sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Feira da Novilha Selecionada atinge R$ 1,5 milhão

11ª Feira da Novilha Selecionada da Expointer 2015, realizada na noite desta quinta-feira (03/09), faturou R$ 1,501 milhão, o que representou aumento de 68,8% na comparação com o resultado do ano passado. Em 2014, o leilão atingiu R$ 889,590 mil, com valor médio de R$ 1.337,00. A feira é promovida pela Farsul, Associação Brasileira de Angus e Santa Úrsula Remates e negociou 912 cabeças e alcançou média de R$ 1.645,00. 
Para o presidente da Comissão de Exposição e Feiras da Farsul, Francisco Schardong, o resultado ficou dentro das boas expectativas.  "É uma prova de que a crise não está no campo", afirmou ele, ao fim do leilão.
O martelo foi batido pelo leiloeiro Alexandre Crespo, que considerou o resultado da Feira a coroação de um processo de produção do campo. "O arremate é a etapa mais fácil,  porque tem o respaldo da qualidade do animal oferecido", destacou.
A média por quilo ficou em: terneiras (R$ 6,87), novilhas prenhes (R$ 6,66) e novilhas (R$ 5,76).

fonte: ABA

Top Devon alcança média de R$ 8,8 mil na Expointer

O tradicional leilão Top Devon ofertou em 03/09, na Pista J do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, os exemplares rústicos que passaram por julgamento na Expointer, inclusive seus campeões. Com pista limpa, a venda de reprodutores PO rústicos teve como média geral R$ 8.846,00, a melhor média de rústicos na feira entre as raças de corte até o momento, segundo o leiloeiro, Guilherme Minssen, que conduziu a venda.

O maior preço foi conquistado por um dos touros do melhor Lote dos rústicos, apontado pelo julgamento ocorrido nesta manhã da Cabanha Santa Alice, por R$ 11.900,00, também recorde entre bovinos rústicos de corte na feira. O comprador foi Waldor Albrecht, da Cabanha Santa Inês, de São Francisco de Paula.   

“O resultado mostra que, apesar da crise econômica instalada no País, o setor primário não parou de funcionar e para produtos de qualidade sempre há valor e colocação no mercado”, avalia a presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, Elizabeth Cirne Lima.

 As vendas foram conduzidas pelo leiloeiro Guilherme Minssen sob responsabilidade do escritório Rédea Remates.

Os campeões Devon Rústicos também foram conhecidos na manhã de hoje (3/9). O grande campeão foi Palmeira 1804, da Cabanha Palmeira (Camaquã) . Já o Lote Grande Campeão escolhido foram os touros de tatuagens 926, 954 e 968, de propriedade da Cabanha Santa Alice, da sucessão Armando Ribas (Santa Maria). O julgamento foi conduzido por Almor Antoniolli.

Fonte: ABCD 

Seminário Carne Angus na Expointer: "O boi que o mercado quer"

Desafio é abrir mercados e manter qualidade de fornecimento

Foto: Carolina Jardine
Desafio é abrir mercados e manter qualidade de fornecimento 
No momento em que conquista novos clientes no mercado externo, o principal desafio da agropecuária nos próximos anos será oferecer constância no abastecimento e, com isso, galgar mercados melhores e mais rentáveis. “Não é difícil abrir mercado, o desafio é a regularidade para manter a entrega. Quem prova e aprova quer mais”, disse o diretor de Originação do JBS, Eduardo Pedroso, durante o seminário "O boi que o mercado quer", realizado na Expointer na tarde desta quinta-feira (3/9). Segundo ele, apesar de a pecuária de ciclo curto com uso de alta tecnologia ser tendência, ainda há muitos criadores fora dessa vertente. "O produtor precisa saber o que produzir para atender o consumo. Além do volume, deve ter atenção à qualidade. A indústria é o elo da pecuária com o mercado”, indica.

Segundo ele, a carne brasileira tem espaço para crescer no mercado gourmet, que é mais lucrativo, mas também mais rigoroso na seleção dos ingredientes. O diretor do JBS desafiou os criadores a anteciparem tendências para atender “ao consumidor, que é quem faz a roda girar”.  Para isso, indica ele, a indústria tem que assumir o seu papel e dar feedback à produção para que a agropecuária tenha mais competitividade e produtividade. No mesmo sentido, o presidente da Angus, José Roberto Pires Weber, conclamou os produtores a rastrearem seus rebanhos para obter maior participação em cotas internacionais, como a Cota Hilton.  

A carcaça foi comparada à embalagem da pecuária, e a terminação foi debatida em detalhes. Os representantes dos frigoríficos detalharam especificidades necessárias para produzir uma carne suculenta e com percentual de gordura ideal para maximizar sabor. “O produtor é remunerado pela carcaça e tem que encher essa embalagem”, citou Pedroso, referindo-se à necessidade de acabamento ideal de gordura. 

O diretor de Originação do Marfrig, José Pedro Crespo, complementou, lembrando que o Brasil precisa trocar de cliente, conquistar mercados melhores, mais constantes para colocar a carne de dianteiro, além dos cortes especiais. “Nosso desafio é vender dianteiro. E nesse objetivo, o mercado saudita é importante. O selo Angus é sinônimo de qualidade no mundo todo”, completou. Para elevar rentabilidade, o diretor do Marfrig recomendou que os pecuaristas terminem mais animais voltados para o mercado Europeu no primeiro semestre, uma vez que, mesmo as cargas exportadas, perdem valorização com o excesso de oferta na segunda metade do ano.

Representantes da indústria frigorífica, produtores e varejo  avaliaram a situação do mercado e fizeram projeções. O proprietário da Churrascaria Fogo de Chão, Jandir Dalberto, falou sobre a necessidade de surpreender os clientes. O criador Fernando Costabeber relatou conquistas obtidas a campo e como a bonificação fornecida pelo Programa Carne Angus eleva a rentabilidade da criação.

O diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Titoff Salvador, comemorou o fato de o evento integrar todos os elos da cadeia produtiva, unindo pecuaristas, frigoríficos e varejo. “Há 14 anos, era difícil juntar todos. Conseguimos alinhar a cadeia e conversar sobre a produção por meio do Programa Carne Angus. Afinal, o sucesso do produtor depende do sucesso da indústria e do consumidor final".

Fonte: ABA 

Angus registra aumento de 54,58% nas vendas da Expointer 2015


Seguindo as projeções de negócios aquecidos na pecuária, a Angus encerra a Expointer com alta de 54,58% nas vendas em relação à feira de 2014 e movimentação de R$ 2 milhões. O ponto alto da exposição foi a comercialização da Feira da Novilha, que superou R$ 1,5 milhão com a comercialização de 882 animais, aumento de 68% na movimentação. A estimativa é que R$ 1,12 milhão refira-se a animais da raça Angus. A média por quilo das novilhas penhas de R$ 6,66 superou expectativas. Resultado excelente também foi obtido nas terneiras (R$ 6,87/quilo).
O leilão de gado rústico Angus também teve crescimento de negócios, acompanhando tendência de valorização de animais criados a campo. Ao todo, foram negociados 33 bovinos por um total de R$ 215,5 mil, alta de 28,9%. O destaque foram as fêmeas PO que atingiram média de R$ 5.200,00 por cabeça.
Nos remates particulares, destaque para o Leilão da Reconquista Agropecuária, que movimentou R$ 2,3 milhões (incluindo Angus e cavalos Crioulos). A média dos animais Angus ficou em R$ 62.700,00. A grande campeã da Expolondrina (Reconquista TE2068 Tina Density Quebracho) foi negociada por R$ 208 mil, valor recorde da raça na Exposição. No Leilão Catanduva, uma terneira atingiu valorização de R$ 60 mil e teve a arrecadação doada para a Kinder – Centro de Recuperação.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Roberto Pires Weber, os números confirmam o bom momento que a raça Angus vive no país. “As altas médias dos ventres Angus na Expointer indicam que o agropecuarista brasileiro está disposto a investir em genética de qualidade e na ampliação de seus rebanhos Angus”.
Momento que se reproduz na venda de cortes Angus ao consumidor. “Nossa carne é reconhecida internacionalmente pela alta qualidade, e a genética dos animais apresentados na Expointer justifica essa posição”, pontuou Weber, salientando o alto nível dos ventres e touros que participaram do julgamento morfológico de 2015. O crescimento da raça foi referendado pelo jurado argentino Carlos Ojea, que notou um avanço substancial dos exemplares expostos na Expointer nos últimos anos.
balanço2
fonte: ABA

TERNEIROS: Castrar ou não castrar, eis a questão !!!



Nos últimos anos, nesta época em que começa a temporada de parição das vacas, sempre sou abordado com  a pegunta por parte dos criadores se devem ou não castrar os terneiros nascidos já na macega.
Para esta temporada vou direto a resposta, a minha intuição diz que NÃO CASTREM. E por que eu digo isso? Porque o cenário que se aproxima, é de um mercado externo, quando digo externo quero dizer outros estados brasileiros, navio, turcos e etc, muito mais promissor, mais palpável, mais próximo do que no ano anterior, melhorando a relação de preços em favor dos inteiros.
O crescimento de cooperativas de fora do estado do RS em busca de gado europeu para seus programas de carne de qualidade, como por exemplo do Paraná e que sabedores que somos, pretendem para próxima temporada aumentar suas quantidades de compra aqui no estado, o retorno do navio/turcos através das empresas que já operam por aqui e a promessa de novas se estabelecendo por nossa região, com cambio favorável, vão fazer com que o terneiros inteiros tenham um mercado mais amplo, bem maior do que o dos  castrados, que vão ficar na dependência unica dos recriadores, invernadores locais. Parte desta situação já ocorreu este ano, onde tivemos terneiros inteiros com grande facilidade de venda e com valores pagos por eles, mais altos do que os castrados. Sempre digo aos meus amigos recriadores e invernadores mais próximos, que os terneiros desmamados, castrados e carrapateados devem ser sempre melhor remunerados do que os mamando, os inteiros ou ainda mamando e inteiros. Como normalmente não o fazem, de compensar a castração, a desmame, e geralmente ainda acabam apertando o criador, num cenário que começa a se configurar, vão sofrer as consequências do tiro no pé. Aos que vierem me dizer agora, que remuneram melhor seus fornecedores que castram seus terneiros, a este eu digo, parabéns não se preocupem, pois seu fornecedor vai continuar lhe atendendo, vai continuar castrando pois não vão querer se programar em cima do SE os turcos vierem, SE o navio vier, SE as cooperativas vierem. Mas aos produtores, se é que posso, eu recomendo, aguardem a movimentação do mercado, por agora deixem inteiros seus terneiros, e se tudo isso não se confirmar ainda tem o inverno de 2016 para castrar. Não sou defensor do terneiro inteiro, muito pelo contrario, defendo os castrados, que nas nossas condições de manejo são muito mais fácil de se trabalhar, e ainda por cima não fomentamos uma fabrica de boi com bolas por ai, mas o mercado fala mais alto, tai a soja que nos mostra, e o mercado, ao que tudo indica, vai ser maior para o terneiro inteiro.
Eduardo Lund
Méd. Veterinário da Lund Negócios

Pressão no mercado do boi no Rio Grande do Sul


Os preços do boi gordo no Rio Grande do Sul estão entre R$9,10 e R$9,50/kg de carcaça, a prazo, sem bonificações.
Isto significa uma retração de 8,7%, em média, nos últimos 30 dias, quando o preço girava entre R$10,20 R$10,50, nas mesmas condições.
A grande oferta sazonal de animais gordos, que atinge o pico entre meados de setembro e início de novembro, pode ser apontada como o principal fator baixista para as cotações, que deve seguir a pressão até o fim da retirada dos animais das pastagens e liberação das áreas para o plantio de soja.
A vaca gira entre R$8,90 e R$9,20/kg de carcaça, a prazo, sem bonificações.
No mercado de reposição houve alterações menos acentuadas, o que é normal, pois o mercado do boi gordo puxa o mercado de reposição, mas este inicialmente oscila menos.
O preço do terneiro está entre R$5,50 e R$5,80/kg vivo. Isto representa uma queda de 4,2%, em média, em relação aos R$5,80 a R$6,00/kg vivo, pagos há 30 dias.
As fêmeas desta categoria giram entre R$5,20 e R$5,50/kg vivo. Veja todas as cotações domercado do boi.
A vaca de invernar está entre R$3,80 e R$4,00/kg vivo, 4,9% menos que há 30 dias.
Além da pressão oriunda da queda nas cotações dos animais terminados, a oferta no mercado de reposição também tende a aumentar.
Apesar de grande parte dos animais jovens já terem sido comercializados e a oferta ser menor, a demanda diminuiu ainda mais, em função de que a partir de agora, não há mais compra para recria e engorda nas pastagens de inverno, mas sim há retirada.
Para boa parte dos produtores, é uma época ruim para a venda dos animais, mas conforme o sistema é possível fazer um planejamento de comercialização para “usar” as oscilações de marcado a favor de quem produz.
Com a utilização estratégica de algumas ferramentas, aliadas a um planejamento de comercialização, os resultados podem ser melhorados, e muito.
Mas vale ressaltar, que toda a tecnologia deve ser usada com bom senso e o máximo de planejamento e controle, do contrário, pode ser um “tiro no pé”, pois investir em algo que não dará resultado significa prejuízo.
Um investimento alto se torna bom quando traz um bom retorno, já um investimento de R$5,00, se não trouxer retorno, é caro.
Por Renato Bittencourt