sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Consultora de Mercado sobre o mercado do Boi Gordo

Boi Gordo: mercado encerra a semana sustentado em função da menor oferta de animais. Apesar do enfraquecimento sazonal da demanda por carne em janeiro, pecuaristas dificultam a venda dos animais na expectativa de uma melhora nos preços.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Balanço do Mercado da Pecuária de Corte: Estudo sobre as vendas ao Chile


Um estudo elaborado pela Rural Centro sobre o desempenho das exportações de carne bovina in natura do Brasil para o Chile é o destaque do balanço do mercado de pecuária de corte
O balanço elaborado pela Rural Centro é apresentado toda segunda-feira e traz as principais informações do setor.
A ideia é que o produtor encontre em apenas uma página tudo o que é importante para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.
APURAÇÃO RURAL CENTRO
Ano passado a mídia em geral e até mesmo a mídia especializada em agronegócio divulgou que o Chile duplicou as importações de carne bovina in natura proveniente do Brasil devido àsrestrições impostas ao Paraguai devido ao foco de aftosa em meados de agosto.
A Rural Centro apurou as informações mês a mês e comprovou que na verdade o foco apenas potencionalizou uma tendência que já vinha ocorrendo no ano anterior.
Os chilenos já vinham aumentando consideravelmente as compras internacionais de carne bovina do Brasil mês a mês, recuando as negociações no mês de janeiro e fevereiro, como mostra o gráfico abaixo.
Lembrando que entre 2011 e 2012 o Chile aumentou as negociações de carne bovina com o Brasil em 72,1%, passando de 19,9 para 34,2 mil toneladas, colocando este país na sexta posição dos principais destinos da carne brasileira no âmbito mundial e como principal importador da América do Sul do tipo in natura, responsável por cerca de 80% das negociações totais. 
Além do gráfico, a Rural Centro elaborou também duas tabelas sobre o desempenho das negociações entre ambos os países mês a mês e por Estado: 
Exportação, Carne bovina in natura, brasil, chile, volume, 2010, 2011

Exportação, Carne Bovina In Natura, Mês a Mês

Exportação, Carne Bovina, Estado, 2011,2010
EXPORTAÇÃO
No ano passado, as indústrias exportadoras que atuam no Brasil conseguiram embarcar 820 mil toneladas de carne bovina com outros países.
Volume que mesmo estando muito abaixo dos números apresentados nos anos anteriores, resultou em uma receita recorde de 4,169 bilhões de dólares, uma vez que para atender a demanda os países importadores pagaram muito caro pela carne bovina brasileira, mais de 5 mil dólares cada tonelada.
A Rússia, mesmo com embargo a alguns estados, manteve a liderança como principal destino da carne brasileira, com total de 229 mil toneladas.
Na segunda posição, os iranianos importaram 130,6 mil toneladas de carne bovina e na terceira posição os egípcios negociaram com o Brasil cerca de 97 mil toneladas. O Chile aumentou a compra em 72%, totalizando 34 mil toneladas. 
São Paulo continua sendo o principal estado exportador de carne bovina, com total de 298,3 mil toneladas. Na sequência está Mato Grosso, com total de 149 mil toneladas e em terceiro lugar com total de 114,7 mil toneladas está Goiás.
Pelo sexto dia consecutivo, o preço do boi gordo a prazo permanece na casa dos R$ 98/@ em Andradina/SP, valor que é 2 reais acima da cotação praticada no primeiro dia útil do ano, de R$ 96 a arroba.
FONTE: RURAL CENTRO

URUGUAY - Piden a MGAP que agilice exportación en pie ante la seca

PABLO ANTÚNEZ
Mientras el déficit hídrico comienza a apretar en muchas zonas, la Federación Rural reclama al gobierno medidas para paliar la situación, entre ellas que agilice la exportación de ganado en pie para sacar categorías jóvenes de los campos.
A medida que pasan los días el déficit hídrico se agudiza en varias zonas. Los campos aún tienen forraje, aunque seco, pero se comienzan a ver cañadas cortadas y tajamares que pierden agua.
Según dijo anoche a El País el ministro interino de Ganadería (MGAP), Daniel Garín, el gobierno sigue "prestándole mucha atención a la situación", porque "el déficit hídrico se sigue acelerando". Garín explicó que el lunes se tendrá un nuevo estado de situación con la emisión de un nuevo mapa INIA/Gras. Con ese nuevo estado de situación está también "la eventualidad de definir alguna medida más a la actual, que es un monitoreo exhaustivo y pormenorizado de la situación". Hay pronósticos de lluvia para el fin de semana.

Mientras tanto, la Federación Rural "está muy preocupada" y reclama medidas concretas al MGAP, entre las que se destaca que acelere la emisión de permisos de exportación de ganado en pie. "Creemos que agilizar los permisos de exportación de ganado en pie para comenzar a sacar categorías de bovinos menores, podría ser una forma de alivianar la situación", dijo a El País Miguel Sanguinetti, presidente de la Federación Rural. El gremialista recorría ayer varias zonas de Cerro Largo y según dijo, el panorama "no es nada alentador".
"Se ven campos muy pelados por la seca y con los ganados que van perdiendo estado. La situación se va complicando a medida que no llueve". Según Sanguinetti, todavía la situación no es tan grave como la generada por la sequía de 2008/2009
"Los ganados están con otro estado y los campos tienen otra reserva de pastura, pero es para prender una luz amarilla y empezar a ver qué es lo se puede hacer, para anticiparse a lo que pueda pasar", explicó el ruralista. Es que, según su experiencia, ante el problema, "lo fundamental es anticiparse a lo que pueda pasar. Mirar para el costado como lo hizo (Ernesto) Agazzi en 2008/2009, cuando la situación climática era mucho más grave, no es bueno", alertó.
Según la Dirección Nacional de Aduanas, en 2011 se exportaron 195.300 bovinos en pie a Turquía, 8.173 a Líbano, 1.775 a Túnez y 601 a Jordania. En todos los casos son animales para faena y engorde. El MGAP restringió la salida de ganado en pie, principalmente de novillitos livianos de razas carniceras con destino a Turquía.
"En los hechos la exportación de ganado en pie está abierta, pero el gobierno encontró una forma de frenarla y eso es grave. Nos decían que para principios de mes comenzarían a dar más permisos pero no lo hicieron", criticó Sanguinetti. La gremial está molesta con el gobierno porque "las perspectivas y la expectativa que se le está dando a la ganadería, aplicándole nuevos impuestos y con la exportación de ganado en pie limitada, no son positivas y sus consecuencias se verán en dos o tres años más, cuando la ganadería comience a achicarse", indicó. Según Sanguinetti, lo más grave para el campo uruguayo es que el gobierno "está empezando a copiar cosas que se hacen en Argentina. En ese país, los manoseos de la ganadería, ocasionaron que se perdieran 12 millones de bovinos en los últimos años. Eso provocó que en el mercado interno, hoy la carne valga oro y la población es la que termina pagando las consecuencias. En Uruguay, pasará lo mismo".
FONTE: El País Digital

PREÇOS REFERENCIAIS DE INSUMOS NO URUGUAI

Precios de referencia de insumos seleccionados
Insumos
19-ene-12
20-ene-11
Dif %
Nitrato de amonio
550
475
16%
Fosfato de amonio (US$/ton, a levantar ctdo)
820
850
-4%
Urea (US$/ton, a levantar ctdo)
660
555
19%
Nitrógeno líquido (UAN 30)
580
650
-11%
Cloruro de potasio 60% K20 granulado
770
650
18%
Fosforita (US$/ton, a levantar ctdo)
298
235
27%
Superfosfato (US$/ton, a levantar ctdo)
340
360
-6%
Hiperfos
380
290
31%
Binario 20-40-40 mezcla física con urea granulada
790
780
1%
Binario 25-33-33
780
760
3%
Binario 28-28-28
780
780
0%
Binario 34-18-18
740
760
-3%
Binario 10-50-0 1 S
820
750
9%
Binario 5-35-0 7S (con azufre, para soja)
550
690
-20%
Superconcentrado Nitrogenado con azufre
630
690
-9%
Fosfato monoamónico
885
850
4%
Ternarios 15-15-15 (nitrógeno, fósforo y potasio
670
580
16%
Ternarios 4-30-10 5S
610
550
11%
Glifosato (US$/20 lts)
55
49,28
12%
Glifosato (US$/100 lts)
s/d
s/d
x
Fardo de alfalfa (US$/fardo 20 kg )
12
9,55
26%
Núcleo 38% Proteína (US$/kg)
0,411
0,431
-5%
Ración Novillos 15% Proteína (US$/kg)
0,346
0,305
13%
Ración 18% Proteína (US$/kg)
0,336
0,3,47
x
Ración 20% Proteína (100% Origen vegetal) (US$/kg)
0,405
0,39
4%
Sales minerales 11/12 con 5 a 6,5% de fósforo (US$/ton)
530
0
x
Sales minerales 17/18 con 8 a 9 % de fósforo (US$/ton)
775
615
26%
Bloques 5/6,5% de fósforo (US$/ton)
561
708
-21%
Rollo de alambre 16/14
93
89
4%
Piques de madera dura (US$)
1,4
0
x
Piques de 1ª (eucaliptos colorado) $/unidad
20
20
0%
Piques de 2ª (eucaliptos colorado) $/unidad
17
17
0%
Postes (eucaliptos colorado) $/unidad
160
160
0%
Postes (eucaliptos colorado) para retrancas o principales ($/unidad)
200
200
0%

FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

O peso do fator China nas exportações de carnes

Pela primeira vez em sua história a China tem mais habitantes nos meios urbanos do que no campo. A segunda economia do mundo já conta com cerca de 700 milhões de pessoas nas cidades. Trata-se de um mercado e tanto para uma nação exportadora de alimentos, como o Brasil.
Os embarques de carne de frangos e de suínos são crescentes e motivam as indústrias a firmar parcerias locais para entender o mercado chinês e facilitar sua entrada.
A avicultura abriu essa fronteira e os números demonstram que há potencial de crescimento. Várias plantas brasileiras já estão autorizadas a exportar, o que confirma o otimismo.
A suinocultura conquistou o direito de vender à China somente em 2011, após visita da presidente Dilma Rousseff. O primeiro embarque ocorreu em novembro passado e há poucas plantas industriais credenciadas.
Mas a expectativa de evolução nas vendas também motiva as empresas e o governo brasileiro.
Com a pecuária de corte, o processo não está tão rápido e os números ainda decepcionam. Segundo dados divulgados nesta semana pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 2011 o Brasil exportou em torno de 3.000 toneladas de carne bovina para a China, arrecadando menos de US$ 10 milhões.
Considerando que o balanço setorial do ano apresentou venda externa de 1,1 milhão de toneladas e receita total superior a US$ 5,3 bilhões, a China ainda representa muito pouco para as exportações brasileiras de carne vermelha.
A análise histórica das vendas para aquele país nos últimos cinco anos não denota avanço considerável.
Em 2007, o Brasil exportou 429 toneladas equivalente-carcaça.
No período (2007-2011), o crescimento foi de seis vezes, mas ainda acanhado perto dos números dos nossos principais parceiros.
A cadeia produtiva espera avanços em curto prazo. E trabalha para fornecer aos exportadores uma matéria-prima de padrão superior.
Afinal, são inequívocas as conquistas em termos de qualidade, genética, manejo, nutrição e saúde animal da nossa pecuária.
Paulo de Castro Marques é empresário e pecuarista, é proprietário da Casa Branca Agropastoril, especializada na criação de gado angus, brahman e simental sul-africano, e presidente da ABA.

Fonte: Folha de S.Paulo

URUGUAY - Mercado de Reposición



Tardáguila Agromercados

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Valor Bruto da Produção pecuária cresce 20,8% em 2011, mostra CNA

Escassez de bovinos para abate e demanda aquecida por carne em função das festas de final de ano contribuíram para a elevação do faturamento

Magnus Rosendahl
Foto: Magnus Rosendahl / FreeStockPhoto, Divulgação
Escassez de bovinos para abate contribuiu para o aumento do VBP
Em 2011, o Valor Bruto da Produção (VBP) pecuária cresceu 20,8%, na comparação com o ano anterior, para R$ 118,3 bilhões, de acordo com cálculo da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O aumento da produção e a elevação dos preços, especialmente na cadeia da bovinocultura, determinaram o crescimento do VBP da pecuária no ano passado. A escassez de bovinos para abate e a demanda aquecida por carne em função das festas de final de ano contribuíram para o aumento do faturamento final.
O ano de 2011 também foi positivo para a exportação de carnes. Os embarques renderam US$ 15,6 bilhões, resultado 14,7% superior ao registrado no ano passado. Na avaliação da CNA, a abertura do mercado da China para a carne brasileira reverteu a tendência de queda nas exportações, movimento que seria provocado pelo embargo imposto pela Rússia ao produto nacional. Com a abertura do mercado chinês, o país asiático se consolida como o principal parceiro comercial do Brasil.
O Valor Bruto da Produção agrícola e pecuária cresceu 15% em 2011, para R$ 306,56 bilhões. O desempenho reflete a elevação dos preços das commodities agrícolas, que subiram a partir no segundo semestre do ano passado e se mantiveram em patamares elevados para a maioria dos produtos. A colheita recorde de grãos e fibras também influenciou o resultado, segundo a entidade.
VBP agrícola alcançou a marca de R$ 188,25 bilhões, crescimento de 11,6% em relação aos R$ 168,6 bilhões recebidos no ano anterior. A safra brasileira de grãos chegou a 162,9 milhões de toneladas, crescimento de 9,2% em relação à safra anterior.
Agência Estado

Confira a entrevista com Alex Santos Lopes da Silva - Analista de Mercado - Scot Consultoria sobre o mercado do Boi Gordo



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

UE abre mão da Lista Traces


 A partir do dia 15, a habilitação de fazendas passará a ser gerenciada exclusivamente pelo governo brasileiro.


 A Direção-Geral de Saúde e Consumidores da Comissão Europeia (DG Sanco, na sigla em inglês) acatou o pedido do Brasil e vai abrir mão de controlar a lista de fazendas brasileiras que fornecem bovinos para produção de carne para o bloco europeu, conhecida como lista Traces. De acordo com Ênio Marques, secretário substituto de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, a partir do dia 15 de janeiro, a lista não será mais enviada para a Europa. "A partir desta data a relação das fazendas aptas a fornecer carne bovina para o mercado europeu será atualizada apenas no site do Ministério da Agricultura", afirma.

 Em março, uma comissão de auditores da DG Sanco fará vistorias nas fazendas habilitadas no Brasil e, caso encontre falhas, a situação poderá ser revista. "Isso não nos preocupa, pois continuaremos atendendo às prerrogativas do Sisbov", afirma Marques.

 Para Jorge Camardelli, presidente da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), a medida vai ajudar a melhorar o perfil das exportações em 2012. "Temos cerca 29 mil fazendas cadastradas no sistema Eras - Estabelecimentos Rurais Autorizados no Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos- , mas apenas 2 mil constavam na lista Traces. Com a mudança no processo de gestão, teremos mais 27 mil propriedades aptas a fornecer carne bovina para atender ao o mercado europeu", afirma.

 Na prática, a eliminação da lista Traces não muda muito a rotina do pecuarista. Atualmente, o processo de certificação de uma fazenda consiste em 10 etapas, que exigem um prazo mínimo de 80 dias para serem cumpridos. Com o gerenciamento da certificação das fazendas pelo Mapa, o processo será encurtado em 45 dias, já que não será preciso enviar a documentação de cada propriedade para a Europa e aguardar a publicação no site.

 Todas as propriedades habilitadas devem estar de acordo com o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade (Sisbov). A auditoria oficial do Ministério da Agricultura será a etapa final do processo.

 A lista foi criada em 2008, após embargo imposto pelos europeus à carne bovina brasileira, em razão de problemas no sistema de rastreabilidade de carne bovina e bubalinos (Sisbov). A UE passou a exigir que, após a vistoria em cada propriedade, o nome das fazendas e de seus proprietários fosse publicado no site da DG Sanco.
 Fonte: Portal DBO

Exportações do Brazilian Hereford & Braford fecham em US$ 118 mi


Resultado ultrapassa meta de US$ 100 milhões prevista para embarques de material genético das raças Hereford e Braford e produtos e serviços agropecuários

Exportações do Brazilian Hereford & Braford fecham em US$ 118 mi
As exportações do Projeto Brazilian Hereford & Braford (BHB) somaram US$ 118,04 milhões nos doze meses de 2011, ultrapassando a expectativa estimada na ordem de US$ 100 milhões para o mesmo período. Os números referem-se às vendas de material genético, como sêmen e embriões, matrizes, reprodutores, bovinos vivos e produtos e serviços agropecuários das 33 empresas que compõem o BHB - parceria da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Dos 25 países que foram destino dos embarques, destacam-se aqueles considerados alvo do Projeto, como Venezuela, Paraguai, Colômbia e Bolívia, e Angola, que recebeu a primeira remessa de animais Braford brasileiros.

Puxam a lista das exportações, respectivamente, os embarques de animais vivos (US$ 94,6 milhões), sementes forrageiras (US$ 12,71 milhões) e produtos farmacêuticos (US$ 6,18 milhões). Já as exportações de sêmen (US$ 402,89 mil) tiveram um acréscimo de 30,24% sobre o volume embarcado em 2010 (US$ 309, 34 mil) com destaque para o Paraguai que lidera a lista de compradores de material genético bovino brasileiro com negócios na ordem de US$ 103,8 mil, seguido pela Colômbia com alta de 55,32% nos valores importados, alcançando U$$ 91,29 mil.

Na análise da gerente de Promoção Comercial Internacional do BHB, Luciana Bueno, entre os destaques do ano de 2011 estão exportações realizadas para países da América do Sul e África. “A Colômbia respondeu por importações de US$ 3,8 milhões, alta de 127,7% na comparação com 2010, e o Paraguai com incremento de 43% com negócios na ordem de US$ 3,37 milhões. No continente africano, o destaque foi a Angola que elevou as compras de produtos das empresas do BHB em 876%, um volume de U$$ 6,55 milhões”.

O presidente da ABHB, Fernando Lopa, destaca que as ações de fortalecimento da imagem e do posicionamento no mercado internacional, realizadas pelo BHB, estimulam a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro e agregam mais valor aos resultados obtidos. “É impressionante a efetividade das ações de projetos de promoção como o BHB. Em 2011 levamos missões de empresários, participamos de rodadas de negócios no Paraguai e Colômbia e trouxemos empresários daqueles países ao Brasil para conhecerem nossa produção e realizarem negócios, e, como resultado, esse dois mercados apresentaram altas expressivas nas compras de produtos das empresas participantes do BHB e ainda lideraram a compra de sêmen bovino brasileiro.”

Apesar dos excelentes resultados, contudo, Lopa pondera que os avanços na exportação de material genético poderiam ter triplicado se houvesse um pouco mais de efetividade nas ações do Ministério da Agricultura para agilizar os protocolos sanitários e homologar empresas brasileiras para exportação. O presidente da ABHB cita o exemplo da Colômbia, onde os produtores estão ávidos para obter embriões de genética HB brasileira: “O Mapa demora mais de quatro meses para ir inspecionar uma empresa, mesmo que esta já exporte para outros países. Apesar de toda boa vontade do Ministro e do Chefe da Defesa Sanitária, esbarramos em problemas como férias dos fiscais, falta de pessoal, burocracia, falta de recursos para diárias e coisas do gênero”, afirmou o dirigente. “O Brasil não pode sair de férias, pois nosso concorrente não perde tempo”, completou.

Para 2012, o Projeto BHB tem planejada uma série de atividades como realizações de workshop técnico internacional em parceria com Colômbia e Bolívia, presença no Congresso Mundial do Braford, no Paraguai, no Congresso Mundial do Hereford, no Canadá., além da participação nos principais eventos do agronegócio nos países da América do Sul.


Agrolink com informações de assessoria

Acrimat apresenta retrospectiva pecuária de 2011


A morte de pastagens mudou o cenário da pecuária em Mato Grosso. Os produtores do maior rebanho bovino do Brasil, com mais de 29 milhões de cabeças, trabalharam em 2011 com 8,7% da área de pastagem totalmente comprometida com seca iniciada em 2010. Dos 26 milhões de hectares de pastagens, 2,2 milhões morreram com a seca. Esse cenário desencadeou uma série de mudanças no setor. 

"Com a falta de pasto o pecuarista teve que buscar alternativas para engordar o gado e encontrou saídas no confinamento, suplementação alimentar e no semi-confinamento, sendo este último, o grande negócio de 2011", analisou o superintendente da Acrimat - Associação dos Criadores de Mato Grosso, Luciano Vacari.



O ocorrido em 2011 pode ser constatado na comparação do preço da arroba do boi gordo nos último 9 anos, quando historicamente os preços da arroba no mês de outubro (entressafra) sempre foi superior ao de maio (safra), uma sequencia quebrada em 2011, quando outubro foi 0,6% menor que maio, por conta de uma maior oferta de boi gordo vindos de confinamento e semi-confinamento. O levantamento demonstra que em 2003 o preço da arroba em outubro foi 18,1% superior a de maio, em 2006 foi registrada a maior diferença com 23,1%, e em 2010 foi de 18,4% segundo levantamento do Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.





"Abatemos mais boi na entressafra do que na safra em 2011, o que comprova que essa é uma tendência de mercado e que o produtor está investindo em confinamento e semi-confinamento e isso tornou o ano de 2011 muito estável", explicou Vacari. O crescimento de animais confinados em Mato Grosso em 2011 foi de 29% com relação a 2010 e a evolução do rebanho confinado nos últimos seis anos chegou a 548%. Comparando o preço da arroba do boi gordo entre 2010 e 2011 a variação foi de 15,3%.



Em 2011 o pecuarista mostrou que esta produzindo mais em menos. O abate de bovinos até 24 meses cresceu 40%, consequência de investimento em tecnologia por parte dos produtores. O abate de animais de 24 a 36 meses cresceu 7,74% e acima de 36 meses 13,15%. De janeiro a novembro de 2011 foram abatidas 4,4 milhões de cabeças, um acréscimo de 11,53% em relação ao mesmo período de 2010. Enquanto isso, apenas 52,68% da capacidade industrial instalada em Mato Grosso foi utilizada. Das 42 plantas SIF registradas no estado, 15 estão paradas em decorrência dos processos de recuperação judiciais iniciados em 2008. "O retorno de abate dos frigoríficos fechados é uma necessidade eminente para Mato Grosso e sem dúvida esse será um dos grandes desafios do setor", ponderou o superintendente.

As exportações da carne bovina mato-grossense, segundo dados da Secex, caíram 11,2% em 2011 em comparação a 2010, mas em contrapartida a receita com a venda do produto no mercado internacional apresentou um aumento de 16%, impulsionada pela alta do preço da carne exportada e do dólar. O volume exportado foi de 195,2 mil toneladas equivalência carcaça em 2011 com uma receita de US$ 790,5 milhões. O embargo da Rússia contra a carne brasileira impactou nos números de Mato Grosso. As exportações para esse pais representavam 26% da carne exportada pelo estado em 2010 e no ano passado os russos compraram apenas 14% da carne mato-grossense até junho, quando o embargo começou. Em compensação, a Venezuela que representava 7% das exportações em 2010 subiu para 18% no ano passado. "Esse é um problema que já passou da hora de o governo brasileiro resolver, pois a Rússia é um mercado importante não só para Mato Grosso, mas para o país", salientou Luciano Vacari.



Em 2011 mais um recorde foi batido. A diferença entre o preço da arroba do boi gordo e da carne bovina do varejo (supermercado) foi a maior registrada desde 2005, quando o levantamento começou a ser feito. Nos últimos seis anos o preço médio pago pela arroba do boi gordo no Estado de Mato Grosso acumulou uma valorização de 79,19% e no varejo o preço da carne vendida ao consumidor final teve um aumento de 186,75%. Isso fez com que o diferencial entre os dois elos passasse de 53% em dezembro de 2010 para 108% em dezembro 2011.



Para a Acrimat, o produtor e o consumidor são os grandes prejudicados da cadeia produtiva da carne, já que o pecuarista tem a sua margem bem menor que o varejo e o consumidor paga um preço bem maior que deveria se os supermercados não buscassem uma margem de lucro tão grande. "Os supermercados apostam na fidelidade do consumidor na compra da carne e para mudar essa realidade o consumidor tem que adquirir o produto em locais que vendem mais barato para provocar queda nos preços", disse Vacari.



Fonte: assessoria de imprensa Acrimat, adaptada pela Equipe BeefPoint