sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Boi deve seguir com preço alto e abate de fêmea avança

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Exploração da carne de matrizes vinha caindo desde 2007, mas subiu no ano passado, o que pode se relacionar ao começo de um novo ciclo de cotações do setor - São Paulo

O valor do boi gordo deve se manter elevado durante todo este ano. A previsão é de que os preços sigam a linha de 2011, quanto atingiram um patamar superior ao dos últimos anos.

A disponibilidade dos animais no pasto está maior, segundo um consultor, mas a demanda “patina”. Além disso, uma alta averiguada no abate de matrizes pode indicar o início de uma reversão no ciclo de alta do mercado, a partir de 2013.

“A demanda caiu em janeiro, sem surpresas. Mas continuou em queda em fevereiro, quando deveria se normalizar”, disse o zootecnista da Scot Consultoria, Alex Lopes da Silva. Segundo ele, os frigoríficos estão tendo dificuldades de repassar os custos de produção ao consumidor.

Quanto à oferta, “veio aumentando desde 2007. Cresceu, e as importações ficaram mais robustas”, analisou o especialista. “Mas ainda é difícil falar em excesso, é precoce”. O descompasso poderia fazer os preços despencarem, mas, “com os preços atuais, a atividade pecuária tem tido uma rentabilidade relativamente boa”, afirmou o pesquisador do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea), Sergio De Zen. Tanto que “o consumidor está reticente em relação aos preços da carne”. Nesta semana, a arroba está cotada em torno de R$96, preço menor do que a média de 2011, mas superior às cotações mais antigas - do primeiro semestre de 2010 para trás. Para Alex, da Scot, preço e demanda estão "patinando".

“A primeira atitude do pecuarista quando o preço do boi gordo começa a patinar é botar a vaca no gancho”, afirmou. O abate de fêmeas, que vinha diminuindo cerca de 2,5% ao ano desde 2007, teve uma elevação - considerada “pontual” pelo analista - entre janeiro e setembro de 2011.

No período, foram abatidos 7,4 milhões de vacas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - alta de 12% sobre os 6,6 milhões registrados no mesmo período de 2010. Já o abate de machos, na contramão, recuou 10%: de 12,3 milhões para 11,2 milhões. O peso médio das carcaças, considerando machos e fêmeas, atingiu 17,83 e 12,98 arrobas, respectivamente.

“É prematuro afirmar, mas o aumento pontual no abate de fêmeas pode indicar o início de uma virada de ciclo”, observou Alex. Entende-se que o mercado de carne bovina se comporta em ciclos de alguns anos de duração, alternando fases de preços altos e fases de preços baixos.

Durante os ciclos de baixa, os descartes de matrizes aumentam para alavancar o caixa da produção. Nos de baixa, mantêm-se a um nível reduzido (geralmente, nesses períodos, abatem-se somente as vacas velhas, ou “vazias”, no jargão específico).

“Possivelmente, entraremos em um novo ciclo no início de 2013”, disse o analista da Scot. Para De Zen, “o produtor pode estar vendo um preço razoável na carne de vaca e optando por engordá-la para o abate”.

Fonte: DCI. Agronegócios. Por Bruno Cirilloae. 

Veterinários brasileiros conhecem sistema de identificação e de registro animal da Bélgica


Reunião com representantes do governo belga / Fotógrafo: Divulgação
Reunião com representantes do governo belga

A delegação brasileira que se encontra na Europa desde o início desta semana, formada por veterinários da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio e da Delegacia Regional do Ministério da Agricultura, conheceu, em Bruxelas, o sistema de identificação e registro de animais adotado na Bélgica, considerado um dos melhores da União Européia.
A delegação brasileira é composta pela coordenadora técnica da Câmara Setorial da Carne, Anna Suñé, pelo coordenador do Serviço de Doenças Vesiculares da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff e pelo representante do Departamento de Defesa Agropecuária, André Mendes Ribeiro Correa, bem como pelo representante do Ministério da Agricultura, Roberto Schroeder. O grupo conta com o apoio do adido agrícola da Embaixada Brasileira em Bruxelas, Odilson Silva.
A missão, que também visitou a Irlanda, tem como objetivo promover a troca de experiências na área de sanidade animal. O grupo já participou de reuniões com membros do Serviço Veterinário Oficial da União Européia, em Dublin e em Bruxelas, segmento do Departamento Geral de Saúde e Consumidor (Sanco).
Nos dois últimos dias (16 e 17), foram recebidos pela Agencia Federal de Segurança da Cadeia Alimentar do governo da Bélgica. No encontro foi apresentado o sistema de identificação e registro animal de bovinos adotado naquele País, considerado um dos melhores da União Européia, implantando a um custo de dois milhões de euros.
O responsável pela integração de Business Information, Jean-Marie Robijns, mostrou como funciona a base de dados belga que faz interface do cadastro das propriedades rurais com a identificação animal, programas sanitários, dados relacionados ao abate, exames laboratoriais, movimentação animal e importação. O sistema prove a comunicação com o sistema TRACES da União Européia e, de forma simples e funcional, pode ser acessado e alimentado com as informações relevantes por todos os envolvidos da cadeia produtiva.
Portanto, produtores, frigoríficos, veterinários privados, associações de raça e veterinários oficiais acessam em diferentes níveis de permissão e contribuem em rede para o abastecimento do sistema com capilaridade.
"Todos os processos que envolvem programas sanitários e segurança alimentar, prioridade máxima na União Européia, partem de uma analise de risco e para isso é fundamental o acesso às informações e a capacidade de fluxo das mesmas conferidas por um sistema integrado" segundo Robijns.
Para a melhoria do sistema informatizado de defesa sanitária do Rio Grande do Sul (SDA), bem como da harmonização do mesmo com a plataforma de gestão agropecuária (PGA), do Ministério da Agricultura, foi proposta uma cooperação técnica com a agência federal do governo belga. “Com a experiência e eficiência operacional desta base de dados, poderemos implementar, de forma ágil, a nossa integração com a base de dados única nacional”, destacou a Coordenadora da Câmara Setorial da Carne.
"Por indicação do adido em Bruxelas, Odilson Silva, encaminharemos solicitação ao secretário de Relações Internacionais, Célio Porto, para formalizar este termo de cooperação com o governo belga", acrescentou Anna Suñé.
No período da tarde de quinta-feira, a agenda foi cumprida no serviço de saúde animal da região de Flandres, que demonstrou na prática a inserção de informações de nascimentos de animais, movimentação e impressão de passaportes. O roteiro foi concluído com visita a uma propriedade rural de engorda e terminação, com um rebanho de 400 animais, onde foi realizada a inspeção de animais e demonstração prática, em tempo real, realizada pelo produtor, na comunicação de nascimentos ao sistema, movimentação de amimais e acompanhamento de informações relativas a animais abatidos no dia anterior.


Assessoria de Comunicação Social
imprensa@agricultura.rs.gov.br

Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Consultora de Mercado sobre o mercado do Boi Gordo

Boi Gordo: carnaval aquece pouco o consumo no varejo e mercado físico termina a semana sem grandes negociações. Frigoríficos alongam escalas em função do feriado, mas pecuarista aproveita para reter animais engordando no pasto. Carne de frango reage frente a bovina.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Impostos na venda, compra e permuta de fazendas agropecuárias


Artigo de Cilotér Borges Iribarrem e Ênio Borges Paiva
Produtores rurais brasileiros, nós da Safras & Cifras, queremos ajudá-los a diminuírem o custo dos impostos que incidirão nos seus negócios, assim como alertá-los sobre alguns cuidados que deverão ser tomados, nos pagamentos ou recebimentos da negociação.
Três são os impostos que poderão incidir numa negociação de Fazendas Agropecuárias:
  • Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI);
  • Imposto de Renda, Ganho de Capital (Lucro Imobiliário);
  • Imposto de Renda, sobre a renda do Comprador do imóvel, para que o mesmo possa ter origem fiscal para adquirir o bem.
Muitas negociações de Compras de terras são feitas das seguintes formas:
  • Acerto dos valores e condições da negociação através de um contrato;
  • Pagamento anual em produto por parte do Comprador;
  • Escritura definitiva, ao final do pagamento;
Cuidados tributáveis, que deverão ter Compradores e Vendedores na negociação:
  • Que o comprador da terra, tenha receita com origem fiscal tributada na sua Declaração de Imposto de Renda, que permita adquirir o bem, de acordo com o valor que o mesmo será escriturado ou pago;
  • Que o vendedor da terra, antes de finalizar a negociação, tenha um estudo tributário, que permita mensurar o valor que terá que pagar de Imposto de Renda do Ganho de Capital (Lucro Imobiliário);
  • Que tanto Comprador como Vendedor da terra, não deixem para fazer a análise tributária, só no momento de fazer a escritura, pois os pagamentos já ocorreram ao longo do prazo de amortização do valor do bem adquirido e portanto a necessidade de pagamento de impostos também já deverá ter ocorrido.
  • Que o valor de pauta utilizado em muitas escrituras é um valor base de avaliação do município para cobrança do ITBI, mas nem sempre espelha a realidade dos valores transacionados.
Informações que a Secretária da Receita Federal possui para fiscalizar os contribuintes Compradores e Vendedores da terra:
  • Informações dos Cartórios, já que os mesmos são obrigados a informarem a Secretária da Receita Federal sobre as negociações realizadas;
  • Informações do movimento bancário dos Compradores e Vendedores da terra;
  • Informações das Prefeituras Municipais do valor fiscal atribuido a terra, para efeito de cobrança de ITBI.
Com o convênio existente atualmente entre a Secretária da Receita Federal e as Prefeituras Municipais para arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR), os valores das terras foram majoradas nos municípios, o que leva que o valor da terra a ser escriturada, não seja menor que o constante do banco de dados das Prefeituras.
  • Com a Nota Fiscal Eletrônica existente, mais o SPED Fiscal, o movimento financeiro da venda de produtos agropecuários e de compra de insumos é de pleno conhecimento da Secretária da Receita Federal.
Falta de orientação fiscal aos produtores rurais poderá levar que no momento em que for feito a Escritura Definitiva da Terra adquirida, Compradores e Vendedores, enfrentem a seguinte situação:
  • Comprador da terra não tem origem fiscal para o valor da aquisição da mesma;
  • Vendedor da terra, não pagou o Imposto sobre o Ganho de Capital existente, no momento adequado de fazê-lo, que seria na época dos recebimentos anuais.
Por desconhecimento tributário de alguns produtores rurais, poderá ter acontecido, do Comprador da terra tenha entregado ao Vendedor como forma de pagamento da mesma, produto agrícola, exemplo: soja, e sendo que esta será vendida na Inscrição do Vendedor.
A consequência, caso uma operação desta natureza tenha sido realizada, é que o Comprador no momento de fazer a escritura poderá não ter origem fiscal para adquirir aquela terra, pois grande parte de sua receita vai estar registrada na parte Vendedora, pois foi ela que comercializou o produto.
De outra parte, como o Vendedor da terra, poderá ter receita de um produto, que não teve nenhuma despesa para produzir, além de muitas vezes nem terra ter mais para fazer a produção.
Para complicar mais, a Nota Fiscal Eletrônica e o SPED Fiscal, farão que caso exista alguma operação de compra de terra na forma que acabamos de ver, esta não se sustentará mais perante a fiscalização.
A evolução tecnológica não ocorreu somente na parte referente a, máquinas e equipamentos agrícolas, sementes, fertilizantes, defensivos, etc, mas ela também foi implantada junto aos órgãos fiscalizadores, federais, estaduais e municipais.
Os três níveis da fiscalização de impostos, estão totalmente integrados eletronicamente, o que facilita identificar os possíveis erros existentes numa velocidade e precisão impressionante.
A consequência desta eficiência fiscalizadora é que a arrecadação de impostos vem crescendo anualmente.
Para ajudarmos os produtores rurais a resolverem as suas possíveis pendências tributárias, além de diminuir o impacto do custo dos impostos, já que eles são o custo mais alto na vida das pessoas e das empresas, será necessário adotar as seguintes providências, pois negociações de Compra, Venda e Permuta de terras não se resumirão em somente acertar valores e condições de pagamentos:
  • Conscientização dos produtores rurais, para a necessidade de terem uma concreta e sólida organização fiscal, assim como já tem na sua parte de produção;
  • Necessidade de assessoramento de técnicos capacitados, assim como já tem na parte de produção, com a finalidade de estruturar e planejar a área fiscal, do seu patrimônio e de seus negócios;
  • Não efetivar negócios que envolvam volumes financeiros altos e forma de pagamentos ou recebimentos longos, sem antes fazer um estudo do impacto fiscal e tributário sobre o mesmo.
Existem técnicas que permitem, se bem estruturadas e legalmente utilizadas em tempo hábil e orientado por profissionais que dominem as mesmas que permitem como resultado enormes benefícios aos produtores rurais, seja na sua tranquilidade, no atendimento seguro a possíveis fiscalizações, diminuição do valor do imposto a ser pago e concretização final da negociação com total sucesso.
Existem procedimentos e ferramentas que poderão ser utilizadas para que os benefícios anteriormente citados possam ser plenamente atendidos:
  • Assessoramento técnico de profissionais que conheçam a legislação fiscal e tributária para o setor rural;
  • Estruturação fiscal da vida da empresa e do negócio;
  • Estabelecimento de um sistema de exploração do negócio em Pessoa Jurídica e/ou Pessoa Física na propriedade;
  • Estruturação de uma empresa familiar, que permita estabelecer a relação, Família X Propriedade X Negócio.
Todos nós técnicos temos a obrigação de informarmos os produtores rurais, sobre como os mesmos deverão se prepararem para estarem permanentementes atualizados com relação a legislação fiscal, assim como já estão com a parte tecnológica de produção agropecuária, que tem feito com que o nosso país tenha um grande destaque no Agronegócio Mundial.
Quem faz o dia a dia das propriedades rurais brasileiras, são as famílias dos produtores rurais e seus colaboradores e portanto são para estas pessoas que devemos oferecer o nosso conhecimento, para que elas possam continuarem produzindo com tranquilidade e alimentando a população brasileira, além de manterem o superávit da nossa Balança Comercial.
Cilotér Borges Iribarrem e Ênio Borges Paiva são consultores da Safras & Cifras.

URUGUAY - Se vendieron 20 hembras Angus a US$ 5.868 de promedio en el remate Gala Angus

Este jueves en Punta del Este se concretó la 7ª edición del remate de los más selectos vientres de la raza

Otra exitosa edición del remate Gala Angus se concretó este jueves en el hotel Conrad de Punta del Este. Fue el 7º remate de vientres de elite, organizado por la Sociedad de Criadores de Aberdeen Angus del Uruguay, donde se comercializaron 20 hembras a US$ 5.868 de promedio.
La actividad se desarrolló con ventas a cargo del escritorio Zambrano & Cía y con la administración del banco Comercial. El precio más destacado de la jornada fue US$ 14.760 que se invirtió por el 50% de una vaquillona de pedigrí, elevando la cotización total del animal a US$ 29.520.
Los precios máximo, mínimo y promedio de cada categoría fueron: 50% de una vaquillona PI US$ 14.760; dos vacas US$ 5.400, US$ 4.200 y US$ 4.800; dos vacas con cría US$ 9.960, US$ 5.240 y US$ 8.100; cuatro vacas preñadas US$ 3.600 (precio único); nueve vaquillonas US$ 5.760, US$ 3.600 y US$ 4.493; y dos vaquillonas preñadas US$ 3.600 (precio único).
Además se comercializaron 14 vacas donantes de embriones a US$ 3.600, US$ 2.400 y US$ 3.052. Los negocios se realizaron en un plazo financiero de 180 días libres o 12 cuotas y quienes pagaron al contado obtuvieron un descuento de 5%.
La subasta tuvo un muy buen marco de público, que disfrutó de una excelente cena mientras se desarrollaban las ventas. Participaron los principales cabañeros de la raza.
FONTE: EL OBSERVDOR

URUGUAY - Mejores novillos llegan a US$ 3,70 por kilo

La actividad destinada a Hilton e Israel genera demanda pero por la sequía de enero hay poco ganado bien preparado

Los precios ganaderos sumaron una segunda semana de fuerte repunte. Desde caer brevemente  a US$ 3,50 en el peor momento de sequía ya llegan –en lotes especiales– a US$ 3,70. La presencia de cuadrillas osher hace que la industria se vea interesada en conseguir ganado pesado, pero por la escasez de lluvias en enero los ganados están atrasados y la oferta de ganados bien terminados es reducida.

En vacas los valores rondan los US$ 3,40 y las vaquillonas logran precios superiores a US$ 3,50.

Además de la faena kosher, la industria también está faenando para ir completando la cuota Hilton, que viene más avanzada en su cumplimiento que el año pasado. En este contexto, las entradas están muy cortas, de tres a cuatro días en general.

En la referencia de la Asociación de Consignatarios de Ganado, la suba de los novillos fue de cinco centavos en la semana pasada, de US$ 3,58 a US$ 3,63. En el caso de las vacas fue de siete centavos, de US$ 3,33 a US$ 3,40. Puede sumar otros cinco centavos esta semana.

Los precios de exportación para la carne bovina también repuntaron, pero siguen por debajo referencia clave de los US$ 4.000/ton. Para la semana finalizada el 4 de febrero –la última reportada por INAC– se situaron en US$ 3.906/ton, con un promedio para las últimas cuatro semanas de US$ 3.803/ton. El volumen exportado fue de 4.965 toneladas –el menor de 2012–. El promedio de exportación de las últimas cuatro semanas, es un 3,2% superior a la misma semana del 2011.

Los precios de exportación para la carne ovina bajaron y se ubicaron en US$ 3.587/ton, con un promedio de las últimas cuatro semanas de US$ 3.687/ton. El volumen exportado se mantiene en niveles bajos y fue de 234 toneladas.

El promedio de las últimas cuatro semanas del precio de exportación de la carne ovina se ubica un 19,2% por debajo con respecto a 2011.

La faena semanal de bovinos volvió a caer y para la finalizada el 11 de febrero descendió a 40.622 animales, una caída semanal del 6,12%, si bien fue un 7,7% superior a la misma semana de 2011.

Por primera vez en lo que va del año, la cantidad de novillos superó a la de vacas: 20.599 novillos y 19.097 vacas, siendo estas un 47%. Cabe señalar que el cambió en la composición de la faena se dio por una disminución en la cantidad de vacas faenadas y no por un aumento de la cantidad de novillos.

La faena semanal de ovinos también bajó, a 11.914 animales, mostrando un descenso semanal del 18,7% y siendo un 42% inferior a la misma semana de 2011. La actividad se mantiene liderada por Frigocerro con 4.291 animales, segundo San Jacinto con 2.779 y tercero Somicar con 1.657.

El titular del Servicio Nacional de Calidad y Salud Animal  de Paraguay (Senacsa), Félix Otazú, estimó que recién en un año el país podría estar en condiciones de pedir la restitución del estatus sanitario que había perdido en setiembre del año pasado con el primer brote de aftosa en San Pedro. Otazú añadió que están muy avanzadas las negociaciones con Argentina y Brasil para el ingreso de carne paraguaya.

Las negociaciones en Rusia trancurrieron con calma. Para mediados de marzo se espera un momento clave, ya que se abrirán las negociaciones para el cupo de 2012, explicó desde Moscú el vicepresidente de Frigorífico San Jacinto, Gastón Scayola, al programa Tiempo de Cambio.
FONTE: EL OBSERVADOR

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Confira a entrevista com Caio Junqueira - Cross Investimentos sobre o mercado do boi gordo

Boi Gordo: pressão continua no mercado. Maior oferta de fêmeas e praças vizinhas abastecendo indústrias paulistas colaboram para baixa da referência, diminuindo o diferencial entre as praças. Demanda continua desaquecida, mesmo às vésperas do carnaval.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Famasul cria indicador de projeção de rebanho



FONTE: YOU TUBE

Rússia libera importações de dois frigoríficos brasileiros

Carnes suínas e bovinas de unidades em Santa Catarina e Goiás estão habilitadas a entrar no país
O serviço sanitário russo, Rosselkhoznadzor, desta vez tomou uma decisão favorável às exportações brasileiras. Ainda que sob rígido controle, o órgão liberou as importações de carne suína da unidade da Seara localizada no município catarinense de Seara (SIF 490). Também permitiram a entrada de carne bovina da unidade do frigorífico Minerva instalado em Araguaína (GO), de SIF 1940.
Os dados foram disponibilizados no site do Rosselkhoznadzor, que, conforme a Agência Estado, ainda não enviou comunicado oficial sobre a liberação para as autoridades sanitárias brasileiras. Na semana passada, os russos suspenderam as importações de carne suína da planta do frigorífico Riosulense (Pamplona) localizada em Rio do Sul (SC), fato que não também não foi oficializado ao governo brasileiro. Atualmente existem três plantas habilitadas a exportar carne suína para a Rússia, duas delas foram liberadas no fim do ano passado.
Na semana passada, a Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura encaminhou ao Rosselkhoznadzor um parecer sobre o relatório feito pela missão veterinária russa que esteve no Brasil no fim do ano passado. O próximo passo previsto no entendimento entre os dois países será a discussão da equivalência das normas sanitárias, que é apontada pelos russos como justificativa para o embargo imposto desde maio do ano passado às importações de carnes do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso.
Agência Estado

Oferta restrita eleva preço do boi gordo pelo mundo, diz Rabobank

O Rabobank espera ver uma contínua força nos mercados de bovinos em 2012, com potencial para ganhos de dois dígitos novamente nesse ano. Existem riscos limitados de queda nos preços para o primeiro trimestre de 2012, com o Rabobank esperando uma oferta global levemente maior em meio a um cenário de menor demanda no inverno no Hemisfério Norte. Entretanto, no resto do ano, os preços do gado poderão alcançar recordes, à medida que o mercado passa de uma grande oferta de curto prazo (principalmente nos Estados Unidos e no Brasil) para ofertas substancialmente menores.
Por um período maior, a visão do Rabobank é que a oferta global de proteína da carne continuará ficando para trás do crescimento da renda e da população em mercados emergentes importantes, aumentando os riscos de volume aos processadores e os riscos de preços a todos, desde os compradores de gado para engorda até os consumidores.
O Rabobank Global Cattle Price Index continuou forte no quarto trimestre de 2011, à medida que as condições de oferta continuaram sendo relativamente escassas em todo o mundo. O índice está levemente menor do que seu maior valor, influenciado pela valorização do dólar dos Estados Unidos (Figura 1) no período, mas mesmo assim, o índice fechou o ano 10% maior do que o nível em que começou 2011 (Figura 2).

O Rabobank Beef Forex Index alcançou seu maior nível do ano, à medida que uma combinação de uma redução na exposição dos investidores ao Euro – induzida pela aversão ao risco – e sinais de melhora na economia norte-americana levaram o dólar dos Estados Unidos a se fortalecer. Adicionalmente, considerando as dificuldades no mercado financeiro europeu, os bancos e companhias foram forçados a buscar financiamento, principalmente em dólares dos Estados Unidos. Mesmo assim, em uma comparação anual, o índice caiu 5% com relação à média vista em 2010.
A consolidação da indústria continuou no quarto trimestre de 2011 em todo o mundo. Compras recentes na Europa foram motivadas por um desejo de segurança na oferta. Com isso em mente, a Tönnies adquiriu bens da falida Allgäu Fleisch, no sul da Alemanha. A irlandesa Dawn Meats comprou a Duerden Lindal Moor Beef Abattoir em Ulverston, Cumbria, Reino Unido. O grupo de alimentos irlandês, Anglo Beef Processors comprou o RWM Food Group.
Nos Estados Unidos, Leucadia Natonal Corporation concordou em comprar 79% do National Beef Packing (NBP) por US$ 867,9 milhões, além da assunção de uma dívida de longo prazo de US$ 360 milhões. O valor da empresa delimitando uma razão EBITDA de 4,2 está de acordo com as atuais razões comerciais de outras importantes companhias de processamento de carnes comercializadas publicamente. Antes do acordo, a NBP pertencia em sua maioria à US Premium Beef (USPB), uma companhia de comercialização pertencente a produtores. O acordo foi provavelmente motivado por um desejo de liquidez em meio a uma base diversa de posse da USPB.
Os custos dos empréstimos estão aumentando, à medida que incertezas envolvendo a crise de dívidas da Europa pressionaram os custos dos financiamentos de bancos e desencadearam uma aversão aos riscos por parte dos investidores. O recente aumento nos rendimentos médios dos títulos por setor é mostrado na Figura 3. A Rússia deverá se unir à Organização Mundial de Comércio (OMC), mas não existem sinais de que os atuais obstáculos para as importações de carne bovina serão removidos em curto prazo. O sistema de cotas que regula as importações através da imposição de altas tarifas além de um volume determinado deverá continuar dando forma à relação comercial com a Rússia.
A Coreia do Sul ratificou o Acordo de Livre Comércio com os Estados Unidos em novembro de 2011. O acordo deveria entrar em efeito em janeiro de 2012 e visa reduzir gradualmente as tarifas à carne bovina americana de 40% para zero dentro de 15 anos. O acordo é claramente uma boa notícia aos Estados Unidos, mas é causa de preocupação na Austrália. A Coreia é o terceiro maior mercado de exportação da Austrália, depois do Japão e dos Estados Unidos.
Atualizações regionais
Brasil
Depois do pico no meio de novembro como resultado da redução nas vendas de confinamento somada ao período de seca, os preços do boi caíram em dezembro de 2011. A razão para essa redução nos preços foi a redução nos valores atacadistas devido à queda na demanda doméstica. Mesmo assim, o preço médio no quarto trimestre do ano foi 1% maior do que no trimestre anterior.
Os ventos contrários aos preços do boi e da carne bovina no atacado também vieram da redução nas exportações de carne, que permaneceram baixas mesmo com a desvalorização do Real no quarto trimestre. Nos primeiros dois meses do quarto trimestre, o Brasil exportou 193.000 toneladas, 2% a menos que no mesmo período do ano anterior. As exportações no ano foram 14% menores que no ano anterior.
Para o primeiro trimestre de 2012, o Rabobank espera ver a oferta aumentando sazonalmente (estação de chuvas), que pode ser exacerbada pelas maiores safras de bezerros em 2009 e 2010. Esse aumento na oferta, junto com uma desaceleração antecipada no consumo doméstico, deverá pressionar para baixo os preços do boi. Entretanto, um possível aumento nas exportações de carne bovina reduz as probabilidades de uma redução mais significante nos preços.
Estados Unidos
O boi gordo e os cortes selecionados (“choice”) alcançaram preços recordes para o ano no quarto trimestre de 2011, de US$ 128/100 libras (US$ 282,2 por 100 quilos) e US$ 1,96/libra (US$ 4,32 por quilo), respectivamente. Entretanto, as margens negativas dos frigoríficos desde o final do terceiro trimestre do ano levaram os processadores a reduzir os abates. A média móvel de seis semanas para abates caiu de 653 mil cabeças no começo do quarto trimestre para 608 mil cabeças na semana que terminou em 31 de dezembro, o que é 1,5% a menos que no ano anterior. As margens dos frigoríficos ainda precisam responder positivamente. Os menores níveis de abates terão que ser mantidos para que os frigoríficos saiam do vermelho.
A diferença entre os cortes “choice” e “select” aumentou dramaticamente no quarto trimestre de 2011, à medida que o maior varejista do mundo, a rede Walmart, começou a encher seu departamento de carnes com carne bovina “choice” . Essa diferença, que ficou em média em apenas US$ 7 no terceiro trimestre, subiu para quase US$ 20 no quarto trimestre, um nível não visto desde 2006. A diferença deverá continuar em níveis historicamente amplos, com a demanda contínua do Walmart.
As exportações de carne bovina dos Estados Unidos permaneceram fortes no quarto trimestre. O volume exportado até o momento aumentou 25% em relação a 2010, liderado pelas exportações ao Canadá e ao México. Um dólar ainda relativamente fraco com relação a outros importantes exportadores ajudou a direcionar fortes vendas ao Japão e à Coreia do Sul. O Rabobank espera que a demanda de exportação continue apoiada pelo fraco dólar e pelo progresso na redução das barreiras comerciais. O Acordo de Livre Comércio entre a Coreia e os Estados Unidos pede redução nas tarifas de importação de carne bovina de 40% para zero nos próximos 15 anos. Um resultado positivo na campanha da indústria de carne bovina dos Estados Unidos para aumentar a idade limite dos animais que originam a carne exportada de 20 para 30 meses poderia dar suporte a mais exportações em 2012.
O relatório sobre gado confinado do USDA (Cattle on Feed) de dezembro mostrou que a contínua seca induziu o abate de animais mais leves e o estoque total de gado confinado aumentou 3,6% em relação aos níveis dos anos anteriores, influenciado pelos animais mais leves que tipicamente gastariam mais tempo na pastagem antes de serem colocados em confinamento. As colocações de gado leve – aqueles que pesam menos de 600 libras (272,15 quilos) – aumentaram 20,8% com relação aos níveis do ano anterior, enquanto as colocações totais de todas as outras categorias mais pesadas caíram 3,7%. Esses animais mais leves têm menos chances de serem classificados como “choice” do que os animais mais pesados, suportando a distância entre “choice” e “select” também em 2012.
O Rabobank espera preços mais fracos no primeiro trimestre de 2012, à medida que a demanda tipicamente menor de inverno coincide com as altas colocações no último verão de animais ficando prontos, fazendo com que a oferta de boi gordo ultrapasse a demanda. Entretanto, a escassez nos mercados de boi gordo começará a ser sentidas no segundo trimestre de 2012, provavelmente resultando em preços recordes durante o restante do ano.
UE
Os preços da carne bovina na União Europeia (UE) continuaram seu desenvolvimento contracíclico com mais aumentos de preços para níveis acima de 3,75 euros (US$ 4,93) por quilo nos últimos meses de 2011. O aumento inesperado nas exportações de carne bovina da UE para a Turquia depois de um declínio gradual desde o meio de 2011 e a ausência do aumento normal da oferta no outono passado contribuíram bastante para esse desenvolvimento.
As exportações de carne bovina à Turquia aumentaram inesperadamente desde outubro de 2011, direcionadas por um aumento nas exportações de gado vivo da França, que totalizaram 60.000 cabeças em setembro e 107.000 cabeças em outubro. As exportações totais de carne bovina da UE de janeiro a outubro alcançaram 530.000 toneladas, um aumento de 54% e já excedendo o total de 2010 em quase 50.000 toneladas.
Apesar dos níveis recordes de exportação, os números de abates na UE aumentaram 0,4% (de jan-set) e dessa forma, as ofertas de gado para abate permaneceram estreitas. Quando combinadas com um declínio de 17,3% nas importações, isso sugere uma demanda relativamente fraca de consumo na UE com relação aos mercados mundiais.
As escassas ofertas continuarão suportando os preços da carne bovina da UE a um nível elevado, mas certa pressão de baixa é esperada no primeiro trimestre de 2012. A situação econômica difícil impactará na demanda de carne bovina da UE. Além disso, a recuperação nas exportações à Turquia é somente temporária. O Rabobank espera que as exportações voltem à tendência de queda em um futuro próximo.
Austrália
Grande parte da atividade nos leilões no final de 2011 foi motivada pela forte atividade de reabastecimento e demanda dos engordadores por gado, com o verão úmido devendo continuar apoiando os sólidos preços no primeiro trimestre de 2012. O dólar australiano levemente mais fraco também estimulou um aumento nos preços do boi nos último trimestre de 2011, com o indicador Eastern Young Cattle aumentando para um recorde em dezembro de A$ 4,14 (US$ 4,42) por quilo e trazendo a média do índice no trimestre para A$ 4,03 (US$ 4,30) por quilo, representando um aumento de 12% com relação a 2010.
Os abates de gado no quarto trimestre permanecem sólidos, mas continuaram menores que no terceiro trimestre, que apresentou um forte aumento com relação ao ano anterior. O terceiro trimestre de 2011 teve um pico de processamento, aumentando 15% em relação ao ano anterior. O começo de 2012 (primeiro e segundo trimestres) deverá continuar tendo menores números de abates, seguindo tendências sazonais e com uma demanda de competição pela reconstrução do rebanho, que deverá suportar os preços em 2012.
Entretanto, uma possível redução nas exportações para a Indonésia deverá pressionar os preços, notavelmente no Território Setentrional. De fato, têm havido rumores de que a Indonésia pretende limitar as importações de animais vivos para 283.000 cabeças e 34.000 toneladas de carne bovina encaixotada em 2012 visando melhorar sua auto-suficiência durante os próximos quatro anos.
A Agência Australiana de Agricultura, Recursos Econômicos e Ciência (Australian Bureau of Agricultural and Resource Economics and Sciences – ABARES) está prevendo que o rebanho bovino australiano aumentará 5% para chegar a 30,2 milhões no meio de 2012, o maior rebanho nacional dos últimos 40 anos. Em contraste, a Agência também espera que os abates caiam, à medida que a reconstrução do rebanho continua forte e os abates caem para 7,9 milhões de cabeças. Apesar de os abates totais deverem declinar, o Rabobank espera que a produção de carne bovina permaneça relativamente estável, à medida que os pesos das carcaças deverão ser maiores que no ano anterior.
Argentina
O número de animais abatidos na Argentina permaneceu abaixo do nível de 2010 durante o quarto trimestre de 2011, ainda como resultado de um processo de reconstrução do rebanho. Entretanto, a diferença com relação ao ano anterior caiu, à medida que a intensidade da retenção decresceu, estimulada principalmente pela escassez e água em algumas áreas do país. Em outubro de 2011 (quando os últimos dados foram publicados), os abates totais foram 2% menores com relação ao ano anterior, enquanto uma comparação dos dados do ano todo mostrou uma diferença maior, de 12%.
O consumo per capita de carne bovina nos primeiros dez meses de 2011 ficou em média em 53,8 quilos. Isso é 6,8% a menos que em 2010 e 20% a menos do que em 2009 (quando o consumo per capita alcançou picos de 68,8 quilos). Os consumidores cortaram sua demanda por carne bovina e estão substituindo essa carne por outras mais baratas, como frango.
Atualmente, 90% da produção é vendida domesticamente. As exportações (em quantidade) caíram 10% nos primeiros 10 meses de 2011, mas aumentaram 15% em termos de valor, considerando os maiores preços internacionais. Como foi o caso dos anos anteriores, somente 40% da cota Hilton total foi distribuída aos exportadores até o final de 2011, mesmo que mais da metade do período de 2011/12 já tenha passado.
Para o primeiro trimestre de 2012, o Rabobank espera que a demanda continue a níveis baixos similares, considerando a possível desaceleração na atividade econômica e a redução das rendas disponíveis, como resultado de maiores custos de eletricidade, entre outros. A oferta também deverá permanecer baixa, ainda como um efeito colateral da retenção de vacas.
No lado da indústria, a marca líder no mercado de hambúrguer, Paty, mudou de mãos do Margfrig para o BRF como resultado de uma troca de bens entre Marfrig e BRF. Isso incluiu as unidades de processamento de hambúrgueres, presuntos, salsichas, vegetais e uma unidade de abate com depósitos e uma extensiva estrutura de distribuição. A BRF recentemente adquiriu a Avex, uma companhia de carne de frango, e a Danica, uma produtora de margarina. Como resultado, a BRF está se tornando um forte participante no mercado argentino.
Nova Zelândia
Os preços do gado aumentaram em média 0,33 centavos de dólar neozelandês (0,27 centavos de dólar norte-americano) por quilo no quarto trimestre de 2011 em relação ao ano anterior, impulsionados pela falta de estoque para processamento durante o quarto trimestre de 2011, que foi causada pelos abates maiores que os normais de vacas no começo do ano como resultado de um começo seco de verão em 2010 (dezembro de 2010-fevereiro de 2011). Além disso, os produtores de leite foram estimulados a manter seu estoque para produção até o próximo verão, estimulados pela alta disponibilidade de alimentos animais e sólidos preços do leite. Os abates de vacas no quarto trimestre de 2011 foi 20% menor do que no mesmo período do ano anterior. Os preços também foram influenciados pelo forte aumento visto nos mercados da Austrália e dos Estados Unidos.
Para 2012, o Rabobank espera um pequeno aumento na produção e isso provavelmente se manterá no primeiro e no segundo trimestres. As exportações deverão crescer em 3%, impulsionadas pela vantagem da moeda com relação à Austrália, que poderá fornecer uma vantagem comparativa para os importadores de carne bovina dos Estados Unidos em garantir o produto neozelandês no primeiro e no segundo trimestres.
China
Embora a oferta de carne bovina da China tenha permanecido escassa no quarto trimestre de 2011, a demanda acelerou, impulsionada pela estação forte para consumo, que resultou em maiores preços no atacado.
Devido aos maiores custos do milho e de outros alimentos animais, os produtores individuais de gado de corte ainda têm um pequeno incentivo para construir rebanhos. Porém, as grandes fazendas de gado estão moderadamente expandindo a produção. O crescimento de fazendas de grande escala é principalmente direcionado pelos processadores/abatedouros que estão desenvolvendo uma integração para garantir uma oferta consistente.
Considerando a escassa oferta doméstica e os altos preços, as importações de carne bovina dos Estados Unidos devem ter aumentado para cobrir a escassez na oferta. Entretanto, as importações diretas de carne bovina decresceram 22% nos primeiros dez meses de 2011, em relação ao ano anterior (15.764 toneladas). A razão do declínio nas importações é a grande quantidade de importações ilegais no mercado negro. As importações ilegais impactaram negativamente as importações diretas, bem como a recuperação da produção doméstica. Se essa dinâmica persistir, o Rabobank espera que o Governo da China abra as importações de carne bovina para mais fornecedores no futuro.
Os preços deveriam aumentar mais em janeiro de 2012 devido ao festival do Ano Novo Lunar Chinês no final de janeiro, mas provavelmente cairão em fevereiro, quando o período do festival terminar.
México
Como resultado da seca na parte nordeste do país, o Governo estima que essas regiões perderão 50.000 cabeças de gado. Com capacidade limitada de carga, as exportações de gado para engorda até setembro de 2011, últimos dados disponíveis, alcançaram, 1,37 milhão de cabeças. Isso é mais do que todas as exportações de gado em pé do México em 2010 (1,26 milhão de cabeças) e também é consideravelmente maior do que as 777.000 cabeças de gado exportadas durante os primeiros nove meses de 2010.
O aumento nas exportações de gado para engorda, que o Rabobank espera que envolva um número maior de novilhas, segurará a expansão do rebanho doméstico. A contração na disponibilidade de gado para engorda pressionou os preços para cima em até 10%, com os preços devendo continuar aumentando em 2012.
As importações continuaram se contraindo em 2011. As importações de carne bovina fresca e congelada, e de miúdos, até setembro, caíram 8,4% e 12,5%, respectivamente. Os aumentos nos preços médios para importações de mais de 20% de carne fresca e 17% para miúdos explicam em grande parte a queda nas importações.
O nível dos preços da carne bovina ao consumidor aumentou 9,9% durante os primeiros 11 meses de 2011, bem acima dos preços da carne de frango e de porco, bem como do índice de preços ao consumidor. De acordo com fontes da indústria, a perda na competitividade relativa, expressa em termos de preços, resultou na queda do consumo de carne bovina. O Rabobank espera que os altos preços da carne importada em 2012 suportem os preços no mercado doméstico.
Uruguai
A oferta de carne bovina no Uruguai permaneceu baixa em relação ao ano anterior como resultado da liquidação de rebanho que continuou em 2010 após a seca. Até novembro de 2011, o número de animais abatidos foi estimado em 7% a menos do que no mesmo período de 2010.
Consequentemente, os volumes de exportação continuaram caindo, com as vendas declinando 9% entre janeiro e outubro de 2010 com relação ao ano anterior, apesar da forte demanda por carne bovina uruguaia. Entretanto, as receitas em dólares dos Estados Unidos aumentaram 21%, suportadas pelos fortes preços internacionais.
Para o primeiro trimestre de 2012, o Rabobank espera que a produção de carne bovina do Uruguai permaneça abaixo dos níveis de 2010, assumindo um clima relativamente normal. Isso deve resultar em preços favoráveis dos bezerros, que incentivará os produtores a reter novilhas. Consequentemente, as exportações deverão permanecer limitadas durante o mesmo período.
Japão
A atividade econômica do Japão se recuperou relativamente bem com relação aos danos causados pelo terremoto e tsunami de março de 2011. Após uma contração na primeira metade de 2011, o crescimento econômico positivo retornou na segunda metade do ano e o impulso associado com essa recuperação impulsionará diretamente a economia até 2012.
Entretanto, o consumo de carne bovina permanece estagnado e a maior substituição da carne suína e de frango por carne bovina tem sido notada, apesar da agressiva promoção dos varejistas. A demanda por carne premium e pela carne bovina doméstica Wagyu está especialmente fraca. O incidente em julho de 2011 de carne bovina japonesa com radiação sendo encontrada nas prateleiras do varejo ainda volta à mente dos consumidores, desviando, dessa forma, a demanda em direção ao produto importado por razões de segurança alimentar.
As importações de carne bovina continuam aumentando sua participação no consumo doméstico, o que não surpreende, com o volume total das importações de janeiro a outubro de 2011 (420.000 toneladas) tendo aumentado 5% em relação ao ano anterior. O contínuo dólar dos Estados Unidos fraco permitiu que as importações de carne bovina dos Estados Unidos tivessem um preço competitivo em uma base de iene. Como resultado, as importações de carne bovina dos Estados Unidos de janeiro ao começo de dezembro aumentaram em 43% com relação ao ano anterior, alcançando 127.000 toneladas. As importações de carne bovina aumentaram em parte como resultado de uma forte demanda no setor de serviços alimentícios por carne congelada, o que parcialmente compensou o declínio nas vendas de cortes frescos e resfriados.
As exportações australianas de carne bovina ao Japão deverão cair 4%, para 336.000 toneladas em 2011-12. Esse declínio previsto reflete um efeito combinado de consumo estável de carne bovina no Japão e aumento da competição da carne dos Estados Unidos no mercado japonês.
O Japão pode concordar com um novo protocolo de risco para Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) que deverá levar o limite de idade do gado dos Estados Unidos que pode fornecer carne ao mercado japonês de menos de 20 meses de idade para menos de 30 meses de idade. De acordo com os comerciantes, a nova regulamentação poderia ser implementada no começo do próximo ano fiscal do Japão em 1 de abril. Essa mudança desencadearia uma competição mais forte na oferta dos Estados Unidos. O Rabobank espera que a demanda japonesa por carne bovina se mantenha de estável a levemente mais fraca em 2012, devido às incertezas econômicas gerais aumentando a sensibilidade do consumidor ao preço.
Comentários da indústria
2012 será outro ano de preços recorde do gado e da carne bovina, com impactos divergentes em vários segmentos da indústria. Os produtores se beneficiarão das escassas ofertas de gado, enquanto os estabelecimentos de engorda e os frigoríficos enfrentam desafios.
As escassas ofertas de gado – como resultado de margens fracas dos produtores nos últimos anos ou problemas relacionados ao clima – pressionarão para cima o valor da cadeia. Os produtores deverão ter algumas de suas melhores margens em anos. Ao contrário, os estabelecimentos de engorda e os frigoríficos devem se preocupar com os maiores preços e a disponibilidade limitada de insumos, exacerbando os problemas de baixa utilização da capacidade e causando uma compressão nas margens.
A capacidade dos processadores de carne bovina de repassar os maiores preços aos consumidores será testada em 2012. O crescimento econômico global tem sido consistente, com o crescimento desacelerando em muitos mercados. Nos maiores mercados consumidores do mundo, Europa e Estados Unidos, o crescimento tem sido particularmente lento. Haverá um limite que os consumidores pagarão pela carne bovina, mas o Rabobank ainda não identificou qual é esse limite.
Além disso, a crise de dívidas na Europa apresenta um risco único para alguns processadores de carne bovina. Se o sistema bancário se tornar pressionado a um ponto em que tenha que evitar os créditos, as companhias que precisam de dinheiro vão lutar. Em conjunto com a compressão da margem, possíveis pressões nos créditos poderão preparar o cenário para uma acelerada atividade de fusões e aquisições na indústria de carne bovina. O Rabobank disse que começou a ver sinais disso no quarto trimestre de 2011, com várias transações anunciadas na Europa e nos Estados Unidos.
Apesar de o grande cenário permanecer desafiador para certos segmentos da indústria, a previsão para as companhias de carne bovina parece positiva para 2012 em alguns países. Entre eles, está o Brasil. Dos principais países produtores, o Brasil é o único que deverá mostrar uma combinação de maior oferta de animais para abate, robusta demanda doméstica e crescimento nas exportações (Figura 5). Esse cenário mais favorável para companhias que operam no Brasil deverá ser visto como uma oportunidade para o setor gerar melhores resultados e desenvolver balanço patrimonial, mitigando, dessa forma, possíveis riscos relacionados aos créditos.
Fonte: Rabobank Beef Quarterly, janeiro de 2012.