de decisão e de desenvolvimento estratégico, além de promover o trabalho em equipe e reduzir o tempo e os gastos com deslocamentos.

Novo Centro de Distribuição no Estado de São Paulo

Entrará em operação em meados de novembro o novo CD do Grupo Marfrig, em Cajamar (SP). O novo CD atenderá os mercados da Grande SP e interior do Estado num raio de até 300 km.

Fonte: Marfrig, adaptado pelaEquipe BeefPoint.

DIA DE CAMPO - ESTÂNCIA SANTA MARIA/SERGIO FERNANDES E FILHOS


DIA 28.10.2011 SEXTA-FEIRA

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

BOI GORDO: Quarta-feira de preços firmes apesar de mercado calmo


Mercado calmo nesta quarta-feira, mas com preços firmes.

Em São Paulo, a referência se manteve estável em R$97,00/@, à vista, e R$99,00/@, a prazo, livres de funrural. As escalas de abate no estado estão bem heterogêneas.

Existem indústrias com programações mais apertadas, atendendo 2 a 3 dias. Porém, a negociação de animais a termo possibilita que outras quase completem as escalas do mês.

Estas últimas fazem ofertas de compra que variam até R$2,00/@ abaixo da referência, mas nestas condições o mercado trava.

Para o boi gordo houve valorização em oito das 31 praças pesquisadas.

No mercado atacadista de carne com osso as cotações seguem inalteradas, o boi capão casado e a vaca casada estão cotados em R$6,21/kg e R$5,95/kg, respectivamente.

A demanda cedeu e as vendas esfriaram em relação às da última semana.

Clique
aqui e confira as cotações do boi.
Fonte: Scot Consultoria

Mercado do boi gordo segue lateral com retração da oferta e demanda interna enfraquecida

Boi: mercado morno e sem tendência para o resto da semana. Expectativa é que a partir de novembro, com a contínua redução na oferta de animais de cocho e um aumento na demanda por carnes, preços possam reagir.



Mercado do boi gordo segue lateral neste meio de semana, com pouca oscilação nos preços da arroba. O volume de negócios não é alto e a demanda interna por carne bovina começa a perder ritmo na segunda quinzena do mês.

A expectativa de que o maior volume de animais confinados se concentrasse no mês de setembro se confirmou. Sendo assim, o mercado já conta com menor disponibilidade de animais para abate em outubro e a programação das escalas de abate dos frigoríficos já começa a encurtar. Esta retração na oferta dá estabilidade para as cotações hoje.

Além disso, outro fator que sustenta o mercado é a crescente demanda internacional. A valorização do dólar voltou a favorecer a margem dos frigoríficos e o volume exportado, à medida em que a capacidade de compra dos clientes internacionais aumenta.

De acordo com a especialista em mercado pecuário da XP Investimentos, Lygia Pimentel, a expectativa é de que, a partir de novembro, com a contínua redução na oferta de animais de cocho e a sustentação da demanda interna e externa, os preços possam reagir.

Fonte: Notícias Agrícolas // Aleksander Horta e Marília Pozzer

Bela Vista agita pista em Livramento/RS


O 47 Remate Bela Vista & Convidados, realizado na terça-feira(18), em Santana do Livramento, faturou R$ 757,8 mil, o que configurou elevação de vendas de 7,26% em relação ao leilão de 2010. Foram vendidos 43 reprodutores Braford, por uma média de R$ 12.418,00. Na edição do ano passado, o leilão faturou R$ 706,5 mil, com a negociação de 113 animais. A média dos reprodutores foi de R$ 9,48 mil.

O destaque em pista foi o touro Chefão, de tatuagem 1718, cuja metade de sua propriedade foi adquirida por R$ 42 mil. A oferta total do remate era de 50 ventres Braford e 80 touros Polled Hereford e Braford.

Na segunda-feira, o remate Paipasso fechou com comercialização de R$ 522,75 mil para 141 animais. Entre os machos, as médias foram de R$ 6.852 para Brangus e R$ 6.250 para Angus.

Dois leilões de touros Montana no Rio Grande do Sul


Dia 22: Remate Villa Serralta, em Santana do Livramento; Dia 27: Remate Santa Jovita, em Alegrete

Os pecuaristas gaúchos que buscam melhorar índices produtivos têm duas ótimas oportunidades neste mês para investir na genética do Composto Montana. No próximo dia 22, a partir das 10 h, será realizado o Remate Villa Serralta, em Santana do Livramento (RS), com a oferta de um lote especial de quatro touros Montana selecionados e prontos para a estação de monta. Antes do leilão, haverá palestra especial do professor Julio Barcellos (NESPRO/UFRGS), que tratará do tema: "Pecuária de cria: momento de oportunidades".

No dia 27 de outubro, acontecerá o tradicional Remate Santa Jovita, que completa 10 anos em 2011, em Alegrete (RS). O evento está programado para começar às 10h com dia de campo, seguido da venda especial de 30 touros Montana, além de 150 novilhos, 100 fêmeas e ovinos.

Gabriela Giacomini, gerente de operações do Programa Montana, ministrará palestra aos pecuaristas em Alegrete, ressaltando os resultados econômicos proporcionados pela genética do Composto Montana, através da precocidade sexual, alto peso a desmama, produção uniforme, terminação de carcaça e produção de carne com qualidade.

O Programa Montana reúne criadores do Brasil e do Uruguai, selecionando touros geneticamente avaliados e com CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) capazes de intensificar produção de carne de qualidade com eficiência, gerando lucro sustentável aos seus clientes.

Informações adicionais no site: www.compostomontana.com.br, pelo telefone (17) 3231-6455, no e-mail:faleconosco@compostomontana.com.br ou no twitter @programamontana.

As informações são da Texto Assessoria.

Agrolink com informações de assessoria

terça-feira, 18 de outubro de 2011

PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO


REGIÃO DE PELOTAS
*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 18.10.2011

BOI: R$ 5,70 a R$ 5,90
VACA: R$ 5,50 a R$ 5,70

PRAZO: 30 DIAS

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br/

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO

EM 18.10.2011
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 2,90 A R$ 3,00
VACA GORDA: R$ 2,60 A R$ 2,70

PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO


EM 18.10.2011
REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 3,30 A R$ 3,50
TERNEIRAS R$ 2,90 A R$ 3,00
NOVILHOS R$ 3,00 A R$ 3,20
NOVILHAS R$ 2,90 A R$ 3,10
BOI MAGRO R$ 2,90 A R$ 3,10
VACA DE INVERNAR R$ 2,45 A R$ 2,55

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

Semana começa com altas para o boi gordo

Mercado do boi gordo com pouca movimentação nesta segunda-feira em São Paulo. Boa parte das empresas estava fora das compras, à espera de uma definição do mercado.

As escalas estão heterogêneas, atendem entre três e quatro dias, na maioria dos casos. Existem programações maiores, mas menos frequentes.

O preço referência no estado está em R$97,00/@, à vista, e R$99,00/@, a prazo, livres de imposto.

Houve reajustes em dez das 31 praças pesquisadas.

Os preços subiram nas praças vizinhas a São Paulo. Ocorreram altas em Goiânia-GO, Sul de Minas, Dourados e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

O diferencial de base no Sul de Minas em relação a São Paulo, -3,0%, é o mais curto desde dezembro de 2010.

Em Campo Grande-MS, o diferencial em relação a Barretos é o mesmo, -3,0%. É o diferencial mais próximo desde outubro de 2010.

O que normalmente ocorre em situações como esta, de diferencial de base curto, é uma correção, seja pelo recuo dos preços nas praças vizinhas ou pelo aumento do preço em São Paulo.

Apesar do período de menor consumo devido ao meio de mês, a oferta atual não traz expectativa de recuo em São Paulo, no curto prazo.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Perspectivas e desafios da produção de carne brasileira para o mercado internacional


Por Dr. Pedro Eduardo de Felício (Unicamp)

Introdução

Inicialmente, quero agradecer a gentileza do convite para falar sobre o posicionamento da carne brasileira no mercado internacional e, na sequência, pedir licença para tornar esse tema bem menos formal, já que o mercado muda muito rapidamente com as crises econômicas e com os surtos de doenças dos animais, que estão se tornando tão frequentes nos últimos tempos que até parecem ser o contraponto do inexorável processo de globalização da economia mundial.

Agora mesmo, os economistas falam numa desaceleração da economia global - a OECD - Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD vê perspectivas, 2011) acaba de anunciar que está revendo para baixo suas previsões de crescimento neste ano -, e a OIE - Organização Internacional de Epizootias (2011) registra surtos de febre aftosa em Israel, China, Botswana, República Democrática da Coreia entre outros e, também, surtos de Influenza aviária e Peste suína clássica e africana em algumas regiões. Tornar menos formal este tema seria, por exemplo, substituir o título por outro menos pretencioso, por exemplo: "O que dá para fazer com o que temos hoje no setor da carne".

E o que é que temos, no Brasil, no setor da carne?

Temos o maior rebanho bovino do mundo, 185 milhões, ou 205 milhões pelo IBGE, ocupando uma área enorme de pastagem, 171 milhões de ha, que já teria transferido 4% dessa área à agricultura, entre 1989 e 2008, segundo dados do MAPA (Gasques, Bastos, Bacchi, 2009), e tende a ceder uma extensão ainda maior e muito mais rapidamente do que se pode prever no momento, porque a demanda mundial por alimentos crescerá significativamente e, atualmente, a agricultura utiliza somente 50 milhões de ha. E é preciso considerar a competição crescente com as áreas que serão destinadas a reflorestamento e produção vegetal para os biocombustíveis (Aguiar, 2011).

Rodrigues (2011), citando relatório da FAO- OECD, afirma que "a demanda por alimentos no mundo crescerá 20%, pela combinação da expansão populacional e da renda per capita nos países emergentes - 85% do crescimento da população mundial ocorre neles". E acrescenta, "os aumentos de produção, para atender essa demanda ocorrerão nos países membros da União Europeia (4%); na América do Norte (até 15%); Rússia, China, Índia e Ucrânia (25%). Já o agronegócio do Brasil vai expandir a sua produção nos próximos 10 anos em nada menos do que 40%".

A produtividade dos pastos teria aumentado, no período 1989 - 2008, de 15,4 para 38,6 ou até mesmo 52,6 kg/ha, se incluídos no cálculo os dados estimativos de abates não inspecionados, que elevam para 9,12 milhões de TEq.C (tonelada equivalente carcaça) a produção nacional, e a capacidade de suporte teria atingido 1,1 UA/ha, mas, em contrapartida, o uso de fertilizantes teria triplicado, segundo a ABIEC (2010) com dados da CNA e SECEX, embora Barcellos, Ramos, Vilela, Martha Jr. (2008) estimem uma adubação anual da ordem de 2,9 a 3,6 kg/ha de fertilizantes NPK em 140 milhões de ha.

"A intensificação dos sistemas de produção pastoris é apontada como uma das alternativas de exploração sustentável, minimizando a pressão sobre a abertura de novas áreas para produção agropecuária. Esse modelo, entretanto, deverá ser pautado pelo uso eficiente dos recursos físicos, incluindo a recuperação de áreas antropizadas e degradadas, calcada no aporte de conhecimento e de tecnologias poupadoras de insumos" (Barcellos et al., 2008).

Temos uma indústria frigorífica de nível técnico variando de excelente a sofrível, operando com capacidade ociosa de 40% na média, e por isso mesmo, ou seja, por falta de gado para abate, estão fechando unidades, além das que já estavam paralisadas desde a crise de 2008/09, muitas das quais estão ou estiveram entre as mais bem planejadas do país.

Temos uma situação complicada no que tange aos abates não inspecionados ou com inspeção fantasiosa, nas mais diversas regiões geográficas, e políticos e autoridades federais, estaduais e municipais que convivem com isso como se o problema não existisse. Nos últimos dias, a imprensa noticiou duas situações preocupantes, em dois estados do Nordeste, mas há problemas semelhantes no país todo.

Os "sites" do agronegócio também noticiaram que a constatação da enormidade do abate informal neste país estava sendo usado pelas associações de pecuaristas norte-americanos para pressionar o governo dos EUA a não permitir importações de carne in natura do Brasil. É óbvio que era de se esperar que algo do gênero algum dia acontecesse, porque a imagem da indústria exportadora fica manchada pela incapacidade do país para resolver um problema crônico tão sério, mas governo e empresários insistem em não compreender isso.

Temos tecnologia de muito bom nível nos mais diversos segmentos da cadeia produtiva, da reprodução ao aproveitamento de subprodutos. Uma indústria de medicamentos veterinários/vacinas, e insumos em geral, especialmente suplementos nutricionais, capaz de atender a uma demanda gigantesca com produtos de qualidade comprovada.

Mercado interno

Temos em destaque um mercado interno enorme, que já consome 38 kg Eq.C (equivalente carcaça) ou 23 kg (63 g/dia) de carne sem osso per capita, sem contar as carnes salgadas, embutidos e miúdos, segundo pesquisa recente do IBGE (2011), onde também aparece que a carne bovina é consumida por 49% das pessoas em pelo menos um de dois dias do levantamento, só perdendo em frequência de consumo para o arroz, café, feijão e pão. Esse mercado passou uma transformação monumental na década passada, com a pirâmide social dando lugar a um losango (Figura 1), com aumento de 16 milhões de pessoas nas classes A e B (que agora respondem por 21% da população, ou seja, 42 milhões) e de 39 milhões na classe C (agora com mais de 100 milhões de pessoas ou 53% da população); os 25% restantes hoje se encontram nas classes D e E (48 milhões de brasileiros).

Transcrevo aqui um parágrafo que explica o que a mobilidade social recente - especialmente essa do período 2005 - 2010 - pode representar para a cadeia produtiva da carne. Está no blog de Otávio Juliato, como segue: "As classes A, principalmente, e B, já consomem uma quantia elevada de carne bovina, que se aproxima dos índices de consumo de países como Uruguai e Argentina, líderes mundiais no consumo per capita de carne bovina, ou seja, não vão aumentar seu consumo, mas vão consumir de modo diferente, privilegiando cortes mais nobres. Já a classe C, esta sim, pode aumentar e muito seu consumo de carne; tem o problema da inflação, que é sério e pode atrapalhar todo nosso raciocínio (...)" (Juliato, 2011).

Figura 1. Pirâmide social que se transforma em losango no período 2005 - 2010 com o crescimento das classes A, B e C. Fonte: Gianini (2010)



Mercado externo

Temos, por fim, uma importante presença no mercado internacional da carne. No período 2004 - 2010, o Brasil tornou-se líder mundial nas exportações de carne bovina, com volumes crescentes mesmo depois do surto de aftosa de outubro de 2005 (Figura 2).

Figura 2. Crescimento das exportações totais de carne bovina do Brasil, a partir de 1997, e da Austrália, que passou de líder mundial a segundo colocado, a partir de 2003, em mil TEq.C. Fonte: FAS/USDA (2007).



Entretanto, a partir de 2007, quando atinge o pico de 2,189 milhões de TEq.C, as exportações começam a sofrer uma queda que já é bem visível em 2008, e continua em declínio (Figura 3) no tocante a volumes, até 2009, com alguma perspectiva de recuperação em 2010, que não se verificou (1,596 milhão TEq.C em 2009 e 1,558 milhao TEq.C em 2010, FAS/USDA, 2011). Apesar da melhoria nos preços em dólares da tonelada exportada- cerca de 34% de jan. 2010 a jan. 2011 -, o câmbio ainda é bastante desfavorável atualmente para os exportadores.

Figura 3. Queda no volume de exportação de carne bovina do Brasil, e estagnação da produção de bezerros, a partir de 2007. Obs.: o início da recuperação prevista para 2010 não ocorreu. Fonte: FAS/USDA (2010)



Figura 4. Instabilidade da demanda no Oriente Médio, representado pelo Egito, e Rússia, em TEq.C. Fonte: cortesia Maria Gabriela Tonini - ABIEC.



Neste ano de 2011 tem havido sérios problemas com as exportações para o Oriente Médio e Rússia, que são grandes compradores da carne brasileira, no primeiro caso devido aos movimentos políticos e até mesmo guerra, no segundo caso por conta, provavelmente, de desentendimentos entre o governo russo e o nosso MAPA.

Há evidências recentes de que as instabilidades nesses mercados já estejam sendo superadas. O que parece mesmo difícil senão impossível é a reconquista pelo Brasil do mercado da União Europeia devido a uma barreira comercial disfarçada de sanitária por conta das dificuldades que o país teve para implantar a rastreabilidade do gado. Por conta disso, hoje a barreira funciona sob o nome de Lista Traces, que registra as fazendas habilitadas a exportar carne para aquele mercado.

O histórico de pressões para eliminar a concorrência da carne brasileira, na União Europeia, deve ter pelo menos 10 anos, mas foi no dia 19 de dezembro de 2007, que a Direção-geral da Saúde e da Proteção do Consumidor (DG-Sanco), cedeu a elas e decidiu introduzir "altas restrições e o controle sobre as importações de carne bovina do Brasil com o apoio do Comitê de Cadeia Produtiva de Alimentos e Saúde Animal.

Os estados-membros concordaram que, a partir de 31 de janeiro de 2008, só se permitirá a importação de carne de uma lista restrita, aprovada, de propriedades no Brasil que estejam plenamente alinhadas com as exigências e atinjam critérios estritos" (UE, 2008). Note-se que a exigência dessa lista é exclusivamente para o Brasil, nenhum outro país atende a esse requisito. Note-se também, que no mesmo ano em que a medida drástica foi decretada, Reino Unido e Irlanda, para dar dois exemplos críticos, somaram 92 casos diagnosticados de BSE - Bovine Spongiform Encephalopathy, e 60 casos em 2008 quando a medida entrou em vigor (OIE, 2011).

O mercado da União Europeia tem importância vital para a indústria da carne do Brasil, não pelas quantidades que os países-membro adquirem, mas pelos preços que pagam; para o comércio europeu também é muito interessante porque os supermercados conseguem atrair para as suas lojas os consumidores com os preços altamente competitivos da carne brasileira.

Figura 5. Queda no volume exportado como decorrência da perda do mercado da União Europeia, a partir de fev. 2008, em TEq.C. Fonte: cortesia Maria Gabriela Tonini - ABIEC.



Demanda mundial conforme as projeções da OECD-FAO

Como demonstrado no gráfico da OECD-FAO (2011) adaptado (Figura 6), os aumentos de produção (bovina, suína, aves e ovinos) ocorrerão predominantemente nos países em desenvolvimento, que serão responsáveis por cerca de 78% do volume adicional. O crescimento de produção se dará principalmente dos setores de aves e suínos, que em relação às carnes vermelhas, mais caras, têm as vantagens dos ciclos curtos de produção e maior eficiência alimenta.

Figura 6. Crescimento percentual da produção de carnes bovina, suína, aves e ovina, com a contribuição dos países em desenvolvimento totalizando 78% e os 22% restantes dos desenvolvido, por tipo de carne, entre 2011 e 2020. Adaptado de OECD Outlook 2011.



Nessa década, o consumo de carne será limitado em relação à década anterior por conta dos preços mais elevados e da desaceleração do crescimento populacional. O envelhecimento da população, combinado com uma crescente percepção do impacto da produção de carne sobre o ambiente poderá exercer algum efeito adverso na demanda, particularmente nos países desenvolvidos.

Considera-se também que os surtos de doenças como E. coli H7:O157 e Salmonella, combinados com episódios de contaminação de carne e do leite com substâncias químicas inaceitáveis (dioxina e melanina) podem, de certo modo, reduzir a confiança do consumidor. Mas, de qualquer modo, o maior consumo de carne virá pelo crescimento de renda, e a urbanização irá fortalecer o consumo de proteína animal nas economias emergentes à custa dos alimentos de origem vegetal. Espera-se que o crescimento da demanda virá de grandes economias como a da Ásia, América Latina e países exportadores de petróleo (Figura 7).

Figura 7 . Aumento da demanda de carnes, por região, entre 2010 e 2020 em Eq.C ou "ready to cook" para aves. Um crescimento de 60 milhões de toneladas é projetado para 2020, predominantemente na Ásia. Fonte: OECD Outlook 2011.



As exportações de carne bovina no período considerado no Outlook expandirão a uma taxa de 1,8% ao ano, comparada a 2,9% ao ano na década anterior. A expansão será liderada pelos EUA, Brasil e Canadá. O Brasil exportou volumes recordes em meados da década passada, após a queda brusca nas exportações de carne dos EUA e Canadá onde ocorreram casos de BSE. As exportações brasileiras desde então declinaram, mas irão crescer na presente década mesmo com o crescente consumo doméstico induzido pelo aumento da renda per capita, porque o país tirará proveito de suas extensas áreas de pastagens numa época de elevados custos de ração.

O Brasil estabelecerá sua posição como líder mundial de exportações, com o volume em 2020 atingindo 2 milhões de toneladas, e os EUA continuarão expandindo suas exportações pela melhoria no mercado do Pacífico. Antecipa-se que os volumes exportados pelos EUA ao final da década será maior que os registrados antes da crise de BSE, ao final de 2003. Os EUA exportam a preços elevados para países não aftósicos, como Japão e Coréia do Sul, Canadá e México, e importa carne para processamento a preços bem inferiores, de países que erradicaram a aftosa.

O que dá para fazer com o que temos

O que está sendo feito pela indústria da carne bovina brasileira - pecuária, frigoríficos, fornecedores de insumos e comércio - já é um feito grandioso em si; atualmente, o mundo todo reconhece isso. Mas é preciso investir na recuperação das pastagens e no melhoramento genético animal e vegetal, de modo a continuar produzindo boi a pasto com alguma suplementação, semiconfinamento, e até confinamento, com incrementos de produtividade por hectare e por animal. Há especialistas no país que poderiam participar ativamente da elaboração de um planejamento a respeito das medidas necessárias.

É preciso dar combate sem tréguas ao abate ilegal porque não fosse pelo mal que ocasiona à saúde pública, o prejuízo econômico que ele traz aos cofres públicos e o atraso que representa para a sociedade, seriam suficientes para justificar a criação de núcleos de polícia sanitária em cada estado, apoiados na autoridade dos fiscais agropecuários federais e no ministério público, para planejar e executar ações destinadas a cortar o oxigênio que irriga as veias da clandestinidade, como falsas guias de trânsito animal e documentos ilícitos para emissão de notas fiscais que permitem o transporte e comércio de couros. Esses núcleos teriam prazo de cinco anos, renováveis por mais cinco, para apresentarem resultados auditáveis semestralmente.

É absolutamente necessário investir na criação de uma agência de defesa sanitária animal, inspeção e inocuidade de alimentos de origem animal e controle de medicamentos de uso veterinário, que tenha a autonomia política que um banco central tem ou deveria ter setor financeiro, para definir suas atividades. Isto significaria esvaziar a Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA? Não necessariamente, todas as atividades burocráticas deveriam ficar na SDA, inclusive a administração do funcionalismo, para que o novo organismo seja leve e desburocratizado desde o nascedouro. Bem, obviamente um projeto dessa natureza exige estudos feitos por quem entende de administração pública, mas é importante que a alta direção da agência fique nas mãos de profissionais pós-graduados comprometidos com a ciência. O importante mesmo é criar um organismo de interesse público, livre de pressões políticas e de interesses escusos, ágil e inteligente como exigem os tempos modernos.

Finalmente, mas não menos importante, pois o próprio governo atual já definiu, de maneira generalizada, como prioritário para o Ministério de Ciência e Tecnologia, um programa de treinamento em nível de pós-graduação - mestrado e doutorado - de centenas de profissionais de saúde animal, inspeção e inocuidade dos alimentos de origem animal, em instituições de pesquisa de países que são muito fortes nesse setor. Muitos desses profissionais deveriam ser contratados na volta ao país e alocados em instituições conveniadas com a agência referida anteriormente.

Agradecimentos

À médica veterinária Maria Gabriela Tonini, da Coordenação Técnica da ABIEC, em São Paulo, SP, e ao doutorando Sérgio Bertelli Pflanzer Jr., pela ajuda na elaboração de gráficos apresentados neste texto.

Fonte: I Simpósio Internacional de Avaliação Animal e Qualidade da Carne, realizado na USP - Pirassununga nos dias 28, 29 e 30 de setembro/2011. Disponibilizado pelo prof. Dr. Pedro Eduardo de Felício (Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp).

Beckhauser inaugura loja conceito de manejo racional e produtivo em Campo Grande (MS)

A Beckhauser, fabricante de troncos de contenção e balanças com mais de 40 anos de história, inaugura no dia 17 de outubro em Campo Grande (MS) a loja conceito HStore, concebida para ser uma "casa do manejo racional e produtivo" e primeira concessionária de troncos e balanças do Brasil.

"Mais do que ser um show-room e loja de vendas de troncos e balanças, a HStore vem para se tornar um espaço de referência para quem busca informações sobre manejo racional. Para isso fizemos uma sala de treinamentos voltada para levar informação a quem está no campo: pecuaristas, vaqueiros, técnicos e estudantes. Esses treinamentos estão focados em mostrar o que faz a diferença na prática e contribui para a melhoria do manejo na cadeia da carne e da qualidade e rentabilidade da pecuária brasileira", explica o diretor da empresa, José Carlos Beckheuser.

Na semana de inauguração (17 a 21 de outubro) haverá uma programação variada para apresentar o que o novo espaço trará para a pecuária do Mato Grosso do Sul (vide programação abaixo).

"A escolha de Campo Grande para sediar a HStore deve-se ao fato da cidade ser uma das principais capitais pecuárias do país e estar em um estado com forte vocação pecuária e de fundamental importância para a atividade e seu desenvolvimento no Brasil. Tem um berço, que é o Pantanal, onde está uma das pecuárias de cria mais reconhecidas do país", ressalta Beckheuser.

Durante todo o ano a HStore oferecerá gratuitamente palestras e cursos sobre manejo racional ligado aos pilares da pecuária - sanidade, nutrição e genética, gestão e mercado, cursos específicos para vaqueiros, apresentação de casos de sucesso da pecuária sul matrogrossense, além de sediar reuniões e palestras para associações de criadores, técnicos, universidades e empresas parceiras.

"O projeto da HStore está bastante alinhado com o posicionamento de marca da Beckhauser, que há anos vem trabalhando para desenvolver as melhores soluções em contenção, manejo e controle de bovinos, preocupada com a segurança do homem e do animal. Procuramos levar o manejo racional e produtivo para o campo não apenas através dos produtos, mas também do fornecimento de informações úteis e de aplicação prática, que agreguem valor ao negócio pecuário, da fazenda ao frigorífico", afirma o diretor da empresa. Segundo ele, a inovação é uma marca muito forte da Beckhauser e a proposta da HStore segue a mesma linha, pois é uma nova forma nova de levar ao mercado os produtos e serviços da empresa.



As vagas são limitadas. Quem quiser participar deve confirmar presença pelos telefones (67) 3383-6700 ou 8101-1155.
A HStore está localizada à Rua 14 de Julho, 460, no Centro de Campo Grande.



Sobre a Beckhauser
Há 41 anos a Beckhauser alia manejo racional e produtivo, buscando oferecer ao pecuarista soluções inovadoras de contenção, manejo e controle que aprimorem a produtividade, agregando valor ao negócio com segurança para o homem e ao animal. A empresa possui uma completa linha de troncos tradicionais e automatizados, além da linha de controle/pesagem eletrônica.

Além dos produtos, a Beckhauser disponibiliza ferramentas para disseminar o conceito do manejo racional e produtivo em eventos de diversas regiões do país, por meio do Informativo Manejo, que leva exemplos de manejo racional bem aplicado e dicas práticas que ajudam a melhorar a produtividade e os resultados do manejo, e que agora também estão disponíveis online no SmartBeck, o primeiro aplicativo para iPhones da pecuária brasileira.

Para saber mais ou entrar em contato com a Beckhauser, preencha o box abaixo:

Leilão Só Angus tem pista limpa e arrecada mais de R$ 700.000,00

Sob a chancela da Associação Brasileira de Angus, o XI Leilão Só Angus, que aconteceu no último dia 15 de outubro, arrecadou mais de R$ 700.000,00 com a oferta de 100 touros Angus rústicos PC (Puro por Cruzamento), que saíram pela média de R$ 5.684,00, e média de R$ 2.476,00 pelas 53 vaquilhonas selecionadas.

“Liquidamos 100% da oferta colocada a venda, ratificando o prestígio e a qualidade dos reprodutores ofertados. Foi um grande sucesso de público – com mais de 500 pessoas, acompanhando as vendas – sucesso de preço e comercialização”, comemora Carlos Campos, um dos promotores do Leilão Só Angus.

As promotoras do remate são as Cabanhas Santa Amélia, Albardão, Santa Joana e Tradição, todas do município de Santa Vitória do Palmar (RS) e a Cabanha Amábile, de Pedras Altas (RS). “A participação dos pecuaristas de 22 municípios do Rio Grande do Sul, foi um sinal que o Leilão Só Angus é, sem dúvida, um dos maiores leilões da raça do Brasil”, disse Campos.

Mais informações acesse www.angus.org.br.

Faturamento recorde para o gado em pé exportado para a Venezuela

A exportação de gado em pé para a Venezuela, maior comprador neste mercado, atingiu preço médio recorde em setembro, US$1.168,00/cabeça, incremento de 6,8% em relação a agosto.

Em relação ao mesmo período de 2010, a alta foi de 12,7%. Em setembro do ano passado os animais foram vendidos por US$1.036,00/cabeça, em valores nominais.

O preço médio pago em setembro/2011 foi 38,2% maior que no mesmo período de 2009, US$845,00/cabeça.

O segundo maior valor médio/cabeça registrado na história das exportações para a Venezuela foi US$1.155,00, em outubro/2008, 1,1% menor que o valor recorde de setembro/2011.

Fonte: Scot Consultoria

FÓRUM DE GESTÃO AMBIENTAL

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mercado de reprodução e considerações sobre os abates de fêmeas


A chegada da estação de monta mantém o mercado de reprodução movimentado. É expressiva a quantidade de leilões programados para as próximas semanas.

O aumento nos abates de fêmeas no primeiro semestre parece não ter tido efeito expressivo sobre as vendas de tourinhos, nem sobre outros mercados relacionados à reprodução. Figura 1.



O que pode influenciar as vendas é o clima.

Com os resultados de prenhez mais fracos na última estação, causados pelo atraso nas chuvas e condição corporal das fêmeas, parte dos pecuaristas pode atrasar o início dos trabalhos reprodutivos, à espera de uma melhor definição das condições de pasto.

Considerando que a movimentação tem sido boa, caso as chuvas animem os criadores mais receosos, o cenário pode melhorar ainda mais.

O volume de fêmeas nos pastos é grande, fato comprovado pelo aumento do rebanho nos últimos anos e pela movimentação no mercado de reprodução.

Com isto, se forem observados resultados ruins de prenhez, os abates de fêmeas de descarte no início de 2012 podem ser ainda maiores que os deste ano.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Principais indicadores do mercado do boi - 17/10/11

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio



O indicador Esalq/BM&F Bovespa boi gordo a vista teve alta de 0,22% nessa sexta-feira (14), sendo cotado a R$99,47/@. Na semana, teve valorização de 0,42%.

De acordo com pesquisadores do Cepea, os preços têm sido sustentados pela restrição da oferta de animais prontos para abate. Além disso, muitos frigoríficos estão com as escalas menores desde a semana passada e, dessa forma, tiveram mais urgência na compra.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta



O indicador Esalq BM&F Bezerro a vista manteve-se constante, sendo cotado a R$730,33/cabeça nesta sexta-feira (14). A margem bruta na reposição foi de R$910,93 com valorização de 0,40%.

Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar




Na sexta-feira (14), o dólar foi cotado em R$1,74 com desvalorização de 0,91%. O boi gordo em dólares teve alta de 1,14% sendo cotado a US$57,27. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.

Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 14/10/11



O contrato do boi gordo para novembro/2011 foi negociado a R$103,19, mantendo-se constante na ultima sexta-feira.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para Novembro/11



Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.

No atacado da carne bovina, o equivalente físico se manteve estável. O spread entre o índice do boi gordo e equivalente físico é de R$4,10, com alta de R$0,22 no dia e baixa de R$0,16 na semana. Confira a tabela abaixo.

Tabela 3. Atacado da carne bovina



Segundo o boletim Intercarnes, o início da segunda quinzena do mês tende a uma menor demanda no atacado, e consequentemente, a ofertas mais regulares.

Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico


FONTE: BEEFPOINT

PARAGUAY - Técnicos rusos inician auditoría a frigoríficos hoy

Los especialistas comienzan su trabajo de evaluación de la producción y faenamiento de reses en el país, como derivación de la detección de fiebre aftosa, y de ellos depende el rápido reinicio de la exportación de carnes.


La comitiva enviada por el Servicio de Vigilancia Fitosanitaria y Veterinaria de Rusia inicia sus actividades de verificación hoy, que determinarán si el Paraguay está listo o no para exportar de nuevo carne a aquel país.

Son 4 los visitantes, quienes mantendrán en la fecha reuniones con los integrantes del Servicio Nacional de Calidad y Salud Animal (Senacsa), con el fin de actualizarse con los procedimientos emprendidos por el ente para la eliminación del brote de fiebre aftosa en Sargento Loma, San Pedro del Ycuamandyyú. Posteriormente, en el transcurso de la semana la misión visitará los laboratorios del Senacsa, luego la zona del foco del mal detectado (el establecimiento Santa Helena y alrededores), así como dos frigoríficos norteños (Concepción y Neuland), confirmó el director de Calidad Animal del Senacsa, Manuel Barboza.

Indicó que el visto bueno de esta misión será un respaldo para el país en lo que respecta a la reconquista de los mercados internacionales, pese a que cada nación toma sus medidas de acuerdo a cuestiones comerciales o políticas.

"Vamos a poner todo el empeño necesario para recuperar los mercados y actualmente estamos abocados a Rusia", señaló. Asimismo, las negociaciones con Argentina y Uruguay para que accedan al tránsito de carne paraguaya por su territorio, una vez reiniciadas las exportaciones, continúan y no se descarta que la apertura se logre en unas semanas más.

Rusia representa el 34,5 % del volumen de exportaciones de carne paraguaya, con unas 41.479 toneladas desde enero a agosto de este año. Esta cantidad está valorada en USD 176,4 millones, equivalentes al 27,8 % del total exportado hasta aquel mes, que es por unos USD 635,7 millones.

Si el Paraguay aprueba la auditoría rusa, podría iniciar sus exportaciones incluso a mediados del mes de noviembre, lo cual según el titular del Senacsa haría reactivar el 50 % de la industria cárnica.

PANORAMA. El Paraguay estaría en condiciones de exportar antes de fin de año, sobre todo a destinos como Rusia y países aftósicos, es decir, que tienen el mismo estatus sanitario, entre los que se encuentran Venezuela, Vietnam y otros de origen africano.

Para inicios del 2012, si la Organización Mundial de Sanidad Animal (OIE) autoriza la zona de contención, podrá exportarse desde todo el territorio restante. Así, para setiembre del 2012 es posible recuperar la certificación de país libre de fiebre aftosa con vacunación. Transcurrido un periodo luego de esto, los mercados premium como Chile y la UE permitirán la importación desde Paraguay.

APOYO DE PANAFTOSA

El Centro Panamericano de Fiebre Aftosa (Panaftosa) envió la semana pasada al Paraguay al jefe de Epidemiología de Panaftosa, doctor José Naranjo, ocasión en que el experto señaló que existe un grado de vulnerabilidad no solo en el país, sino regionalmente, para que al menos en los papeles la lucha contra la enfermedad se encare de manera conjunta entre los miembros.

Sin embargo, hasta el momento los países vecinos sin compadecerse de la mediterraneidad paraguaya, cerraron el paso a los productos nacionales.

Las tareas impedidas por el bloqueo fueron desde la prohibición de embarque y desembarque de la carne que se encontraba en tránsito, pasando por el sacrificio de animales que traspasasen la frontera, e incluso la generación de trabas a camiones paraguayos que transportaban granos que ni siquiera eran de la zona afectada.
FONTE: ULTIMAHORA.COM

Subiu, mas não engatou

Lygia Pimentel é médica veterinária e especialista em commodities
faxagricola@gmail.com
Reprodução permitida desde que citada a fonte
“Beleza”, muitos pensaram nas últimas semanas, “agora vai”.

E foi. O boi gordo subiu de R$97,00/@ à vista para os atuais R$99,00/@ sob as mesmas condições em São Paulo. Aparentemente, a concentração de animais confinados realmente foi maior em setembro. É claro que ainda temos 15 dias para outubro terminar e tirarmos a prova final, mas até o momento, houve leve retração.

Acredito que a menor concentração de animais confinados em outubro tenha sido a causa desta alta recente. Juntamente, pode-se dizer que tivemos os efeitos do melhor volume exportado em setembro, o que favorece o escoamento da carne e a margem dos frigoríficos.

As outras variáveis não sofreram alteração, como cenário macroeconômico complicado e consumo interno bom, porém esticado (tem dificuldades de crescer ainda mais além do patamar atual, pelo menos no curto-prazo). O governo também não deseja ver a inflação do ano passado voltar aos mesmos níveis. Seria altamente prejudicial à economia. Portanto, apesar da redução recente da taxa de juros, a tentativa é manter a inflação no centro da meta e isso não favorece novas explosões como observamos no ano passado. É claro que se a crise não for tão intensa quanto o Banco Central prevê, poderemos observar novo “boom” de consumo. Não descarto essa possibilidade, mas não é tão provável que ela ocorra nos próximos 2 meses.

De toda forma, a diferença de hoje em relação a 2010 é que tínhamos consumo em ascensão, oferta extremamente curta e exportações em níveis melhores. O cenário macroeconômico também não era tão preocupante. Obviamente os problemas que observamos hoje já existiam, mas ainda não estavam tão evidentes, ou seja, não traziam tanta aversão a posições de risco. Hoje, infelizmente, a combinação não é a mesma.

Por isso permaneço cautelosa em relação ao preço da arroba. Não estou muito crente em uma alta forte no curto-prazo, mas o problema é que ninguém está e não me sinto confortável quando todos enxergam igual. Acho que falta força para que chegue aos R$110,00 à vista em São Paulo, por exemplo. De toda forma, ainda podemos nos surpreender caso a oferta volte a encolher, o que não é impossível.

Ainda assim, alguns indicadores me fazem pensar que poderemos observar novas recuperações leves nas próximas semanas.
Em primeiro lugar, o diferencial de base com o Mato Grosso do Sul está apertado. Observe o gráfico 1.

Gráfico 1.
Evolução do diferencial de base com o MS e preços da arroba em Barretos – SP.

Fonte: Broadcast/Cepea

Mas por que raios utilizo essas bandas que estão no gráfico? Porque elas nos indicam o quão fora da média e do padrão histórico a relação medida está. Hoje, o diferencial de base MS, que tem média histórica de 5,5% de desvalorização em relação a São Paulo está em 2%. Portanto, apertado. E diferencial apertado pra mim é sinal altista. Por outro lado, esse aperto do diferencial já ocorre há algum tempo e pode ser “abafado” por uma oferta melhor em Goiás e Minas Gerais, praças que também ajudam a abastecer São Paulo em tempos de oferta escassa. Para checar, observemos a mesma relação nessas outras praças.

Gráfico 2.
Evolução do diferencial de base em Goiás e Minas Gerais.

Fonte: Broadcast/Cepea

Observe o que ocorreu com o diferencial de base em GO e MG nos últimos anos. Eles aumentaram. Em Goiás, o diferencial bateu sua mínima recentemente. Em Minas Gerais, está esticado, mas já foi pior. Portanto, tem um bom número bois saindo dessas praças a ponto de fazer com que a arroba valha menos em relação a São Paulo.

A mesma relação se comporta de maneira diferente em praças diferentes. Reflexo da evolução dos confinamentos? Parece que sim. De toda forma, no fim das contas isso nos mostra que mesmo que faltem animais no Mato Grosso do Sul, tem outras praças que ajudam São Paulo a se abastecer em um período de menor oferta. Bom para os sul-matogrossenses, ruim para os goianos.

Por ora, não vejo motivos para grandes explosões, mas como temos comentado, há possibilidade de altas ligeiras mediante encurtamento das escalas e, especialmente, se esse encurtamento vier acompanhado de redução do diferencial de base com praças vizinhas a São Paulo.

É o que veremos nas próximas semanas.