sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Parceiros criam entidade baseada em modelo uruguaio


Associação de Consignatários Lance Rural objetiva fortalecer o projeto junto a escritórios e certificadores


Apesar de ainda estar atuando informalmente, a Associação de Consignatários Lance Rural (ACLR) já definiu suas propostas e, segundo o interlocutor do grupo e proprietário da Rédea Remates, Marco Petruzzi, o próximo passo é buscar e motivar novos parceiros. “A distância geográfica tem dificultado o contato frequente dos escritórios e certificadores, mas a ACLR veio para aproximar o grupo, consolidando projetos e ideais”, complementa Petruzzi.

A ideia de formação da ACLR surgiu após a Expointer, quando o uruguaio Pablo Reys - diretor da Asociacion de Consignatarios de Ganado (ACG) e da empresa Lote 21 - participou do 1º Workshop Lance Rural. Segundo Petruzzi, “a ACLR se espelha em um projeto excelente, mas que somar a ele sua visão de negócio, aprimorando-o.”

Como ainda está em processo de implementação, a Associação de Consignatários Lance Rural não possui diretoria – apenas um interlocutor (Marco Petruzzi) e um secretário, o médico veterinário da Lund Negócios, Eduardo Lund. O regulamento e o estatuto da instituição - ambos baseados no modelo uruguaio, porém adaptados à realidade do Lance Rural - também estão em processo de criação.

Além da Rédea Remates e da Lund Negócios, outros quatro escritórios estiveram presentes na reunião de criação da ACLR: Boi na Web, Corretora Rural Ganadero, La Rural e Escritório Rural Tradição. Entre as deliberações acordadas estão a maior rigidez na qualidade e certificação do gado e a fixação de um preço base estipulado previamente pela Associação já na data de abertura das inscrições dos leilões.

Referências de preços de gado no Uruguai

Brazilian Angus Beef Day promove carne de qualidade brasileira na maior feira de gastronomia e bebidas do mundo


Carne Angus - Bandeiras 1


Evento especial para a carne Angus brasileira acontece no dia 21, durante a SIAL, em Paris, fruto de parceria entre a Associação Brasileira de Angus, a Abiec e a Apex-Brasil.
A promoção da carne Angus brasileira chega à principal feira de gastronomia e bebidas do mundo, a SIAL, que acontece em Paris, de 19 a 23 de outubro. Em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), a Associação Brasileira de Angus promove na exposição o ‘Brazilian Angus Beef Day (Dia da Carne Angus Brasileira)’ no dia 21.
A ação pioneira, segundo a Associação, visa levar direto ao público estrangeiro a experiência do consumo da carne Angus brasileira. Durante o dia todo serão promovidas sessões de degustação da carne Angus brasileira, além de exibição de vídeo e distribuição de material promocional sobre o produto.
Trata-se de uma iniciativa em linha com a campanha ‘Brasil Beyond’, criada e desenvolvida pela Apex-Brasil, que tem como objetivo promover a imagem do País e seus produtos no exterior por meio de ações que enfatizem a qualidade, turismo, povo, cultura, atratividade econômica e política externa. Segundo a Apex-Brasil, pesquisas realizadas no exterior mostram que os quesitos qualidade, atratividade econômica e política externa são os mais críticos com relação à imagem brasileira no cenário global. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Angus, Paulo de Castro Marques, o Brazilian Angus Beef Day atende aos quesitos qualidade e atratividade econômica.
“Contamos hoje com um dos maiores programas de certificação de carcaças do mundo, que é o Programa Carne Angus Certificada, que, basicamente, é um grande projeto de fomento à produção de carne de qualidade superior. Já abatemos por esse programa mais de 300 mil cabeças de gado anuais e temos capacidade de abater até dois milhões. Além disso, temos no Brasil uma competitividade enorme em questão de preços no mercado externo, pois contamos com uma produção a pasto, sustentável e com fôlego para atender à demanda dos mais exigentes mercados do mundo”, enfatiza Paulo de Castro Marques.
O Programa Carne Angus Certificada, que completou 11 anos de atividade em 2014, é considerado o maior programa de certificação da pecuária de corte brasileira, com sete frigoríficos parceiros (Marfrig, JBS, VPJ, Frigorífico Silva, Verdi, Cotripal, Frigol) e atuação em sete dos principais estados produtores (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás).
O Programa Carne Angus Certificada conta, desde junho de 2007, com reconhecimento e credibilidade internacional, conferido pela Certificadora AUSMEAT, líder mundial em processos de padronização de frigoríficos, através do selo de Certificação AUSQUAL. Este reconhecimento é fruto de um longo trabalho de treinamento da equipe, padronização e qualificação do processo de certificação da Associação Brasileira de Angus, que hoje possui um Sistema de Gestão pela Qualidade em padrões Internacionais. “Este selo abre as portas para a carne certificada pela Associação Brasileira de Angus aos principais mercados do mundo”, afirma o gerente do Programa Carne Angus Certificada, Fábio Medeiros.
“Com esta ação na SIAL provaremos para o mundo que a carne de qualidade produzida no Brasil é igual, ou até melhor, à dos tradicionais países fornecedores do produto aos mais exigentes mercados”, complementa Medeiros.
Mais informações sobre o Brazilian Angus Beef  podem ser obtidas no site exclusivo do projeto:www.brazilianangusbeef.com.br.

Só Angus Mergulhão

69ª Expofeira de Primavera do Sindicato Rural de Jaguarão

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento busca flexibilizar as exigências da União Europeia



Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento busca flexibilizar as exigências da União Europeia
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avalia que o País está pronto para exportar à União Europeia (UE) assim que as exigências para vender carne bovina impostas a produtores e frigoríficos brasileiros forem reduzidas. Entre os itens a serem flexibilizados, estaria a dispensa de auditoria oficial de 100% das propriedades rastreadas que pleiteiam integrar a lista para exportar ao bloco, adianta Alexandre Orio Bastos, coordenador de Sistemas de Rastreabilidade do Mapa. A intenção seria lastreada pela garantia de “controles eficientes e robustos”, segundo Bastos, do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Nova missão de auditores da UE começou na terça-feira no País e termina dia 27. Nesta sexta-feira, dois auditores finalizam o roteiro no Estado. O coordenador aposta que não haverá problemas e também previne que a rastreabilidade obrigatória, que se cogitou na pecuária gaúcha, não seria permitida pela legislação federal em vigor.

Jornal do Comércio – Como está a adesão à rastreabilidade no País?

Alexandre Orio Bastos – O Sisbov está habilitado em nove estados e adotado por 1624 propriedades com quase 4,2 milhões de animais. Apesar da queda no número de propriedades nos últimos anos (eram 2218 em 2010), há mais mudança no perfil, com aumento de locais com confinamentos e rebanhos maiores, do que propriamente redução de animais certificados. Pelos números de carne exportada oriunda de animais certificados, grande parte não vai ao Exterior. Há espaço para suprir maior demanda de exportação.

JC – Produtores resistem em aderir ao sistema?

Bastos – Não considero que haja barreira. É a lei da oferta e da procura. Se tenho mais custos com o sistema, quero ser recompensado. Se o produtor não está tendo procura é porque não tem demanda ou não vale a pena. O comprador não quer pagar mais pela carne rastreada.

JC – No Estado, o Marfrig diz que a baixa oferta de animais rastreados ameaça seu modelo exportador, que inviabilizaria algumas plantas.

Bastos – Pode ter dificuldade momentânea, mas é uma situação que facilmente pode ser resolvida, pois há produtores e animais aí. Talvez, o que não tenha é oferta rastreada. O Estado tem hoje 139 propriedades no Sisbov, já teve mais. Pode ser uma questão de estímulo e de ter acordo prévio com os criadores, ou existem outros protocolos que remuneram melhor, como programas de raças que não exigem rastreabilidade.

JC – O governo gaúcho pretendia implantar modelo com rastreabilidade obrigatória. Como o senhor vê isso?

Bastos – O modelo proposto pelo Estado não era de rastreabilidade, mas de identificação individual por questões sanitárias. A lei brasileira estabeleceu que a rastreabilidade é fornecida por marca a fogo, Guia de Transporte Animal (GTA), nota fiscal do produtor e registro do frigorífico. Outros protocolos de adesão poderiam ser usados desde que mantivessem a adesão voluntária. Isso está bem claro na lei. Existem outras formas de controle sanitário que poderiam justificar, segundo parecer jurídico do Mapa, a identificação de todos os animais. Mas isso não é rastreabilidade obrigatória.

JC – O Estado consultou o ministério sobre isso?

Bastos – Sim, e começou por uma consulta sobre a mudança na legislação. Esclarecemos que a regulação não partiu do Mapa, mas do Congresso Nacional. Portanto, qualquer alteração teria de ser feita por meio do Legislativo. O Estado também sondou a respeito da possibilidade de identificação compulsória para controle de doenças, que indiretamente pode ser usada para rastreabilidade, pois já se tem o controle.

JC – Há muita exclusão de fazendas por erros na rastreabilidade?

Bastos – Há casos retirados, mas de forma geral não há dificuldade de manter-se na lista. Pelo acordo com a União Europeia, temos de auditar amostra de 10% das integrantes da lista trace (nome usado pelos europeus) por ano. Fora isso, a certificadora faz o monitoramento periódico a cada seis meses, e a cada 70 dias em confinamentos.

JC – É possível flexibilizar as regras da UE?

Bastos – Estamos procurando mostrar ao bloco que o nosso sistema hoje é consistente e robusto para atender às garantias exigidas, como auditar 100% das propriedades que ingressam na lista e a qualidade da carcaça, medidas acionadas a partir de 2008, após o embargo. A ideia é continuar a colocar a carne no mercado deles, mas seguindo as mesmas exigências dos demais países que exportam à região. Avançamos em certas situações. Na retomada da exportação, o serviço brasileiro auditava e considerava uma propriedade conforme, mas o relatório era submetido à UE, que poderia ou não acrescentar à lista. Até 2012, podia demorar de três a quatro meses para uma fazenda voltar a ser apta. Hoje, indicamos que está conforme e ela é imediatamente incluída.

JC – O que mais se quer mudar?

Bastos – Temos de sentir o que é melhor colocar em negociação para obtermos ganhos. Um dos pleitos é acabar com a exigência de auditar 100% das propriedades que querem ingressar na lista.

JC – A condição geral do rebanho não oferece riscos?

Bastos – A qualidade de produto que consumimos no mercado interno não precisa ter rastreabilidade individual. No caso da UE, trata-se de mercado internacional e de equivalência de legislação para não prejudicar produtores do bloco. Lá eles adotam a rastreabilidade de cada animal e, pelo princípio de equivalência, exigem o mesmo da gente. A flexibilidade pode não atingir isso, pois demandaria mudança na regra europeia. Queremos que seja aceito que uma certificadora avalize, para que não precise que uma equipe do ministério vá lá, gerando gastos e ocupando pessoal para dizer que está bom.

JC – A proposta foi apresentada aos técnicos da UE da nova missão?

Bastos – Na reunião que abriu a missão, na terça-feira, em Brasília, mostramos números do Sisbov, demos nosso diagnóstico e, ao mesmo tempo, buscamos dar nosso recado. Com gráficos, indicamos o percentual de conformidade das auditorias e mostramos argumentos para abrir brechas. Não queremos nada diferente do que se exige de outros, mas não queremos ser o único a ter tantas exigências.

JC – Como é a definição de onde a missão vai?

Bastos – Isso é muito aleatório. A cada ano, a UE adota uma orientação. Neste ano focaram estados que não iam há algum tempo – Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. No Estado, estiveram em 2011 pela última vez. Estamos tranquilos sobre os resultados da missão. Vamos mostrar que o nosso trabalho está sendo bem feito, mas claro que, às vezes, pode aparecer algum problema pontual. Sobre as propriedades, não vemos qualquer dificuldade.

JC – O produtor é sempre a parte mais sensível na auditoria?

Bastos – Pode ter situação de risco em todos os lugares, na fazenda ou nos frigoríficos. Serão quatro propriedades vistoriadas (duas no Rio Grande do Sul, uma no Paraná e outra no Mato Grosso do Sul) e quatro frigoríficos (um no Estado, duas plantas no Mato Grosso do Sul e uma em São Paulo).

JC – Pode haver medida imediata diante de algum problema?

Bastos – Pode ocorrer alguma restrição imediata, como foi no embargo de 2007, definida após uma missão. Mas não esperamos. Questões pontuais sempre tem, como recomendações, que depois trabalhamos para corrigir. Na última missão, em 2013, foram feitas de cinco a seis recomendações, como sobre o controle do uso de identificação nas propriedades, a leitura de animais pelas certificadoras. Fizemos os esclarecimentos necessários.

JC – Como será o desfecho da atual missão?

Bastos – Do Estado, os auditores vão a São Paulo no fim de semana, depois vão ao Mato Grosso do Sul e Paraná. A reunião final acontecerá no dia 27, em Brasília. Depois, os auditores emitirão, em até 60 dias, um pré-relatório, que é enviado para nossa análise e remetemos de volta. Poderemos ter de fazer eventuais esclarecimentos. O relatório será publicado no site da Food and Veterinary Office (FVO), organismo da UE responsável pela segurança sanitária de produtos de origem animal. É um documento público.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Oferta curta de boiadas e estoques enxutos de carne

Oferta curta e mercado do boi gordo em alta.

Em São Paulo o preço de referência subiu para R$133,00/@, à vista. Poucas empresas possuem ofertas de compra abaixo deste valor.

As escalas estão curtas e atendem cerca de três dias, na maioria dos casos.

Empresas com animais a termo e de parcerias estão menos apertadas nas programações, mas não há frigoríficos com folga.

A oferta de boiadas de confinamento está pequena e os animais de pastagens não possuem volume para segurar o mercado.

Houve valorizações em dez, das trinta e uma praças pesquisadas.

No mercado atacadista os preços estão estáveis devido ao escoamento mais fraco, causado pelo período do mês.

No entanto, os estoques enxutos, associados ao aumento do preço do boi gordo, devem gerar tentativas de valorização por parte dos vendedores. 

Veja as cotações do boi gordo no link https://www.scotconsultoria.com.br/cotacoes/boi-gordo/ .

por Hyberville Neto

fonte: Scot Consultoria

A revolução dos bifes / Dianteiro toma a dianteira

    • Por Redação Paladar
    Com a melhoria genética e os cuidados com a alimentação do gado, as carnes ‘duras’ da frente do boi – acém, paleta, peito – amaciaram. E o resultado é que vêm disputando brasas com picanha, filé, alcatra, os cortes ditos nobres do churrasco. Elas têm mais sabor e custam muito menos. E são muito bem-vindas neste momento de alta nos preços da carne.









































































































































































































    Por Jose Orenstein























Empurra a picanha, o contrafilé, a fraldinha para lá: a raquete, o peixinho, o sete da paleta e o acém pedem passagem e espaço sobre as brasas e chapas. Os cortes da parte dianteira do boi, antes reles plebeus das grelhas, experimentam suculenta ascensão social em São Paulo e disputam, bife a bife, o centro da churrasqueira com seus primos, os cortes nobres.
A nova classe C das carnes é composta basicamente de três partes: paleta, acém e peito. É como se divide grande parte do dianteiro do boi, que representa perto de 38% do animal. Dessas três partes, é possível tirar uma série de cortes – alguns deles descritos nesta página – que não precisam mais ficar algumas horas cozinhando na panela, ou longos minutos na panela de pressão, para ceder facilmente à dentada. Basta alguns segundos de chapa – ou um espeto sobre o carvão em brasa – para ficarem macios, com alto nível de sucos e saborosos.
Ilustração: Carlinhos Müller/Estadão
“A maioria ainda pensa que só o filé mignon é macio e só a picanha é saborosa. Mas isso vai mudar”, diz, esperançoso, Pedro Merola, dono da Feed, uma das marcas que aposta no interesse do público por carnes de qualidade. A loja aberta há nove meses em São Paulo, no Itaim, está lançando uma linha de cortes de dianteiro.
Mas o que mudou para que o dianteiro, a dita carne de segunda, tenha virado alternativa às peças do traseiro? Acém e paleta não são novidade. O que ocorre é que as melhorias genéticas e, principalmente, o manejo cuidadoso do gado, estão resultando na criação de animais de altíssimo nível, que permitem o aproveitamento de partes que antes não tinham qualidade. Com o gado no pasto, a carne da parte da frente do animal tende a ficar mais magra e mais dura. Porém isso não ocorre com animais de raças selecionados, tratados com alguns cuidados.
O Feed cria o próprio gado – meio-sangue, de angus e bonsmara, que passa até 22 meses no pasto e até 4 no confinamento. O Beef Passion, também. A marca, que mantém uma pequena loja em Santa Cecília, funciona na mesma linha, trabalhando com raças especiais – de matriz europeia, diferentes do nelore, que compõe o grosso do rebanho nacional –, e alimentação controlada.
Com o que vende ao público e o que vai para restaurantes como D.O.M., Vito e o carioca Roberta Sudbrack, a Beef Passion distribui, por mês, 10 toneladas de carne de dianteiro. “Temos gado angus e wagyu. Mesmo no dianteiro, a carne tem ótimo marmoreio – e o sabor é mais encorpado”, diz o dono, Antonio Ricardo Sechis.
Os cortes dianteiros custam menos e seu aproveitamento interessa também a quem cria o gado. “Não faz sentido vender só metade do boi”, diz Sechis. A carne do traseiro representa quase 48% do animal.
Na grande indústria, a tendência de aproveitar os cortes antes desprezados também é crescente. “Os cortes do dianteiro são hoje a menina dos olhos do mercado”, diz Henrique Freitas, gerente da linha Swift Black, da gigante JBS. Ele diz que os preços para peças do dianteiro podem chegar a 50% de um corte equivalente do traseiro – caso do petit tender, ou petit filé, tirado do peixinho, na paleta do boi, que seria um substituto do filé mignon.
“Os clientes estão descobrindo a variedade de cortes mais em conta”, diz Leo Teixeira, dono do açougue Talho Carnes, aberto há um ano em São Paulo.
Num futuro ainda distante, com o aumento da demanda pelos cortes do dianteiro – pela educação do consumidor e pela cultura de menos desperdício que se impõe – a tendência é que o preço suba. Mas até lá, churrasquear acém, peito e paleta, é bom negócio: mais sabor, mais barato. Conheça os cortes e como aproveitá-los.
FOTOS: Felipe Rau/Estadão
MIOLO DA PALETA
A paleta é a perna dianteira do boi e seu miolo não costuma pesar mais de 1 quilo e tem boa capa de gordura. À primeira vista, lembra uma picanha. Suas fibras, no entanto, são mais finas e mais magras. A peça tem boa proporção de gordura entremeada às fibras e pode, assim, render ótimo churrasco. Fatiado em bifes e feito na grelha ou selado numa chapa bem quente também rende: é uma carne saborosa, bem irrigada. Não vai desmanchar na boca, mas também não vai exigir grande trabalho dos dentes, tem maciez razoável.
PEIXINHO
Mesmo em animais de raças que acumulam mais gordura, como a angus, o corte derivado da parte da frente da paleta – o popular peixinho – é magro, tem bem menos gordura entremeada às fibras, o marmoreio, que seu vizinho raquete, por exemplo.
Tradicionalmente ele é usado no preparo de cozidos como o francês pot-au-feu, por supostamente ser duro demais para ir à frigideira ou chapa quente. O fato, no entanto, é que, quando bem cortado pelo açougueiro, fatiado em bifes, pode passar tranquilamente por medalhão de filé mignon –com o grande atrativo de custar a metade ou até um terço do preço. Isso porque o peixinho é de uma maciez a toda prova, acentuada na carne de gados que passam por seleção genética, confinamento, alimentação controlada.
Em inglês, este corte é conhecido como petite tender, petit filet, shoulder tender, nomes que muitas vezes também são usados aqui no Brasil.
RAQUETE (SHOULDER)
Não faltam nomes para este corte: raquete, sete da paleta, segundo coió, ganhadora, língua shoulder… Tanto faz como você vai chamá-lo, a verdade é que o pedaço de carne que fica na parte interna superior da paleta, ao lado do peixinho, é o supertrunfo do dianteiro: sob todas as formas de cocção ele vai vencer, ele vai dar certo. “É espetacular, muito saboroso, quem conhece não para mais de comer”, diz Sylvio Lazzarini, do Varanda Grill. Reza a tradição na Itália que a melhor forma de aproveitá-lo é cozinhá-lo com um belo vinho: está feito o brasato. Mas o corte mais comum da peça (shoulder steak), transversal, com a fibra correndo pelo meio, ovalado – daí a semelhança com a raquete de tênis –, fica irresistível simplesmente grelhado.
RAQUETE (FLAT IRON)
“Quando comecei a testar esse corte, fiquei emocionada, quase chorei”, brinca Letícia Massula, chef que ajuda a elaborar os cortes para a Feed. Lá, além do corte mais comum, tipo shoulder steak, é possível achar também um corte da raquete encontrado com mais facilidade nos Estados Unidos: o chamado flat iron steak. A diferença é que nesse caso, o que se faz é abrir a peça longitudinalmente, tirando a fibra branca e obtendo uma peça fina e longa.
O resultado é saborosíssimo: a carne, de boa textura e maciez surpreendente (se o corte é tirado de um animal de raça especial com alimentação controlada), presta-se com facilidade a uma passada rápida na chapa – e pode substituir, sem susto, por exemplo, um bife de contrafilé.
ACÉM
O acém é o maior corte do dianteiro bovino – ocupa o espaço entre o pescoço e a costela, acima da paleta. O miolo do acém sempre frequentou as grelhas de churrasqueiros mais avançados ou aventureiros. Mas, em geral, acém é um dos primeiros nomes que se associa à ideia de carne de segunda. Tem fama de “imastigável” se não passar um bom tempo na panela.
A verdade é que se trata de uma carne macia, relativamente magra e potencialmente muito saborosa. O corte tem sido usado pelo chef André Mifano, do restaurante Vito, em São Paulo num prato que concorreu ao Prêmio Paladar 2013: acém de wagyu com batatas. A raça japonesa é conhecida pelo altíssimo grau de marmoreio e maciez e nesse caso, basta uma cocção simples para que a carne se mostre.
Acém é chamado também de agulha, alcatrinha ou lombinho. Em inglês, corresponde à parte chamada de chuck.
COSTELA DO DIANTEIRO
A costela de dianteiro é tão ou mais saborosa e suculenta que a costela traseira. Ela fica na ponta do peito, na fronteira com o acém, um corte com osso mais fininho, mas com o tecido conjuntivo que o envolve cheio de colágeno, que lhe empresta a intensidade. Normalmente, no açougue comum, é uma carne mais magra. Mas em animais especiais, de alimentação controlada, ela traz um alto grau de marmoreio.
O primeiro impulso é jogar a peça numa grelha de churrasco – e, aí, não tem erro. Mas a costela presta-se ainda muito bem à chapa ou panela de ferro comum em casa. Mais fina, fica pronta com poucos minutos de exposição ao calor. “Difícil achar um corte mais saboroso que esse. Pode pegar, ancho, chorizo… Esses podem ser mais macios, mas essa parte da costela é imbatível”, diz Antonio Ricardo Sechis, da Beef Passion, que produz o corte com angus (caso da foto acima) e wagyu.
Em inglês, esse corte é parte do chamado short rib.
fonte: Estadão

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

União Europeia vistoria frigorífico e rebanho no Rio Grande do Sul


Técnicos chegam hoje ao Rio Grande do Sul e avaliarão condições de bovinos gaúchos e abates rastreados
Patrícia Comunello
Técnicos da União Europeia (UE) chegam hoje ao Estado para dar início a três dias de vistorias de abates e propriedades de pecuária de corte bovina. A última missão da UE para inspecionar as condições de produção e de processamento da carne que é exportada à região ocorreu em setembro de 2011. O foco dos técnicos será principalmente os controles de fluxo de animais desde as propriedades até a etapa industrial com aplicação do sistema de rastreabilidade com erro zero, exigência da comunidade europeia.

A primeira parada será em Bagé, na planta do Marfrig, uma das sete unidades de abates que estão em operação e habilitadas à exportação. A empresa, uma das maiores no mundo em processamento de proteína vermelha, tem quatro (três de abate e uma de corned-beef). Amanhã e na sexta-feira será a vez de duas fazendas com terminação de bois serem inspecionadas. Uma fica também em Bagé, e a outra na vizinha Dom Pedrito. Os locais foram sorteados há 15 dias, explica Anna Suñe, supervisora regional em Bagé do Departamento de Defesa Agropecuária (DDA), ligado à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa).

O Rio Grande do Sul dá a largada nessa nova missão. Também serão visitados Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo. O Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou ontem que os técnicos (seis a oito) já estão no Brasil e esclareceu que só comentará o resultado das inspeções após a conclusão do roteiro, previsto para se prolongar até o fim deste mês. A data da conclusão não foi informada e nem número de plantas e total de propriedades nos quatro estados. O Brasil é hoje o maior exportador de carne vermelha no mundo, com quase 50% do volume. A UE é o terceiro destino. Para o Estado, foi o Segundo até agosto.

Na última missão destinada a verificar cumprimento de regras para vender carne bovina, o Estado ficou fora. Foram vistoriadas propriedades e plantas em São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, segundo o Mapa. Em 2013, o País recebeu representantes da região que soma 28 estados-membros e é considerada uma das mais apetitosas clientes para o fluxo externo devido à valorização recebida pela carne brasileira.

Hoje, o potencial, estabelecido por cotas, não é alcançado pelo produto local, e o subaproveitamento é atribuído à baixa adesão ao Sistema Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). No Estado, são cerca de 150, mas o número reduziu nos últimos anos.

Desde 2007 com rastreabilidade, o produtor Olavo Almeida de Salles, de Dom Pedrito, terá pela primeira vez uma das duas propriedades, a Estância Santa Luisa, na mira dos europeus. “Fiquei sabendo há 15 dias que havia sido sorteado. A gente fica preocupado, pois a responsabilidade é muito grande”, comentou o pecuarista, que fornece cerca de 1,5 mil cabeças por ano para abate na unidade do Marfrig em Bagé. “Não pode ter falha humana no controle e lançamento de informações no sistema.”

O pecuarista ressalta o custo para o rastrearmento, avaliado entre R$ 30,00 e R$ 40,00 por animal. O produtor recebe, em média, R$ 100,00 a mais por carcaça do frigorífico, comparado à matéria-prima fora do Sisbov. “Dá trabalho e muita despesa, mas é importante para conquistar mercado.”

“O procedimento é padrão, não há motivo para preocupação. As exigências foram encaminhadas de forma positiva”, tranquiliza Anna, que também é auditora na região do sistema de rastreabilidade federal. A supervisora do DDA, que acompanhará a visita às duas fazendas, cita que o fluxo intenso de animais entre propriedades para engorda é uma das marcas da produção gaúcha, o que eleva a vigilância sobre os controles. Os técnicos devem atentar para documentação e registro no sistema, checando chip (brinco) usado pelos animais e o lançamento de dados.

Inspeção adia encontro para discutir modelo de rastreabilidade

A confirmação da inspeção hoje no frigorífico do Marfrig provocou cancelamento da reunião que ocorreria ontem, em Alegrete, e que retomaria as discussões de produtores, indústria e governo para adoção de um modelo estadual de rastreabilidade. Não há nova data para o encontro. O modelo vive impasse desde 2013, pois produtores são contra que o controle seja obrigatório. A inclusão no Sisbov é voluntária. A missão na planta bageense será acompanhada pelo serviço federal de inspeção do Mapa.

O gerente regional da Marfrig no Estado, Rui Mendonça, comentou que a vistoria é de rotina e que não espera nenhuma dificuldade. A unidade estaria, portanto, adequada às especificações para exportar. O volume de abates, Segundo Mendonça, mantém-se. Mendonça citou ainda que, há 15 dias, missão de técnicos dos Estados Unidos esteve na planta de Hulha Negra, especializada em corned-beef. Sobre o impasse em torno da rastreabilidade bovina no Estado, o executivo apontou que “espera construir um caminho”. A indústria opera com ociosidade e busca garantia de fornecimento de matéria-prima para manter aberta a planta de Alegrete.

Carne gaúcha aumenta as vendas para o mercado europeu

A União Europeia (UE) foi o segundo maior importador de carne bovina (in natura e processada, resfriada e congelada) do Rio Grande do Sul até agosto, considerando estados–membros compradores (Países Baixos, Itália, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Suécia) e confrontando com outros países individualmente de maior peso.

Levantamento do economista Guilherme Risco, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), mostrou receita com exportações à UE de US$ 5,2 milhões nos primeiros oito meses, cifra 17% maior que a de 2013 no mesmo período. O desempenho do mercado do bloco comum europeu ficou abaixo da taxa global de expansão do segmento na divisa gaúcha, de 43,4%, somando US$ 44 milhões ante US$ 30,7 milhões.

Hong Kong é o grande comprador hoje, gerando mais da metade da receita, US$ 22,8 milhões até agosto. A UE perdeu representatividade na matriz externa do Estado, saindo da fatia de 14,3% da receita no ano passado para 11,7% neste ano.

No Brasil, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) apurou, até setembro, receita de US$ 5,3 bilhões, 10,87% acima do mesmo período de 2013. A UE foi a Terceira maior importadora, respondendo por US$ 663,9 milhões, 91,9 mil toneladas.
Fonte: Jornal do Comércio

Contratos futuros de boi estão em alta

 Os contratos futuros da arroba do boi negociados na BM&FBovespa atingiram máximas históricas ontem, com a persistência do tempo seco aumentando as preocupações sobre a recuperação das pastagens, o que pode atrasar a engorda do gado criado no pasto após um ano de baixa oferta.
O preço da arroba ficou sustentado ao longo de 2014 com uma oferta apertada de animais prontos para o abate, após uma das piores secas da história no Sudeste durante o último verão, somada a problemas estruturais do setor.
Os vencimentos outubro, novembro, dezembro e janeiro do segmento BM&F marcaram novas máximas de contrato ontem, com o dezembro operando em um pico de R$ 137,43 por arroba por volta das 16h15.
O contrato outubro superou 135 reais. "Não tem boi... Não chove, está uma falta de chuva, já era para estar com pasto verde... É a pior situação em 25 anos", afirmou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Luiz Claudio Paranhos.
O mercado futuro tem espelhado o físico. Os preços da arroba do boi gordo no Estado de São Paulo fecharam a semana passada com valor nominal recorde, segundo o indicador Esalq/BM&FBovespa: R$ 131,84. Grande parte da pecuária brasileira é extensiva, o que explica o impacto da seca para a oferta de animais prontos para os frigoríficos.
Nesta época do ano, de entressafra de gado, a oferta de animais criados em confinamentos ajuda garantir o abastecimento aos frigoríficos, mas nem o gado confinado, cuja oferta é menor, mas concentrada neste período do ano, está segurando os preços, disse Paranhos.
"Além do clima, os confinamentos não deram conta... é uma série de fatores convergentes [para a alta]", afirmou.
Com os preços em alta, os consumidores passam a procurar por carne bovina. Segundo especialistas, o único limitador para o preço da arroba seria um arrefecimento no consumo interno de carne bovina, devido aos altos preço.
As altas temperaturas e a falta de chuvas previstas também deverão afetar áreas de café e cana-de-açúcar do Brasil, ameaçando reduzir mais do potencial produtivo das lavouras, disseram meteorologistas. No caso da soja e do milho, a seca tem atrasado o plantio.
A Somar Meteorologia e outros especialistas esperam que as precipitações mais fortes e generalizadas retornem somente depois do próximo dia 23 de outubro, quando uma massa de ar seco sobre o Sudeste do Brasil será rompida. Isso permitirá que as frentes frias tragam umidade às regiões produtoras. 
fonte:Reuters

terça-feira, 14 de outubro de 2014

HOMENAGEM NO DIA DO PECUARISTA

14 DE OUTUBRO É O DIA DO PECUARISTA
UMA DATA QUE MERECE SER COMEMORADA POR QUEM TEM FEITO MUITO PELO BRASIL.


Excepcional massa de ar quente alimenta grave onda de tempo severo

Chuva forte e temporais com granizo atingiram ontem vários municipios do Centro para o Norte gaúcho, conforme já alertava a MetSul. O granizo foi grande em alguns locais e fez estragos, como em Palmeira das Missões que teve perto de 1,5 mil casas atingidas. Lages, em Santa Catarina, decreta calamidade em razão da intensa precipitação de granizo da segunda-feira que afetou milhares de pessoas (imagens abaixo do Diário Catarinense, Thiago Paes e Prefeitura Municipal). Em Porto Alegre, pouco depos das 20h de ontem, caiu brevemente granizo miúdo em alguns bairros, mas sem registro de danos ou transtornos.
A massa de ar muito quente que cobre a maior parte do país serviu como combustível para alimentar a instabilidade associada a maior umidade presente entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Ontem, as máximas foram de 40,7ºC no Paraná, 35,9ºC na cidade de São Paulo (3ª mais alta desde 1943 em outubro), 41ºC no interior paulista e 41,6ºC na cidade do Rio de Janeiro. Esta massa de ar quente é extremamente forte para esta época do ano, incomum pela força na primavera, e vai trazer máximas ainda mais altas e absurdamente elevadas (41ºC a 44ºC) no Paraná, Centro-Oeste e no Sudeste do país no restante desta semana (reproduções abaixo de O Popular e Metro SP). Recordes históricos de calor serão superados. O risco de incêndio em vegetação vai ser extremo e o calor excepcional associado ao ar muito seco com valores desérticos de umidade induzirá piora maior da qualidade do ar, com risco para a saúde, sobretudo de pessoas fragilizadas como idosos.
A terça-feira não repete o padrão atmosférico de intensa instabilidade de ontem, porém o dia ainda reserva chuva e garoa em algumas regiões. Ao menos em parte desta terça. O dia vai ter ainda maior presença de nuvens com períodos de chuva e garoa no Norte e Nordeste do Estado, mas na maioria das regiões o sol aparece com nuvens. Nestas regiões em que se espera ainda instabilidade, como é o caso de Porto Alegre, o tempo apresentará melhoria gradual. Pontos do Litoral Norte e de parte dos Aparados é que devem registrar melhora mais tardia do tempo. Já a temperatura estará agradável na maioria das regiões. Na quarta, o sol predomina no Estado com calor à tarde e que vai ser mais intenso no Oeste, Noroeste e no Norte.
Forte precipitação de granizo ontem assustou moradores da cidade gaúcha de Sarandi – João Lima/Rádio Sarandi
Atenção – A MetSul Meteorologia mantém sua advertência sobre um quadro de tempo extremamente severo e por demais preocupante ao longo da segunda metade da semana. A massa de ar quente excepcionalmente forte avançará em direção ao Uruguai e o Rio Grande do Sul a partir do Norte da Argentina e o Paraguai por conta de uma corrente de jato de baixos níveis. Não chegará a fazer calor intenso na maioria das regiões gaúchas por conta da instabilidade, mas o Noroeste deve ter máximas muito elevadas, acima de 35ºC nesta quarta e na quinta. O ar quente de Norte, ao encontrar a maior umidade sobre o Centro do continente, servirá como gasolina em fogo para detonar a formação de áreas de instabilidade muito fortes sobre o Centro da Argentina e o Uruguai entre a tarde e a noite desta quarta e no começo da quinta. No decorrer da quinta, temporais devem afetar pontos do Rio Grande do Sul. Na sexta e no sábado, muitos temporais são esperados no Uruguai e no território gaúcho. No domingo, tempestades devem ainda afetar partes do nosso Estado, mas com diminuição gradual da instabilidade no decorrer do dia. Santa Catarina e o Paraná também deverão apresentar registro de tempestades severas.
Palmeiras das Missões entra em situação de emergência após intensa queda de granizo de ontem à tarde - Uli Schiling
A MeSul reitera que alguns destes temporais entre quinta e o domingo podem ser muito fortes a violentos sobre o Centro da Argentina, Uruguai e o Sul do Brasil com potencial de transtornos, danos e destruição. Alguns vendavais serão significativamente fortes e mesmo atividade tornádica não é afastada. Mais ocorrências isoladas de granizo no período de alerta devem ser esperadas, inclusive com tamanho grande a gigante em alguns pontos. Temporais ainda podem trazer volumes de chuva extremamente altos em curtos períodos (minutos a horas) com inundações rápidas. Os maiores acumulados no Rio Grande do Sul devem se dar do Centro para o Sul gaúcho, apesar da expectativa de chuva localmente intensa também na Metade Norte. Haverá municipios do Estado com 100 mm a 250 mm apenas de sábado a domingo com potencial de em alguns pontos a chuva superar 100 mm em menos de três horas nos episódios de chuva mais intensa de curta duração. Danos em lavouras, prejuízos estruturais em propriedades e interrupção de serviços essenciais como energia estão entre as prováveis conseqüências da grave onda de tempo severo da segunda metade da semana entre a Argentina e o Sul do Brasil.
fonte: MetSul