sábado, 12 de janeiro de 2013

Distribuição dos abates mundiais em 2012 e expectativas para 2013



Em 2012, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que os abates de bovinos tenham sido de 233,53 milhões de cabeças, 1,2% mais que no ano anterior.

Segundo estimativas da Scot Consultoria, baseadas nos dados disponíveis até o momento, o Brasil foi o país com maior volume de animais abatidos. Foram 45,45 milhões, ante 42,25 milhões em 2011, aumento de 7,6%.

Os abates brasileiros equivaleram a 19,5% dos abates globais. A maior oferta de peles no país colaborou com o aumento da quantidade exportada em 2012, em relação a 2011.



O acréscimo nos abates indianos foi o maior no período, tanto relativo, como absoluto. Foram abatidas 4,04 milhões de cabeças a mais, na comparação com 2011. Isto equivale a um aumento de 12,3%. Vale ressaltar que no caso da Índia, o USDA considera também os abates de bubalinos.

Para 2013 o departamento estima aumento de 2,4% nos abates mundiais, que devem atingir 239,05 milhões.

O Brasil deve participar com 19,9% deste total, atingindo 47,54 milhões de cabeças abatidas. Isto tende a ajudar, tanto curtumes como frigoríficos, pelo lado da matéria prima.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Exportação de gado vivo sobe 19% em 2012


As exportações de gado vivo se recuperaram no ano passado, somando 480 mil cabeças. Ao atingir essa marca, o setor conseguiu vender 19% mais bois em pé do que em 2011. Naquele ano, o setor havia amargado o pior momento desde 2008.
As exportações de gado vivo não sofrerão com as amarras colocadas à carne brasileira devido ao caso atípico de vaca louca, apesar de Jordânia e Líbano, dois dos grandes importadores de gado em pé, terem feito embargo ao produto brasileiro.
Os dois países não vão importar produto apenas do Paraná, Estado que não exporta gado vivo. Essas exportações são feitas basicamente por Pará e Rio Grande do Sul.
A liderança fica de longe com os paraenses, que colocaram 432,5 mil animais no mercado externo no ano passado, 90% das vendas do Brasil. Rio Grande do Sul vem a seguir, com 47,4 mil, segundo dados da Secex (Secretaria do Comércio Exterior).
Gastão Carvalho Filho, da exportadora Boi Branco, diz que a recuperação se deve ao aumento de vendas à Venezuela e à chegada da Turquia ao mercado brasileiro.
Para ele, “2012 não foi ruim, mas não pode ser considerado como excepcional”.
As vendas para a Venezuela, que encabeça a lista dos importadores, atingiram 345 mil animais, 8% mais do que em 2011. Esse número, no entanto, é bem inferior ao de 2010, quando o país vizinho levou 605 mil animais vivos.
O Líbano, o segundo maior importador, reduziu as compras para 64 mil animais, enquanto a Turquia aparece como um mercado crescente.
As compras dos turcos vêm subindo rapidamente nos últimos anos. Eles estão trocando a Europa e o Uruguai pelo Brasil. No ano passado, compraram 44 mil animais vivos de exportadores brasileiros.
As receitas obtidas pelo Brasil somaram US$ 534,4 milhões no ano passado, 21% mais do que em 2011. Os venezuelanos deixaram
US$ 409 milhões no país.
As exportações do Pará deram sustentabilidade aos preços pagos aos pecuaristas, diz Carvalho Filho. Em alguns períodos, o valor pago se equipara ao de São Paulo.


Fonte: Boainformacao.com.br 

Conheça as previsões do Rabobank para a pecuária de corte brasileira


Os preços do gado vivo no Brasil aumentaram em 4% entre outubro e novembro, devido ao período de seca combinado com uma oferta relativamente limitada dos confinamentos, onde as colocações não cresceram tanto quanto tinha sido previsto por causa dos altos preços dos grãos e do boi gordo.
Entretanto, os preços da carne bovina tiveram um desempenho pior que os valores do gado e apresentaram um aumento de apenas 1% no mesmo período. É importante ressaltar que, apesar dos aumentos mencionados nos preços do gado vivo, os preços flutuaram em cerca de 6% a menos que os níveis do ano anterior.
Ventos favoráveis à indústria continuaram soprando do lado internacional, com o volume exportado aumentando sequencialmente trimestre após trimestre, impulsionados pelas maiores vendas ao Chile e Egito, e pela desvalorização do Real brasileiro, o que aumentou a atratividade do produto exportado.
Em outubro, a indústria brasileira exportou cerca de 100 mil toneladas, 11% a mais que no mês anterior e 35% a mais que no ano anterior, maior volume mensal desde julho de 2010. Em novembro, o volume exportado caiu de um pico visto no mês anterior de 83.000 toneladas, mas foi 15% maior que no ano anterior.
Os preços exportados em dólares dos Estados Unidos também aumentaram novamente em outubro e novembro, aumentando em 5% com relação aos níveis do terceiro trimestre o que, combinado com a desvalorização da moeda, levou os preços convertidos em Real brasileiro a aumentar em 3% com relação ao terceiro trimestre e 6% com relação ao ano anterior.
Nesse cenário, as margens para os frigoríficos de carne bovina ainda parecem bastante positivas e estão bem abaixo dos níveis do ano anterior (Figura 4). O cenário é ainda melhor para as companhias que administraram para maximizar a participação das exportações nas vendas totais. Nesse estágio, é válido lembrar que as três maiores companhias de carne bovina representam mais de três quartos das exportações brasileiras totais, enquanto representam apenas 35%-40% da capacidade total de abates instalada no Brasil.
De fato, os lucros reportados no terceiro trimestre por Marfrig, JBS e Minerva mostraram uma melhora significante em suas margens de negócios de carne bovina. No caso do JBS, as margens EBITDA aumentaram em 290 bps com relação ao ano anterior. Para o Minerva, o aumento foi ainda maior, aumentando em 310 bps com relação aos níveis do ano anterior. O Marfrig também teve boas margens de aumento (aumento de 270 bps com relação ao ano anterior).
Para 2013, o Rabobank espera que o fornecimento de animais vivos no Brasil permanecerá em níveis razoáveis e as primeiras estimativas apontam para um aumento na produção de carne bovina de 3% com relação a 2012.
Apesar de a oferta dever aumentar, o espaço para mais quedas nos preços do gado vivo é limitado, à medida que a oferta de carne bovina do resto do mundo deverá se manter estagnada – ajudando a aumentar a demanda para a carne bovina brasileira – e a produção de carne de frango e suína (substitutas) deverão desacelerar devido aos altos custos dos grãos.
Fonte: Rabobank, traduzida eadaptada pela Equipe BeefPoint.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Boi/CEPEA: Mercado começa 2013 firme; oferta é baixa


A disponibilidade de animais prontos para abate continua limitada no mercado pecuário, segundo informações do Cepea. Os lotes de confinamento estão mais escassos e os de pasto demoram a ficar prontos, por conta das condições desfavoráveis das pastagens no final do ano. Assim, o mercado inicia o ano um pouco mais firme. De 28 de dezembro a 10 de janeiro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de SP) subiu 0,87%, fechando a R$ 97,58 nessa quarta-feira, 9. 

FONTE: Cepea/Esalq

Exportações do agronegócio registram maior valor da história


Enquanto os demais produtos exportados registram queda de 9%, agronegócio tem saldo positivo de 1% 
As exportações brasileiras do agronegócio de 2012 somaram o valor recorde de US$ 95,81 bilhões, o que representou incremento de cerca de 1% (US$ 846 milhões) em relação a 2011, quando as exportações atingiram US$ 94,97 bilhões. Já as importações chegaram a US$ 16,41 bilhões, número 6,2% inferior a 2011. O saldo da balança comercial foi recorde, de 79,41 bilhões. As informações são da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

“Os números comprovam a força do agronegócio brasileiro. O país está cada vez mais competitivo internacionalmente e continuaremos trabalhando, ao lado dos produtores, na busca de novos mercados”, destacou o Ministro Mendes Ribeiro Filho. Segundo ele, a economia nacional depende dos bons resultados do agronegócio para manter o Brasil entre as principais potências econômicas mundiais.

Em 2012, as vendas externas foram influenciadas pela redução dos valores de mercado dos principais produtos exportados pelo Brasil, em função da crise econômica mundial. Os preços caíram, em média, 7,1%, enquanto o peso total exportado em produtos do agronegócio teve aumento de 8,6%.

Os setores que tiveram maior crescimento de vendas foram o complexo soja (8,2%; de US$ 24,14 bilhões para US$ 26,11 bilhões), seguido por fumo e seus produtos (11,0%; de US$ 2,94 bilhões para US$ 3,26 bilhões); cereais, farinhas e preparações (60,3%; de US$ 4,16 bilhões para US$ 6,67 bilhões); fibras e produtos têxteis (20,7%; de US$ 2,17 bilhões para US$ 2,62 bilhões); e animais vivos (30,7%; de US$ 492 milhões para US$ 643 milhões).

O milho contribuiu como destaque para o aumento das vendas – que dobraram – passando de US$ 2,63 bilhões em 2011 para US$ 5,29 bilhões (US$ 2,66 bilhões), aumento de 101,5%. A quantidade embarcada subiu de 9,46 milhões de toneladas em 2011 para 19,78 milhões de toneladas em 2012 (109,1%). Outro produto que se manteve em alta em 2012 foi a soja em grão. As exportações subiram de US$ 16,31 bilhões para US$ 17,45 bilhões (US$ 1,14 bilhão). A quantidade embarcada permaneceu praticamente a mesma de 2011, com cerca de 33,0 milhões de toneladas.

Valor das exportações de carne bovina foi recorde em 2012

A carne bovina registrou alta de 7,39%, com aumento das vendas de US$ 5,35 bilhões em 2011 para US$ 5,74 bilhões em 2012 (US$ 395,4 milhões), com valor recorde. Houve elevação da quantidade exportada: de 1,09 milhão de toneladas para 1,24 milhão de toneladas (13,4%), enquanto o preço médio de exportação caiu 5,3%. As exportações de animais vivos cresceram 30,7%, o que representa 10% das compras de carne
. O fumo também teve aumento de US$ 2,94 bilhões para US$ 3,26 bilhões (+US$ 322 milhões). Já as vendas externas de álcool subiram 46,6% (US$ 694 milhões), com acréscimo da quantidade embarcada de 1,57 milhões de toneladas para 2,48 milhões de toneladas (57,5%).

Mercados

A China continua sendo de forma crescente o principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro, passando de 17,4% para 18,8%, com US$ 17,975 bilhões em compras em 2012. Em seguida, aparecem Estados Unidos (US$ 7 bilhões), Países Baixos (US$ 6,12 bilhões), Japão (US$ 3,5 bilhões) e Alemanha (US$ 3,1 bilhões).

Destacam-se o crescimento das exportações para nações da Ásia: Coreia do Sul (40,9%), Taiwan (35,9%), Tailândia (13,5%), China (8,9%), Hong Kong (6,6%) e Japão (0,2%). Juntos, os asiáticos expandiram as aquisições em US$ 3,59 bilhões. A Coreia do Sul ampliou suas aquisições em US$ 637,60 milhões em 2012, cifra registrada em função da elevação das vendas de milho ao país, que subiram de US$ 37,20 milhões para US$ 701,12 milhões. As vendas do cereal e da soja em grão também possibilitaram um forte crescimento das vendas para Taiwan. Além dos países asiáticos, h ouve elevação das vendas para: Egito (12,9%); Emirados Árabes (7,9%); Estados Unidos (2,6%); e Arábia Saudita (0,1%).

Clique aqui para acessar a balança comercial

Recomposição de estoques de frigoríficos sustenta preço do boi gordo


Com os estoques de carne bovina reduzidos após o forte consumo das festas de fim de ano, os frigoríficos aceleraram as compras de boi gordo nesta semana, segundo Valor Econômico.
Com isso, o boi gordo se manteve em patamares considerados "firmes" nas principais praças do país.
Em São Paulo, principal mercado consumidor de carne bovina, o animal pronto para o abate é negociado, em média, a R$ 97,00 por arroba no mercado à vista, segundo levantamento da Scot Consultoria.
Trata-se do mesmo nível verificado na semana passada, afirma Douglas Coelho, analista da Scot.
"Como tivemos poucos negócios na semana passada, os frigoríficos precisam pagar mais para comprar boiadas", diz Coelho.
Segundo ele, os frigoríficos trabalham com uma escala para abastecer, em média, de 3 a 4 dias de abate.
"Consideramos um patamar confortável entre 5 e 6 dias", acrescentou o analista. A expectativa do analista é que as escalas de abate se normalizem nos próximos dias.
FONTE: CarneTec

URUGUAY - Exportación de ganado en pie cayó 61% en 2012



La exportación de vacunos en pie para faena y engorde se contrajo 61% en 2012, a 60.516 cabezas, de acuerdo a información suministrada por el Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca (MGAP). La fuerte contracción es directa consecuencia de la política discrecional del MGAP al momento de otorgar nuevos permisos de exportación, medida tomada con el objetivo de evitar un flujo muy importante de animales para Turquía, país que mantuvo bajos aranceles para la importación de animales y muy altos para la carne vacuna. Sumando los animales exportados para reproducción (mayoritariamente vaquillonas de razas lecheras embarcadas a China) totalizan 86.833 vacunos, una contracción anual de 59%.
El 100% de los vacunos destinados a faena y engorde se destinaron al mercado de Turquía, hacia donde se concretarán dos nuevos embarques este mes. Luego, esta corriente comercial quedará cerrada, ya que Turquía anunció la semana pasada —como se informó en FAXCARNE— que está cerrando el ingreso de animales en pie con el objetivo de hacer un recuento de sus existencias.
En el mercado se duda sobre una pronta reanudación de esta corriente comercial y los operadores de la exportación en pie observan las posibilidades de colocación en otros destinos. Por el momento los precios en Uruguay son superiores a los de competidores como Brasil, que coloca vacunos en pie de forma fluida principalmente en Venezuela y Líbano. También se analizan posibilidades en otros mercados de Medio Oriente y África, caso de Jordania, Túnez y Gambia
FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

URUGUAY - En enero habrá tres exportaciones de ganado en pie

Vacunos
En enero habrá tres exportaciones de ganado en pie
09 de enero de 2013Vacunos
Isabelino González Camejo* - Sodre – En el transcurso del mes de enero se concretarán 3 exportaciones de ganado en pie, adelantó a Informe Nacional el encargado de la División de Sanidad Animal del Ministerio de Ganadería.
El Dr. Fernando Etchegaray dijo que actualmente se están completando los trámites burocráticos para habilitar un envío de hasta 80 mil lanares con destino a Arabia Saudita.
Además ya están autorizados por el Ministerio de Ganadería otros 2 embarques, en este caso compuesto por vacunos que serán exportados a Turquía.
Al mismo tiempo el jerarca aseguró a Informe Nacional que hasta el momento el gobierno turco no le ha informado a su par uruguayo que se hayan interrumpido las importaciones de ganado en pie futuras.
A ésta hora mientras tanto, se están finalizando los trámites correspondientes para firmar la habilitación de una nueva exportación de lanares en pie con destino a Arabia Saudita, dijo a Informe Nacional el Dr. Fernando Etchegaray, encargado de la División de Sanidad Animal del Ministerio de Ganadería.
Trascendió que la solicitud de ésta exportación fue realizada por la empresa Gladenur, luego de que concretara un negocio por ovinos adultos con Arabia Saudita, que es un mercado tradicional para esta especie y que en el pasado se había destacado como un fuerte consumidor de nuestros lanares.
Mientras tanto el próximo jueves se realizará la primera exportación de ganado en pie con destino a Turquía que se efectúa éste año y que fuera habilitada en el transcurso del anterior.
Además, en la segunda quincena de enero -antes de que se inicie en febrero el periodo de vacunación contra la fiebre aftosa en el Uruguay- se concretará otra exportación de ganado en pie con igual destino y similares características, dijo el Dr. Fernando Etchegaray.
Recordemos que el pasado 28 de diciembre el presidente de Escoltix SA, Rodrigo González Almeida, anunció a Informe Nacional que los empresarios turcos le comunicaron que su país había cortado la emisión de permisos para habilitar nuevas importaciones de ganado en pie.
Inmediatamente el presidente de Escoltix SA se lo trasmitió a las autoridades del Ministerio de Ganadería, quienes -según el empresario Rodrigo González Almeida- le respondieron que hasta el momento no han recibido ninguna notificación oficial en tal sentido.
Ésta supuesta medida turca -que fue denunciada por los empresarios y que desconoce formalmente el gobierno uruguayo- no afecta el embarque de 14.500 vacunos que realizará a partir del jueves próximo la firma Escoltix SA., y tampoco al segundo envío que está previsto, porque ya cuentan ambos negocios con todas las autorizaciones correspondientes.
(*) Los informes del periodista Isabelino González pueden escucharse en Informe Nacional de las emisoras del Sodre o en la red de repetidoras del Interior.
(Foto de La Prensa).
FONTE: TODO EL CAMPO

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

ANGUS, a polêmica do sêmen importado e alguns pontos nos “is”


Por Fernando Furtado Velloso
Med. Vet., Inspetor Técnico da ABA e Diretor da Assessoria Agropecuária FFVelloso & Dimas Rocha
Em função de recente notícia publicada no Jornal Correio do Povo em (31/12/2012), intitulada de “ABA quer controle sobre sêmen˝, foi retomada a discussão sobre o uso massivo de produto importado no mercado brasileiro. Na referida nota, o material importado foi qualificado como “restolho˝ e aqueceu os ânimos das empresas e criadores envolvidos no setor. Provocações e folclores a parte, vou tentar neste texto apresentar alguns dados e considerações que podem contribuir com esta discussão importante e necessária. Vou tentar por alguns pontos nos “is˝.
A raça Angus tornou-se nos últimos 15 anos como a principal vendedora de sêmen entre as raças europeias e chegou a patamares inimagináveis para muitos. Em 2000, o Angus vendeu 1 milhão de doses no Brasil em um mercado de menos de 4 milhões de doses, ou seja mais de 25% de market share.
Em 2011, a marca superou os 2,3 milhões de doses em um total de aproximadamente 7 milhões de doses, ou seja, mais 30% de todo o bolo. Nestes últimos 10 anos o mercado de IA cresceu muito e a importância da raça acompanhou este comportamento.
Para 2012, a expectativa é de mais de 3 milhões de doses para o Angus e esta informação indica mais um ano de grande crescimento e de maior participação no mercado.
Atribui-se estes resultados positivos para a raça uma combinação de fatores: intensificação da pecuária através de programas de cruzamento, demanda por animais cruzados pelos confinamentos, remuneração diferenciada de animais Cruza Angus pelos frigoríficos, forte demanda por carne de qualidade no mercado doméstico, crescimento do Programa Carne Angus Certificada e dos diferentes programas e marcas de carne, etc.
Gráfico 1: Evolução da Inseminação Artificial no Brasil (cedido pela ABS Pecplan)
Gráfico 2: Venda de sêmen Angus no Brasil. Nacional x Importado (cedido pela ABS Pecplan)
Este cenário é muito bom para a pecuária brasileira e deveria animar muito os criadores de Angus no Brasil, porém a situação tem gerado desgaste e até polêmica entre os produtores de genética, pois o sêmen vendido na maioria é estrangeiro e não contribui para o PIB do Angus brasileiro. De acordo com a ASBIA, 69,4% do sêmen de Angus vendido no Brasil em 2011 é importado e 30,6% nacional.
Na fatia de produto importado o principal fornecedor é os Estados Unidos e é fácil compreender por que:
a) as principais empresas de inseminação no Brasil são americanas ou tem unidades neste país (ABS, ALTA, CRI, Select Sires, etc);
b) o Estados Unidos é o principal país na produção de genética Angus no mundo, tendo o maior volume de animais e a tecnologia mais desenvolvida em programas de seleção, etc. A avaliação genética americana é poderosa e volumosa em dados e esta condição traz argumentos técnicos e comerciais que favorecem a venda. Mesmo touros jovens e de baixa acurácia são vendidos em nosso mercado, mas com a justificativa e respaldo da solidez do programa de seleção.
Naturalmente o produtor brasileiro de genética Angus está desconfortável com esta condição, mas vivemos uma situação contraditória, pois os próprios criadores de gado puro usam preferencialmente sêmen importado. No Sumário de Touros Angus 2012 (PROMEBO) estão 746 reprodutores listados e somente 219 são nacionais, ou seja, somente 29,3%. Sendo assim, no gado puro é usado o mesmo % de genética importada que no gado comercial (cruzamento). Curioso: reclamamos que pouco se vende genética nacional, mas nem nós mesmos usamos com confiança o nosso produto.
Na condição de Técnico e entusiasta da raça, sou um defensor da genética nacional e trabalho para a mudança deste cenário, pois entendo necessário maior equilíbrio entre a participação de produto importado e nacional. Tenho esta posição não por motivos ideológicos, paixões ou interesses próprios, mas por acreditar embasado em informações técnicas que a genética produzida aqui tem diferenciais em relação à importada.
Para justificar minha posição com dados técnicos apresento os Touros Líderes no Sumário 2012. Nestes grupos estão os 20 melhores touros para diferentes características no Brasil e encontramos o seguinte:
  1. 30% dos Touros Líderes para Índice Final são nacionais;
  2. 60% dos Touros Líderes para Índice Desmame são nacionais;
  3. 35% dos Touros Líderes para Índice Carcaça são nacionais;
  4. 75% dos Touros Líderes para Pelame na Desmama são nacionais;
  5. 70% dos Touros Líderes para Índice Carrapato são nacionais;
Estas informações são muito animadoras, pois apesar da baixa participação dos touros brasileiros em nosso sumário (menos de 30%), temos um rankeamento muito positivo destes pais e com destaque para características de adaptação (pelo e carrapato) que são muito relevantes em nosso país e para os usuários de genética Angus no Brasil, seja em base taurina ou zebuína.
Outro argumento tecnicamente sustentável é que a nossa seleção ocorre em condições de ambiente e produção similares ou próximas as do nosso usuário. É inegável a Interação Genótipo Ambiente, e de forma simplificada pode-se dizer é que o desempenho de animais pode mudar grandemente quando estes são selecionados em um ambiente e usados (ou multiplicados) em outro. Esta situação é comprovada por touros que mudam significativamente de posição (ranking) entre o sumário do país de origem e sua posição no sumário brasileiro. Desta forma, para os rebanhos brasileiros a lógica indica que a melhor genética é a selecionada aqui, desde que dentro de critérios técnicos e com técnicas objetivas de melhoramento animal.
Não creio que impor restrições artificiais à importação de sêmen seja uma alternativa saudável, pois o mercado é o melhor regulador disponível. Haja vista os recentes maus exemplos da Argentina com a exportação de carne e o desmonte da pecuária daquele país.
Os critérios usados pelo MAPA para liberar a importação de material genético são simples, mas objetivam que somente ingressem animais com genética positiva, ou seja, superior à média do país de origem.
No caso do Brasil, temos diversos reprodutores em centrais que atendem a este quesito, outros oriundos de exposições e outros nem testados do ponto de vista da performance. Logo, não podemos afirmar que o material importado é na média inferior ao nacional.
A discussão deste tema (genética importada ou nacional) traz reflexões importantes e é devida a preocupação com a genética que utilizamos. Temos pela frente desafios e respostas que nos cobram os produtores: informação do desempenho da genética Angus em cruzamento, touros com melhores resultados em IATF, touros que atendam as exigência da nossa indústria frigorífica.
Enfim, temos um imenso mercado nos aguardando e aquele que for mais competente em ofertar o melhor produto ocupará mais espaço, seja com material importado ou nacional.

Principais indicadores do mercado do boi – 08-01-2013


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve desvalorização de 0,03%, nessa segunda-feira (7) sendo cotado a R$97,88/@. O indicador a prazo foi cotado em R$98,62.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro registrou desvalorização de 0,36%, cotado a R$718,39 cabeça nessa segunda-feira (7). A margem bruta na reposição foi de R$896,63 e teve valorização de 0,24%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na segunda-feira (7), o dólar foi cotado em R$2,03 com desvalorização de 0,55%. O boi gordo em dólares registrou valorização de 0,53% sendo cotado a US$48,20. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 07/01/13
O contrato futuro do boi gordo para Fev/13 teve desvalorização de R$0,02 foi negociado a R$95,50.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para fev/13
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.
No atacado da carne bovina, o equivalente físico registrou valorização de 0,59%, fechado a R$99,89. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de -R$2,01 e sua variação teve baixa de R$0,62 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
FONTE: BEEFPOINT

O mercado do boi gordo trabalha em ambiente firme


Após uma semana de poucos negócios, os frigoríficos sentem dificuldade para completar as escalas de abate. Isto sustenta a arroba do boi gordo em boa parte das praças do país.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, nesta segunda-feira (7/1), em São Paulo eram poucas as indústrias fora das compras, o que confirmava a necessidade de compra de matéria prima.

A referência para o animal terminado no estado fechou em R$97,00/@, à vista, R$98,00/@, a prazo.

As programações de abate atendem, em média, entre três e quatro dias úteis.

Em Goiás, a oferta enxuta de boiadas fez com que os frigoríficos subissem seus preços de balcão. Nos últimos oito dias, as arrobas em Goiânia e no sul do estado subiram 3,4% e 2,2%, respectivamente.

No mercado atacadista de carne com osso, as cotações ficaram estáveis.

Os estoques reduzidos de carne nas indústrias mantêm os preços em patamares altos, porém, parte dos vendedores sentiu uma diminuição no ritmo das vendas no final da última semana.

Pecuária em 2012: recuperação do rebanho e preços ainda altos;quadro deve se manter positivo em 2013



O ano de 2012 foi um ano de estabilidade para a pecuária brasileira, apresentando uma ligeira recuperação do rebanho do país e preços da arroba do boi gordo em patamares levemente inferiores aos registrados em 2011, mas ainda assim elevados. 

“No ano passado, a arroba do boi gordo foi comercializada a preços historicamente altos, já que era uma fase de restituição de rebanho”, lembrou a gerente técnica da Informa Economics FNP, Nadia Alcantara. 

Segundo pesquisa da FNP, em 2011, a arroba do boi gordo foi negociada, em média, a R$ 100,41 no estado de São Paulo, enquanto a da vaca gorda, a R$ 92,80. Neste ano, esses valores deverão fechar em torno de  R$ 95,50 e R$ 87,50, respectivamente – desvalorizações da ordem de 5%.

Apesar das quedas em São Paulo e em outras praças tradicionais, como Mato Grosso do Sul e Paraná, Nadia observou aumento dos preços pagos ao produtor em algumas localidades. “A estratégia das indústrias foi comprar boi mais longe, mostrando uma reestruturação geográfica da pecuária nacional”, declarou a gerente da FNP.

Em 2012, 21,82 milhões de bovinos foram abatidos nos frigoríficos brasileiros até o momento. A FNP acredita que o ano se encerre com aproximadamente 23 milhões de abates, o que representaria crescimento de 5% em relação a 2011, quando eles totalizaram 21,84 milhões.

Em relação ao consumo, houve desaceleração no primeiro semestre deste ano, mas no segundo o quadro se inverteu. “A carne bovina voltou a ser procurada, pois as concorrentes – suína e de frango – encareceram, devido à alta dos custos de produção, especialmente do milho e do farelo de soja”, explicou Nadia.

Exportações: receita recorde em 2012

As exportações brasileiras de carne bovina também tiveram um bom desempenho em 2012 e somaram até novembro 1,36 milhão de toneladas em equivalente-carcaça, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Mesmo sem contabilizar os embarques de dezembro, o volume já superou o registrado no ano passado (1,32 milhão de toneladas em equivalente-carcaça).

Com 156,3 mil toneladas em equivalente-carcaça exportadas, o volume mensal vendido em outubro foi o segundo maior da história, atrás apenas de julho de 2010, quando o Brasil embarcou 157,2 mil toneladas em equivalente-carcaça.

De acordo com o levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportações brasileiras de carne bovina neste ano atingiram receita recorde neste ano. No acumulado de 2012 até a segunda semana de dezembro, os embarques totalizaram US$ 5,5 bilhões e ultrapassaram o obtido em 2008 (US$ 5,4 bilhões), informou a Abiec. Até novembro, a receita foi de US$ 4,9 bilhões.

Perspectivas para 2013: cenário favorável

Para 2013, a expectativa é de que as cotações médias se sustentem, pois, mesmo com um ligeiro incremento da oferta de animais para abate, é projetado aumento do consumo per capita no Brasil. A gerente da FNP projeta a arroba do boi gordo a R$ 96,00 em São Paulo e a da vaca gorda a R$ 87,20 na mesma praça.



Projeções dos preços da arroba do boi gordo para 2013

Fonte: Consultoria Estratégica de Longo Prazo (Celp), Informa Economics FNP

“Os preços devem iniciar janeiro com tendência de baixa, ao acompanhar o período de safra do boi gordo”, projetou Nadia. “A recuperação das cotações deve ocorrer entre junho e julho de 2013, quando a oferta voltará a ficar mais restrita”, completou.

Além disso, no próximo ano, o processo de substituição de áreas de pastagens por atividades agrícolas poderá se acentuar. “Em termos de rentabilidade, a pecuária perde para commodities de ciclo curto, como a soja, e mesmo para outras de ciclo médio, como a cana-de-açúcar”, observou Nadia. 

A especialista afirmou que essa troca influencia a própria recuperação dos efetivos de rebanho, o que também deverá limitar volumes maiores de animais disponíveis para abate e contribuir para a sustentação dos preços ao produtor. 

Outro fator que poderá auxiliar na estabilidade das cotações é a manutenção do dólar valorizado frente ao real. “Assim, o produto brasileiro seguirá competitivo no mercado internacional e ajudará a aumentar a demanda pela matéria-prima, isto é, o boi gordo”, apontou Nadia.

No entanto, a gerente da FNP ponderou que os embarques de carne bovina podem ser atrapalhados no curto prazo por episódios como o da descoberta do príon, agente patogênico da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca” –, em uma fêmea no Paraná, em 2010.

“Até então, os mercados que haviam imposto barreiras representam um volume baixo do total exportado pelo Brasil. Porém, a notícia de que a Arábia Saudita também restringirá o produto preocupa, pois pode ‘contaminar’ outros importadores.”

Até o momento, além de Arábia Saudita, Taiwan, China, Japão, África do Sul, Coreia do Sul e Egito embargaram a carne bovina brasileira devido ao caso do príon. 

Mesmo assim, segundo Nadia, no médio e longo prazos, essas barreiras não tendem a se sustentar, visto que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em francês) não alterou o status do país, que é de risco “insignificante” para EEB, o que deverá implicar em manutenção de altos volumes de exportação para o próximo ano.

A entrada forte da Índia no mercado internacional de carnes em 2013 também pode se configurar como um novo competidor para o Brasil. “Mas deve impactar principalmente em países que compram proteínas de menor valor agregado”, concluiu a gerente técnica da Informa Economics FNP.
Fonte: Informa Economics FNP

URUGUAY - Firmeza en todas las categorías de vacunos para faena


La Asociación de Consignatarios de Ganado (ACG) volvió a subir los precios de referencia de las distintas categorías de vacunos para faena. En su comentario de mercado del reporte divulgado en la noche de ayer expresó que “continúa la firmeza en todas las categorías”. El valor medio de referencia para las operaciones de novillos de razas carniceras la semana pasada fue establecido en US$ 3,78 el kilo carcasa, 5 centavos por encima de la semana anterior. En el caso de las vacas la suba también fue de 5 centavos, a US$ 3,56, en tanto que las vaquillonas fueron subidas en 6 centavos, a US$ 3,66 el kilo carcasa.
Los precios de referencia de los corderos también mejoraron. La ACG estableció una media de US$ 3,10 para los animales de esta categoría, aunque en el comentario indica que el mercado está fluido con la excepción de “las carcasas más pesadas”. Agrega que el cordero mamón se paga a US$ 3,18.
La mayoría de las categorías de reposición también tuvo subas notorias en esta primera semana de 2013. El caso más expresivo fue el de las piezas de cría, cuyo promedio pasó de US$ 391 por cabeza a US$ 413, una mejora de US$ 22. Las vaquillonas subieron 8 centavos las de menos de 240 kilos, a US$ 1,86, y 6 centavos las más pesadas, a US$ 1,78.
Para ver las planillas completas de la ACG haga click aquí.
FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

URUGUAY - La faena de novillitos fue la más alta de la historia



Durante el año 2012 se faenaron en Uruguay 2.078.783 vacunos, 3,4% más que en el año anterior, de acuerdo a datos divulgados por el Instituto Nacional de Carnes. El crecimiento se da tanto en la actividad con novillos como con vacas, pero la principal explicación es la mayor faena de novillos de hasta 4 dientes, fundamentalmente de novillitos de sobreaño.
La faena incluyó 1.078.996 novillos (51,9% del total) y 959.194 vacas (46,1%), además de 10.518 terneros y 30.075 toros. En la comparación anual la actividad con novillos creció 4,1% (43 mil reses) en tanto que la de vacas lo hizo 2,6% (24 mil).
Desde 2009 la faena de novillos se ha mantenido mayormente estable en el eje de los 1,05 millones anuales. El año pasado el ritmo de actividad con novillos se logró mantener gracias a un considerable aumento de la faena de novillitos y novillos de hasta 4 dientes, principalmente los primeros. Esto permitió “enmascarar” el efecto de la “generación de la seca”, los terneros nacidos en 2009, cuyo número se vio significativamente afectado por la sequía 2008/09. Aunque creció la faena de todas las categorías de novillos informadas por el INAC, las dos mencionadas explican 91% del crecimiento. La faena de novillitos ascendió a 67.839, sin antecedentes en el país al menos desde 2001, cuando el INAC comenzó a llevar las estadísticas de faena de novillos por categoría. Seguramente la muy elevada producción de sorgo en el pasado verano contribuyó a acelerar el engorde de animales más jóvenes.
Aunque no dejan de ser una proporción pequeña dentro del total de novillos faenados, hasta 2004 eran 2% del total y el año pasado fueron 6% de los novillos faenados.
En el mes de diciembre se faenaron 192.237 vacunos, 11.240 menos que en el mismo mes de 2011. Pero hay que tener en cuenta que en aquel año el feriado de Navidad fue un domingo, en tanto que en el pasado fue un martes, afectando la actividad de toda la semana.
Por su parte, se faenaron 1.127.799 ovinos, 2,4% menos (27,7 miles) que durante 2011. Del total, 777.787 eran corderos (69%), 174.724 ovejas (15,5%), 119.739 capones, 51.671 borregos y 3.878 carneros. La caída se explica por una fuerte merma en la actividad con animales de categorías adultas (fundamentalmente ovejas), en tanto aumentó la de corderos.
FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

domingo, 6 de janeiro de 2013

Mendes Ribeiro afirma que embargo à carne bovina brasileira é movido por interesses omitidos


Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento destaca que a postura de defesa sanitária brasileira manteve seu reconhecimento internacional


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, afirmou nesta sexta, dia 4, em entrevista exclusiva ao Grupo RBS, que o embargo à carne bovina brasileira, realizado por 10 países, é consequência de interesses omitidos.

– Não existe vaca louca no Brasil. Existem alguns interesses que nós sabemos como são omitidos, e existe uma postura brasileira que mostrou para o país inteiro a seriedade da nossa defesa. Nossos patamares estão mantidos, nosso reconhecimento internacional também está mantido, e o Brasil vai fazer valer seus direitos – alegou

De volta ao trabalho depois do recesso de fim de ano, o ministro abordou assuntos como a expectativa de supersafra de grãos em 2013, medidas relacionadas ao armazenamento, como a construção de novos armazéns nas regiões Sul e Centro-Oeste, a posse do novo secretário de Política Agrícola, Neri Gellere prioridades do governo para o próximo ano.

O senhor está com um trabalho forte de intensificar a vigilância sanitária. As ações começaram no Rio Grande do Sul e vão se estender para outros Estados?

A defesa precisa ser feita e esse trabalho em consonância com os Estados. O Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) é a participação dos municípios que pode ocorrer por meio dos consórcios, como no Rio Grande do Sul. E já começamos a desenvolver o assunto em São Paulo, também em Mato Grosso e vamos avançar para Santa Catarina e Paraná, a fim de que possamos ter já no primeiro semestre um retrato do Brasil bem identificado por aquele que produz. O Plano Pecuário Nacional, isto é produção. E tratando do plano, tratamos de defesa e iremos mostrar a seriedade com que este trabalho está sendo feito no Brasil por determinação da presidente Dilma.

A União está disponibilizando recursos para o governo estadual intensificar a fiscalização?Os governos estaduais estão colocando sua parte de recursos para mostrar que é um assunto que interessa tanto ao município quanto ao Estado e à União.

Com a perspectiva de que o Brasil colha neste ano mais uma supersafra, que tipo de preocupação o governo federal está tendo para amparar o produtor? E em relação à armazenagem?É preciso estender a mão para o produtor, e o armazenamento é um detalhe que preocupa a todos. É um gargalo da nossa agricultura e nós já nos preparamos para que este ano tenhamos ações concretas, objetivas, para facilitar a armazenagem do produto que tem sido tão bem trabalhado pelo nosso agricultor.

Vão ser construídos novos armazéns em regiões que são novos celeiros ou que estão precisando de espaço para estocagem?
Já está definido pela Conab, por toda uma estrutura administrativa que o ministério montou, pontos onde precisaremos de armazenagem. No caso do Centro-Oeste, da Região Sul e, assim, de forma gradual, onde houver necessidade.

Confira a entrevista completa ao Rural Notícias


FONTE: RURAL BR

Malabarismo contábil do governo leva Caixa a virar sócia até de frigorífico


Para ajudar nas manobras fiscais do governo, a Caixa Econômica Federal se tornou sócia de frigorífico, fabricante...

Para ajudar nas manobras fiscais do governo, a Caixa Econômica Federal se tornou sócia de frigorífico, fabricante de autopeças, de bens de capital, processador de minério, entre outras empresas privadas. As operações foram feitas para sustentar parte da operação montada pelo governo federal para arrumar dinheiro para cumprir a meta fiscal, das contas públicas, de 2012.
O aumento de capital da Caixa autorizado pelo governo no fim de 2012, de R$ 5,4 bilhões, foi bancado em parte com ações que o BNDESPar - braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - detinha em algumas empresas e repassou para o Tesouro. O restante foi financiado pela União com transferência de ações da Petrobrás.
A Caixa se recusou a informar o montante da capitalização que foi bancado por ações de companhias privadas e quais foram as empresas envolvidas. O uso das ações no processo de capitalização do banco só veio a público porque JBS (frigorífico), Romi (bens de capital), Mangels (autopeças) e Paranapanema (processamento de cobre), que têm ações negociadas na bolsa, comunicaram ao mercado sobre a saída do BNDESPar e entrada da Caixa na composição acionária.
Só nessas quatro empresas foram R$ 2 bilhões em participação acionária para a Caixa, mas o valor pode ser maior. O BNDESPar informou que repassou a União ações em 10 companhias diferentes. Além das quatro já mencionadas, estão Petrobrás (petróleo), Eletrobrás (energia), Vale (minério ), Cesp (energia), Metalfrio (refrigeradores) e Vulcabrás (calçados).
O valor das ações repassadas pelo BNDESPar a União chega a quase R$ 6 bilhões - suficiente, para bancar com sobra o aumento de capital feito na Caixa. A Petrobrás responde por mais da metade (R$ 3,15 bilhões), seguida por JBS (R$ 1,79 bilhão) e Vale (R$ 446,9 milhões).
A Caixa informou apenas, por meio de nota, que "não realizou de forma ativa nenhum investimento em participações acionárias". O movimento de ações acima de um determinado limite força as companhias a divulgar a operação como um todo para o mercado financeiro. Se a Caixa ficou com ações de outras empresas abaixo desse limite, não é obrigada a informar.
As ações repassadas à União para ajudar nas manobras fiscais correspondem a 8,7% das ações disponíveis para a venda que a BNDESPar dispunha para a venda em setembro (último balanço divulgado). A assessoria de imprensa do BNDES disse que a operação total gerou lucro, mas não informou quanto. A venda das ações do JBS, por exemplo, deu prejuízo de R$ 300 milhões, pois o BNDES comprou os papéis a R$ 7 em maio de 2011 e entregou a R$ 6 para a União.
Meta. A elevação de capital da Caixa compensou o repasse de dividendos - R$ 4,7 bilhões - que o banco fez para o Tesouro para garantir recursos para a meta fiscal de 2012. No ano passado, a Caixa repassou R$ 7,7 bilhões em dividendos. Até setembro, o banco lucrou R$ 4,1 bilhões.
Com a queda na arrecadação, o governo teve sérias dificuldades para economizar R$ 139,8 bilhões para o pagamento de juros da dívida. Por isso, fez uma conjunto de operações para gerar uma "receita extra". Ao todo, injetou R$ 19,4 bilhões no cofre. O maior montante - R$ 12,4 bilhões - veio do Fundo Soberano do Brasil. O BNDES antecipou R$ 2,3 bilhões em dividendos e a Caixa outros R$ 4,7 bilhões.

FONTE: ESTADÃO

Exportação de carne bovina encerra 2012 com recorde

A exportação de carne bovina encerrou 2012 batendo recorde de receita. Foram US$ 5,7 bilhões, 8,5% a mais do que em 2011. O volume exportado também cresceu 15%. fonte: Canal Rural