sexta-feira, 30 de junho de 2017

Paraná vai anunciar fim da vacinação contra febre aftosa


O Paraná tem 9,3 milhões de cabeças de gado, pouco mais de 4% das 215 milhões existentes no país

Se obtiver o certificado como área livre de febre aftosa, com interrupção total da vacinação, o Paraná se desvinculará de outros estados, tornando mais ágil a superação de embargos comerciais . | Arquivo
/Gazeta do Povo
Se obtiver o certificado como área livre de febre aftosa, com interrupção total da vacinação, o Paraná se desvinculará de outros estados, tornando mais ágil a superação de embargos comerciais 
Em novembro de 2018, os pecuaristas paranaenses deverão pela última vez cercar a boiada no pasto e levar até as mangueiras para aplicar a vacina que protege contra a febre aftosa. A decisão será anunciada nos próximos dias pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e pretende obter um status sanitário diferenciado para o estado, colocando fim a um ritual de vacinação que se repete duas vezes por ano.
Se obtiver o certificado como área livre de febre aftosa, com interrupção total da vacinação, o Paraná se desvinculará de outros estados, tornando mais ágil a superação de embargos comerciais como o que foi aplicado pelos Estados Unidos contra toda a carne bovina brasileira, na semana passada. O principal argumento dos americanos para a medida drástica foi a existência de caroços e abscessos e outras não conformidades em 11% dos lotes importados, contra uma tolerância de apenas 1% prevista nas regras comerciais.
O Paraná tem 9,3 milhões de cabeças de gado, pouco mais de 4% das 215 milhões existentes no país. Com pouca expressão nesta atividade, o estado está de olho no efeito que o novo status sanitário pode ter sobre a exportação da carne suína, a mais consumida no mundo, e da qual o Paraná é o segundo maior produtor e exportador, atrás apenas de Santa Catarina. “Nossas exportações não atingem os mercados que melhor remuneram simplesmente porque ainda não existe confiança em nosso sistema de defesa, que não consegue suspender a vacinação contra uma doença fácil de controlar, que é a febre aftosa”, afirma o presidente da Federação da Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette.
Para garantir uma inspeção mais efetiva nos frigoríficos, Meneguette sugere terceirizar a atividade dos fiscais, transformando os órgãos de fiscalização em órgãos de monitoramento e auditoria. “Em vez de deixar um técnico no frigorífico o dia inteiro, esse servidor público poderá atuar em cinco ou seis unidades, auditando a fiscalização de terceiros. E o setor privado tratará de caprichar na fiscalização, para não perder o contrato”, afirma.
Da lição de casa que precisa ser feita antes de pleitear junto à Organização Mundial de Saúde o status de área totalmente livre de febre aftosa, falta ainda a nomeação de alguns fiscais médicos veterinários e a construção de mais três postos de fiscalização nas divisas estaduais (são 33 no total). O último posto a ser construído, por dificuldades operacionais e de logística, será o da BR-116, na divisa com São Paulo.
O Paraná pretende, assim, colocar-se na mesma condição sanitária de Santa Catarina, que há dez anos é o único estado brasileiro reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação. Para os catarinenses, este selo de qualidade significou no período um aumento de 80% nas receitas com exportação de carne suína (de US$ 310 milhões para US$ 555 milhões) e de 76% no faturamento da carne de frango, que totalizou US$ 1,7 bilhão em 2016 (fonte: Secretaria da Agricultura de Santa Catarina).

Polêmica

A Sociedade Rural do Paraná, integrada por muitos pecuaristas, é contra a suspensão unilateral da vacinação contra a febre aftosa. No entender da associação, a proibição americana não ocorreu por problemas sanitários, mas por falha no manuseio das carcaças dentro da indústria frigorífica. “Foram problemas pontuais, de alguns frigoríficos. Tanto é que o Ministério da Agricultura já havia revogado a autorização de exportação de cinco unidades antes da medida dos americanos”, afirma o diretor de Pecuária da associação, Ricardo Rezende
Rezende lembra que o vírus está ativo na América do Sul, fato constatado no último sábado (24), quando, após nove anos, a Colômbia detectou um foco de febre aftosa no Departamento de Arauca, na fronteira com a Venezuela. “O Governo Federal trabalha com o horizonte de suspender a vacinação, no máximo, até 2020. Será que vale a pena anteciparmos esse passo e corrermos o risco sozinhos?”, questiona Rezende.
Atualmente, a pecuária de corte paranaense depende da compra de bezerro de outros estados, como São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que não anunciaram planos de suspender a vacinação. Se a “importação” desses bezerros for proibida, diz Rezende, “não haverá a reposição dos rebanhos e a atividade poderá se tornar inviável”. “A carne paranaense ficará muito cara, mas os outros estados vão continuar mandando carne embalada a vácuo para nós”.
fonte: Gazeta do Povo
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Após embargo, Brasil dá o troco e devolve picanha dos Estados Unidos

Segundo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, lote chegou ao País ‘em desconformidade’

Nesta sexta-feira, 30, Maggi confirmou que “de 32 contêineres de carne frescas e miúdos, 20 foram devolvidos por motivos de rotulagem, rastreabilidade e certificação”. | Arquivo/Gazeta do Povo
Pouco mais de uma semana após os Estados Unidos anunciarem a suspensão da compra de carne bovina brasileira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou a informação de que o Brasil também vetou a entrada de lotes do produto importado daquele país. A JBS confirmou que teve “um lote” de carne importada pela companhia foi vetado, mas não informou qual o volume rechaçado.
Na quinta-feira, 29, em discurso para agricultores e políticos no município de Campina Grande (PB), Maggi falou sobre o assunto. “Na semana passada, todos aqui receberam a notícia de que os Estados Unidos suspenderam a nossas plantas (...) de carne. Nós, esta semana, também embargamos mercadorias, carnes dos Estados Unidos (...), principalmente picanhas que chegaram aqui em desconformidade. O Ministério da Agricultura fiscalizou a falou: não está conforme, devolve.” De acordo com ele, 20 contêineres foram vetados.
Nesta sexta-feira, 30, Maggi confirmou que “de 32 contêineres de carne frescas e miúdos, 20 foram devolvidos por motivos de rotulagem, rastreabilidade e certificação”, mas mudou a versão dada sobre o período do veto. Segundo ele, a recusa de cargas ocorreu antes da suspensão da compra de carne pelos norte-americanos ao produto brasileiro. “Significa que 62,5% do exportado pelos Estados Unidos para o Brasil teve que retornar àquele país. Vejam que antes do comércio vem a segurança e proteção dos consumidores de ambos os países”, relatou o ministro.
A JBS informou que a devolução de sua carne ocorreu por problemas na rotulagem do produto. Segundo a companhia, não há qualquer problema de sanidade com a picanha importada nem qualquer vínculo entre o veto e a proibição de importação dos Estados Unidos, anunciada em 22 de junho. “A JBS confirma que, por questões técnicas de rotulagem do produto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento suspendeu a entrada de um lote de carne bovina in natura oriundo dos EUA. A companhia ressalta ainda que o ocorrido não possui nenhuma relação com a qualidade do produto”, relatou a companhia, em nota.
FONTE: AGENCIA ESTADO

URUGUAY - REFERENCIA DE PRECIOS DE HACIENDA

Exibindo

terça-feira, 27 de junho de 2017

Principais indicadores do mercado do boi –26-06-2017

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
23/06/17Diferença
22/Jun16/Jun23/Mai/17
Boi Gordo – Esalq/BM&F à vistaR$ 126,83-0,95%-1,67%-6,93%
Bezerro – Esalq/BM&F à vistaR$ 1.072,73-1,71%-2,18%-2,46%
Margem bruta na reposiçãoR$ 1.019,97-0,14%-1,13%-11,21%
Boi Gordo – em dólaresUS$ 38,05-0,89%-2,99%-8,23%
DólarR$ 3,33-0,06%1,37%1,41%
Fonte: Esalq/BM&F, Bacen, elaboração BeefPoint
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo apresentou baixa de 0,95%, nessa sexta-feira (23) sendo cotado a R$ 126,83/@. O indicador a prazo foi de R$ 127,73.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro apresentou baixa de 1,71%, cotado a R$ 1072,73/cabeça nessa sexta-feira (23). A margem bruta na reposição foi de R$ 1019,97 e apresentou baixa de 0,14%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na sexta-feira (23), o dólar apresentou apresentou baixa de 0,06% e foi cotado em R$ 3,33. O boi gordo em dólares registrou desvalorização de 0,89%, sendo cotado a US$ 38,05. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 23/06/17
Vencimento Fechamento Diferença do dia anteriorContratos em abertoContratos negociados 
Jun/17126,740,1177562 
Jul/17121,00-0,69612292 
Ago/17120,25-2,054831 
Set/17120,43-1,931010 
Out/17121,04-1,944.8182.609 
Nov/17121,68-1,95694 
Dez/17122,07-1,9630 
Jan/18120,38-1,9300
Fev/18123,68-1,99530 
Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F – Estado de SPIndicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F – Estado de MS
DataÀ vista
R$/@
A prazo
R$/@
DataÀ vista
R$/cabeça
A prazo
R$/cabeça
15/06/17127,54128,4815/06/171097,01.
16/06/17128,98132,1616/06/171096,591085,73
19/06/17128,26130,2719/06/171096,591085,73
20/06/17127,16128,2720/06/171095,101090,22
21/06/17128,04130,2521/06/171094,31.
22/06/17128,05130,1922/06/171091,381080,07
23/06/17126,83127,7323/06/171072,73.
Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint.
O contrato futuro do boi gordo para jun/17 apresentou alta de R$ 0,11 e foi negociado a R$ 126,74 em relação ao dia anterior.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para jun/17
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
23/06/17Diferença
22/Jun16/Jun23/Mai/17
Traseiro (1×1)R$ 10,400,00%-1,89%-6,31%
Dianteiro (1×1)R$ 7,600,00%1,33%0,00%
Ponta AgulhaR$ 7,300,00%-1,35%-5,19%
Equiv. FísicoR$ 149,820,00%-2,05%-5,86%
Spread Eq. Físico/EsalqR$ 22,995,60%-4,13%0,52%
Fonte: Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint
No atacado da carne bovina, o equivalente físico foi fechado a R$ 149,82. O spread (diferença) entre os valores da carne no atacado e do indicador do boi gordo foi de R$ 22,99 e apresentou alta de R$ 1,22 no dia. Conforme mostra a tabela acima
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
O Spread é a diferença entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo. Desta forma, um Spread positivo significa que a carne vendida no atacado está com valor superior ao do boi comprado pela indústria, deixando assim esta margem bruta positiva e oferecendo suporte ou potencial de alta para o Indicador, por exemplo.
fonte: BeefPoint

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Carne brasileira teme novas restrições estrangeiras


Depois da suspensão temporária imposta pelos Estados Unidos, cadeia teme que outros mercados adotem uma posição semelhante
Os próximos dias serão tensos para a cadeia da carne brasileira. O setor torce para que mercados com mais peso, como o Japão e a União Europeia, por exemplo, não acompanhem os Estados Unidos, país que suspendeu temporariamente às importações de carne bovina in natura do Brasil, o maior produtor mundial. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (22).
Desde março, o Serviço de Segurança Alimentar e Inspeção (FSIS), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), inspecionou 100% da carne in natura vinda do Brasil, e rejeitou 11% desses produtos. O número é bem maior do que a taxa média de rejeição de 1% para a carne importada de outros países. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a suspensão é por causa da “reação a componentes da vacinação da febre aftosa”.
De janeiro a maio, US$ 49 milhões em carne bovina in natura foram exportados pelas plantas nacionais aos EUA. Pouco mais de 1% dos US$ 4,35 bilhões obtidos anualmente pela pecuária de corte brasileira. No entanto, mais importante do que o volume, está à credibilidade.
Segundo consultores de mercado, o posicionamento fitossanitário dos EUA funciona como uma baliza para outros clientes exigentes, que costumam se alinhar com as decisões tomadas em Washington. “Vamos torcer para que não tenha nenhuma decisão parecida da Europa e do Japão. Nunca foi levantada esta lebre do abscesso (caroço na carne) decorrente da vacina contra a febre aftosa”, observa José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Frangos e suínos
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou comunicado nesta sexta-feira, 23, para reforçar que as sanções determinadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) às importações de “carnes” do Brasil não se referem a carnes de aves e de suínos. Na manifestação publicada no site da USDA, é informada a suspensão de importações de “brazilian beef”, ou carne bovina. Maior produtor mundial (18,2 milhões de toneladas) e segundo maior exportador (3 milhões de toneladas) de carne de frango, os Estados Unidos não são importador do produto avícola brasileiro, esclarece a ABPA. Atualmente, o Brasil é o maior exportador (4,3 milhões de toneladas) e segundo maior produtor (12,9 milhões de toneladas) de carne de frango do mundo. No caso da carne suína, “não houve qualquer anúncio de bloqueios por parte das autoridades norte-americanas”, informa a ABPA. Os Estados Unidos são hoje o 15º maior importador de carne suína brasileira, com 1,4 mil toneladas embarcadas entre janeiro e maio deste ano (0,5% das exportações do setor nacional).
O analista da agência Safras e Mercados, Fernando Iglesias, concorda que as próximas horas e dias serão decisivas para a inserção da carne brasileira no mundo. “O Japão acompanha muito os Estados Unidos. É para lá que precisamos ficar atentos. Apesar de não ser um mercado expressivo para a carne bovina, o Japão é muito relevante como destino do frango brasileiro e este episódio prejudica ainda mais a imagem de nossa proteína animal, bastante abalada desde a operação Carne Fraca”, pondera Fernando Iglesias.
Por envolver pequenos volumes de carne, não se espera que o embargo americano tenha repercussão imediata para os pecuaristas brasileiros – que estão em “maré baixa” desde a Operação Carne Fraca - e nem para os consumidores, que, salvo algum desdobramento mais drástico, continuarão pagando os mesmos preços nos supermercados. “Nem os americanos terão dificuldade de substituir o que era fornecido pelo Brasil, nem nós vamos ter um volume significativo de carne sobrando”, avalia Iglesias. “O grande ponto é ver como se comportarão os outros países nos próximos dias”, reafirma o analista.
Ano complicado
Segundo o coordenador do Laboratório de Pesquisas em Bovinocultura (Lapbov), da UFPR, Paulo Rossi, 2017 definitivamente não está sendo um ano bom para pecuária brasileira. “O ano começou difícil. Tivemos uma série de problemas, como a Carne Fraca e a questão da JBS, mas o grande problema está no consumo”. Só neste mês, a cotação da arroba do boi gordo caiu de R$ 140 para R$ 128.
De acordo com o professor da UFPR, por causa da crise econômica, não há consumo de carne no país, com isso os frigoríficos não abatem e produtor amarga o prejuízo. “E os preços nas gondolas do varejo não caem”, complementa.
Além de citar todas as questões já levantadas, a consultora da AgriFatto, especializada em pecuária, Lygia Pimentel, diz a delação de Joesley Batista, dono da JBS, maior empresa de carne do mundo, pode piorar ainda mais o cenário. “Na delação, Batista cita fiscais agropecuários. Ainda não sabemos em que situações ele foram citados, mas isso pode aumentar a nossa crise de credibilidade”.
15 frigoríficos
brasileiros foram afetados pela decisão dos Estados Unidos de suspender as compras de carne bovina in natura do Brasil, entre eles cinco unidades da JBS, quatro da Minerva e quatro da Marfrig, informou o Ministério da Agricultura. Também estão com vendas suspensas ao país frigorífico da Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi, no Tocantins, e a Frisa Frigorífico Rio Doce, em Nanuque (MG). As unidades da JBS estão em Nova Andradina, Naviraí e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e em Lins e Andradina, em São Paulo. As unidades da Minerva estão em Barretos (SP), Palmeira de Goiás (GO), Araguaina (TO) e Janaúba (MG). As da Marfrig estão localizadas em São Gabriel (RS), em Paranatinga (MT), em Promissão, interior de São Paulo, e Baraguassu (MS).
fonte: Agrolink

ABHB anuncia parceria com novos frigoríficos e intensifica distribuição da Carne Certificada Hereford




Oportunidade ímpar para os criadores das raças que mais crescem no Brasil

O Programa Carne Pampa, da Associação Brasileira de Hereford e Braford, fechou o primeiro semestre de 2017 com excelentes novidades. Além de firmar parceria com dois novos frigoríficos e projetar para breve a entrada de mais uma planta SISBI no Rio Grande do Sul, intensificou ações já consolidadas com o Frigorífico Silva e o complexo gastronômico Eataly Brasil, em São Paulo.  
A partir deste segundo semestre, os Frigoríficos Cowpig, cuja planta está situada em Boituva (SP), e o El´Golli, localizado no município de Taió (SC), passarão a produzir junto com os Frigoríficos Silva (RS), Producarne (RS), São João (SC) e Novicarnes (PR) Carne Certificada Hereford. Trata-se, conforme o CEO da ABHB, Fernando Lopa, de uma estratégia adotada pela Entidade para suprir com cortes certificados Hereford pontos de venda nos estados brasileiros que eram atendidos pelo Frigorífico Marfrig, que optou por interromper os abates com Associações de Raça nas unidades gaúchas de Bagé, São Gabriel e Alegrete.
Oportunidade ímpar para os criadores das raças que mais crescem no Brasil, já que os participantes terão seus animais (machos e fêmeas) bonificados em até 11% acima do preço do mercado. O diretor do Frigorífico Cowpig, Renato Sebastiani, participou da I Semana Hereford e Braford em São Paulo, realizada em abril, com o objetivo de divulgar a nova parceria e saiu muito satisfeito. “A Cowpig procurou fazer parte desta parceria por acreditar na raça Hereford, que se destaca pelo ganho de peso e qualidade da carne, que é reconhecida mundialmente e por isso queríamos tê-la no nosso rol de produtos”, afirmou, ao destacar a aceitação dos criatórios da região. “Todos eles falam a mesma coisa: o Hereford é melhor do que outras raças britânicas dentro da porteira. Rende muito mais e isto nos traz a certeza de que poderemos ter uma das melhores carnes para abastecer o estado de São Paulo”.
Hoje, o estabelecimento com sede em Boituva, disponibiliza produtos cárneos para cerca de 80% das lojas, boutiques e supermercados de São Paulo e passará a aceitar animais para serem terminados no próprio frigorífico. “Não havia nenhum frigorífico abatendo carcaças de animais Hereford, Braford e seus cruzamentos em São Paulo. Sentíamos que os produtores estavam deixando de criar Hereford pela ausência de incentivos. Nossa bonificação irá trazer de volta este interesse”, destacou.
O Programa Oficial de qualidade das carnes bovinas provenientes das raças Hereford e Braford, criado de forma pioneira em 1998 pela ABHB, fechou 2016 com cerca de 50 mil animais certificados de um total de 134.322 exemplares com padrão HB abatidos pelas plantas frigoríficas cadastradas ao programa. Um incremento de 34% no número de carcaças certificadas em 2015, totalizando 1.099.482,6 quilos de desossa com o selo CCH. Esses números comprovam volume e constância de produção, sem deixar de perder o foco e a qualidade intrínseca ao produto.
Eataly Brasil
Outra novidade é que a ABHB irá intensificar uma parceria estabelecida ainda em 2015 entre o complexo gastronômico Eataly Brasil e o Frigorífico Silva, que passou a garantir um produto diferenciado aos consumidores paulistas, com certificação pelo selo de qualidade Carne Certificada Hereford. Na companhia da supervisora de vendas do Frigorífico Silva em São Paulo, Rosiflor Carmen Dalbosco, uma equipe da ABHB conheceu as estruturas do açougue que comercializa apenas cortes oriundos das raças Hereford, Braford e seus cruzamentos, localizado no 1º andar do complexo.
Trata-se do açougue Macelleria Di Eataly, que tem como princípio buscar a sua carne em fazendas familiares onde os animais pastam livremente e seguem uma dieta saudável e natural, vivendo de forma sustentável. Para eles, o Pampa gaúcho é considerado o bioma perfeito, acumulando todos esses conceitos em um só lugar. O espaço tem realizado degustação de carne certificada Hereford de forma periódica com o objetivo de propagar a qualidade do produto. E o retorno tem sido espetacular, segundo Rosiflor. A própria direção de eventos do Eataly propôs à ABHB um calendário de atividades ao longo do ano, com cursos dinâmicos e palestras sobre a Carne Certificada Hereford.  
fonte : Agrolink