sexta-feira, 28 de junho de 2013

Abate de fêmeas é reflexo de crise na pecuária



Sem renda, o produtor precisa reduzir o plantel para garantir permanência na atividade


O aumento do abate de fêmeas está sendo registrado desde 2011 e neste início de 2013 ele se consolidou em Mato Grosso. Levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agropecuária (Imea) a pedido da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) aponta que nos primeiros cinco meses deste ano, mais da metade dos animais abatidos foi fêmea. Ao todo, foram abatidas 1,28 milhão de matrizes, o que representa 53% do total até maio.

Esta evolução na participação das fêmeas nos abates é influenciada por uma série de fatores que compõem a cadeia da carne. De acordo com Luciano Vacari, superintendente da Acrimat, o início deste movimento ocorreu com os problemas nas pastagens, primeiramente devido à seca em 2010 e depois devido ao ataque de cigarrinhas em 2011. “Com o pasto degradado e sem renda para fazer a recuperação o produtor é obrigado a reduzir o plantel e para isso envia as fêmeas para o frigorífico”.

O prolongamento da situação, entretanto, é de cunho financeiro, explica Vacari. “A função da fêmea é gerar bezerros e não há motivos para liquidar o rebanho quando há lucro na atividade. Porém, os preços pagos aos produtores não remuneram a atividade como deveria e não permite investimentos”, afirma Luciano Vacaria ao comentar que a crise de 2012 e 2013 é de renda.

As consequências deste aumento da participação das fêmeas nos abates no Estado são de longo prazo e ainda não estão sendo percebidas no mercado. O chamado ‘apagão de bezerros’ deverá ocorrer intensamente a partir do que vem. “Este ano estamos vendo uma ligeira valorização do bezerro e até 2015 faltará bezerros no mercado e toda cadeia sentirá o reflexo disso”, explica Vacari.

O bezerro é considerado a moeda da pecuária e quando falta bezerro todos os elos que compõem a cadeia da pecuária são influenciados. Luciano Vacari explica que quando há aumento no preço do bezerro, a arroba também tende a ser valorizada e consequentemente isso chega ao consumidor final. “Quando há aumento no preço da arroba isso é refletido no mercado de carnes, mas nem sempre a proporção é a mesma. O varejo tende a majorar a valorização, prejudicando o consumidor de carne”.

REDUÇÃO NO REBANHO

A crescente participação das fêmeas nos abates terá como consequência a redução no rebanho comercial de Mato Grosso, atualmente com 28,6 milhões de animais e considerado o maior do país. Levantamento do Imea aponta que, sempre que o abate de fêmeas em um ano equivale a 10% ou mais do total de vacas há uma redução no rebanho total.

Assim, Luciano Vacari afirma que a partir deste ano a redução no rebanho mato-grossense será mais acentuada. “Ano passado houve uma variação de 1,8%, mas até 2015 a redução do rebanho será progressiva e mais impactante para o Estado”.

Agrolink com informações de assessoria

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Comitiva russa desembarca no domingo no país para visitar frigoríficos

Russos ficarão no Brasil duas semanas para visitar 16 estabelecimentos, incluindo o Estado

Comitiva russa desembarca no domingo no país para visitar frigoríficos Jean Schwarz/Agencia RBS
Em 2012, grupo que esteve no Estado teve direito a tapete vermelho na chegada à CapitalFoto: Jean Schwarz / Agencia RBS
Gisele Loeblein
Desembarca no domingo nova comitiva da Rússia que ficará duas semanas no país visitando frigoríficos. Conforme o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, serão 16 estabelecimentos,10 de bovinos, cinco de suínos e um de aves. 

Estão incluídas nesta lista unidades localizadas no Rio Grande do Sul. No ano passado, o grupo que esteve no Estado teve direito até a tapete vermelho na chegada à Capital (foto). 

Embora o secretário afirme que a pauta da missão não é o embargo e, sim,uma vistoria de rotina,a presença dos russos renova as esperanças quanto a possíveis desdobramentos para a restrição imposta aos embarques de unidades de Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, que completou dois anos.

Em abril,duas plantas paranaenses foram habilitadas a vender frango. Com relação à indústria de suínos – que comemora a retomada dos embarques para a Ucrânia –, Porto diz que há expectativa de que novas plantas sejam habilitadas pelos russos – hoje, são duas catarinenses, uma mineira e uma goiana.
ZERO HORA

Boi gordo: ofertas de compra a preços maiores estão mais frequentes

por Douglas Coelho


A disponibilidade enxuta de animais terminados tem gerado negócios em preços mais altos. Parte dos frigoríficos paulistas subiu os preços em relação ao início da semana.

Em São Paulo, a referência para o boi gordo está em R$99,50/@, à vista, e R$100,50/@, a prazo.

As programações de abate não estão confortáveis e atendem, em média, três dias úteis no estado.

No atacado de carne com osso, os preços do dianteiro e da ponta de agulha puxaram as valorizações.

O boi casado de animais castrados é negociado por R$6,30/kg, alta de 0,5% frente ao início desta semana.

A perspectiva é de cotações firmes para o boi gordo nos próximos dias.

Pelo lado da oferta, as boiadas de confinamento não são negociadas em volume suficiente para pressionar os preços. Além disto, a expectativa de melhora da movimentação no atacado colabora com o cenário de firmeza.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Brasileiro eleva consumo de carne para 42 quilos por ano, aponta CNA

O consumo de carne no Brasil cresceu de 36 quilos por pessoa por ano em 2010 para 42 quilos neste ano, confirmando que o Brasil é uma boa opção de mercado. A afirmação é da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, durante palestra “A visão do setor produtivo”, apresentada para cerca de mil empreendedores rurais de 11 países, nessa quarta, dia 26, no Congresso Internacional da Carne, em Goiânia.
– Estamos bem no mercado externo, a Europa é um exemplo disso. De tudo o que importam, 20% sai do Brasil. Mas nosso foco tem sido a China, queremos aumentar a cultura de consumo de carne naquele país e estamos agindo nesse sentido, sem desvalorizarmos o consumo dos brasileiros, que faz toda a diferença – afirmou Kátia Abreu.
Para o diretor de relações institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Rogério Beretta, o acréscimo no consumo é reflexo dos gastos com a produção.
– As tecnologias desenvolvidas no Brasil deixam os custos de produção mais baratos do que em outros países, fazendo com que o preço para o consumidor seja mais atrativo – afirma Beretta, ao comparar o custo de produção da carne do Brasil, que chega a US$ 3 por quilo, com a carne da Europa, que pode custar US$ 6.
O debate intermediado pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, envolveu produtores rurais e pesquisadores da Austrália, Inglaterra, França, China, Argentina, Uruguai, Colômbia, Estados Unidos, México e Paraguai, que trocam informações com pecuaristas brasileiros, no intuito de alavancar o setor, tornando-o positivo para produtores e consumidores no que diz respeito à produção, preço e qualidade da carne.
Divulgando o tema do evento, “A melhor carne para alimentar o mundo”, o representante do International Meat Secretariat (IMS), Hsin Chung Huan, declarou sua admiração pela pecuária brasileira.
– Se a busca é pela melhor carne para alimentar o mundo, estamos no lugar certo – afirmou Huan antes de convidar os brasileiros a participarem do Congresso de 2014, na China, ressaltando o sucesso das edições anteriores em Paris e em Campo Grande (MS).
Fonte: Famasul

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Frigol é a nova parceira do Programa Carne Angus Certificada

expectativa é que sejam abatidos 800 animais por mês, declara o gerente da Frigol
A Frigol, com planta frigorífica em Lençóis Paulista (SP), é a mais nova parceira do Programa Carne Angus Certificada. O acordo foi assinado nesta quarta-feira, 19, no coquetel realizado durante a 19ª Feicorte, em São Paulo (SP). Agora o programa de certificação de carne da Associação Brasileira de Angus conta com oito frigoríficos parceiros, com 18 plantas distribuídas em sete Estados (RS, SC, PR, SP, MS, MT e GO).
Com a parceria, a expectativa é de que sejam abatidos 800 animais certificados por mês pelo programa, de acordo com o gerente Comercial da Frigol, Dorival Jr. A empresa alimentícia já possui a linha de cortes especiais ‘Prime Beef Angus Frigol’, que deverá receber o selo do Programa Carne Angus Certificada. “Com a chancela, com certeza agregaremos muito valor ao nosso produto. Há tempos buscávamos esta parceria que nos dá a autenticidade de um produto de qualidade superior”, comemora Dorival.
A importância estratégica da nova parceira, devido à localização de sua planta frigorífica, é ressaltada pelo presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques. “Lençóis Paulista está em uma região central de São Paulo. Por isso, confiamos que com a Frigol o Programa Carne Angus Certificada estará acessível a produtores de praticamente todo o Estado”, destaca.
Para o diretor do Programa de Certificação, Reynaldo Tittof Salvador, o acordo representa a evolução do planejamento da Angus Brasil de expandir a raça para diversas regiões do País. “Com a nova planta integrando o programa, já são 11 unidades frigoríficas instaladas no Sudeste e Centro-Oeste. Somos cada vez mais uma raça adaptada à pecuária tropical”, enfatiza Salvador.
Pecuária Sustentável. Outra novidade apresentada durante a 19ª Feicorte, segundo o gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros, será a entrada da Angus no Grupo de Pecuária Sustentável, que discute o desenvolvimento de práticas sustentáveis para a cadeia produtiva da carne nacional e conta com as maiores empresas e entidades do País ligadas à atividade.
Fonte: AI, adaptado pela equipe feed&food.

Pecuaristas paralisarão fornecimento de bovinos à indústria por 1 mês


O objetivo é chamar a atenção do poder público para as demandas do setor produtivo, entre elas o fim das demarcações de terras indígenas, que têm causado insegurança jurídica aos proprietários rurais.
Divulgação
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paralisação no abate de gado de corte começará no dia 20 de agosto e seguirá até o dia 20 de setembro,
Um grupo de produtores rurais do Mato Grosso do Sul lançou a Semana da Dependência. O movimento, que buscará a adesão de pecuaristas de todo o Brasil, paralisará o fornecimento de carne bovina para as indústrias, desabastecendo os estoques do país dentro de sete dias a partir de seu início, já que aproximadamente uma semana é o período máximo de armazenagem do alimento dentro do frigorífico. 

Mobilizados, os produtores rurais pretendem redigir uma lista de todas as demandas do setor para ser enviada Governo Federal, que serão consequentemente benéficas para sociedade, como entendem os organizadores da Semana da Dependência, como o barateamento dos alimentos nos supermercados. 

A paralisação no abate de gado de corte começará no dia 20 de agosto e seguirá até o dia 20 de setembro, evidenciando a falta de carne bovina nos açougues durante o feriado do Dia da Independência, 7 de setembro. 

fonte: Noticias da Pecuária

Abate de bovinos no primeiro trimestre de 2013 é recorde, aumentando 12,7%, abate de fêmeas também cresce (IBGE)

No primeiro trimestre de 2013 (1T13), foram abatidas 8,134 milhões de cabeças de bovinos, representando decréscimo de 0,7% em relação ao trimestre anterior e aumento de 12,7% frente ao primeiro trimestre de 2012. Geralmente, o abate de bovinos no primeiro trimestre é menor que no último trimestre do ano, destacando que a quantidade de bovinos abatidos no 1T13 foi a maior registrada em um primeiro trimestre e a do 4T12 foi a marca recorde da série histórica do abate de bovinos (Gráfico I.1), desde 1997, quando a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais foi iniciada.
O peso acumulado de carcaças no 1T13 (1,903 milhão de toneladas) tendeu a acompanhar o abate de bovinos, havendo retração de 2,4% frente ao trimestre  anterior e aumento de 13,2% em relação ao 1T12. O peso acumulado de carcaças de bovinos registrado no 1T13 também foi o maior registrado em um primeiro trimestre (Gráfico I.2).
De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, enquanto os subitens da carne bovina apresentaram deflação média de 0,89% no acumulado de janeiro a março de 2013, todos os demais produtos de origem animal (Carne de porco; Carne de carneiro; Pescados; Carnes e peixes industrializados; Aves e ovos; Leites e derivados) apresentaram aumento de preço no referido período. No acumulado dos últimos 12 meses, a carne bovina foi a proteína animal com menor aumento de preço (2,15%), ficando abaixo do índice geral da inflação calculado para o período (6,6%).
Segundo o indicador ESALQ/BM&F Bovespa do Cepea, o preço médio da arroba bovina de janeiro a março de 2013 foi de R$ 97,91, variando de R$ 97,02 a R$ 99,29. No mesmo período do ano anterior, o preço médio da arroba bovina foi de R$ 96,65, representando aumento da ordem de 1,31% no comparativo entre os primeiros trimestres 2013/2012.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação brasileira de carne bovina in natura no 1T13 teve melhor desempenho que no mesmo período do ano anterior, tanto em volume como em faturamento, mas apresentou decréscimo nesses dois quesitos no comparativo com o 4T12 (Tabela I.1). O preço médio da tonelada de carne bovina in natura exportada de janeiro a março de 2013 recuou 5,6% e 3,5% frente à igual período de 2012 e ao 4o trimestre de 2012, respectivamente.
Rússia (29,0%), Hong Kong (18,5%), Venezuela (14,4%), Chile (7,2%), Egito (6,9%), Irã (2,7%), Itália (2,5%), Israel (2,4), Holanda (1,9) e Líbia (1,8) foram os dez principais países importadores da carne bovina in natura do Brasil no 1o trimestre de 2013, respondendo juntos por 87,2% das importações do produto.
Pela série histórica da participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos (Gráfico I.3), observa-se que o primeiro trimestre de cada ano é o período no qual o abate de fêmeas geralmente alcança seu pico. Esse período é caracterizado pelo abate de matrizes improdutivas, quando os pecuaristas intensificam o abate de fêmeas para cumprir com compromissos de contrato, resguardando os machos, à espera da engorda.
Todas as Grandes Regiões do Brasil apresentaram aumento da quantidade de bovinos abatidos, no comparativo do 1T13 com o mesmo período do ano anterior. Esses incrementos foram da ordem de 17,5% no Centro-Oeste; 18,1% no Sudeste; 6,2% no Norte; 8,0% no Sul; e 2,3% no Nordeste. Entretanto, a Região Nordeste foi a única que apresentou decréscimo (-2,4%) no peso acumulado das carcaças produzidas. Verificou-se que o peso médio das carcaças produzidas no 1T13 (216 kg de carcaça), nesta Região, foi 10 kg menor que no 1o trimestre do ano anterior (226 kg de carcaça), sugerindo que pecuaristas com receio de terem maiores perdas com a seca, desfizeram-se de seus animais.
No ranking do abate de bovinos por Unidade da Federação (Gráfico I.4), os estados ocupantes das 11 primeiras posições apresentaram aumento da quantidade de cabeças abatidas, no comparativo do 1o trimestre de 2013 com o mesmo período do ano anterior. Todos esses estados também apresentaram incremento das exportações de carne bovina in natura, nesse mesmo comparativo (Tabela I.2; Secex, 2013), auxiliando a explicar parte do incremento do abate de bovinos nesses estados. Os Estados do Maranhão e Santa Catarina, que apresentaram decréscimo no abate de bovinos (Gráfico I.4) também apresentaram decréscimo nas exportações da carne bovina in natura (Tabela I.2; Secex, 2013).
No 1° trimestre de 2013, participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais 1.324 informantes do abate de bovinos. Dentre eles, 215 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 422 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 687 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 79,6%; 14,5% e 5,8% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as Unidades da Federação apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
Fonte: IBGE, resumida e adaptada pelo Time BeefPoint.

Cotações - Tabela de bonificações / Carne Pampa


 Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 26/06/2013
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 25/06/2013 - PRAÇA RS


Ver todas cotações    Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 7,00R$ 6,95
KG VivoR$ 3,50R$ 3,48
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,64R$ 6,58
KG VivoR$ 3,15R$ 3,13
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA

tabela de bonificações

tabela_nova_bonificacao.jpg (3782×2449)
fonte: Associação Brasileira de Hereford e Braford

Aumentou a participação de fêmeas nos abates no primeiro trimestre

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve aumento de 12,7% nos abates de bovinos sob algum tipo de inspeção (federal, estadual ou municipal) no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram 8,13 milhões de cabeças, ante 7,22 milhões no mesmo intervalo de 2012.

A participação de fêmeas nos abates aumentou 1,4 ponto percentual, passando de 45,5% no primeiro trimestre do último ano, para 46,9% neste. Figura 1.


Os abates de fêmeas (vacas e novilhas) somaram 3,82 milhões até março, acréscimo de 16,3%, na comparação com o resultado do início de 2012.

No mesmo intervalo os abates de machos (bois e novilhos) aumentaram 9,7%, de 3,94 milhões, para 4,32 milhões.

O aumento da oferta e participação de fêmeas nos abates corrobora com a fase de preços em baixa observada atualmente.

De janeiro a meados de junho de 2013, a cotação média em São Paulo foi 4,5% menor que no mesmo período de 2012, em valores deflacionados pelo IGP-DI.

Primeiro leilão exclusivo de novilhas Montana vende 100% e obtém média de R$ 3,8 mil por animal



Por  
Liquidez total no Leilão Virtual Mães de Touros Montana Calidad. Realizado na noite do último dia 18, e transmitido ao vivo pelo Canal do Boi, o remate contou com 54 novilhas Montana de 20 meses de idade em lotes individuais e duplos, todas abertas para acasalamento na próxima estação de monta, e obteve a média de R$ 3.820,00/cabeça.
De acordo com a gerente de operações do Programa Composto Tropical Montana, Gabriela Giacomini, este foi o primeiro leilão exclusivo para comercialização de fêmeas Montana já realizado. “O resultado foi um sucesso, com a obtenção de uma excelente média por animal”, ressalta Gabriela.
“A procura por fêmeas Montana tem crescido nos últimos anos, o que mostra o crescimento do interesse pelo composto e o reconhecimento da qualidade das nossas matrizes. Quem comprou as fêmeas terá todas as facilidades para se tornar um criador de Montana”, complementa.
Os touros Montana se destacam por serem totalmente adaptados à pecuária tropical, com altos índices de produtividade a campo e famosos pela facilidade de ganho de peso.

Programa Montana

Fundada em 1993 com o objetivo de produzir bovinos compostos, capazes de gerar heterose, rapido ganho de peso, precocidade sexual e carne de qualidade em ambiente tropical.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mapa atualiza regras para emissão de guias de trânsito por veterinários



Mapa atualiza regras para emissão de guias de trânsito por veterinários
Entre as novidades, profissionais poderão utilizar sistema eletrônico para emissão do documento

A regulamentação para que médicos veterinários sem vínculo com o serviço oficial possam emitir guias de trânsito animal (GTA) foi atualizada. A norma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) passa a valer a partir desta sexta-feira, 21 de junho, após publicação no Diário Oficial da União (DOU).

A legislação atualiza normativa publicada em 2006. Pelas novas regras, os Profissionais habilitados a emitir as documentações para o rebanho têm a opção de utilizar tanto documentos impressos quanto eletrônicos. “A legislação anterior não previa o sistema eGTA, que é feito por computador, mais ágil e já adotado nos principais estados pecuaristas do país”, explicou o chefe de Divisão de Trânsito Animal do Mapa, Gabriel Torres.

Outra novidade refere-se à emissão do documento para ruminantes na entrada e saída de eventos, como feiras e leilões. Anteriormente, apenas o serviço veterinário oficial podia emitir esse tipo de guia de trânsito.

Em relação às penalidades, foram definidas ações que valem para todo o país, e vão da suspensão à desabilitação do sistema oficial. “Essa medida é importante para unificar processos, pois antes cada estado definia as punições”, afirmou Gabriel. Também foram uniformizados os cadastros com as informações mínimas sobre os médicos veterinários habilitados.

Para habilitar-se no Ministério da Agricultura, o profissional precisa estar com o registro no Conselho Regional de Medicina Veterinário em dia, além de comprovar a assistência técnica para os rebanhos que terão GTAs emitidas. No Brasil, são emitidas cerca de 15 milhões desses documentos por ano por aproximadamente 2 mil veterinários cadastrados no serviço oficial.

Marfrig em busca de uma marca forte, Bassi e Montana podem substituir Seara

A preocupação atual do grupo Marfrig é a organização da transição, após a passagem da marca Seara para o JBS. A empresa deverá definir, no entanto, uma marca forte para a comercialização de seus produtos, em substituição à Seara. Esta, importante nos setores de aves e suínos, havia sido comprada da Cargill em 2009.
James Cruden, presidente-executivo da Marfrig Beef, diz que isso entrará em discussão na empresa. Ele diz, porém, que o grupo já tem marcas tradicionais e com boa presença no mercado brasileiro, como Montana e Bassi. Independente do nome a ser focado, o executivo diz que os olhares da empresa estarão voltados para produção de carne bovina.
Segundo ele, o objetivo é buscar um crescimento anual de pelo menos dois dígitos a partir do próximo ano. Para atingir esse patamar de crescimento, o grupo poderá optar por novas indústrias ou ampliação das atuais.
A produção de frango continuará com foco na Ásia, Estados Unidos e Europa, onde o grupo já tem empresas voltadas para essa área.
Para marcar presença em carne bovina, o grupo busca programas de produção padronizada e certificada. A exemplo do que já faz com produtores das raças Angus e Nelore, o Marfrig está estabelecendo parcerias com produtores das raças Hereford, Braford e Wagyu.
Cruden acredita na evolução do consumo de carne bovina no país, com boa demanda por carnes de qualidade. Em uma escala de 100 para a carne de boi comum, a de Nelore natural tem valor de 110; a de Angus, 120 e a de Wagyu, 140.
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Comentário BeefPoint: Na Feicorte, já vimos embalagens de carne Wagyu com a marca Bassi, que deve ser uma tendência para as linhas de carnes especiais de outras raças, como: Angus, Hereford e Nelore Natural. O Marfrig deve se posicionar oficialmente nos próximos dias sobre os programas de fomento de carnes especiais. O mercado ficou um pouco apreensivo, depois que as marcas Seara Angus, Seara Hereford e Seara (Nelore) Natural passaram ao JBS, com a venda da Seara.
Fonte: Matéria do Jornal Folha de São Paulo, coluna de Mauro Zafalon, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Real mais fraco representa lucros e ameaças à indústria da carne


 
O fortalecimento recente do dólar dos EUA em relação ao real brasileiro colocou os processadores e exportadores de carne brasileira em uma posição difícil. A receita vai subir para as exportações de carne se a taxa de câmbio continuar a aumentar, mas as empresas com dívida em dólar podem sofrer perdas incontroláveis, disseram líderes e analistas da indústria ao CarneTec Brasil nesta quinta-feira (20).
 
O dólar começou 2013 no nivel de US$1 = R$2,05 ante perto de R$1,80 no começo de2012. Ataxa de câmbio foi mantida constante até o início de maio deste ano com várias manobras do Banco Central do Brasil, a uma taxa entre R$2 e R$2,10, o que a maioria da indústria da carne considerava ideal para um lucro estável e preços competitivos.
 
Mas ao longo das últimas seis semanas, a moeda do Brasil desvalorizou para R$2,24, com base na cotação de 20 de junho/quinta-feira. A moeda foi impulsionada para baixo por vários fatores, incluindo a política monetária nos Estados Unidos, e comentários negativos sobre o Brasil pelas agências de risco. A recente escalada de protestos sociais em todo o País pode contribuir, possivelmente, para uma maior desvalorização.
 
Com uma moeda mais fraca, os exportadores de carne como a JBS, BRF e outros estão relatando ganhos ano-a-ano nas suas receitas de exportação. As exportações brasileiras de carne bovina de janeiro a maio estabeleceram um novo recorde de receita, com US$2,5 bilhões, que melhorou as vendas anuais em 15%.
 
A taxa de câmbio enfraquecido ajuda a promover as exportações, e ainda há espaço para o crescimento da demanda global das exportações de carne, disse Fernando Sampaio, diretor-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). 'No Brasil estamos acostumados com taxas de R$3 ou mais nos últimos anos. ... Se o real fica mais fraco, ele só irá ajudar os exportadores daqui mais'.
 
A capacidade de ganhar mais reais por dólar também está permitindo aos processadores brasileiros oferecerem descontos em dólares a clientes de exportação e manter a mesma receita em reais, disse Cesar de Castro Alves, analista do setor na consultoria MBAgroem São Paulo.
 
Mas, os produtores e exportadores brasileiros enfrentam vários custos em dólares que agora estão subindo, desde entradas de soja e milho até custos operacionais de exportações, disse Ricardo Santin, diretor de mercados para o União Brasileira de Avicultura (Ubabef).
 
'É preciso lembrar que os grãos seguem negociações de preços atreladas também ao dolar (CBOT), e podem ficar mais caros no mercado interno quando aumentam as vendas internacionais (por conta da concorrência com as exportações destes insumos que ganham competividade no mercado externo com um dólar mais forte frente ao real)', disse ele por email.
 
'Isto implica diretamente nos nossos custos e certamente na nossa competitividade”, observou Clever Pirola Ávila, presidente do Sindicarne. 'Além disso impacta no mercado interno, a nível de inflação – o que provoca um impacto no poder de compra dos consumidores e infelizmente, reduzindo o consumo'.
 
Potencialmente, o impacto mais negativo de uma taxa de câmbio que varia sem controle neste ano pode ser sentido pelos frigorificos que possuem grandes quantidades de dívida em dólares, disse o analista Castro Alves.
 
'Isso pode ser maior que o impacto positivo nas exportaçoes', disse ele. '(As empresas) que têm receita em reais e dívida alta em dólar poderão apresentar problemas. Mas acho que o pior é a volatilidade de taxa, pois nem uma das duas pontas (comprador e vendedor) sabe bem como se posicionar'.
 
Fonte: CarneTecBrasil

Preços valorizam com menor oferta de terneiros

Estiagem do ano passado e busca por reposição de matrizes influenciam a pecuária no Rio Grande do Sul
Patrícia Comunello
Menor oferta de animais, associada ao efeito da estiagem de 2012 e aos abates de matrizes nos últimos anos, é apontada como principal fator para a elevação dos preços dos terneiros no mercado de compra e venda no Estado. Na temporada dos chamados leilões de outono, produtores registraram média do quilo de R$ 4,31, alta de 6,2% frente aos remates oficiais do mesmo período do ano passado, segundo o sindicato do setor.

Na praça gaúcha (que reúne negócios oficiais e aqueles diretos nas propriedades), o preço médio do bezerro desmamado ficou em R$ 673,33 em maio, 5,2% acima do valor obtido no mês em 2012, segundo a Scot Consultoria, que monitora o comportamento do mercado no Estado, em Mato Grosso do Sul e em São Paulo. Especialistas e leiloeiros citam que a redução de terras para pecuária, com a expansão da soja na Metade Sul, não significará necessariamente desestímulo ao mercado. A maior venda de matrizes no leilão também surge como fator que reforça a reposição de rebanho nos próximos anos.

O analista da consultoria, Renato Bittencourt, vislumbra que os produtores deverão buscar maior produtividade por hectare, ainda baixa nos campos do Estado, caso o avanço da soja se mantenha. Pelo acompanhamento da Scot, o mercado gaúcho de terneiros ficou atrás do paulista e sul-mato-grossense, com valorização de 9,8% e 6,6%, respectivamente. Os pecuaristas do Estado obtêm níveis mais elevados no boi gordo, que chegou a R$ 99,46 no mês passado, levemente acima dos R$ 97,98 do ano passado. São Paulo e Mato Grosso do Sul também apresentam recuperação nesse setor.

Bittencourt associa a elevação na cotação de exemplares para terminação à demanda de reposição, mais aquecida e que pode ter influência na expectativa de continuidade, nos próximos anos, das exportações de gado em pé, ramo que cresceu na balança comercial local. O analista lembra, porém, que parte das aquisições foi adiada em maio devido ao atraso na formação de pastagens, adiada pelas geadas. Junho deverá fechar com maior nível de preços. Ele cita que a menor oferta de terneiros está associada ainda ao efeito dos abates de vacas nos últimos anos. “Pecuaristas estão retendo matrizes para elevar a produção de terneiros”, associa Bittencourt.

O presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do RS (Sindiler-RS), Jarbas Knorr, reforça que o saldo dos remates confirma a restrição na oferta. Dados das empresas de remates apontam que 34,2 mil terneiros foram negociados nos leilões de outono, quando 54,2 mil animais foram arrematados (incluindo terneiras e vaquilhonas). Em 2012, foram 40,4 mil terneiros, 15,4% mais que as vendas deste ano. Entre 2011 e 2013, a queda foi de 34%.

Knorr afirma que o volume de negócios não surpreende. “É aquela história de oferta menor e demanda maior, o que pressiona os preços.” O presidente do Sindiler-RS afirma que o setor pecuário está sofrendo ainda os efeitos da estiagem, que reduziu a alimentação nos campos e comprometeu a manutenção de plantéis, entre fim de 2011 e março de 2012, e dos abates de fêmeas e venda de matrizes para outros estados produtores. “Os animais foram embora e deixaram de produzir aqui”, constata o dirigente, que se preocupa com a evolução da demanda futura, pois a retenção de matrizes elevará a oferta de terneiros. “Com a ocupação de campos pela soja, cairá a procura pelos animais.”

Leiloeiros projetam impactos para negócios na Primavera

Os leilões oficiais nos últimos três anos registraram uma evolução positiva em outro segmento da pecuária, na demanda por vacas. O Sindiler-RS teve aumento de 67% no número de vaquilhonas comercializadas entre 2011 (4,232) e 2013 (7.076). A dúvida, admite o presidente do sindicato, Jarbas Knorr, é se o aumento reflete uma maior procura para reforçar a capacidade reprodutiva das propriedades gaúchas ou se parte dos negócios é impulsionada pelo fluxo de compradores de outros estados.

Por outro lado, a busca por matrizes e a valorização de terneiros deve beneficiar os leilões de touros a partir de setembro, na primavera, projetam empresários de remates. O termômetro será a Expointer, realizada em agosto. O leiloeiro Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, aposta no impacto, pois a demanda por cobertura deve ocorrer para colocar as vacas em cria. Silva aposta na elevação entre 5% e 10% das vendas. A Trajano registrou alta de 30% no volume de fêmeas comercializadas na temporada do outono, saldo considerado extraordinário pelo leiloeiro.

“É uma mudança em relação ao que vinha ocorrendo nos últimos anos, mas vai demorar para reverter a oferta, além de custar caro”, previne. Pelo ciclo produtivo, a oferta de terneiros verificará maior expansão a partir de 2016.  Silva identifica ainda uma demanda mais forte de grupos empresariais com sede no Estado por animais, principalmente os lotes com maior qualidade.

A opção pela cultura da soja, que seduz arrendadores ante a possibilidade de ganhos maiores sem os custos da pecuária, pode motivar alguns setores a reduzir o espaço da pecuária na Metade Sul. Mas Silva avalia que o pecuarista que prioriza produtividade nas terras manterá a aposta no incremento e na atratividade do mercado para seu rebanho nos próximos anos.

O veterinário e um dos donos da Rédea Remates, de Santa Vitória do Palmar, Gustavo Arriada Petruzzi, percebe o efeito da entrada do grão em propriedades menores. Petruzzi, que chegou a registrar R$ 5,25 por quilo de terneiro em um dos leilões, citou que a oferta de crédito para aquisição de matrizes também impulsiona os negócios.

FONTE: JORNAL DO COMERCIO

domingo, 23 de junho de 2013

Vaivém das commodities

mauro.zafalon@uol.com.br 
Apesar da compra menor da Venezuela, Brasil exporta mais gado vivo no anoAs exportações brasileiras de gado em pé voltaram a crescer. De janeiro a maio, somaram 233 mil cabeças, 13% mais do que em igual período do ano anterior.
Essa alta ocorre mesmo com a retração nas compras da Venezuela, principal importador de gado vivo do Brasil nos últimos anos.
Os venezuelanos, que chegaram a importar 220 mil cabeças de janeiro a maio de 2010, reduziram as compras para 160 mil animais no mesmo período deste ano.
Esse número de animais importados neste ano pelo país vizinho representa queda de 4% em relação aos primeiros cinco meses de 2012.
O Brasil perde espaço na Venezuela, mas ganha novos mercados, como os da Jordânia, da Angola, do Congo, do Suriname e do Paraguai.
Em vários desses mercados, no entanto, as exportações se limitaram a gado reprodutor, com valor mais elevado do que os de corte.
Para melhorar o rebanho, a Venezuela importou 15,4 mil animais de reprodução neste ano, 73% mais do que em igual período de 2012.
O Líbano, segundo principal mercado para os animais vivos brasileiros, fez a diferença nessa alta nas exportações brasileiras neste ano.
Os libaneses importaram 41 mil animais vivos até maio, 157% mais do que em igual período de 2012.
O aumento das vendas de animais vivos trouxe também mais divisas para o país. Até maio, as receitas somaram US$ 261 milhões, 7% mais do que no ano passado, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
A líder Venezuela deixou US$ 192 milhões no mercado brasileiro neste ano, 6% menos do que em igual período do ano passado.
Fonte: Senado na Midia

Pará vai exportar 500 mil bois vivos


As exportações de boi vivo no Estado alcançaram 420 mil cabeças em 2012. A estimativa para 2013 é aumentar esse número para 500 mil cabeças. O Pará é o maior exportador, colocando 95% do boi vivo no mercado externo. Esse tipo de exportação representou a injeção de US$ 885 milhões no Estado no ano passado.

A Venezuela foi o país que mais importou gado vivo paraense em 2012 (368. 496 cabeças), vindo em seguida o Líbano (65.966 cabeças) e Egito (10.957 cabeças). No ano passado, o faturamento com as exportações de bovinos vivos correspondeu a 37% do PIB da pecuária paraense e 22% do PIB do agronegócio estadual.

As perspectivas de abertura de mercado internacional ficaram ainda maiores depois que o Estado do Pará se tornou 100% área livre de febre aftosa. A exportação de gado vivo brasileiro é feita em navios adaptados, ou seja, em navios que também transportam veículos, contêineres e outros. Além de serem antigos, alguns navios chegaram a quebrar e até naufragar em alto mar, tendo como consequência a morte de milhares de animais e tripulantes.

Em julho próximo, pela primeira vez estará no Pará, no porto Vila do Conde, em Barcarena o transatlântico “Ocean Outback” um dos navios mais modernos do mundo, considerado o “transatlântico do boi vivo”. O “bem-estar animal” se tornou hoje uma das principais bandeiras das entidades ambientalistas e o Ocean Outback, construído em 2010, foi criado com estrutura específica para transportar animais vivos e pode transportar até seis mil cabeças gado ou 25.000 ovelhas.

Adriano Caruso, general manager da Wellard Brasil, subsidiária da multinacional australiana Wellard, que construiu o navio, ressalta que o Ocean Outback é a nova geração em design de navio de gado. “O custo da embarcação ultrapassou os US$50 milhões. O projeto e a construção do navio estavam focados num objetivo, que é dar maior bem-estar e segurança aos animais, ao navio e à tripulação”, explicou.

O navio possui um sistema de propulsão independente duplo, motor separado e hélices, fornecendo níveis de redundância e, portanto, mais segurança, raramente vista em navios de cruzeiro e nunca antes construído em navios de gado. “O Ocean Outback foi classificado pelo Registro Italiano Navale (RINA) como um ‘Green Star navio’, devido a suas baixas emissões e projeto de prevenção de poluição e sistemas”, destaca Caruso.

O navio possui uma velocidade de 17 Knots sendo que, em média, os navios adaptados tem 12,5 Knots, uma diferença de 4,5 Knots. “Ou seja: uma viagem do porto de Barcarena ao porto Puerto Cabello na Venezuela levaria cinco dias e meio pelos navios adaptados. Já o Ocean Outback pode chegar em quatro dias, com uma redução considerável no tempo de viagem”.

Adriano Caruso possui experiência de mais de 680.000 animais embarcados no Brasil desde 2007. Ele diz que a Wellard possui mais quatro navios com a engenharia e tecnologia do Ocean Outback.

A Wellard do Brasil assinou este mês um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Publico Federal, se comprometendo a praticar procedimentos pautados na defesa do meio ambiente.

Rebanho do Pará abre mercado internacional

Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), diz que a pecuária paraense tem demonstrado muita capacidade no aumento da sua produção, internalizando cada vez mais recursos para o Estado. “Hoje temos uma oferta de 4 milhões de cabeças para abate por ano. Dessas, 2,8 milhões são comercializadas diretamente nos frigoríficos, que são abatidos e comercializados no Estado e fora do Estado. Um milhão e 200 mil cabeças que são comercializadas vivas. Desses, algo em torno de 700 mil cabeças tem sido comercializadas nos últimos 20 anos para o nordeste brasileiro, em Estados que não tem a produção de matéria-prima nessa área”, contabiliza.

A partir de 2005/2006 o Pará começou a exportar boi vivo para o Líbano, depois Venezuela e hoje para o Egito. “O Pará atualmente representa 95% da exportação de boi vivo, em função da nossa pecuária e sobretudo da nossa condição portuária e logística. Os outros 5% são animais embarcados no Rio Grande do Sul”.
Fonte: Diário do Pará

Evento debate a cadeia produtiva de bovinos de corte - PELOTAS

Ocorreu na terça feira(18), mais uma rodada do “Projeto Mãos Dadas Pelo Ensino – Rodada de Difusão Empresarial em Veterinária”. O evento reuniu mais de 80 participantes dos segmentos da produção, indústria, fornecedores de insumos para a pecuária, entidades de gestão do agronegócios, técnicos, estudantes de veterinária, agronomia e zootecnia da UFPel, além de comerciantes e consumidores. Segundo Ana Paula Vogg, coordenadora acadêmica do Projeto Mãos Dadas Pelo Ensino, “foi um sucesso de público e de resultados pelo entusiasmo e impacto que produziu nos participantes”.
Gabriel Fernandes, Administrador da Estância Santa Maria, representando os produtores de bovinos de corte, salientou os esforços tecnológicos e de investimentos no sentido de atender às expectativas da indústria e dos consumidores, tratando a pecuária como negócio rentável. Estes esforços têm promovido melhorias de acabamento das carcaças e favorecem a expressão da qualidade genética dos rebanhos na busca de marcadores de precocidade no acabamento, maciez e marmoreio da carne.
Na visão de Juliano Bolzoni, Gestor de Agronegócios do SEBRAE-SUL, moderador da mesa de discussões, “a rodada colocou na mesa três importantes elos da Cadeia Produtiva da Carne, que reforçaram as ações estratégicas que as entidades como o SEBRAE estão trabalhando para melhoria de resultados, disponibilizando melhor qualidade, constância de abastecimento, satisfação dos clientes com maior rentabilidade e sustentabilidade do sistema produtivo”. A indústria, através de Diego Brasil, gerente de Fomento do Frigorífico Marfrig, ressaltou as peculiaridades da qualidade da carne gaúcha, que destaca o Estado como fornecedor de carnes especiais com maior agregação de valor e atendimento de mercados diferenciados nacionais e internacionais.
Na visão de Roberto Grecellé, coordenador de Carteira Setorial da Bovinocultura de Corte do SEBRAE, o setor tem evoluído muito comparado com outros estados, porém são necessárias muitas estratégias de marketing para mudar erros culturais de conceitos de produto e promover difusão do conceito de qualidade no mercado.
fonte: Ufpel PROJETO MÃOS DADAS PELO ENSINO

Aumenta poder de compra para carne bovina

O poder de compra da população brasileira, em relação à carne bovina, aumentou em 2013. 

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 16,0% da renda da população é destina a compra de alimentos.

Sendo assim, com o valor do salário mínimo atual, nos primeiros seis meses de 2013, foi possível comprar, em média, 5,12 quilos de carne bovina, 4,8% a mais do que no mesmo período de 2012.

Considerando somente o preço médio da carne bovina em junho, o poder de compra vigente é 1,5% maior que no mesmo período do ano passado e está em 5,2 quilos.
Fonte: Scot Consultoria

Produtores conseguem preço até 10% maior nesta modalidade


Produtores conseguem preço até 10% maior nesta modalidade
A carne produzida com rigoroso controle de qualidade e certificada tem animado o mercado brasileiro. O momento é tão bom para este segmento que só não vende mais porque falta este tipo de carne no mercado. Pecuaristas que investem neste nicho chegam a receber até 10% a mais na hora da venda.
Cada raça tem critérios específicos de produção. O experiente pecuarista Carlos Viacava diz que os criadores de nelore resolveram inovar há 13 anos, quando começaram a produzir o chamado nelore natural. No programa de qualidade desta raça, são abatidos 30 mil animais por mês, 20% certificados conforme o padrão que o selo exige.
Os criadores de hereford e braford, gado mais comum no Sul, também estão de olho neste mercado. De 60 mil animais abatidos por ano, 40% são certificados. Alfredo Drissen, superintendente da Associação Brasileira de Braford e Hereford diz que a associação trabalha com cinco marcas diferentes, até agora focadas na região Sul. Um novo selo foi lançado na Feicorte, a Feira Internacional da Carne, visando ampliar esse foco para outras regiões.
O espaço da Feicorte foi o local escolhido também pela empresa de Walter Celani, gerente de fomento da ovinocultura de corte da VPJ Alimentos, para divulgar um produto de ponta: a carne de cordeiro certificada. Um produto com padrão internacional, segundo Celani. Para chegar a tanto, a criação, que fica em Mococa, no interior de SP, obedece critérios de qualidade desde a reprodução até o abate. A carne de cordeiro, que já é um nicho de mercado, ganha assim mais um diferencial.
Tudo indica que os consumidores também estão dispostos a pagar mais pela carne certificada. Uma pesquisa de Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que os consumidores aceitam pagar de 20% a 70% a mais se a carne for certificada. Mas ainda faltam estimativas do volume de vendas para melhor orientar este mercado.
Fonte: Sebastião Garcia| São Paulo(SP)