sábado, 14 de janeiro de 2017

Brasil exporta 1,4 milhão de toneladas de carne bovina e fatura US$ 5,5 bilhões em 2016

Incremento nas exportações em dezembro foi de 14% em volume e 7% em faturamento em relação ao mês anterior

São Paulo, 11 de janeiro de 2017 – As exportações brasileiras de carne bovina fecharam o ano de 2016 com faturamento de US$ 5,5 bilhões. De janeiro a dezembro, foram embarcadas mais de 1,4 milhão de toneladas. Em comparação com o ano anterior (2015), o volume embarcado teve um aumento de quase 1%. Porém, o faturamento registrou uma retração de 7%. 

O cenário cambial em queda somado a problemas conjunturais de importantes mercados para a carne brasileira - como Rússia, Venezuela, e Egito - refletiram negativamente nos números de exportação do setor em 2016.

Hong Kong, mais uma vez, liderou as importações de carne bovina brasileira, com 11% de aumento no volume comprado e 5% em receita. Outro grande destaque do ano foi a China, que ocupou a terceira posição entre os maiores compradores do produto nacional.
 
Posição
País
Faturamento US$ (jan a dez/2016)
Volume em toneladas (jan a dez/2016)
1
HONG KONG
1.145.445.399,01
330.509,84
2
UNIÃO EUROPEIA
739.346.247,05
117.767,70
3
CHINA
706.297.670,92
165.754,27
4
EGITO
551.273.132,52
176.871,89
5
RÚSSIA
408.156.790,68
138.785,21
6
IRÃ
369.623.740,63
94.985,17
7
CHILE
300.960.668,81
71.027,00
8
EUA
284.453.955,51
33.268,66
9
VENEZUELA
131.933.285,76
22.704,09
10
ARÁBIA SAUDITA
112.487.027,35
29.238,70

Em 2016, dentre as categorias de carne exportadas pela indústria brasileira, a in natura liderou as vendas, totalizando um faturamento de US$ 4,3 bilhões e 1,1 milhão de toneladas embarcadas de janeiro a dezembro.
 
Posição
Categoria
Faturamento US$
Volume (toneladas)
1
In natura
4.349.080.621,67
1.077.281,64
2
Industrializada
600.964.419,74
105.572,58
3
Miúdos
496.208.113,92
195.552,30
4
Tripas
49.802.242,73
18.743,91
5
Salgadas
19.706.103,09
3.283,43

Se considerado somente o mês de dezembro de 2016, o faturamento das exportações de carne bovina brasileira registrou US$ 455 milhões em vendas externas, um aumento de 7,4% em relação a novembro de 2016. Já em volume embarcado, foram 113,4 mil toneladas, com crescimento de 13,8% se comparado com o mês anterior.   
 
Posição
País
Faturamento US$ (dez/2016)
Volume em toneladas (dez/2016)
1
HONG KONG
93.799.705,57
26.174,27
2
UNIÃO EUROPEIA
66.922.681,01
10.041,74
3
CHINA
63.214.443,81
15.086,91
4
IRÃ
46.976.627,22
12.156,73
5
RÚSSIA
39.040.494,76
12.821,30
6
CHILE
37.089.123,68
8.234,07
7
EUA
19.005.741,68
2.449,37
8
ARÁBIA SAUDITA
13.689.649,91
3.433,22
9
EGITO
12.523.646,51
4.137,57
10
EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
9.232.932,84
2.237,74


Para 2017, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (ABIEC) estima uma recuperação nas exportações com acréscimos no volume e faturamento. Novos mercados estarão no foco da entidade para este ano, como Coreia do Sul, Taiwan, Indonésia, Canadá, México e Japão. “Estados Unidos e União Europeia também estarão no centro das atenções para ampliarmos nossa presença”, afirma Antônio Jorge Camardelli, presidente da ABIEC.

Fonte: ABIEC

Turquia reduzirá drasticamente taxas para importação de gado em pé


Cifras: 283.817 vacunos se exportaron en pie desde Uruguay en 2016

Foto: El Observador
Turquía bajará de 60% a 10% el arancel para ganado en pie
Se espera que el país importe unas 500 mil cabezas en 2017

En estas horas Turquía podría anunciar una importante baja en el porcentaje de aranceles a la importación de ganado en pie. Los importadores privados pasarían de pagar de 60% a 10%, mientras se proyecta la compra de unas 500 mil cabezas para 2017.
Anualmente Turquía importa aproximadamente ese volumen de animales para terminación y posterior faena, considerando más de 20 países proveedores, entre ellos Uruguay. En 2016 desde Uruguay se exportaron hacia ese destino más de 250 mil reses, cifra que demuestra el fuerte interés de ese país por los ganados uruguayos.
Cabe recordar que en el último año el gobierno turco decidió intervenir el mercado del ganado en pie, subiendo el arancel de 10% a 60% al sector privado y realizó licitaciones y compras oficiales sin aranceles. Su objetivo era bajar el precio de la carne en el mercado interno pero eso no se logró. Por eso ahora se decide revertir esa medida, y que la actividad vuelva a funcionar como antes.
El presidente de la Unión de Exportadores de Ganado en Pie (UEGP), Alejandro Dutra, recordó que los negocios que se realizaron el año pasado fueron con el gobierno turco, por lo tanto libre de aranceles; y no estimó grandes cambios en los precios, porque si bien habrá mayor competencia entre importadores privados, estos deberán pagar un arancel, mientras que en los negocios del año pasado ese impuesto no estaba incluido.
Durante 2016 el gobierno turco importaba los animales, se los daba a productores privados para que los terminen de engordar, y luego se faenaban en frigoríficos estatales. Ahora habrá productores que podrán importar directamente el ganado, pagando ese arancel de 10%, para poder faenarlos luego donde quieran.
Turquía demanda fundamentalmente terneros sin castrar –Uruguay es uno de los pocos países del mundo donde se faenan animales castrados–, de razas carniceras y sus cruzas.
Dutra dijo ayer al programa Tiempo de Cambio, de radio Rural, que también ve posibilidades de negocios para las terneras, categoría por la que ya se concretaron acuerdos comerciales a fines de 2016.
"Aún están por verse los resultados, pero la lógica es que si los machos anduvieron bien las hembras se desempeñarán de igual manera. Por eso entendemos que habrá un nicho interesante de mercado. Esperamos que se empiecen a firmar los contratos y creemos que las hembras también serán protagonistas en los embarques", expresó.
De todos modos aclaró que la demanda fue bastante exigente en la definición racial de las hembras, descartando los animales cruza. También en la edad, ya que el protocolo indica que el mercado es solo para animales de hasta 12 meses.
En estas primeras semanas del año los exportadores no están operando, pero a la vez la oferta es escasa. Se espera que la actividad de compras se retome en el mes de febrero.
La cifra: 283.817 vacunos
Se exportaron en pie desde Uruguay en 2016. La cifra es récord, ya que nunca antes se había comercializado ese volumen. El principal destino es Turquía.

Fonte: El Observador

NESPRO analisa os números do abate de bovinos no RS

NESPRO analisa os números do abate de bovinos no RS

Foto: Divulgação/Assessoria
Essa informação é uma prévia do INFORMATIVO NESPRO & EMBRAPA PECUÁRIA SUL a ser lançado nos próximos meses. O INFORMATIVO, na sua terceira edição, disponibilizará um conjunto de informações a respeito da bovinocultura de corte aos integrantes da cadeia produtiva da carne bovina.

Fonte: UFRGS - NESPRO

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

NUMEROS DO AGRO NO BRASIL


'Efeito Trump' poderá beneficiar mercado de carnes brasileiro

Desvalorização do real frente ao dólar e quebra de acordos comerciais deverá elevar embarques brasileiros
Com a posse oficial marcada para o próximo dia 20 de janeiro, o mundo volta suas atenções às expectativas de discurso do novo presidente norte-americano, Donald Trump, e como suas palavras e ações poderão afetar o comércio mundial.
Mas, apesar do nacionalismo de Trump pregado durante o período eleitoral ter assustado muita gente mundo a fora, essa postura poderá afetar positivamente as exportações de carnes pelo Brasil.
As promessas de rever acordos comerciais e de elevar os juros, teriam impactos diretos na relação dólar/real e no relacionamento dos Estados Unidos com importantes consumidores de carnes.
Especialmente com a expectativa de mais um ano complicado no Brasil, é para fora do país que se voltam os abates da indústria de frango, suínos e bovinos.
A estimativa inicial da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), aponta para crescimento nos embarques de carne bovina do Brasil  para 1,5 milhão de toneladas em 2017, após ficarem estagnadas em 1,4 milhão de toneladas em 2016.
Para o analista da Radar Investimentos, Douglas Coelho, "a interpretação do que Trump dirá dia 20 poderá, sim, ser relevante para esse mercado. Até mesmo podendo afetar as estimativas de exportação nos próximos meses".
"Atividade americana dando sinais de melhora, poderia trazer mais força ao dólar frente real, deixando as carnes brasileiras mais competitivas no mercado internacional", diz Coelho. No relatório Focus divulgado na segunda-feira (9), a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fechamento de 2017, foi estimado em R$ 3,45, contra dólar atual na casa de R$ 3,19.
O analista da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, também destaca que a desvalorização do real  deve mesmo ser o primeiro efeito a ser sentido no mercado nacional. “Eles prometem elevar os juros, com isso teríamos um retorno dos dólar aos Estados Unidos e com a valorização da moeda americana frente ao real, a possibilidade de conseguirmos exportar mais”, acrescenta.
Não só o cambio, mas abertura de outros mercados - que poderiam ter seus relacionamentos estremecidos com Trump - seria benéfica ao Brasil. Em termos mais gerais, Trump prometeu cancelar acordos de livre-comércio, como o Nafta (com México e Canadá) e o TPP (com China e países do Pacífico).
Neste contexto, o Brasil teria chances de fazer frente a importantes mercados, como México e Japão. Conforme a Abiec, estão "aceleradas" negociações com o governo mexicano, para abolir impostos em relação à importação de carne bovina.
As visões menos otimistas lembram, porém, que a política de subsídios à produção agrícola norte-americana é definida na Farm Bill, a lei plurianual periodicamente revisada. A próxima revisão deve ser em 2018 e pode trazer medidas protecionistas ao setor agropecuário.
“No caso da carne bovina, as proteções só não ocorrerão caso a produção interna não seja suficiente para atender a demanda ", acredita o analista de pecuária de corte da Rural Business, Júlio Brissac.
Mas, Lopes acentua que a possibilidade de quebra do acordo comercial recentemente estabelecido com o Brasil ‘sequer entrou no radar das discussões’, portanto, apesar de existirem, as chances seriam pequenas, ao menos no curto prazo.
Até o final de novembro, o Brasil exportou apenas 500 toneladas para os Estados Unidos, volume pequeno, mas simbólico para celebrar 17 anos de negociações entre os dois países e um importante selo para efetivação de novos mercados.
Vale ressaltar também, que as projeções indicam redução na produção da Austrália neste ano – um dos principais concorrentes do produto brasileiro -, fator que também colaborará para que o Brasil se posicione no mercado internacional em 2017.
Por outro lado, análise da Rural Business destaca que as grandes medidas anunciadas durante a campanha presidencial podem não se concretizar por pressão ou imposição de setores diversos da economia dos EUA.
Granjeiros
Segundo previsões da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) as exportações de carne suína devem aumentar até 5% em 2017. Enquanto prevê uma elevação de 3% a 5% tanto na produção, quanto nas exportações de carne de frango.
Dentre outros fatores, o presidente da ABPA, Francisco Turra, destaca o chamado 'Efeito Trump' como potencializador dos embarques nacionais do setor granjeiro. A política externa do presidente eleito dos Estados Unidos poderá colocar o México mais perto do Brasil.
Os mexicanos têm uma demanda grande por frango e por suínos e,  recentemente, elegeram o Brasil como uma nova fonte de mercado.
Contudo, para a indústria brasileira de carne de frango, a ascensão de Trump pode significar futuramente uma concorrência maior na Rússia, pela proximidade dele com o presidente Vladimir Putin. Mas, que poderia ser recompensado pelo México.
Assim como na carne bovina, outro ponto de atenção do setor granjeiro é o câmbio. Desde o terceiro trimestre o dólar voltou a se aproximar de R$ 3,50. Segundo Turra, o valor é considerado ideal pelos exportadores de aves e de suínos, e poderá se manter nesses patamares a depender da política econômica desenvolvida pelo novo governo norte-americano.
Agora, a incógnita está relacionada aos Estados Unidos e aos reflexos das estratégias efetivas que serão colocadas em vigor pelo governo do presidente eleito Donald Trump.

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas