Os mercados globais de gado e carne bovina deverão continuar fortes nesse ano, com potencial de novos preços recordes. Essa é a conclusão dos economistas do Rabobank, que também acreditam que “existem riscos limitados de perdas nos preços” no primeiro trimestre de 2012, à medida que eles esperam uma oferta global “levemente maior em meio à queda na lenta demanda de inverno no Hemisfério Norte”.
De acordo com o Rabobank Beef Quaterly, os preços do boi “para o resto do ano deverá registrar recordes, à medida a transição de mercado com relação à abundância de oferta em curto prazo (principalmente nos Estados Unidos e no Brasil) se materialize em ofertas menores”.
Em prazo maior, o Rabobank antecipa que as ofertas globais de proteínas da carne lutarão para acompanhar o aumento na renda e o crescimento populacional em mercados emergentes, o que aumentará “os riscos de volume aos processadores e os riscos de preços a todos, dos compradores de boi para engorda aos consumidores”.
O Rabobank Beef Quaterly fornece análises de vários mercados globais de carne bovina, incluindo Estados Unidos, Brasil, Argentina, Austrália, Nova Zelândia, União Europeia (UE), China, México, Uruguai e Japão.
No geral, a previsão global para a carne bovina é similar à previsão dos Estados Unidos – baixas ofertas estão produzindo bons momentos aos pecuaristas, enquanto os confinamentos e frigoríficos enfrentam desafios.
“Os produtores deverão ter algumas de suas melhores margens em anos”, de acordo com o relatório. “Ao contrário, os confinamentos e frigoríficos deverão se preocupar com os maiores preços e a disponibilidade limitada de insumos, exacerbando os problemas de baixa capacidade de utilização e causando compressão nas margens”.
Os analistas do Rabobank também acreditam que os frigoríficos em todo o mundo continuarão a lutar para passar os maiores preços aos consumidores. “O crescimento econômico global tem sido inconsistente, com uma desaceleração de crescimento em muitos mercados. Nos maiores mercados consumidores do mundo, Europa e Estados Unidos, o crescimento tem sido particularmente lento. Não identificamos qual é ainda, mas existe um preço limite que os consumidores pagarão pela carne bovina no varejo”.
Enquanto o Rabobank vê 2012 como um bom ano para os produtores de carne bovina dos Estados Unidos, vê também uma previsão positiva para companhias de carne bovina no Brasil. “Dos principais países produtores, o Brasil é o único que deverá mostrar uma combinação de maior oferta de animais para abate, robusta demanda doméstica e crescimento nas exportações”.
A reportagem é da Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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