sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Inflação agropecuária sobe 2,98% no atacado em novembro, diz IBGE

A inflação do setor agropecuário acelerou no atacado no mês de novembro, no âmbito do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os preços subiram 2,98% ante alta de 0,90% em outubro. A inflação industrial atacadista também ganhou força, registrando alta de 0,62% na leitura divulgada hoje, ante redução de 0,01% no mês passado. O IGP-M de novembro registrou alta de 0,98% em novembro, ante avanço de 0,28% em outubro.

Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,69% neste mês, em comparação ao avanço de 0,52% no índice de outubro.

Os preços dos bens intermediários apresentaram alta de 1,21%, após subirem 0,04% em igual tipo de comparação. Já os preços das matérias-primas brutas avançaram 2,01% em novembro, contra aumento de 0,12% um mês antes. 

Fonte: Estadão Conteúdo

Genética Angus é a base da carne de alta qualidade produzida pelo Programa Marfrig+



Objetivo da empresa é produzir animais superiores de desempenho 
A qualidade da genética e da carne Angus são os destaques do Programa Marfrig+, da Marfrig Global Foods (São Paulo/SP), que objetiva produzir animais com características superiores de desempenho, tanto em termos de quantidade quanto de qualidade da carne produzida. Na primeira etapa, 20 mil vacas estão prenhas de embriões sexados de machos de reprodutores Angus. Para o próximo ano, a expectativa é elevar o volume para 300 mil prenhezes, chegando a 1.000.000 em 2017.
“O mundo tem fome e o Brasil é a resposta para produzir mais carne bovina. E com muita qualidade, atributo indiscutível do Angus. A raça participa do Programa Marfrig+, dando sua contribuição em termos de ganho de peso rápido, precocidade de acabamento, rendimento de carcaça e qualidade de carne”, assinala o presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA, Porto Alegre/RS), Paulo de Castro Marques.
A proposta do Programa Marfrig+ é utilizar embriões sexados de alta qualidade genética, até então usados no Brasil em pequena escala, para a produção de gado de elite e reprodutores.
O programa já está em andamento. Cerca de 1.000 vacas de alta qualidade genética foram coletadas e os oócitos viáveis receberam sêmen sexado de touros top da raça Angus, por meio de fertilização in vitro (FIV). Os embriões gerados têm alto potencial genético para desempenho, precocidade, conversão alimentar, acabamento e qualidade da carne. A técnica possibilita a evolução genética acelerada do rebanho, já que os produtos são gerados a partir de mães e pais de excelência, em larga escala.
Com a genética Angus, os bezerros do programa são desmamados com peso 20% superior, chegando ao ponto de abate com a média de 16 meses, beneficiando toda a cadeia produtiva.
O Programa Marfrig+ contará com um comitê técnico formado pela Marfrig, pesquisadores renomados, clientes nacionais e internacionais, criadores e terminadores de gado e associações de criadores, como a Angus.
A Marfrig é parceira da raça Angus desde 2007, quando ingressou no Programa Carne Angus Certificada.
Fonte: AI, adaptado pela equipe feed&food.

Especial: os 5 maiores desafios da carne brasileira



Diante da crescente demanda global por proteína animal, a Revista Nacional da Carne consultou especialistas da cadeia cárnea do Brasil para saber: afinal, o País tem capacidade de se tornar o porto seguro da carne? Na segunda reportagem dessa série especial, identificamos os cinco principais desafios do setor para evitar o enfraquecimento da cadeia e para garantir que o Brasil possa atender às demandas com volume e qualidade.
1) Sanidade animal
Preocupação unânime e número 1 dos especialistas, a sanidade animal é chave para acessar novos mercados e manter a confiança dos mercados já consolidados. Para Fernando Sampaio, diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o Brasil tem evoluído neste ponto e está prestes a livrar-se completamente da febre aftosa, por exempo, “que é a principal barreira comercial de carne bovina.
Já André Ribeiro Bartocci, pecuarista e diretor da Associação dos Criadores de Nelore (ACNB), pressiona por uma postura mais contundente nessa questão. “Precisamos neste momento de estratégias agressivas de prevenção em nossa grande fronteira seca”, acentua.
2) Baixa oferta de bezerro
alerta para o comprometimento da taxa de natalidade de bezerros para 2015, notificado há alguns meses pela Revista Nacional da Carne, segue vigente. A avaliação é de Sérgio de Zen, pesquisador responsável pela área de pecuária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e professor da Esalq/USP. Para ele, a oferta restrita é consequência da seca prolongada e do abate de fêmeas. O resultado é um aumento contínuo dos preços do bezerro.
3) Migração de pecuaristas para a agricultura
“No próximo ano, a indústria tem que buscar uma situação em que o produtor se mantenha na atividade, para ter uma oferta mais estável”, aconselha Zen, do Cepea.
A conversão de terras para a agricultura tem provocado a diminuição do efetivo bovino de 0,7% a 1,4% ao ano nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste nos últimos 40 anos, aproximadamente. A informação é de Guilherme Cunha Malafaia, pesquisador do setor de Gado de Corte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Para Malafaia, os sistemas integrados Lavoura-Pecuária têm se consolidado como uma alternativa para tornar a atividade mais atrativa.
Péricles Pessoa Salazar,presidente executivo da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), acredita que muitos pecuaristas já estão reconsiderando a migração, uma vez que “os preços pecuários estão em um patamar bastante razoável”.
“É preciso estancar a migração de pecuaristas e ter incentivos ao desenvolvimento do plantel bovino brasileiro para suprir a demanda internacional e satisfazer a demanda interna, mas não apenas em aumento numérico mas principalmente de produtividade das fazendas”, declara Salazar.
4) Um novo olhar sobre logística
“Os principais estados exportadores de carne – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – são servidos por portos que têm melhorado seus serviços nos últimos anos”, salienta Jonas Irineu dos Santos Filho, da área de Economia da Embrapa.
Para ele, a questão da logística deve ser revista sob uma perspectiva mais prática, que considere a realidade brasileira atual. “Vejo os problemas de logística como um impeditivo para lucros maiores e não como fator que impedirá o país de vender mais, caso se confirme a expectativa de comercialização maior com o exterior.”
5) Qualidade da carne
O Brasil ainda tem muita oportunidade de crescer no segmento de carnes com valor agregado. “Estima-se que entre 40 milhões de cabeças abatidas por ano, 800 mil são de programas de qualidade”, destaca Malafaia daEmbrapa Gado de Corte. “Ou seja, o mercado atual é de 2% do volume total. Uma parcela muito pequena.”
Para ele, a tendência é focar mais no sabor, origem e história. Ele explica que é preciso mudar o paradigma de pensar mais no boi do que na carne, prática comum no Brasil. Como exemplos da nova tendência, ele aponta restaurantes com festivais de carne de uma raça específica e açougues que lançam linhas especiais com volume limitado.
Confira a reportagem completa na edição de novembro da Revista Nacional da Carne.
(Crédito da arte: Adriano Cantero)
fonte: Revista Nacional da Carne

La exportación en pie hizo crecer la facturación de la ganadería

La ganadería está cerrando un buen año en Uruguay, con un crecimiento de la extracción y de la facturación gracias al aumento en la cantidad de animales faenados y al fuerte crecimiento de la exportación de ganado en pie, variables que más que compensaron la caída en el valor medio de venta de la hacienda a frigorífico. La facturación por las ventas del sector crecerá cerca de US$ 50 millones en 2014.
A pocos días de ingresar en el último mes del año ya se pueden empezar a sacar números globales sobre el comportamiento del sector. Es un hecho que habrá un crecimiento de la faena y un gran salto en la cantidad de animales exportados en pie comparado con el año anterior. También es un hecho que el valor medio al que se comercializaron las distintas categorías para faena será en 2014 inferior al de 2013.



En los grandes números, sumando la faena y la exportación en pie, la extracción será de unos 2,23 millones de vacunos, por los que ingresarán US$ 1.840 millones. En 2013 el sector vendió 2,02 millones de animales que generaron US$ 1.782 millones. Por lo tanto, la facturación de la ganadería en 2014 (de los animales que el sector vende, sin tener en cuenta las ventas de categorías de cría ni de reposición, que son compradas por otros productores), tendrá un crecimiento del entorno de US$ 50 millones respecto al año anterior.
En realidad, los dólares generados por los animales que se envían a faena cayeron. Por más que habrá un aumento de unos 100 mil vacunos en la faena de 2014, que determina un crecimiento de la producción de carne del entorno de las 25 mil toneladas (+5,1% anual), el valor medio de venta baja. Los frigoríficos habrán pagado un promedio de US$ 816 por animal faenado (ponderando todas las categorías), una caída de 7,6% respecto a los US$ 884 de 2013. Esto determina un pago de los frigoríficos a los productores ganaderos de poco más de US$ 1.700 millones este año, algo menos de US$ 50 millones por debajo de los US$ 1.750 millones de 2013. La diferencia es de 2,6%.
Pero la exportación de ganado en pie, aunque es una proporción menor dentro del total, más que compensa esta caída. En lo que va de 2014, de acuerdo a números de Aduanas, Uruguay exportó en pie 143 mil vacunos por US$ 133 millones. Más de 100 mil animales por encima de los 41 mil de 2013, que habían significado una facturación en el puerto de US$ 30 millones. Hay que hacer una salvedad para los números de la exportación en pie, y es que incluyen los costos y la ganancia del exportador. De todas maneras, es un hecho que se compensa con holgura la merma de los ingresos por la faena y que, al sumar ingresos por faena más exportación en pie, estará quedando un saldo positivo de dólares en el sector ganadero en la comparación anual.

facturacion

fonte: Tardaguila Agromercados

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Boi Gordo para as próximas semanas



O valor pago ao pecuarista, pelo boi gordo no RS, ainda possui fôlego para altas de preços nas próximas semanas.
Baixa oferta de gado pronto, escalas bem curtas, a chegada do fim do ano com o consumidor com mais dinheiro no bolso e as festas de Natal  e Fim de Ano, além das perspectivas do aumento das exportações brasileiras de carne bovina in natura para países como China, Russia  e Egito entre outras praças, nos deixam bem a vontade para certeza desta afirmação, cenário este, diga-se de passagem, que não é nenhuma novidade em relação ao mercado nos últimos meses. Lembrem-se que nem a baixa esperada de preços no boi gordo na época de saída de gado das pastagens, para entrega de áreas para o começo de plantio da safra de verão se confirmou.

Na opinião da maioria dos pecuaristas, isto já é uma realidade sem retorno, e trabalham hoje com a expectativa de R$ 5,00 o kg vivo do boi gordo para venda aos frigoríficos, nas próximas semanas.

Isto fortalece também os preços pagos pela reposição, que também estão firmes e em elevação. O que se tiver de gado ofertado dentro de preços de mercado, é vendido rapidamente, alem de que as chuvas que estão ocorrendo dentro da normalidade é um prenuncio de bastante pasto no verão, com mais capacidade de pastoreio e engorda.

O único cenário que poderá vir a alterar esta situação atual, é o de que ocorra uma retração forte no consumo interno e o repasse do preço pago pela industria (em situação delicada) aos pecuaristas, não tenha espaço no varejo, seja pelo aumento de preços ou diminuição das suas margens, varejo este, que atualmente são os que tem abocanhado a maior parte do lucro da cadeia da carne.

por Eduardo Lund / Lund Negócios

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Farsul recebe governador eleito para conversa sobre agropecuária


O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, recebeu o governador eleito, José Ivo Sartori (Foto:Gerson Raugust/Divulgação Sistema Farsul)
O governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, visitou a sede da Farsul no início da tarde desta segunda-feira (24) para conhecer as reivindicações do setor.

“Por ter sua origem no interior do Estado, temos certeza que contaremos com uma sensibilidade muito grande para tomar as decisões que envolvem o agronegócio e valorizar o que cada região tem de melhor”, afirmou o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto.

A Federação passou para o futuro governador pontos que preocupam o setor e que travam o avanço da atividade. “Queremos governar para todos os setores da sociedade e o agronegócio sustenta tanto o PIB do Brasil quanto do Estado.

Vamos formar um grupo de trabalho para avaliar estas solicitações e temos a convicção de que se o poder público não pode incentivar, não tem condições financeiras de ajudar, no mínimo ele não pode atrapalhar”, disse Sartori durante a última Assembleia do Conselho de Representantes da Federação no ano.

Entre os pontos levantados pela Farsul, estão o cumprimento às decisões judiciais de reintegração de posse, revisão do Fundoleite, fortalecimento da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, melhora no sistema de telecomunicações no campo, revitalização das estações da Fepagro, revisão da cessão das áreas do Parque de Exposições Assis Brasil e retorno das características técnicas de gestão do Irga.

Sartori acredita que há um desafio muito grande pela frente, mas que é preciso buscar sempre o diálogo, com respeito e transparência nas ações. “Se não olharmos para o meio rural de forma diferenciada vamos continuar com a migração do campo para as cidades. Não podemos ter o desenvolvimento localizado em algumas regiões, pois isso obriga as pessoas a se descolarem de suas cidades”, destacou o futuro governador, que ainda afirmou que é preciso trabalhar em cima das vocações econômicas de cada localidade.

Em relação a irrigação, Sartori foi enfático ao dizer que ela é muito importante para o agronegócio, mas que é preciso igualmente cuidar da água. A questão ambiental também é uma preocupação do futuro governador, que acredita que existe muita burocracia envolvendo licenciamentos. “O produtor não pode esperar quatro anos para escutar um não”, assegurou. A armazenagem também foi citada por Sartori como uma questão que deve ser conversada entre as partes envolvidas.

Também estiveram presentes o vice-governador eleito, José Paulo Cairoli, e os assessores Carlos
Burigo e Ademir Baretta.

CARNES:MP 653 não melhora inspeção de produtos de origem animal - Abrafrigo


CARNES:MP 653 não melhora inspeção de produtos de origem animal - Abrafrigo
CARNES:MP 653 não melhora inspeção de produtos de origem animal - Abrafrigo

A proposta de concentração da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal na esfera federal (SIF), conforme prevê, entre outras coisas, a Medida Provisória 653, que tem seu prazo de validade a expirar em 8 de dezembro próximo, não é a melhor saída para se resolver efetivamente o acompanhamento da qualidade dos lácteos e das carnes produzidas no país. A conclusão é da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO). 

Para a entidade, "a intenção do governo de melhorar a fiscalização dos produtos de origem animal e as questões de saúde pública que isso envolve, está no caminho certo, mas isso não pode ser feito através de uma MP". 

Segundo Péricles Salazar, Presidente Executivo da ABRAFRIGO, "em primeiro lugar este conteúdo é inconstitucional porque já existe a Lei 7889 de 1989, que estabeleceu a divisão da fiscalização em três esferas: federal,estadual e municipal. Em segundo lugar é um sonho imaginar que o Ministério da Agricultura poderia absorver todas estas funções porque não possui pessoal para isso", diz. "O Brasil já testou o sistema de federalização no passado e não funcionou, e não vai ser agora, com as dificuldades orçamentárias e de recursos humanos que o MAPA tem, que vai funcionar", complementa.

O dirigente também se diz perplexo com a atitude do MAPA, de embutir na MP 653 um assunto de tamanha repercussão sem que tenha havido uma Audiência Pública para discuti-lo. O dirigente pergunta o que aconteceu sem que ninguém saiba, para que o Ministro Neri Geller tenha aceitado esta proposição de alguém, sem ouvir o corpo técnico do MAPA e as entidades representativas dos elos das diversas cadeias produtivas, nas áreas animal e vegetal.

Para o dirigente, o melhor caminho para se resolver esta situação seria estabelecer um controle efetivo e um rigor muito maior sobre a fiscalização que é feita pelos estados e municípios, que nem sempre funciona, principalmente no caso dos municípios, onde o abate é realizado com muita precariedade do sistema de fiscalização. "É preciso realizar uma ampla e profunda auditoria nos serviços de inspeção sanitárias estaduais e municipais de todo o país para acompanhar melhor seu desempenho e também é necessário criar isonomia na fiscalização baseada no SIF", explica 
Péricles Salazar. Além disso, afirma que é necessário também despolitizar o debate sobre o tema, impondo a técnica como o pressuposto maior para a solução dos problemas que envolvem a saúde pública e causam enormes prejuízos à população e ao sistema público de saúde. Com informações da assessora de imprensa da ABRAFRIGO.
fonte: Agencia Safras

domingo, 23 de novembro de 2014

Após primavera de luxo, venda forte




Um dos balizadores desta temporada de remates, a valorização do terneiro contribuiu para a redução de 42% na venda de ventres no Estado. Conforme o balanço do Sindiler, foram arrematadas 4.118 fêmeas contra 7.106 da primavera anterior. “O pessoal está guardando as fêmeas para produzir terneiros, pela valorização”, afirma o presidente do sindicato, Jarbas Knorr. “Já tem terneiro sendo vendido a R$ 6”, acrescenta. Com o cenário, a média das fêmeas, claro, subiu de R$ 2.652,02 para R$ 2.959,42, uma alta de 11,16%.

Para o consultor Fernando Velloso, da Assessoria Agropecuária FF Velloso & Dimas Rocha, a menor oferta é natural considerando a atual conjuntura. “Boi e terneiro tiveram uma boa valorização nestes últimos 12 meses, o que é um incentivo à cria”, argumenta. O veterinário ressalta que, nos últimos dias, voltou a haver uma venda significativa de terneiros. “Há uma demanda forte por animais de reposição para fazer engorda. O terneiro vinha bastante estável, com valor próximo do boi, e agora subiu bastante”, observa. Falar em terneiro a R$ 6,00 kg/vv, segundo ele, é uma estimativa “muito razoável” já que preço do boi pode chegar a R$ 5. Conforme o Sindiler, a temporada teve 8.861 terneiros vendidos, com peso médio de 214kg e preço de R$ 5,15 kg/vv. O faturamento total foi de R$ 9.763.765,20 (média de R$ 1.101,88 por exemplar).

Com relação aos touros, a temporada cumpriu o que se esperava dela. A valorização chegou a 10% — acima da inflação acumulada —, com média
de R$ 8.492,56, frente a R$ 7.713,98 em 2013. Já a quantidade apresentou queda de 3,5%. Ao todo foram comercializados 5.036 exemplares, com faturamento de R$ 42.768.536,99. Knorr ressalta dois fatores. “Em primeiro lugar, a nossa genética, a cada ano melhor. E, em segundo lugar, este ano vieram muitos compradores de fora nos leilões e vendeu-se muito”, observa. De acordo com Velloso, o aumento nos preços não chegou a ser tão pesado para o pecuarista, pois foi compatível com o mercado. “Não foi incomum nesta temporada reprodutores que alcançaram R$ 15 mil a R$
20 mil, o que vem a ser duas a três vezes o valor médio, e mostra o real interesse do pecuarista em melhoramento genético”, diz. “Normalmente
ocorre menor variação em relação à média.” O leiloeiro Marcelo Silva destaca que houve um grande volume de vendas para outros estados que já são tradicionais clientes dos remates gaúchos, como o Paraná, São Paulo, o Mato Grosso e Goiás. “Houve uma redução na oferta, o que já era esperado, mas os preços médios foram muito bons em relação ao ano passado”, constatou. 

Com a média mais alta entre os touros, a Braford manteve a liderança de valorização. O preço médio subiu 12,27% em relação à primavera passada, de R$ 8.451,93 para R$ 9.529,24, com 1.528 machos vendidos. O desempenho da raça sintética foi comemorado pelo presidente da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Fernando Lopa. “O Braford há quatro anos vem sendo a raça que tem a média maior na venda de touros. Em alguns anos, até a maior média do Brasil, quando compara-se só animais rústicos”, observa. De acordo com ele, o principal motivo é a facilidade de adaptação do animal a qualquer tipo de produção. Em número de animais, contudo, o Braford ficou atrás do líder Angus, que vendeu 1.709 touros. Mas, segundo Lopa, esse indicativa não espelha a totalidade da temporada já que houve um grande volume de vendas nas cabanhas. “Às vezes o produtor compra cinco touros no remate e mais dez na fazenda”, exemplifica. 

Em meio à redução na oferta de fêmeas, o pecuarista Luiz Francisco Biacchi encerrou a temporada satisfeito com as compras. De uma só vez, levou para a Cabanha São Francisco, em Caçapava do Sul, 69 novilhas Braford da Cabanha do Sossego, de Uruguaiana. Com o investimento de R$ 200 mil, objetiva aumentar a representatividade da raça na propriedade. “Estamos sentindo que o Braford está tendo muita procura de reprodutores”, observa. “Por isso procuramos ampliar a nossa oferta de touros para os próximos anos”, acrescenta ele, que também trabalha com Angus, Brangus e Charolês. Entre os motivos que o levaram a apostar ainda mais na pecuária está a recente abertura da China para a carne brasileira. “Vislumbramos uma tendência muito boa de preços.”


Fonte: Correio do Povo

Safra encolheu quase à metade



Entendam por quê, em um site/blog ligado a boi e carne em que trago esta reflexão!!!

Há alguns anos atrás, grande parte dos terneiros e novilhos produzidos na região sul do Estado subiam à serra para povoar as pastagens de aveia e azevém deixadas no espaço entre as safras de verão da região norte. Ultimamente, alguns agricultores trocaram a utilização da terra, da produção de carne por trigo, o que acabou fazendo com que o número de animais comercializados para esta região fosse muito menor que em anos anteriores e, por conseguinte, permitindo uma maior oferta de gado de reposição na região sul e, com isso, um avultamento de preços nesta época do ano.
Com o desestimulo da produção de trigo na região norte, o quanto isto pode vir a impactar na procura de reposição em nossa região para abastecer o restante do Estado?
 A carne valorizada, o trigo em baixa, tanto de produção como de preços pretendidos... Fica a dica, para, pelo menos, ficarmos atentos ao mercado.
por Eduardo Lund

Olhem a reportagem de Gisele Loeblein / Zero Hora

Safra encolheu quase à metade 

Com apenas 21% da área de trigo ainda por colher, o Rio Grande do Sul vê a consolidação de um cenário de perdas significativas na produção da principal cultura de inverno. 
Dados da Emater divulgados ontem mostram que a produção cairá 45,75% em relação ao ano passado, ficando abaixo de 2 milhões de toneladas – depois de ter produzido históricas 3,35 milhões de toneladas. A essa altura do campeonato, não dá mais para virar o jogo. 
Os resultados estão postos à mesa e preocupam não só pela quantidade, mas também pela qualidade do cereal colhido nos campos gaúchos. 
As 1,81 milhão de toneladas projetadas agora pela Emater têm como base as baixas produtividades que vêm sendo registradas no Estado. Em média, 1.576 quilos por hectare, metade do rendimento obtido em 2013. Efeito da chuva e umidade em excesso, que fizeram proliferar problemas. 
– O quadro pode ser amenizado com as colheitas ainda em andamento nas regiões Nordeste e dos Campos de Cima da Serra – avalia Dulphe Pinheiro Machado Neto, gerente técnico estadual da Emater. 
Nada capaz de mudar de forma significativa o contorno atual. Já de olho no futuro, ou seja, na safra que será produzida no próximo ano, a Câmara Setorial do Trigo se reúne na próxima segunda-feira, em Brasília. 
Além de reforçar os pedidos encaminhados ao Ministério da Agricultura pela Frente Parlamentar da Agropecuária para cobrir os prejuízos dessa safra, a ideia dos representantes gaúchos é apresentar sugestões de políticas públicas de incentivo à cultura. 
Se existe demanda – o Brasil precisa trazer de fora, anualmente, entre 6 milhões e 7 milhões de toneladas de trigo para abastecer o mercado interno – por que o produtor ainda precisa ficar penando com os resultados da lavoura, inclusive quando são positivos?

Fegosa se asocia a firma brasileña para enviar 7.300 vaquillas a China

Comercio Exterior. El miércoles 24 de diciembre se concretará el primer envío de ganado al país oriental, que viajará 30 días en un buque que zarpará desde Puerto Montt. En enero del próximo año se sumará una segunda exportación, con 4.500 animales. Autoridades señalan que esto generará un aumento de precios de los vacunos.

En pleno proceso de traslado de 7.300 vaquillas Holstein (frisón) a un predio de cuarentena se encuentra la firma brasileña Minerva Live Cattle Exports y la Feria Ganadera de Osorno (Fegosa), quienes gracias a una alianza concretarán el primer envío de vaquillas vírgenes vivas a China, donde serán destinadas a la producción lechera.
Este envío se concretará un mes antes del embarque que realizará Cooprinsem -a fines de enero de 2015- con la exportación de 4.500 vaquillas vírgenes raza Holstein o frisón negro, que también se insertarán al sistema productivo de China.
Respecto a la primera exportación de vacunos en pie que zarpará desde Puerto Montt el miércoles 24 de diciembre, Guilherme Sangalli Dias, gerente comercial del área ganadera de Minerva, comenta que el interés por comprar vaquillas productoras de leche en Chile surgió por la buena calidad genética y sanitaria que posee el país, el cual se vio favorecido, además, con el protocolo de libre comercio de ganado vivo que firmaron ambos gobiernos en abril de este año.
PRIMERA EXPORTACIÓN
La alianza entre la empresa brasileña dedicada a la exportación hace más de 10 años con clientes en todas partes del mundo y Fegosa permitió generar fuertes lazos económicos, además de sumar un actor más en el comercio ganadero nacional, ya que anualmente nacen en el país 493.803 terneras.
Hasta hace un año el 25% de éstas eran destinadas al reemplazo de la masa productora de leche; otras eran vendidas como vaquillas preñadas; mientras que otro porcentaje era enviado a matadero.
Ante este nuevo actor comercial, el gerente general de Fegosa, Harry Jürgensen, sostuvo que este primer envío de vaquillas a China ha generado valor a estos animales el cual en este proceso se ha duplicado, ya que actualmente cada animal alcanza cerca de mil dólares la unidad -dependiendo el tamaño- en circunstancias que hasta hace un año por este animal pagaban entre 450 y 500 dólares como máximo; es decir, pasó de $270 mil a $600 mil, en promedio, cada vaquilla.
Este mayor precio ha mejorado los flujos de caja de los productores y fue un factor clave para reunir las 7.300 vaquillas vírgenes raza frisón (productoras de leche) necesarias para este inédito envío de Minerva, las que fueron proporcionadas por 215 productores de predios libres de enfermedades desde Los Ángeles hasta la Isla de Chiloé, quienes vendieron desde una ternera hasta mil unidades.
Al incluirse un nuevo poder comprador, Jürgensen sostuvo que probablemente el valor de la vaquilla se mantenga en esos niveles, debido a que se estima que el próximo año se realizarán al menos cuatro de estos envíos.
Incluso ya se está gestionando el próximo embarque con la misma cantidad de vaquillas, dada la alta demanda que genera el mercado chino con el propósito de satisfacer el aumento del consumo de leche en el país asiático.
PROYECTAN MÁS ENVÍOS
'Estamos acá para realizar negocios con el ganado. Hoy lo estamos haciendo con el sector lechero y ojalá mañana estemos exportando otras categorías, como el ganado de carne (principalmente terneros)', comentó el ejecutivo de Minerva Live Cattle Exports.
En relación a las proyecciones de exportación de ganado lechero que tienen en el país, Guilherme Sangalli Dias precisó que 'Chile tiene el potencial de exportar muchas terneras, del orden de 40 mil cabezas al año', comentó.
Por ello se proyectan al menos cuatro envíos que sobrepasen las 7 mil cabezas por embarque al año.
Aseguró que existe interés en otras razas como el Overo Colorado, Jersey y Montbeliarde, 'pero como no hay volumen importante, no tienen mucha importancia estas razas', comenta Guilherme.
EFECTOS
Hasta ahora hay dos organizaciones (Minerva y Cooprinsem) que han formalizado ante el Servicio Agrícola y Ganadero (SAG) sus intenciones de exportación de ganado bovino lechero (Holstein o frisón), al amparo del protocolo vigente desde abril de este año entre Chile y la República de China.
De concretarse estos primeros envíos, en sólo dos meses (diciembre y enero) saldrían 11.800 vientres.
Dicha situación ha generado diversas reacciones de los gremios, el presidente de la Federación Nacional de Productores de Leche (Fedeleche), Juan Horacio Carrasco, dijo tener sentimientos encontrados ya que si bien es un buen negocio para los productores lecheros, puede ser perjudicial para los niveles productivos de leche del país. 'En vez de comercializarlas al extranjero, deberían venderlas a los pequeños agricultores que quieren aumentar sus niveles de producción', comentó.
De hecho las plantas lecheras están poniendo atención en esta salida de vientres, pero el desafío que deberán asumir es mejorar los precios por litro de leche fresca pagada a productor -el cual alcanzó $235,60 promedio entre enero a septiembre- para que aseguren los niveles de entrega, ya que el agricultor tendrá que elegir entre producir o vender las vaquillas.
Frente a esta inquietud, el gerente general de Fegosa, Harry Jürgensen, sostuvo que el impacto de la salida de algunas decenas de vaquillas todos los años significa que el agricultor tendrá que aplicar tecnologías para no disminuir su propia masa ganadera ni bajar su propia producción de leche, y estas tecnologías pasan por la aplicación de semen sexado.
'De hecho los proveedores que no están vendiendo ya están aplicando semen sexado en esta temporada, de tal forma que para la próxima primavera tengan una parición muy alta de hembras', comentó el ejecutivo y también productor osornino Harry Jürgensen.
Aunque el semen sexado tiene más de un 90% de seguridad de éxito en que la cría sea hembra, cuesta dos o tres veces más que uno normal, 'pero ante una comercialización al exterior ese costo es muy marginal', aclaró.
Otro de los posibles factores negativos que podría surgir por el interés comercial de las vaquillas, es la posible disminución de terneros que son utilizados para la producción de carne. Situación preocupante, porque un 75% de la producción de carne de la zona se genera con animales de razas lecheras.
Panorama que reconoce el también presidente de la Corporación de la Carne, Harry Jürgensen, dado que el impacto puede ser negativo en función de la producción de carne, pero asegura que seguramente los machos van a ganar precio, porque habrán menos.
'Quizás el productor puede convertirse en vendedor de vaquillas y no leche. El mercado funciona y se ajusta', remarcó.
DESDE EL GOBIERNO
Tras este proceso comercial de vaquillas que fueron traídas desde las regiones del Bío Bío, Araucanía, Los Ríos y Los Lagos, concentrándose principalmente en estas dos últimas, donde adicionalmente albergan los recintos de cuarentena pre embarque, la seremi de Agricultura en la Región de Los Lagos, Pamela Bertín, valoró esta oportunidad porque abre una gran alternativa para la actividad láctea al generar una nueva vía de negocios que complementa al rubro.
'Hay quienes piensan que la exportación de vaquillas podría afectar la producción de leche a futuro porque reduciría la masa de reemplazo, pero es improbable que eso suceda, porque lo que se exportará serán las vaquillas excedentes. Sería ilógico que un empresario decidiera quedarse sin animales para la reposición', comentó.
Recomienda a los productores mejorar su eficiencia en su tasa de reemplazo para destinar más animales a la exportación. 'Actualmente se estima que el 25% de las hembras se reemplazan todos los años, es una tasa alta, que se puede reducir si se manejan mejor las enfermedades como la mastitis, entre otras', puntualizó.
250 a 300 kilos
30 días
'Hay quienes piensan que la exportación de vaquillas podría afectar la producción de leche a futuro porque reduciría la masa de reemplazo, pero es improbable que eso suceda, porque lo que se exportará serán las vaquillas excedentes'.
40 mil cabezas
fonte: El Austral de Osorno

Uma pergunta que começo a ouvir diáriamente!

Com os preços atuais do gado gordo e de reposição, quem vendeu boas quantidades de gado para arrendar o campo ou investir na soja, caso quisessem retornar para pecuária hoje, conseguiriam repor as mesmas quantidades, mesmos com os ganhos proporcionados na sua decisão???


DISPUTADO EM PISTA


A temporada de remates de primavera do Estado tem os reprodutores como grandes protagonistas. Puxados pelo bom momento do boi gordo, os terneiros também fizeram bonito em pista. Dados do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Estado (Sindiler-RS) mostram que 8.861 terneiros foram vendidos no período, alcançado faturamento de R$ 9,76 milhões. O preço médio do quilo negociado ficou em R$ 5,15. – Isso tudo reflete o bom momento do boi gordo. Sobram compradores nos remates de terneiros do Estado – garante Jarbas Knorr, presidente do Sindiler-RS. Houve leilões em que a média do quilo do terneiro chegou a R$ 5,91, segundo Knorr. O preço do terneiro está atrelado ao valor pago pelo boi gordo, que vem registrando altas históricas. O professor José Fernando Piva Lobato, do departamento de Zootecnia da UFRGS, a compra de terneiros neste período do ano pode ser consequência de uma primavera melhor, “com mais pasto disponível”. O especialista reforça, no entanto, que o Rio Grande do Sul segue com índices de eficiência reprodutiva considerados insatisfatórios. – Produtores com resultados acima da média estadual têm tido dois produtos, para venda e para seleção – afirma Lobato. 

fonte: Gisele Loeblein/Zero Hora