sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Brasil pede que China remova embargo à carne bovina brasileira

Missão chinesa deve inspecionar instalações brasileiras no dia 15 de dezembro


AP Photo/Charlie Neibergall
Foto: AP Photo/Charlie Neibergall
Ministro chinês anunciou que dará prioridade quanto a questão do embargo da carne bovina brasileira
Nesta sexta, dia 8, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Andrade, pediu à China a remoção do embargo à carne bovina brasileira, além da habilitação de estabelecimentos brasileiros de carne de aves e suínos, já vistoriados e aprovados pelo serviço veterinário chinês, restando apenas a liberação destes. 

Andrade está na China e participou de uma reunião com o ministro da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena da República Popular da China (Aqsiq), Zhu Shuping. O ministro chinês anunciou que dará prioridade quanto a questão do embargo da carne bovina brasileira. Para resolver as pendências, a China pretende enviar uma missão técnica ao Brasil.
– A cooperação entre Mapa e Aqsiq é baseada em uma amizade profunda e pessoal, por isso as relações sino-brasileiras estão em seu melhor momento – disse Shuping.
Segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a inspessão nos frigoríficos brasileiros está marcada para 15 de dezembro. O embargo chinês à carne bovina fornecida pelo Brasil foi imposto em função do registro de um caso do mal da vaca louca, descoberto em 2010, no Paraná. Para a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, os técnicos da Aqsiq constatarão, durante a visita, que não há ameaça da doença no país, encerrando o período de embargo. Também há interesse na ampliação do número de fornecedores para este importante mercado consumidor. Nove plantas do Brasil têm autorização para vender carne bovina para a China continental, enquanto a Argentina tem 18 frigoríficos habilitados e o Uruguai, 22.
Estreitando relações
O ministro da Aqsiq, Zhu Shuping, também afirmou que a cooperação entre os dois países tem se intensificado, especialmente com a realização da Comissão Sino-Brasiliera de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Esta foi a última reunião da comitiva brasileira na China. Antônio Andrade avaliou a viagem como extremamente positiva.
– Conseguimos vários avanços com esta visita. Além de acompanhar o vice-presidente Michel Temer em missões importantes, conseguimos a assinatura de dois protocolos [para exportação de milho e biotecnologia] para o Brasil e a promessa de cooperação para resolver nossas questões agrícolas com a China – frisou o ministro. 
Brasil precisa ampliar pauta de exportações 
Em seu discurso na abertura da Reunião Anual Bilateral do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), o vice-presidente Michel Temer disse que o Plano Decenal de Cooperação Brasil-China, firmado no ano passado, estabeleceu a meta de duplicar o fluxo bilateral de comércio até 2021.

– Para tanto, precisamos construir condições para ampliar significativamente nossas exportações. Estou ciente de que há obstáculos técnicos e sanitários que dificultam o cumprimento desse objetivo – disse Temer em seu discurso.

O Brasil é o primeiro parceiro comercial da China na América Latina e, no ano passado, tornou-se o oitavo parceiro global chinês. Mas as exportações do Brasil para a China continuam fortemente concentradas em pequeno grupo de produtos primários. Minério de ferro, soja e petróleo respondem por 78% das exportações para o país asiático. Além disso, o Brasil é o maior fornecedor chinês de carne de aves e a China é nosso principal mercado para a soja. As exportações brasileiras para a China atingiram US$ 41,2 bilhões em 2012.
– Identificamos no setor do agronegócio vasto potencial para a inserção de produtos brasileiros com maior valor agregado no mercado chinês, à luz da considerável expansão desse mercado como decorrência da elevação crescente da renda da população chinesa – disse Temer.
 A reunião do CEBC reuniu mais de 150 empresários dos dois países. A missão brasileira retorna ao Brasil enste domingo, dia 10.
CANAL RURAL COM INFORMAÇÕES DO MAPA E ITAMARATY

Furto de animais desafia a polícia no Rio Grande do Sul

Projeto de lei aprovado nesta semana determina especificação do abigeato nos registros dos índices de criminalidade

Furto de animais desafia a polícia no Rio Grande do Sul Diego Vara/Agencia RBS
Gado de raça pronto para abate é alvo preferencial dos ladrõesFoto: Diego Vara / Agencia RBS
Policiais, fazendeiros e historiadores costumam dizer que o furto de gado, atividade conhecida como abigeato, é um crime que existe desde antes da fundação do Rio Grande do Sul.

Descontada uma eventual imprecisão histórica, é fato que bandos de abigeatários não só sobrevivem há séculos como também chegaram aos dias atuais exibindo maior eficiência nos furtos. Para isso, aliaram-se a quadrilhas que têm outros negócios ilegais e fizeram com que a carne chegasse com mais rapidez ao consumidor.

No princípio, o objetivo do furto era alimentar a família. Era conhecido como abigeato de garupa (veja quadro). Mais tarde, a carne passou a ser vendida aos açougues nas periferias. Hoje, os abigeatários transportam o gado para centros clandestinos de abate.

Entre os motivos que contribuíram para a perenidade desse de crime estão a dificuldade de enquadrar os abigeatários em crimes graves do Código Penal — como formação de quadrilha —, falta de estrutura na investigação e problemas na identificação da procedência da carne.

— É impossível colocar um chip eletrônico em cada pedaço de carne — lamenta o delegado Cristiano Ribeiro Ritta, titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Bagé.

Nesta semana, deputados gaúchos aprovaram um projeto de lei que determina a especificação do abigeato nos registros dos índices de criminalidade do Estado. O objetivo é dimensionar melhor o problema para desenhar melhores estratégias de reação. Outra proposta, que tem gerado polêmica, prevê a identificação obrigatória do rebanho. O texto original foi retirado da Assembleia. Para Anna Suñé, coordenadora da Câmara Setorial da Carne da Secretaria da Agricultura, a ferramenta "ajudaria muito" no combate ao crime. O brinco colocado no gado dificultaria a legalização do animal furtado, hoje feita com a emissão de nota fiscal fria. O Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), do governo federal, é voluntário e existe em 153 das 370 mil propriedades rurais gaúchas. No país, 1.687 propriedades estão no Sisbov — 0,5% do total. A baixa adesão está relacionada ao custo.

— No Uruguai, onde o procedimento se tornou obrigatório, o abigeato caiu mais de 40% — afirma Anna.

Segundo a Secretaria de Justiça e Segurança, cerca de 14 mil cabeças de gado são furtadas ao ano no Estado, onde o rebanho chega perto de 14 milhões. Embora corresponda a uma fração do total, o produto do crime é um risco para a saúde pública, diz professor Eduardo Cesar Todo, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em séculos de enfrentamento, ladrões de gado têm levado vantagem Embora as autoridades conheçam os caminhos que levam a carne do abigeato ao prato do consumidor, não conseguem desmontar os esquemas.
Veja como é o trabalho de combate ao abigeato e por que o crime preocupa produtores

 
fonte: ZERO HORA

Médias da XV FEIRA DE PRIMAVERA - TERNEIROS, TERNEIRAS E VAQUILHONAS de Pinheiro Machado


O remate da XV Feira de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de Pinheiro Machado, realizado na quarta-feira, 6 de novembro, ofertou mais de mil cabeças, e faturou mais de 790 mil reais no martelo, 

Médias dos preços comercializados:

Terneiros - 3,84
Terneiras - 3,38
Vaquilhonas - 3,94

fonte: Lund Negócios

Cotações

 Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 08/11/2013
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 07/11/2013 - PRAÇA RS


Ver todas cotações    Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 7,00R$ 6,80
KG VivoR$ 3,50R$ 3,40
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,60R$ 6,52
KG VivoR$ 3,14R$ 3,10
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
fonte: ABHB

BAGÈ/ RS - 29ª Feira de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas de fatura 1,2 milhão










O remate da 29ª Feira de Primavera de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, realizado na quinta-feira, 7 de novembro, ofertou mais de 1,6 mil cabeças. Com pista limpa para terneiros machos, faturou 1,2 milhão no martelo, e obteve o valor médio de R$ 3,31 por animal. O lote de maior valor, foi comercializado no remate pelo valor de R$ 1.270 por cabeça. Os animais de propriedade de Eduardo Ceabra Nogueira, marcados na mangueira número 23, brinco 74, com 10 animais, que pesou em média 331kg.

Médias dos preços comercializados:

Machos Oficial     - 3,81
Machos Altern     - 3,50
Fêmeas Oficial    - 3,27
Fêmeas Altern     - 3,05
Vaquilhonas        - 2,94



 PLANILHA DE JULGAMENTO
JURADOS:

-Dr. Danilo Santana
-Dr. Boris Delabari

-Dr. José Carlos Piegas
 LOTES                                       BRINCO     MANGUEIRA      PROPRIEDADE

-Melhor lote de outono ..............      40                 40                Enilda B. da Cunha
-Melhor lote de prim. Macho ...           74                 23                Eduardo C. Nogueira
-Melhor lote da feira .................        74                 23                Eduardo C. Nogueira
-Melhor lote de prim.fêmea .......        92                 88                Est. Sta. Angélica
-Melhor lote vaquilhonas ...........        21                128               Sigmar Schievelbein


fonte: Nucleo de Produtores de terneiros de Corte de Bagé

Estâncias Tamanca e Rincão comercializam 35 touros Hereford em remate chancelado

Em leilão de pista limpa, médias alcançaram a casa dos R$ 8,8 mil


Antonio Ferrari
O leilão realizado na terça-feira, dia 5, no Parque de Exposições do Sindicato Rural de Santa Vitória do Palmar, na Região Sul do Rio Grande do Sul, contabilizou R$ 363 mil com a venda de 70 animais da Raça Hereford. Os touros PO (2 anos) alcançaram médias de R$ 8.880,00, totalizando R$ 26.640,00. Os touros PC (2 anos) totalizaram R$ 198 mil, com médias de R$ 8.250,00. A terceira edição do remate Tamanca e Rincão, chancelado pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), também comercializou oito touros PC (3 anos) por R$ 61.680,00, registrando média de R$ 7.710,00. A comercialização de 35 vaquilhonas movimentou R$ 77.280,00, com média de R$ 2.208,00. O destaque ficou por conta dos touros H254 e H203, vendidos pela Estância Tamanca por R$ 10,8 mil cada, para os criadores Teófilo Collares e João Cezar Gaye, respectivamente.
fonte: ABHB

Comunicado aos produtores fornecedores de animais para o Programa Carne Pampa

“Qualidade para o consumidor e mais vantagens para o criador”
Selo do Programa Carne Pampa
O Programa Carne Pampa® é o programa oficial de qualidade de carne, baseado na seleção zootécnica de bovinos das raças Hereford e Braford, criado em 1998 pela ABHB, entidade fundada em 1958, responsável pela seleção zootécnica de animais dessas raças no Brasil, sendo também, responsável por realizar o registro genealógico da raça Braford, por delegação do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária e da raça Hereford (PC e LA), por subdelegação da Associação Nacional de Criadores “Herdbook Collares”.

É fruto da percepção de futuro da diretoria da entidade, a época, de que ações conjuntas dentro de cadeia produtiva da carne seriam fundamentais para manutenção da rentabilidade do produtor de bovinos no agronegócio brasileiro, em virtude das grandes transformações que estavam ocorrendo na economia mundial, trazidas pela globalização, e alterando as relações entre os diversos segmentos da cadeia produtiva da carne, seja pelo aumento da competitividade provocada pela “economia de mercado”, seja pela crescente percepção do consumidor às questões de segurança e qualidade alimentar.

Pioneiro no Brasil, o Programa Carne Pampa®, atualmente é o mais antigo em funcionamento e, ao longo destes anos, aprimorou constantemente seus processos de certificação de produtos cárneos, tornando-se referência no setor.
Conheça mais...




Frigorífico Marfrig anuncia que nova tabela de bonificações do programa para o Rio Grande do Sul passa a vigorar a partir de 10/11/2013

A nova tabela deixa de premiar por raça machos e fêmeas com 8 dentes e promove alterações de bonificaçoes nas demais categorias.

Produtores interessados em abater animais deverão entrar em contato com o Marfrig:
Com o Sr. Diego Brasil ou Leonel pelo telefone: (53) 3240-5700 ou pelo e-mail : diego.brasil@marfrig.com.br


O programa no Frigorífico Silva
O Frigorífico Silva é o parceiro mais antigo da ABHB no Programa Carne Pampa e, atualmente, a planta individual que mais abate animais classificados para receber o selo de qualidade Carne Certificada Hereford no Brasil

O sistema de bonificação é oferecido para animais, machos e fêmeas com acabamento 3 (gordura mediana), 4 (gordura uniforme) e 5 (gordura excessiva) e padrão racial classificado pela ABHB.

São certificados Hereford, Braford e suas cruzas, com no mínimo 1/2 de sangue da raça Hereford, com até quatro dentes. Animais Hereford definidos com até seis dentes também são enquadrados no sistema de bonificações.

Produtores interessados em abater animais deverão entrar em contato com a Central de Compra de Gado do Frigorífico Silva:
Com o Sr. Diogo pelo telefone: (55) 2103 2505 ou pelo e-mail :gado@frigorificosilva.com.br





Frigorífico Coopsul




















Iniciada no dia 1º de outubro de 2013, a certificação no Frigorífico CoopSul, de Bom Retiro do Sul/RS, se apresenta como mais uma alternativa para os produtores de Hereford e Braford agregarem valor aos seus animais, e oferecerem ao mercado um produto diferenciado e com garantia de qualidade.

A tabela de bonificação tem como característica o pagamento ao produtor em até 3 dias após o abate. Produtores interessados em abater animais deverão entrar em contato com o setor de compras do CoopSul:
Com o Sr. Samuel pelo telefone 051 82112419 ou no e-mail: samuel@excellentmeat.com.br

fonte: ABHB

Frigorífico Nossa Senhora da Gruta cria marca própria de cortes Angus

Frigorífico Nossa Senhora da Gruta cria marca própria de cortes Angus

Mais um frigorífico rio-grandense lançou sua marca própria para comercializar cortes de carne Angus fruto de abates certificados pelo Programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus. Trata-se do Frigorífico Nossa Senhora da Gruta, de Herval (RS).

A partir deste mês, a empresa passa a vender em sua loja, em Porto Alegre (RS), os cortes de Angus sob sua marca própria, a Angus da Gruta.

O gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros ressalta a importância da parceria, que amplia ainda mais a oferta de carne Angus ao consumidor do Estado. “A criação de marcas levando o nome da raça Angus se tornou uma tendência entre nossos parceiros. É algo extremamente positivo do ponto de visto do marketing da carne pois ajuda o consumidor a associar o nome Angus ao conceito de produto diferenciado, produzido com base em altos padrões de qualidade”, observa.

Agrolink com informações de assessoria

FEIRA DE TERNEIROS de SÃO GABRIEL TERÁ 9ª EDIÇÃO.


gado
Depois do sucesso da 79ª Exposição-Feira Agropecuária de São Gabriel, que contabilizou um total de R$ 2,6 milhões em negócios apenas nos remates de elite, sem contar os negócios com máquinas agrícolas e implementos, o Sindicato Rural de São Gabriel se mobiliza para mais uma feira oficial. Trata-se da nona edição da Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas, que transcorre de 19 a 22 de novembro, no Parque de Exposições Assis Brasil.
O presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Farsul, Tarso Teixeira, chama a atenção para o fato de esta feira ser uma das mais importantes feiras oficiais do calendário anual da entidade. “O setor está aquecido, sob o efeito das excelentes médias dos remates da Expofeira, e portanto temos segurança sobre o impacto positivo desta nona edição da Feira de Terneiros”, assinala.
A IX Feira de Terneiros, Terneiras e Vaquilhonas terá mais de 2500 terneiros em oferta, com remates dos escritórios Cambará e Guarany Remates, e financiamento bancário do Banco do Brasil, Banrisul, Sicredi e Caixa Econômica Federal.
fonte: N1 noticias

Gisele Loeblein: carne brasileira de volta à mesa do chinês

Missão tenta liberar o embargo temporário ao produto brasileiro

Que o apetite da China por produtos brasileiros é grande, não há dúvidas. Mas o Brasil quer consolidar sua fatia neste bilionário mercado. É por isso que uma das muitas atribuições da missão que está em viagem ao país asiático é tentar derrubar a barreira – que ainda persiste – à venda de carne bovina.
Desde o ano passado, quando foi tornado público um caso não clássico de vaca louca registrado no Paraná em 2010, os chineses impuseram um embargo temporário ao produto brasileiro. E apesar da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) ter reiterado o status brasileiro de risco insignificante para a doença, a China não reviu sua decisão.
É por isso que o encontro do ministro da Agricultura, Antônio Andrade, com o ministro da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China, Zhi Shuping, que ocorre nesta quinta-feira, traz expectativas ao setor. É esse órgão que tem poder para liberar a suspensão. Sabe-se que o assunto está na pauta da missão, da qual também faz parte o vice-presidente brasileiro, Michel Temer.
– A China é um parceiro a ser considerado – afirma Antonio Camardelli, presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Ainda que alguns embargos persistam, as exportações brasileiras de carne devem fechar o ano com receita superior a US$ 6 bilhões. Aliás, nosso maior comprador no acumulado entre janeiro e setembro foi Hong Kong. A movimentação indica que nosso produto pode estar chegando à mesa chinesa por outro caminho. Camardelli rechaça a ideia e diz que o avanço da região administrativa especial da China é gradual e se deve a uma mudança no perfil de compra, com a inclusão de itens de maior valor.
Quem sabe agora a liberação da China possa vir. Na bagagem, a missão já acumula o crédito de um acordo fechado nesta quarta-feira para a exportação de milho.
ZERO HORA

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Uruguai usa o bem-estar animal para gerar valor agregado a sua carne bovina [INAC]

O Uruguai está buscando gerar valor agregado a sua carne bovina certificando o bem-estar animal como um atributo. O Instituto Nacional de Carnes (INAC) armou um protocolo voluntário para certificar o bem-estar animal na indústria frigorífica como um atributo, avaliado pela especialista mundial, Temple Grandin.
Através desse protocolo, serão realizadas auditorias nas indústrias frigoríficas, não somente para verificar instalações, mas sim, todo o manejo do animal, desde a chegada na planta, até o abate.
Para uma empresa que pediu uma pré-auditoria e, em paralelo, o INAC busca capacitar transportadores de animais, que é um dos elos para certificação de bem-estar animal, segundo confirmou o diretor de Controle de Qualidade, Ricardo Robaina.
A planta que está disposta a ter a primeira auditoria também solicitou que o INAC capacite seus transportadores. A auditoria envolve a revisão de instalações e todo o manejo dos animais.
“Trata-se de fazer uma avaliação das instalações, desde o lugar de desembarque do animal, passando pelos currais, o acesso ao abate, local e elementos usados para insensibilização do animal antes do abate”, explicou Robaina. Porém, também serão auditados o manejo dos animais, desde a chegada ao frigorifico, até o abate.
Há décadas, os frigoríficos uruguaios vêm fazendo fortes investimentos para melhorar suas instalações às exigências do bem-estar animal de primeiro mundo.
Uma vez cumprida a auditoria, o INAC certificará que o frigorífico avaliado respeita as normas de bem-estar animal e, além disso, esse frigorífico compra animais em um estabelecimento certificado, leva os animais ao abate em um caminhão também certificado por cuidar do bem-estar animal.
Robaina complementa: “Poderá colocar na caixa do produto um logotipo que estabelece que a carne foi produzida respeitando todas as normas de bem-estar”.

Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

RS: Encerrada a distribuição de kits de inseminação do programa Dissemina aos municípios

Ao entregar, na tarde desta segunda-feira (04.11), o kit de inseminação e o veículo do programa Dissemina para o município de São Francisco de Paula, na região dos Campos de Cima da Serra, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) concluiu a primeira fase da iniciativa que contempla 30 municípios.

Executado com recursos do Governo do Estado e do Ministério da Agricultura, o projeto piloto totaliza R$ 1,5 milhão de investimento, com a previsão de que sejam distribuídas pelo menos 126 mil doses de sêmen para pecuaristas familiares dos municípios contemplados.

O programa, coordenado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), prevê o repasse de um veículo, um botijão de nitrogênio e doses de sêmen aos municípios, que viabilizam os técnicos para cuidar da sua operacionalização, treinados pela equipe da fundação. Os municípios pagam preço de custo pelo nitrogênio.
"Temos que aumentar o número de terneiros e terneiras de qualidade genética superior, visando produzir mais leite e mais carne de qualidade, imprimindo uma maior homogeneização dos plantéis, especialmente dos pequenos e médios produtores que, sem esta política pública, dificilmente teriam acesso à tecnologia", explicou o secretário Luiz Fernando Mainardi.

O secretário acredita, ainda, que o Dissemina é um programa "instigador e estimulador das potencialidades", na medida em que levará o pecuarista a repensar a sua propriedade, implantando mudanças no manejo, que redundarão em mais produtividade e, consequentemente, mais renda.

O diretor-presidente da Fepagro, Danilo Santos, ao lembrar que a primeira experiência de inseminação artificial feita na América Latina ocorreu na Fepagro de Vacaria, destacou que o Dissemina é a retomada da antiga Central Riograndense de Inseminação (Cria), desativada há pelo menos dez anos, e recuperada na atual gestão. "Estamos montando, em nossa unidade de Hulha Negra, o Centro de Biotécnicas Reprodutivas, que potencializará, ainda mais, o programa do Estado", disse.

Carne Angus catarinense será comercializada sob marca própria dentro de SC



Carne Angus catarinense será comercializada sob marca própria dentro de SC

Angus Beef Premium dos Campos de Santa Catarina. Esta será a marca sob a qual serão comercializados os cortes de Angus oriundos dos abates dentro do Programa Carne Angus Certificada no Estado de Santa Catarina, realizados pelo frigorífico Verdi, primeiro parceiro da Angus Brasil no Estado.

O anúncio de lançamento da marca foi feito durante a Expolages, feira agropecuária realizada em Lages (SC). "Trata-se de um marco na pecuária catarinense, que vai agregar valor ao produtor de Angus do Estado e atrair mais investidores para a raça", destacou o diretor de Marketing do Núcleo de Criadores de Angus de Santa Catarina, Dorival Borga.  O dirigente adiantou também que a carne produzida dentro do programa de certificação da Associação Brasileira de Angus será vendida em uma grande rede varejista do Estado.

O evento de lançamento da nova marca contou também com a presença do diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Titoff Salvador.  Na ocasião, Salvador destacou a importância da Certificação da Carne Angus para a valorização da pecuária e da genética catarinense. Também presente no evento, o gerente do programa, Fábio Medeiros,  informou que os produtores participantes contarão com premiações de até 10% acima do mercado adicionada dos valores de incentivo do programa estadual do novilho precoce.

Os abates de Angus no estado catarinense começam este mês, na planta do frigorífico Verdi, em Pouso Redondo (SC). Ao todo, de acordo com o presidente do frigorífico, Ariel Verdi, devem ser abatidos nesse primeiro momento cerca de 100 animais por mês, oriundos de confinamentos da região de Videira. "O início dos abates é um divisor de águas na pecuária do Estado. O consumidor vai poder provar a qualidade da carne Angus catarinense, fruto do amplo investimento em genética feito nos últimos anos. Estamos orgulhosos de participar desse momento tão importante", afirma.
 

Agrolink com informações de assessoria

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Braford: produtores de carne, bem estruturados, precoces e de boa musculatura

Projeto Raças é uma série de artigos do BeefPoint, cada um dedicado a uma raça, que visa reunir opiniões e conhecimento de profissionais que trabalham diretamente com cada uma dessas raças. Elaboramos uma série de entrevistas com esses especialistas. O resultado dessas entrevistas  para a raça Braford está compilado aqui, com a opinião desses especialistas sobre a raça.
Essa série de artigos não representa um endosso especial do BeefPoint em nenhuma das raças que vamos apresentar nesse projeto, mas a opinião e comentários de quem trabalha com cada uma dessas raças. Estamos em contato com as principais raças de corte do Brasil e iremos publicar aqui uma por uma, nas próximas semanas.
Conheça mais a raça Braford
Histórico da raça
A raça Braford surgiu oficialmente na Flórida (EUA), na década de 60. Já no Brasil, em 1967, o criador Rubem Silveira Vasconcellos, de Rosário do Sul (RS), iniciou a importação de zebuínos americanos, da raça Brahman, visando cruzá-los especificamente com bovinos Hereford, a fim de criar uma nova raça bi-mestiça. Logo criadores do Rio Grande do Sul começaram a perceber as vantagens do cruzamento entre estes animais e incentivados por programas de cruzamentos governamentais difundiram os cruzamentos no Estado.
Após vários anos da introdução do zebuíno nos pampas produtores e técnicos trabalharam em esquemas de cruzamento entre Hereford e Zebu para formação de uma raça com traços de genótipo zebuíno, procurando rusticidade e adaptabilidade, onde se destacaram nesses trabalhos o esquema “Braford Santa Clara”, utilizado por Rubem Vasconcellos, e o “Pampiana Braford”, utilizado pelo Núcleo Fronteira Oeste de Criadores de Hereford.
A partir da década de 80 a Associação Brasileira de Hereford e Braford, na época, denominada Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Polled Hereford (ABCHPH), sabedora desses esforços, achou por bem tentar orientar e oficializar esse processo de criação, com apoio da Embrapa Pecuária Sul. Então, seu corpo técnico iniciou visitas aos criadores que estavam mais adiantados na seleção desses animais para ver os esquemas que estavam sendo montados e então tentaram unificá-los para formação da raça Braford.
Assim em 1983, a ABCHPH iniciou o controle de registros de grau sangue e o mapeamento dos criadores que estavam fazendo os cruzamentos para formação da raça. Também nesse ano, foram aceitos, oficialmente, a inscrição de animais Braford, registrados na ABCHPH, na Expofeira de Rústicos da Raça Hereford, de Uruguaiana (RS).
Assim nasceu o Pampiano Braford, que após um curto período passou a se chamar apenas Braford, mudança que visou facilitar o intercâmbio internacional. Em 1993, a ABCHPH obteve o reconhecimento de raça em formação pelo Ministério da Agricultura do Brasil, quando a mesma adotou o nome atual de Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e recebeu a delegação para efetuar o registro genealógico da raça em todo território nacional, sendo a  Braford, finalmente, reconhecida como raça, no Brasil, em 2003.
Associação Brasileira de Hereford e Braford – ABHB
A Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Polled Hereford foi fundada em 1958 com a finalidade de agregar os criadores da Raça Hereford no Brasil. Em 1993 agregou os criadores da Raça Braford passando a se chamar de Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB). Realiza vários projetos e programas de importância para a pecuária de corte nacional. Foi pioneira na certificação de carne de qualidade no Brasil, quando fundou, em 1998 o Programa Carne Certificada Pampa, que ofereceu melhores remunerações aos criadores e uma carne de alta qualidade para os consumidores.
Criou o Projeto Setorial Brazilian Hereford & Braford (BHB), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), objetivando difundir internacionalmente a qualidade genética das raças Hereford e Braford selecionadas no Brasil bem como os produtos e serviços das empresas associadas.
No âmbito de melhoramento genético, criou, em parceria com a Embrapa e Geneplus, o PampaPlus, programa de melhoramento genético oficial das raças Hereford e Braford no Brasil, além disso, anualmente realiza a Prova de Avaliação a Campo de Reprodutores Hereford e Braford, que buscam identificar potenciais reprodutores das duas raças classificados dentro de um mesmo ambiente de criação.
O principal desafio da associação é agregar cada vez mais criadores e fomentar o uso da genética, comprovadamente melhoradora. Alfredo Bonet Drissen, superintende administrativo da ABHB, ressalta: “Queremos mostrar para o Brasil o quanto o cruzamento com a raça Hereford pode contribuir para melhoria dos resultados na pecuária. A nossa Associação, assume as “vacas brancas” como os grandes ventres do Brasil, e nos posicionamos no sentido de agregar valor através desta combinação, visando sempre atender a crescente demanda por carne de qualidade nas gôndolas, e por eficiência no campo”.
A expansão da raça Braford no Brasil vem acontecendo de forma muito rápida e natural, neste ano a ABHB lançou o novo selo de certificação do Programa Carne Certificada Hereford, um projeto da Associação Brasileira de Hereford e Braford, que garante, dentre outros padrões, que os animais tenham no mínimo 50% de grau de sangue Britânico, com padrão racial Hereford e Braford, garantindo assim que a raça Braford, e seu cruzamento com fêmeas meio sangue britânicas se enquadrem no programa.
“Além da expansão genética, nota-se um amadurecimento comercial muito grande. Em agosto deste ano, o grupo Pitangueira, que produz Braford, no MT, realizou um remate em Rondonópolis, onde vendeu mais de 80 reprodutores com média superior a R$ 8.400,00. Fatos como este, aliado a exportações de sêmen e embriões para países da América Latina e África, nos fazem ter a certeza que o Braford do Brasil, é uma raça adaptada nas mais diferentes regiões e climas do Brasil e do Mundo.” – completa Alfredo.
O principal plano da ABHB para 2013-2014 é posicionar a raça, como uma excelente opção de criação e cruzamento para o Brasil Central, principalmente se pensando no crescente volume de fêmeas “meio-sangue” britânico. Além disso, a ABHB quer fortalecer as exportações de genética para mercados alvo.
A associação participa em exposições e feiras em todas as regiões brasileiras, e também no exterior, onde apresenta palestras com os resultados da utilização da genética HB nos diferentes climas e terrenos, agregando valor aos rebanhos comerciais e gerando maior lucratividade da atividade pecuária. Além disso, possui um novo site, carnehereford.com.br, com a intenção de divulgar o programa de certificação, outra novidade, é a remodelação da página da ABHB abhb.com.br .
E para o produtor, quais são as vantagens em se associar na ABHB?
É interessante salientar, que a ABHB é uma associação realmente associativa, formada por pessoas que encaram a pecuária como uma paixão e como atividade que deve gerar lucros.
Para Alfredo Bonet Drissen, superintende administrativo da ABHB, aqueles que desejam entrar para o time ABHB, além de descontos especiais em vários serviços oferecidos pela entidade, indo do registro de animais a anúncios em publicações especiais, como o informativo Pampa Pampiano e o Anuário HB, ao associar-se o criador recebe o aporte de uma entidade de 55 anos de experiência e conhecimento acumulado.
“Fazemos questão que nossos sócios participem dos programas, projetos, cursos e encontros realizados por nós. Além disso, oferecemos orientação técnica a campo visando a eficiência de seu rebanho.” – ressalta Alfredo.
Estágio atual da raça
Com base no relatório estatístico da ANC,  até 31 de dezembro de 2012 foram registrados 239.572 animais, sendo o Hereford a raça com maior número de animais registrados PO. Contabilizando o rebanho registrado e comercial das raças Hereford e Braford, estima-se atualmente um número ao redor de 2,5 milhões de cabeças.
Em 2012 foram registrados:
  • Raça Braford- 32.608 animais
Enquanto que em 2013, temos:
  • Raça Braford – 30.716 animais
Sendo que o número de criadores associados é equivalente a 250 associados.
Características zootécnicas da raça
Os graus de sangue da raça Braford são sempre relação a quantidade de sangue zebuíno na raça, ou seja o Braford 38 (ou simplesmente Braford) é composto de 3/8 de sangue zebuíno e 5/8 de sangue Hereford.
A Braford moderna congrega a fertilidade, habilidade materna, precocidade, temperamento dócil, volume e qualidade da carne do Hereford com a capacidade de adaptação aos trópicos, resistência aos ectoparasitas, rusticidade e rendimento de carcaça dos zebuínos, além do benefício indiscutível da heterose, que qualifica ainda mais sua carne.
O macho Braford é extremamente fértil, viril e precoce, adaptando-se muito bem às condições de reprodução a campo. Detentor de excepcional massa muscular; é incomparável na missão de produzir bezerros.
A fêmea Braford é precoce e fértil. Tem comprovado potencial de entrar em reprodução, totalmente a campo, entre 14 e 18 meses de idade. Com peso médio adulto de 450Kg (15@), tem excelente facilidade de parto e habilidade materna, desmamando aos 6 – 8 meses bezerros que podem ter mais de 50% do peso materno.
O novilho Braford é muito precoce na terminação, podendo ser abatido, em terminação exclusivamente a campo, aos 18 – 24 meses de idade e peso entre 380 e 480 Kg, apresentando rendimentos de carcaça entre 52 e 58%.
Tem carcaça bem conformada, bom perfil muscular; alto rendimento de cortes comestíveis e, o que é mais importante, tem cobertura de gordura e marmorização, o que garante a boa conservação das características de sabor e suculência quando no resfriamento realizado pelos frigoríficos, garantindo também a excelente apresentação dos cortes na gôndola.
Assim sendo, o padrão racial Braford deverá seguir, de forma geral, tipos biológicos que externamente mostrem ser animais produtores de carne, bem estruturados, precoces e de boa musculatura, indicativa de alto rendimento de carcaça, adaptados às diferentes regiões climáticas do país.
Quais os principais cruzamentos que podem ser realizados com base nesta raça?
A raça Braford oferece animais melhoradores e altamente adaptados às regiões mais quentes do País, sendo excelente no cruzamento industrial.
Índice Asbia 2012 – Evolução raça Braford – 3 anos
Fonte: Asbia.
Veja abaixo o recado do profissional entrevistado
Alfredo Drissen: ”O Braford já é uma realidade na pecuária Brasileira, se pararmos para pensar que, em média, a pecuária de hoje em dia é 5 vezes menos lucrativa que a 40 anos atrás, devemos trabalhar a eficiência como uma prioridade. Este trabalho do BeefPoint, contempla diversas raças criadas no Brasil, e no final, talvez percebamos que não existe uma raça perfeita, mas sim, uma raça que melhor se adapta a um determinado sistema. Nesse sentido, o Braford se diferencia, pois tem a capacidade de produzir, muito bem, nas mais variadas regiões e climas. Outro grande fator de interesse é que os criadores que possuam animais com no mínimo 50% de sangue britânico, podem participar, em determinadas plantas, do programa de carne de qualidade da associação, podendo atingir, até 10% de bonificação!”.
Veja abaixo algumas fotos de animais da raça Braford
Agradecimentos
  • Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB)
  • Alfredo Bonet Drissen -  Superintende administrativo da ABHB
fonte:BeefPoint/ Projeto Raças

Brangus: combinação que produziu um animal capaz de se destacar nas diversas regiões do Brasil

Projeto Raças é uma série de artigos do BeefPoint, cada um dedicado a uma raça, que visa reunir opiniões e conhecimento de profissionais que trabalham diretamente com cada uma dessas raças. Elaboramos uma série de entrevistas com esses especialistas. O resultado dessas entrevistas  para a raça Brangus está compilado aqui, com a opinião desses especialistas sobre a raça.
Essa série de artigos não representa um endosso especial do BeefPoint em nenhuma das raças que vamos apresentar nesse projeto, mas a opinião e comentários de quem trabalha com cada uma dessas raças. Estamos em contato com as principais raças de corte do Brasil e iremos publicar aqui uma por uma, nas próximas semanas.
Conheça mais a raça Brangus
Histórico da raça
A raça Brangus é resultado do cruzamento entre o Angus e o Zebu. As primeiras experiências que resultaram no Brangus foram realizadas em 1912, quase cem anos atrás, no Estado norte-americano de Louisiana. O objetivo era a criação de um animal que apresentasse altos índices de produtividade mesmo criado em condições de clima e meio-ambiente adversas, típicas das regiões tropicais e sub-tropicais.
A raça no Brasil
No Brasil, os cruzamentos começaram a ser realizados por técnicos do Ministério da Agricultura, em Bagé (RS), na década de 40. O resultado do cruzamento resultou na raça Ibagé, batizada assim pelos técnicos na época. Alguns anos depois, em função do cruzamento ser o mesmo alcançado nos Estados Unidos, o nome da raça passou a ser Brangus Ibagé, até que tornou-se apenas Brangus, anos mais tarde.
Associação Brasileira de Brangus – ABB
A Associação Brasileira de Ibagé, nome que foi dado originalmente a raça, foi fundada em Janeiro de 1979 por um grupo de criadores reunidos na sede da UEPAE de Cinco Cruzes de Bagé, (RS). Com o desenvolvimento do criatório e a introdução de animais de cruzamento de sangue Brahman, no ano de 1989, passou a se denominar Associação de Brangus Ibagé. Em 1998, acompanhando as políticas de globalização e em função do Mercosul, com a homologação do Ministério da Agricultura, mudou o nome para Associação Brasileira de Brangus, usado até os dias de hoje.
Os projetos mais importantes que a associação vem desenvolvendo, são: o Projeto de Certificação de Carne de Qualidade – Brangus e a difusão de informação da raça ao público em geral.
Segundo Raul Victor Torrent, presidente da ABB, sem dúvida o maior desafio é o de conquistar grande parte Brasil, frente as vantagens em se criar Brangus.
Para tal, diversas ações foram implementadas, tais como:
  • Implementação do programa Carne de Qualidade Brangus, trazendo benefícios importantes tanto para o criador quanto para a associação;
  • Mudança da sede de Presidente Prudente (SP) para Campo Grande (MS), onde a ABB acredita que seja o celeiro do futuro da pecuária nacional;
  • Inauguração da Casa Brangus em Londrina (PR);
  • Campanha de marketing junto a Fabio Fatori, comentada por sua originalidade em suas criações;
  • Criação da taxa zero para fêmeas 1/2 sangue que sejam apresentadas para técnicos da ABB a fim de realizar seu registro;
  • Revista Brangus que é publicada bimestralmente e chega a mais de 2000 pessoas em toda América Latina e
  • Inauguração da Boutique de Carne em Campo Grande (MS), com o selo da ABB.
Já para 2014, a ABB pretende abrir novos mercados para o Programa de Carne de Qualidade Brangus, nos estados de São Paulo e Mato Grosso.
E para o produtor, quais são as vantagens em se associar na ABB?
Segundo Raul Torrent, além do associado estar dentro de um time de profissionais que trabalham na raça, as principais vantagens são: receber toda a informação da raça e ter acompanhamento de um técnico para qualquer consulta.
Estágio atual da raça
A ABB é composta por 150 sócios ativos, sendo que até hoje foram registrados aproximadamente  110.000 no livro de Puro Sintético.
Animais registrados em:
  • 2012 – 9.959 animais
  • 2013 – até Setembro – 7.956 animais
Características zootécnicas da raça
O Brangus, por ser uma raça sintética criada a partir de raças zebuínas – Brahman e no Brasil principalmente com o Nelore e a raça Angus tem como seu principal ponto forte, a complementaridade entre as duas raças de maior sucesso da pecuária brasileira.
Esta combinação produziu um animal capaz de se destacar em sistemas produtivos mais extensivos ou intensivos nas diversas regiões do Brasil sendo que já é uma realidade do sul do Rio Grande do Sul até o Pará, onde produz carne de qualidade com muita eficiência.
Sendo uma raça sintética que registra animais a mais de 30 anos no Brasil a sua padronização e a sua consistência genética são características que a habilitam a participarem dos diferentes tipos de cruzamentos.
É com certeza uma das raças sintéticas que mais possui diversidade de selecionadores dentro de outros países além do Brasil como, Argentina, Paraguai, Estados Unidos e Austrália que oferecem reprodutores provados e aprovados por seleção objetiva como DEPs.
Entre as principais características zootécnicas da raça está a habilidade materna. A vaca Brangus além de criar muito bem o seu bezerro é uma mãe extremamente amorosa e protetora da sua cria, e mesmo que seja mansa e tranquila não hesita para defender a sua cria.
Possui alta precocidade sexual, sendo que muito cedo à fêmea Brangus inicia a sua vida reprodutiva. Em condições de alimentação aos 14 meses ela começa a ciclar e caso seja colocada ao desafio da concepção, em condições nutricionais adequadas irá desmamar um belo bezerro.
Outra característica da vaca Brangus é a sua longevidade, visto que vacas muito eradas desmamam bezerros sadios e sem problemas.
O novilho Brangus possui uma carcaça versátil, com ele pode-se fazer um bezerro gordo para atender determinados mercados (bolita Argentino) ou se necessário for, sem problemas, há como fazer um novilho que atenda mercados que exigem uma carcaça mais pesada como, por exemplo, a Cota Hilton e em qualquer das duas situações encontra-se carcaças com excelente acabamento e marmoreio.
A adaptação dos animais da raça, também é outra característica marcante. A adaptação do Brangus nos diferentes micro ou macro climas existentes no Brasil já é uma realidade, não é preciso provar nada, visto que “a receita do bolo já esta pronta”, no sul do Rio Grande do Sul com temperaturas negativas no inverno e temperaturas que passam dos 35Cº no sol durante o verão, ou no Brasil Central, ou no norte do país – o Brangus é uma realidade.
Quais os principais cruzamentos que podem ser realizados com base nesta raça?
O Brangus pode ser utilizado com todas as raças, por exemplo, a empresa Rubaiyat do Sr. Belarmino Yglesias utilizou o Wagyu em cima de suas vacas Brangus para fazer o seu “The original Wagyu Beef Rubaiyat” e o sucesso dos seus restaurantes dispensam qualquer comentário.
Segundo Gil Tozatti, o grande cruzamento em que o Brangus vai ser utilizado nos próximos anos no Brasil sem dúvida passa pela vaca meio sangue Nelore Angus que é o grande volume de animais cruzados e que o produtor querendo já pode agregar valor a este animal e registrá-lo na ABB como, Brangus 1/2 sangue, para seguir fazendo novilhos ou até dar continuidade nos acasalamentos para a formação do 3/8 e/ou 5/8 que é a raça propriamente dita e originalmente utilizada.
Por ser uma raça que se adapta as diferentes ambientes a maneira mais usada de reprodução é colocar o touro direto no rodeio das vacas que ele vai dar conta do recado. Querendo usar um pouco mais de tecnologia, na inseminação artificial, a raça possui uma bateria muito grande de excelentes reprodutores e com avaliação genética, DEPs, pretos ou vermelhos que estão disponíveis nos catálogos das centrais brasileiras, argentinas ou americanas.
Outras tecnologias a serem usadas podem ser a fertilização em vitro FIV, coleta e transferência de embriões.
Índice Asbia 2012 – Evolução raça Brangus – 3 anos
Fonte: Asbia.
Veja abaixo os recados dos profissionais entrevistados
Raul Victor Torrent: ”Criem, o futuro pertence a  Brangus sem dúvida”.
Gil Tozatti Fernandes: “Desconheço dificuldades inerentes a raça em si, é como “Bombril”, é fértil, possui ótima habilidade materna, é amorosa e muito cuidadosa com sua cria, produz novilhos que atendem aos diferentes tipos de mercado, tanto o super jovem quanto ao novilho pesado sempre com acabamento e marmoreio”.
Veja abaixo algumas fotos de animais da raça Brangus 
Agradecimentos
  • Associação Brasileira de Brangus (ABB)
  • Raul Victor Torrent – Presidente da ABB
  • Gil Tozatti Fernandes – Técnico credenciado da ABB
fonte: BeefPoint/ Projeto Raças