Adriano Caruso, general manager da Wellard Brasil, subsidiária da multinacional australiana Wellard, que construiu o navio, ressalta que o Ocean Outback é a nova geração em design de navio de gado. “O custo da embarcação ultrapassou os US$50 milhões. O projeto e a construção do navio estavam focados num objetivo, que é dar maior bem-estar e segurança aos animais, ao navio e à tripulação”, explicou.
O navio possui um sistema de propulsão independente duplo, motor separado e hélices, fornecendo níveis de redundância e, portanto, mais segurança, raramente vista em navios de cruzeiro e nunca antes construído em navios de gado. “O Ocean Outback foi classificado pelo Registro Italiano Navale (RINA) como um ‘Green Star navio’, devido a suas baixas emissões e projeto de prevenção de poluição e sistemas”, destaca Caruso.
O navio possui uma velocidade de 17 Knots sendo que, em média, os navios adaptados tem 12,5 Knots, uma diferença de 4,5 Knots. “Ou seja: uma viagem do porto de Barcarena ao porto Puerto Cabello na Venezuela levaria cinco dias e meio pelos navios adaptados. Já o Ocean Outback pode chegar em quatro dias, com uma redução considerável no tempo de viagem”.
Adriano Caruso possui experiência de mais de 680.000 animais embarcados no Brasil desde 2007. Ele diz que a Wellard possui mais quatro navios com a engenharia e tecnologia do Ocean Outback.
A Wellard do Brasil assinou este mês um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Publico Federal, se comprometendo a praticar procedimentos pautados na defesa do meio ambiente.
Rebanho do Pará abre mercado internacional
Carlos Xavier, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), diz que a pecuária paraense tem demonstrado muita capacidade no aumento da sua produção, internalizando cada vez mais recursos para o Estado. “Hoje temos uma oferta de 4 milhões de cabeças para abate por ano. Dessas, 2,8 milhões são comercializadas diretamente nos frigoríficos, que são abatidos e comercializados no Estado e fora do Estado. Um milhão e 200 mil cabeças que são comercializadas vivas. Desses, algo em torno de 700 mil cabeças tem sido comercializadas nos últimos 20 anos para o nordeste brasileiro, em Estados que não tem a produção de matéria-prima nessa área”, contabiliza.
A partir de 2005/2006 o Pará começou a exportar boi vivo para o Líbano, depois Venezuela e hoje para o Egito. “O Pará atualmente representa 95% da exportação de boi vivo, em função da nossa pecuária e sobretudo da nossa condição portuária e logística. Os outros 5% são animais embarcados no Rio Grande do Sul”.
Fonte: Diário do Pará
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