sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

URUGUAY - Referencias de precios de hacienda

Preços aquém das expectativas, a crise e as oportunidades na pecuária

Oportunidade na pecuária
Já é velho e sabido que o Brasil vem passando por um período de crise. O triênio de 2014 a 2016 deve se consolidar como a pior crise da história recente do Brasil, segundo especialistas. E 2017 pode ser mais um ano de retração no PIB, ainda que pequena, mesmo que haja possibilidade de reação da economia a partir do segundo semestre, porém, podemos achar oportunidade na pecuária de corte.
Este cenário, uma hora ou outra, impacta em praticamente todos os elos e setores da economia, e na pecuária não está sendo diferente, porém, demorou um pouco mais. A relação oferta x demanda esteve favorável mais tempo no setor.
Porém, a alta taxa de desemprego e de endividamento que atingiu a população, afetou o consumo e as cotações do mercado boi em geral sentiram os efeitos em 2016.
Atualmente o preço do boi gordo no Rio Grande do Sul gira entre R$ 9,80 e R$ 10,50/kg de carcaça, a prazo, sem bonificações.
O preço médio da primeira quinzena de dezembro foi 3,6% maior que o mesmo período de outubro deste ano. Não caiu, mas estávamos acostumados a altas bem maiores que isso.
Considerando o mesmo período a título de comparação, a oscilação foi de 15,2% em 2013, 13,5% em 2014 e 15,5% em 2015, contra 3,6% em 2016, mesmo 14-15 já sendo anos de crise. São 10 pontos percentuais ou mais de diferença para 2016.
Em períodos como este que o pecuarista eficiente e o investidor consciente se destacam, pois conseguem enxergar oportunidade na pecuária nas dificuldades onde a maioria só vê obstáculos, seja na produção ou na comercialização.
É necessário cautela, planejamento e muito conhecimento, tanto nas negociações de gado como na aplicação de tecnologias e técnicas para aumentar a produtividade do rebanho.
Quando a oscilação de preços é menos favorável, como está ocorrendo agora, o impacto da eficiência na produção animal é multiplicado, pois quando as cotações têm altas constantes é bem mais fácil ter lucro, quando os preços não colaboram, é mais difícil ter um bom resultado, pois depende-se muito mais da parte produtiva.
Pastagens e suplementação bem planejadas, utilizadas e executadas ajudam a melhorar resultados, sempre. E são ainda mais importantes em períodos de preço menos favorável ou desfavorável. Acima de tudo, a gestão deve ser bem feita, pois é assim que podemos decidir qual a melhor tecnologia a ser aplicada no sistema.
Há algumas perguntas que podem ajudar muito a melhorar o lucro ou evitar prejuízos, tais como: Quais foram os resultados do seu sistema em 2016? O que mais impactou negativamente no seu resultado? Quais decisões tomar para o próximo ano? Dentre muitas outras, aproveite cada oportunidade na pecuária, seja em qualquer dos processos da produção.
Qualquer dúvida sobre gestão, planejamento de comercialização e viabilidade de tecnologias entre em contato pelo telefone/Whatsapp (53) 9 9995-2790 ou e-mail renato@lanceagronegocios.com.br
Por Renato Bittencourt

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Alternativa a fechamento do frigorífico da Marfrig, em Alegrete



Com poucas esperanças de reverter a decisão de fechamento do frigorífico da Marfrig em Alegrete, por conta da retração do mercado interno, mobilização de lideranças do setor e de funcionários é para que a planta possa ser ocupada por outra indústria. Arrendada pelo Frigorífico do Mercosul até 2031, a unidade já teria interessados. A liberação da planta, porém, terá de passar por negociação com a Marfrig que poderá manter a unidade locada para evitar concorrência na Fronteira Oeste. 
– Não podemos aceitar que o frigorífico seja fechado dessa forma, 748 empregos sejam perdidos e que ainda a planta industrial não seja liberada ao mercado – afirma Marcos Rosse, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação de Alegrete. 
A questão será discutida em reunião de conciliação prevista entre a empresa e o sindicato para a próxima quinta-feira no Ministério Público do Trabalho, em Porto Alegre. A intenção de liberar a unidade para outra indústria é justificada também pela disponibilidade de matéria-prima na região – ao contrário do alegado pelo Marfrig ao anunciar o encerramento das operações a partir de 3 de janeiro. Segundo o Sindicato Rural de Alegrete, o Rio Grande do Sul foi um dos únicos Estados a aumentar o número de abates em 2016. 
– Estamos prevendo incremento de 2% nos abates de bovinos neste ano, especialmente nos frigoríficos de inspeção federal, que é o caso do Marfrig. Oferta de gado existe na região – garante Pedro Píffero, presidente da entidade. 
O dirigente chama a atenção para a relevância da planta a ser fechada, habilitada para vender aos principais mercados importadores de carne. 
– Fazer reserva de mercado num frigorífico como esse não faz sentido – defende Píffero. 
Apenas comunicado sobre o fechamento da unidade, o governo do Estado alega que não houve espaço para negociação. 
– Há dois anos (no primeiro anúncio de fechamento), quando fizemos o apelo para que continuassem com a operação, o mercado estava em outra situação. A empresa não chegou a pedir agora, mas também não teríamos espaço para conceder incentivos fiscais nesse momento – disse Ernani Polo, secretário da Agricultura. 
Polo pretende reunir-se com diretores da empresa ainda nesta semana, para tentar negociar a liberação da planta para possíveis interessados.
fonte: ZH

Principais indicadores do mercado do boi – 19-12-2016

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
16/12/16Diferença
15/Dez09/Dez15/Nov/16
Boi Gordo – Esalq/BM&F à vistaR$ 148,960,04%-0,45%-0,13%
Bezerro – Esalq/BM&F à vistaR$ 1.264,320,86%2,54%1,88%
Margem bruta na reposiçãoR$ 1.193,52-0,82%-3,42%-2,17%
Boi Gordo – em dólaresUS$ 44,190,39%-0,02%2,05%
DólarR$ 3,37-0,35%-0,43%-2,13%
Fonte: Esalq/BM&F, Bacen, elaboração BeefPoint
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista apresentou alta de 0,04%, nessa sexta-feira (16) sendo cotado a R$ 148,96/@. O indicador a prazo foi cotado em R$ 149,94.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro apresentou alta de 0,86%, cotado a R$ 1264,32/cabeça nessa sexta-feira (16). A margem bruta na reposição foi de R$ 1193,52 e apresentou baixa de 0,82%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na sexta-feira (16), o dólar apresentou apresentou baixa de 0,35% e foi cotado em R$ 3,37. O boi gordo em dólares registrou valorização de 0,39%, sendo cotado a US$ 44,19. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 16/12/16
Vencimento Fechamento Diferença do dia anteriorContratos em abertoContratos negociados 
Dez/16149,71-0,192.544439 
Jan/17148,400,10523113 
Fev/17146,940,04600 
Mar/17147,020,17520 
Abr/17145,660,2620 
Mai/17144,56-3,191.36785 
Jun/17150,21-2,1327415 
Jul/17150,50-2,137012
Ago/17150,50-1,28566 
Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F – Estado de SPIndicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F – Estado de MS
DataÀ vista
R$/@
A prazo
R$/@
DataÀ vista
R$/cabeça
A prazo
R$/cabeça
08/12/16148,63150,0008/12/161228,841227,49
09/12/16149,63151,0809/12/161233,051235,53
12/12/16150,37151,7812/12/161230,841233,22
13/12/16149,14150,0013/12/161249,381251,78
14/12/16149,25150,1114/12/161253,481255,77
15/12/16148,90149,6515/12/161253,481255,77
16/12/16148,96149,9416/12/161264,321266,63
Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint.
O contrato futuro do boi gordo para dez/16 apresentou baixa de 0,19% e foi negociado a R$ 149,71 em relação ao dia anterior.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para dez/16
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
16/12/16Diferença
15/Dez09/Dez15/Nov/16
Traseiro (1×1)R$ 12,600,00%1,61%2,44%
Dianteiro (1×1)R$ 7,300,00%0,00%-2,67%
Ponta AgulhaR$ 7,600,00%1,33%1,33%
Equiv. FísicoR$ 178,670,00%1,48%2,01%
Spread Eq. Físico/EsalqR$ 29,71-0,20%12,41%14,31%
Fonte: Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint
No atacado da carne bovina, o equivalente físico foi fechado a R$ 178,67. O spread (diferença) entre os valores da carne no atacado e do indicador do boi gordo foi de R$ 29,71 e sua variação apresentou baixa de R$ 0,06 no dia. Conforme mostra a tabela acima.
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
O Spread é a diferença entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo. Desta forma, um Spread positivo significa que a carne vendida no atacado está com valor superior ao do boi comprado pela indústria, deixando assim esta margem bruta positiva e oferecendo suporte ou potencial de alta para o Indicador, por exemplo.
fonte: Beefpoint

La oferta seguirá dominando, China tiene que compensar


El Rabobank ve que la oferta seguirá dominando con incremento en la oferta desde América del Sur y Estados Unidos. China y otros mercados del sudeste asiático tienen el papel de equilibrar el mercado


La oferta seguiría manejando el mercado internacional de la carne vacuna durante 2017 lo que mantendrá los precios bajos, según el reporte del cuatro trimestre del Rabobank. “Con una producción en Brasil y Estados Unidos que crecería un 3% adicional en 2017, la oferta continuará dominando. La capacidad del mercado en balancear esta aumento en la oferta dependerá muy fuertemente de la capacidad de estimular la demanda, particularmente de los países asiáticos”, señaló el banco en su informe. 

Para Argentina y Brasil se espera un incremento en la oferta de carne luego de muchas meches de retención de hembras. “En Estados Unidos la producción doméstica seguirá creciendo a lo que se sumará la continua competencia de otras proteínas que también limitar una recuperación en los precios de la carne vacuna. La voluntad de los consumidores estadounidense de absorber la mayor demanda tendrá ramificaciones sobre los mercados internacionales”, indicó el reporte. 

China seguirá teniendo un papel clave. “China está absorbiendo una larga porción del excedente oferta global. Una menor producción doméstica hará que las importaciones continúen creciendo. Sin embargo, el crecimiento de la demanda se enlentecerá en algunos segmentos del mercado como resultado de las condiciones económicas más débiles”. 

El Rabobank advirtió sobre algunos factores que podrían elevar la oferta doméstica en China aunque sería algo de corto plazo. Las condiciones secas en la región de Mongolia Interior y los bajos precios de la leche han aumentado la faena de ganado. “Si bien esto ha empujado los precios del ganado a la baja las importaciones de carne se han mantenido competitivas gracias al mayor volumen que ingresa desde Brasil”. “Los actuales niveles más altos de producción serían seguida por una disminución en la oferta en 2017, lo que daría soporte a la demanda por importaciones”, indicó el banco especializado en materias primas.
fonte: Agrotemãrio

Exportación de ganado en pie ya suma 237.671 vacunos en 2016

Es la cifra más alta de la historia de Uruguay; es probable que el año cierre con más de 250.000 cabezas exportadas

Cerrado el mes de noviembre la exportación de ganado en pie acumula 237.671 cabezas comercializadas, fundamentalmente hacia Turquía, según datos proporcionados a El Observador por el Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca.
El registro es el más alto de la historia del país, que tuvo como año récord 2011, cuando se enviaron al exterior 212.955 vacunos.
Se estima que el año cerrará con más de 250 mil cabezas exportadas, ya que en el mes de diciembre hubo una intensa actividad de las empresas exportadoras. Incluso hay quines consideran que la cifra se ubicará cerca de las 270 mil reses.
Empresarios de la industria frigorífica manifestaron su preocupación por la fuerte corriente exportadora, que afecta su acceso a la materia prima. En ese sentido reclamaron igualdad de condiciones, ya sea con la posibilidad de ingresar con carne a Turquía con el mismo porcentaje de aranceles que el ganado en pie; o que se les otorgue la posibilidad de importar ganado para faena, de países con igual estatus sanitario al de Uruguay.
Los productores, por su parte, defienden la actividad diciendo que es vital para el negocio ganadero, sobre todo para el sector criador, que fue históricamente el más postergado.
Los negocios por terneros se realizaron de forma corriente a US$ 2,25 por kilo en pie, con variaciones que dependían del volumen de los lotes, de la calidad, uniformidad y si los terneros sabían o no comer en comederos.
Esa fuerte demanda sostuvo el precio de la categoría, ofreciendo un negocio estable para los criadores pero a la vez generando dificultades a los siguientes eslabones de la cadena, la recría y la invernada. Esos sectores no pueden competir por esa mercadería, ya que los números del negocio se vuelven muy ajustados, más aún considerando la baja del precio del ganado gordo.
En el Consejo de Ministros celebrado este lunes en Flores, las autoridades manifestaron su apoyo a esta actividad comercial, lo que le aportó tranquilidad a las empresas exportadoras, que ya piensan en retomar la compra de terneros en la segunda quincena de enero.
Cabe recordar, que el principal mercado es Turquía, que demanda fundamentalmente terneros sin castrar, para engorde.
  • Fuente: elobservador.com.uy - Por Lucas Farías

Boi gordo: Perspectiva de preços pressionados em 2017, estima Rabobank


As cotações da arroba do boi gordo estarão pressionadas nos primeiros meses de 2017, estima o Rabobank, maior banco com atuação no agronegócio mundial. A projeção é que a produção brasileira apresente recuperação de 3% no próximo ano e, mesmo com a possibilidade de melhora nas exportações, esse fator será preponderante na composição dos preços.
"Após dois anos marcados pelo aumento nos custos de ração e também pelo preço na reposição, o confinamento deve voltar a crescer em 2017, já que os preços dos grãos - principal limitador do crescimento da produção intensiva em 2016 - devem recuar", explica o levantamento. Para o Banco, a queda nas cotações do milho - importante componente da nutrição animal - está relacionada à perspectiva de aumento da oferta interna e a possibilidade de importação, quando necessário.
No cenário global, a estimativa é de que a oferta mundial de carne bovina continue crescendo, especialmente considerando a recuperação da produção no Brasil e a expansão dos bovinos nos Estados Unidos. "Um aumento na oferta da Argentina também é esperado no decorrer do próximo ano", acrescenta o Banco, em nota.
Perspectivas internacionais para o mercado de carnes 2017 - Rabobank
                                                             Fonte: Rabobank
Como fator positivo o levantamento aponta o crescimento das vendas externa de carne bovina do Brasil em 2017. O Rabobank destaca a participação consolidada, neste ano, em grandes mercados como China e EUA, possibilitando a entrada do produto nacional em novos países. "A baixa oferta de carne bovina australiana deve continuar favorecendo as exportações brasileiras". "O Rabobank espera que grande parte da oferta adicional de carne bovina seja absorvida pelo mercado internacional, que inicia 2017 com boas perspectivas", diz a publicação.
No mercado interno, não é esperado a recuperação concreta da economia nos primeiros meses, possibilitando melhora da demanda interna. Por isso, o Banco diz acreditar que as cotações médias da arroba no Brasil devem ser pressionadas no primeiro semestre de 2017.
Agroindústria
Já para as indústrias o cenário que se desenha para 2017 é positivo. A projeção é de que as margens de comercialização sejam favoráveis aos frigoríficos, com a possibilidade de preços da matéria prima ajustados e melhora no cenário externo.
O banco projeta crescimento de 10% nas exportações brasileiras de carne bovina em 2017. Para o consumo interno a expectativa é de que a retomada do PIB contribua para o início de reação da demanda doméstica. Além disso, o ajuste produtivo promovido nos últimos anos possibilita a expansão da produção sem a necessidade de altos investimentos.
"As indústrias de carne bovina devem continuar investindo em garantia de qualidade, rastreabilidade e controle sanitário rígido, á que o mercado externo continua sendo a principal rota de crescimento no longo prazo", acrescenta a publicação.

Por: Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas