sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Sem Seara, Marfrig aposta na força do mercado de bovinos

Futuro presidente da companhia avalia que a empresa estará mais bem preparada no setor após se livrar de uma dívida de R$ 6 bilhões com a venda da Seara


Cláudio Rossi/EXAME.com
Marfrig
Gado da Marfrig: companhia vendeu a Seara para se livrar de uma dívida de R$ 6 bilhões
São Paulo - A Marfrig, terceira maior produtora de carne bovina do mundo, avalia que estará mais bem preparada para brigar por esse mercado com as grandes companhias globais, após se livrar de uma dívida de quase 6 bilhões de reais com a venda da Seara, a divisão de aves, suínos e processados.

E como sua principal concorrente em bovinos, a JBS, compradora da Seara, terá que lidar com as dificuldades da organização do novo e grande negócio, a Marfrig acredita que poderá ganhar mais espaço e dinheiro em carne bovina, disse em entrevista à Reuters nesta sexta-feira o futuro presidente-executivo da companhia, Sérgio Rial, que deve assumir o comando da empresa no início de 2014.
"É muito desafiador, não há espaço para pedalar dos dois lados", avaliou Rial que se mantém na presidência da Seara enquanto a empresa não é definitivamente transferida para a JBS.
Rial avalia que a JBS, líder na produção global de carne bovina, à frente da norte-americana Tyson Foods e da Marfrig, deverá estar muito centrada na consolidação da Seara e no equacionamento de sua dívida maior, especialmente após a aprovação do negócio pelos órgãos reguladores, aguardado para setembro. O acordo de venda da Seara para a JBS foi firmado em junho.
"A aquisição da Seara vai exigir tempo e atenção (da JBS), para que os 6 bilhões de reais (da dívida) não fiquem mais caros", declarou um dia após a Marfrig divulgar prejuízo trimestral, ainda influenciado pela operação da Seara.
Rial acredita que a redução do endividamento da Marfrig, que deve cair para pouco mais de 5 bilhões de reais após a venda da Seara, dará condições para a empresa brigar para crescer no ramo de carne bovina.
"A fortaleza do balanço é importante para fazer com que os concorrentes se comportem... A melhor defesa para uma guerra é estar bem armado", destacou Rial, referindo-se à nova condição da Marfrig, empresa que cresceu rapidamente em um curto período de tempo, realizando 40 aquisições em cinco anos, incluindo a Seara.
Rial, que foi diretor financeiro global da gigante do agronegócio Cargill, participou da compra da Seara pela Cargill e depois vendeu a empresa de aves e suínos duas vezes.

Na Cargill, ele negociou a venda da Seara para a Marfrig, de Marcos Molina, e depois, já na Marfrig, onde está desde novembro de 2012, o executivo negociou a novamente a companhia, dessa vez para a concorrente JBS.
Rial disse ver uma disputa mais acirrada entre as gigantes em bovino no mercado doméstico, que inclui a Minerva, por conta de um cenário macroeconômico mais desafiador, onde repasses de custos estão limitados.
"A disposição do consumidor de aceitar aumentos é menor, a inflação corroeu o poder de compra, o que pressiona as margens das empresas", comentou.

Com esse foco em bovinos no Brasil, e mais preocupada gerar lucro, após vários prejuízos em meio à grande dívida, a Marfrig não mira aquisições, disse Rial.
"O momento é de consolidar, temos que dar resultado, lucro, e é aí que ação reage e podemos levantar mais equity", afirmou, acreditando que a melhora do perfil da dívida também permitirá uma melhora na avaliação pelas agências de rating.
Crescimento na Receita
Segundo ele, a empresa com faturamento anual de 17 bilhões a 18 bilhões de reais projeta crescimento para 2014, com a força da divisão de bovinos e do segmento de Food Service (para atendimento de restaurantes) e das unidades no exterior, com atuação na Europa, EUA e Ásia.
"Essa receita vai mais para perto de 20 bilhões (de reais) em 2014", avaliou o diretor, que ressaltou durante a entrevista que o câmbio favorece as exportações brasileiras de carnes.
A divisão de carne bovina da Marfrig, que conta também com unidades no Mercosul, tem cerca de 40 por cento de sua receita baseada nas exportações, e o restante no mercado interno.
Atualmente, pelo dólar fortalecido frente ao real, 55 por cento da receita total da companhia vem de unidades no exterior. Pouco mais da metade do faturamento externo provém da Keystone, com operações nos Estados Unidos e na China, e a outra parte vem da Moy Park, unidade de frango com forte atuação no Reino Unido.
Essa unidade do Reino Unido, aliás, poderá vir a ser cliente da JBS, disse Rial, num momento em que a Marfrig não tem planos de reabrir sua unidade de aves no Brasil, o maior exportador de carne de frango.
"Não vamos entrar em frango no Brasil... Caberia à JBS ter o Marfrig como cliente para fornecer à Moy Park, se for do interesse deles", declarou Rial, que disse ter bom relacionamento com a família Batista, controladora da JBS.
Fonte:Exame.com

Evento marca o lançamento da feira de novilhas 2013

A Associação Brasileira de Angus e a Farsul (Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul), juntamente com a Santa Úrsula Remates, lançaram na terça-feira (06), ao meio-dia, na sede da Farsul, a 9ª Feira de Novilhas da Expointer, que colocará à disposição 700 novilhas com sangue Angus, entre animais comercias, Angus AD (Angus Definido) e Angus CA (Puro Controlado).
 
Na ocasião estiveram presentes Carlos Sperotto, presidente do Sistema Farsul, Francisco Schardong, presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Juliana Brunelli, gerente Administrativa da Angus Brasil, Alexandre Crespo, leiloeiro e José Antonio Cardoso da Santa Úrsula Remates, além dos demais diretores do sistema Farsul.
 
De acordo com o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, o preço médio por animal será de R$ 1.400,00 e a expectativa é de que haverá compradores de diferentes regiões interessados na qualidade dos animais. “A feira de novilhas da Expointer é o balizador de preços para a temporada de 28 feiras de primavera que começa logo após Esteio, por isso o evento ganha maior importância”, salientou Schardong.
 
O presidente do Sistema Farsul ressaltou também que a feira representa a descentralização do calendário, que antes ficava restrito ao interior, e ainda destacou que “a Expointer está lastreada em um ano bom, com resultados positivos para o setor, mas os negócios serão feitos com racionalidade, dentro da realidade do momento de recuperação”, salientou Sperotto.
 
Juliana Brunelli, gerente Administrativa da Angus, comenta a importância da feira de novilhas no maior evento do agronegócio gaúcho. “Entre todas as oportunidades de aquisição que o produtor terá durante a Expointer, a Feira de Novilhas esta entre as de maior destaque por conta da possibilidade que os pecuaristas terão de adquirir animais comerciais”, afirmou Juliana, informando que a parceria entre Angus, Farsul e Santa Úrsula já entra em seu sexto ano. “O trabalho vem sendo desenvolvido de maneira séria e constante, gerando bons frutos para ambas as partes”.
 
A Expointer 2013 será realizada no Parque de Exposições Assis Brasil entre os dias 24 de agosto e 1º de setembro, em Esteio (RS).

Agrolink com informações de assessoria

VIII Concurso de Carcaças Angus enfatiza potencial genético e aptidão da raça para carne de qualidade

O evento abre as portas para os produtores exibirem os novilhos, e trocar experiência
Com o objetivo de valorizar a qualidade produzida pelos produtores de Angus do Rio Grande do Sul (MS), demonstrar o potencial da genética Angus para produção de carne de qualidade e permitir o intercâmbio de tecnologia entre os produtores participantes, o Programa Carne Angus Certificada, da Associação Brasileira de Angus, em parceria com o Grupo Marfrig (São Paulo/SP), promove em 13 de setembro o VIII Concurso de Carcaças Angus RS. O evento acontece na unidade do Marfrig em Alegrete (RS).
O produtor gaúcho de carne Angus sabe que a participação neste evento é uma oportunidade para mostrar a qualidade dos novilhos que produz e para a troca de experiências com outros produtores de excelência. Em mais esta edição, o Concurso de Carcaças faz jus ao seu slogan: Os Melhores Produtores em um Show de Qualidade, comenta o diretor do Programa Carne Angus Certificada, Reynaldo Salvador.
As apostas são grandes e a disputa será acirrada. Além disso, podemos enfatizar o intercâmbio entre os participantes, que por meio do acompanhamento do abate técnico e da interação com os profissionais da indústria, levam para suas propriedades conhecimentos e experiências uns dos outros, afirma o gerente do programa de certificação da entidade, Fábio Medeiros.
Todos os lotes participantes receberão uma premiação adicional de 5% acima da tabela do Programa Carne Angus Marfrig RS. Para os lotes campeões de categoria a bonificação será de 10% acima da tabela. Esta premiação acumulada (concurso + tabela) proporcionará aos animais participantes do concurso valores muito superiores aos praticados no mercado, permitindo que o produtor participe com o que produz de melhor em sua propriedade, explica Medeiros.
O Concurso de Carcaças permite ao produtor visualizar que é possível obter melhores resultados e consequentemente gerar maior eficiência para a indústria, além de melhor atender o consumidor final. Com o Programa Carne Certificada Angus, por exemplo, o prêmio ao produtor pode chegar a 10%. Outra virtude de eventos como este é a integração gerada na cadeia produtiva, no qual associação, produtores, indústria e fornecedores de insumos avaliam juntos todo o processo de criação dos animais, entendendo e reciclando vários conceitos e técnicas aplicadas aos sistemas de produção.
“Este concurso é uma via de mão dupla, enquanto a premiação gera estímulo ao trabalho do produtor rural, a tecnologia usada para essa manutenção fica disponível para outros pecuaristas testemunharem que é possível adequar seus animais à indústria, ao mercado e ao consumidor”, finaliza Fábio Medeiros, lembrando que o abate técnico será realizado na unidade de Alegrete da Marfrig, em 13 de setembro, sendo realizado em categorias de animais definidos e cruzados de forma separada.
Podem participar do concurso lotes com no mínimo 22 cabeças de machos ou fêmeas. Os interessados podem efetuar a inscrição no junto a Associação Brasileira de Angus até 2 de setembro.
Julgamento. Será realizado por profissionais do Programa Carne Angus e da indústria.
Fonte: Programa Carne Angus Certificada – Associação Brasileira de Angus, adaptado pela equipe feed&food.

O que aconteceu com a reposição?

O que aconteceu com a reposição?



Tenho conversado com muitas pessoas que, invariavelmente, me perguntam o que aconteceu com a reposição de terneiros, novilhos, enfim, das categorias que normalmente eram muito procuradas nesta época.
Tentando também entender o que se passa, comecei a buscar algumas respostas, e entre elas a que sempre aparece é que o ciclo de comercialização mudou, e mudou bastante.

Então vejamos:

1º -  Até pouco tempo atrás, pelo menos em minha região, quase toda área de soja era uma área de pastagem para pastoreio no intervalo entre o cultivo desta cultura.
Os contratos com os agropecuaristas da região eram mais baratos (5-6 sacas/ha) e quase sempre continham uma cláusula em que o arrendatário deveria, no momento da entrega da área, deixar uma pastagem para pastoreio formada para o proprietário. Hoje isto já não ocorre com frequência, as áreas são arrendadas na maioria das vezes a agricultores de outras regiões do norte do estado, que pagam mais pelo arrendamento (7-10 sacas/ha ano), e que trazem consigo a cultura do arrendamento do ano fechado, da agricultura e não da pecuária, plantio só para produção de palha para cobertura do solo e de não colocarem animais nestas áreas, evitando o pisoteio que, segundo alguns produtores, pode levar à perda de produtividade em alguns casos de até 10% na soja.
Façam este cálculo comigo:
Uma lavoura de produção média de 50 sacas de soja com valor médio atual de R$ 60,00 - 65,00, se confirmado a perda de 10%, deixaria de faturar em torno de R$ 300,00 - 350,00  - contra um um terneiro, novilho ou até mesmo uma vaca de invernar que entre o valor de compra e de venda poderá não dar este lucro, sem contar com todo trabalho e risco, além de ao final da engorda vir ao mercado em um momento em que a oferta deste gado é muito grande, principalmente pela necessidade de liberação da área em que se encontram para plantio.

2º - Outro fator que devemos considerar é o do grande estímulo que foi dado ao plantio de trigo (principalmente depois de que a demanda interna ficou comprometida por causa da decisão da Argentina) nesta mesma área, havendo assim uma substituição dos investimentos na reposição por investimentos em lavouras de trigo.

3º -  Acredito também que a época de comercialização da safra de terneiros está um pouco desencontrada. Historicamente temos nos meses de abril e maio a grande concentração de feiras de terneiros, o grande momento de comercialização desta categoria, época esta, que no atual momento vem a coincidir ainda com o auge da colheita da soja, o fim da colheita de arroz e com a incerteza de se teremos ou não pastagens para essa safra, fazendo com que fique muito menor a procura por reposição, e portanto, um aumento de  oferta sem contrapartida na procura, ocasionando estabilidade de preços e em alguns casos até de baixa de preço.

4º - Influência também, em menor proporção, do plantio de soja em determinadas áreas de arroz (compatíveis com a cultura de soja), sobrando menos restevas de arroz, que até pouco tempo eram muito destinadas a estas categorias animais, além de que, por estarem um pouco mais capitalizados, alguns produtores levam mais tempo para comercializarem seus estoques de arroz na busca de melhores preços na entressafra, não circulando então dinheiro para ser investido na pecuária.

Portanto, gostaria de externar minha opinião dizendo que acredito que, enquanto estes fatores acima comentados estiverem vigentes, como por exemplos os bons preços pagos à soja, trigo e arroz, este será o cenário e acho complicado a "pecuária tradicional" não ser tratada quase como um sub-produto da agricultura. Uma maior atenção por parte de nossos agropecuaristas em relação à integração lavoura-pecuária talvez seja o passo fundamental para o bom desempenho financeiro destas atividades.

Med. Veterinário Eduardo Lund
Consultor da Lund Negócios
Tenho conversado com muitas pessoas que, invariavelmente, me perguntam o que aconteceu com a

reposição de terneiros, novilhos, enfim, das categorias que normalmente eram muito procuradas nesta época.
Tentando também entender o que se passa, comecei a buscar algumas respostas, e entre elas a que sempre aparece é que o ciclo de comercialização mudou, e mudou bastante.

Então vejamos:

1º -  Até pouco tempo atrás, pelo menos em minha região, quase toda área de soja era uma área de pastagem para pastoreio no intervalo entre o cultivo desta cultura.
Os contratos com os agropecuaristas da região eram mais baratos (5-6 sacas/ha) e quase sempre continham uma cláusula em que o arrendatário deveria, no momento da entrega da área, deixar uma pastagem para pastoreio formada para o proprietário. Hoje isto já não ocorre com frequência, as áreas são arrendadas na maioria das vezes a agricultores de outras regiões do norte do estado, que pagam mais pelo arrendamento (7-10 sacas/ha ano), e que trazem consigo a cultura do arrendamento do ano fechado, da agricultura e não da pecuária, plantio só para produção de palha para cobertura do solo e de não colocarem animais nestas áreas, evitando o pisoteio que, segundo alguns produtores, pode levar à perda de produtividade em alguns casos de até 10% na soja.
Façam este cálculo comigo:
Uma lavoura de produção média de 50 sacas de soja com valor médio atual de R$ 60,00 - 65,00, se confirmado a perda de 10%, deixaria de faturar em torno de R$ 300,00 - 350,00  - contra um um terneiro, novilho ou até mesmo uma vaca de invernar que entre o valor de compra e de venda poderá não dar este lucro, sem contar com todo trabalho e risco, além de ao final da engorda vir ao mercado em um momento em que a oferta deste gado é muito grande, principalmente pela necessidade de liberação da área em que se encontram para plantio.

2º - Outro fator que devemos considerar é o do grande estímulo que foi dado ao plantio de trigo (principalmente depois de que a demanda interna ficou comprometida por causa da decisão da Argentina) nesta mesma área, havendo assim uma substituição dos investimentos na reposição por investimentos em lavouras de trigo.

3º -  Acredito também que a época de comercialização da safra de terneiros está um pouco desencontrada. Historicamente temos nos meses de abril e maio a grande concentração de feiras de terneiros, o grande momento de comercialização desta categoria, época esta, que no atual momento vem a coincidir ainda com o auge da colheita da soja, o fim da colheita de arroz e com a incerteza de se teremos ou não pastagens para essa safra, fazendo com que fique muito menor a procura por reposição, e portanto, um aumento de  oferta sem contrapartida na procura, ocasionando estabilidade de preços e em alguns casos até de baixa de preço.

4º - Influência também, em menor proporção, do plantio de soja em determinadas áreas de arroz (compatíveis com a cultura de soja), sobrando menos restevas de arroz, que até pouco tempo eram muito destinadas a estas categorias animais, além de que, por estarem um pouco mais capitalizados, alguns produtores levam mais tempo para comercializarem seus estoques de arroz na busca de melhores preços na entressafra, não circulando então dinheiro para ser investido na pecuária.

Portanto, gostaria de externar minha opinião dizendo que acredito que, enquanto estes fatores acima comentados estiverem vigentes, como por exemplos os bons preços pagos à soja, trigo e arroz, este será o cenário e acho complicado a "pecuária tradicional" não ser tratada quase como um sub-produto da agricultura. Uma maior atenção por parte de nossos agropecuaristas em relação à integração lavoura-pecuária talvez seja o passo fundamental para o bom desempenho financeiro destas atividades.

Med. Veterinário Eduardo Lund
Consultor da Lund Negócios

Seapa protocola projeto de identificação no RS

Meta é que todo o rebanho do Estado esteja identificado nos próximos cinco anos


O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, protocolou nesta quinta-feira, 8, na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei do Sistema de Identificação do rebanho gaúcho. A meta é identificar, de forma compulsória, todos os bovinos do Estado (13,7 milhões de animais) em cinco anos, a partir de 2014. 

O projeto prevê que o Estado pague os brincos e dispositivos eletrônicos para identificação. A iniciativa tem como objetivo coibir os abates clandestinos e ampliar os controle de trânsito de animais. 

O Estado estima perdas anuais de R$ 60 milhões em impostos com o abate clandestino, o equivalente a 500 mil cabeças. A retomada dos abates dentro da lei deve trazer de volta este recurso, o que justifica o investimento previsto de R$ 15 milhões no primeiro ano no projeto de identificação. 

Na próxima semana, de 12 a 15, Mainardi e representantes da comissão de Agricultura da AL visitarão o Uruguai para conhecer propriedades e frigoríficos na região de Colônia do Sacramento, além do Instituto Nacional de Carnes (INAC), com sede em Montevidéu. O país identificou todo o rebanho entre 2006 e 2011. 

“Eles vão apresentar resultados de mercado e valorização do produto, mas também as dificuldades que encontraram no processo”, afirma a presidente da Câmara Setorial da Carne, Anna Suñe, entidade que formulou a proposta apresentada pelo governo gaúcho.

Entre os produtores, porém, há receio com a proposta. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Farsul), Carlos Sperotto, afirmou que a federação não é contra a rastreabilidade, mas a forma que a atividade foi proposta. 

“Primeiro porque fere a legislação  - a lei 12.097, de 2009 prevê a adesão voluntária  - e, segundo, o projeto tem que ter sustentabilidade”, argumenta o dirigente. 

O diretor administrativo da GAP Genética, de Uruguaiana, e presidente do Sindicato Rural do município, João Paulo Schneider, conhecido como Kaju, salienta que “a rastreabilidade/identificação ajuda muito o Estado a se distinguir. Mas não podemos apoiar porque temos problemas de infraestrutura muito mais importantes para serem resolvidos primeiro. Queremos o oito antes do 80.”


Confira reportagem sobre o tema na edição 394 de DBO. 

Fonte: Portal DBO

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Marfrig vê 2º semestre melhor com bovinos e food service

Trabalhador corta carne em abatedouro do grupo Marfrig, em Promissao, 500 km a noroeste de São Paulo
Abatedouro do grupo Marfrig: empresa registrou prejuízo de R$160 milhões no segundo trimestre, revertendo lucro de R$15,5 milhões em igual período do ano passado

São Paulo - A Marfrig Alimentos prevê melhorar o desempenho no segundo semestre com um cenário externo favorável para bovinos e food service, operações que ganham maior peso após a venda da unidade Seara Brasil e da uruguaia Zenda à JBS, disse o presidente da Seara Foods nesta quinta-feira.
"Esperamos manter um crescimento de receita perto de dois dígitos... Vemos um segundo semestre no negócio de bovinos melhor do que no primeiro semestre. A relação dólar/real vai favorecer as margens na exportação", disse Sérgio Rial, que assumirá a presidência executiva da Marfrig em 2014 em conferência com jornalistas para comentar os resultados do trimestre.
A Marfrig é a segunda maior empresa do setor de bovinos no país.
A empresa registrou prejuízo de 160 milhões de reais no segundo trimestre, revertendo lucro de 15,5 milhões de reais em igual período do ano passado, número que exclui a Seara Brasil.
O executivo afirmou que após a venda da Seara, além do segmento de bovinos, a Marfrig vai reforçar as operações no segmento de food service (produtos para alimentação fora do lar), parte do negócio de processados da companhia, que no segundo trimestre representou cerca de 50 por cento de sua receita.
Seara
A unidade Seara Brasil foi vendida para a JBS no início de junho, como parte de uma operação que incluiu a assunção de dívidas da ordem de 5,85 bilhões de reais.
Segundo Rial, deste total, 2,85 bilhões de reais em dívida bruta já foram transferidos para a JBS e ainda falta repassar 3 bilhões de reais.
A operação de venda para a JBS, considerada por analistas como positiva para a Marfrig, por seu impacto no endividamento, também permitirá à companhia a reduzir o nível de alavancagem para 3 vezes, contra mais de 4 vezes antes do negócio.
No terceiro trimestre, a relação dívida líquida/Ebitda já recuou para 3,8 vezes.
A Seara havia sido adquirida através da troca de ativos entre a Marfrig e a BRF, iniciada em dezembro de 2012 e a concluída em julho do ano passado.
Com a operação, a JBS atingiu a liderança global em aves e virou importante competidor da BRF, a maior em aves no Brasil.
Sobre um possível questionamento da BRF referente à venda do ativo, Rial afirmou que não vê impasse.
"Nós pagamos pelos ativos da BRF e não houve qualquer consulta nesse sentido. Havia determinadas limitações de vendas de marcas, mas o que foi vendido não foi uma marca, foi uma unidade. Então, não há qualquer consulta da BRF conosco nesse sentido", disse.

A Marfrig espera para até setembro a aprovação do Cade, órgão antitrustre brasileiro, para a venda da Seara Brasil à JBS.
Fonte: Exame

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Setor debate legislação específica para transporte de carnes


No Brasil, as normas que determinam os cuidados sanitários com os produtos cárneos foram escritas há mais de 60 anos, e constam no Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa, contido na Lei 30.691, de 1952).
Nos últimos anos, governo, pesquisadores e representantes da indústria frigorífica vêm debatendo mudanças na legislação de modo a modernizá-la, acompanhando a evolução tecnológica no desenvolvimento de produtos cárneos e o impacto deste progresso na saúde dos consumidores.
Em outra frente, os especialistas do segmento de logística também buscam mudanças, mas com o estabelecimento de uma legislação específica para a movimentação e transporte de carnes.
Hoje, ao trabalhar com produtos frigorificados, tanto quem produz os alimentos quanto quem os transporta devem seguir exatamente as mesmas regras.
Em seu artigo primeiro, a norma estabelece a obrigatoriedade da prévia fiscalização, sob o ponto de vista industrial e sanitário, de todos os produtos de origem animal, seja durante a manipulação, acondicionamento ou em trânsito.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Armazenagem Frigorificada (Abiaf), Adriano Castro Rocha, os operadores logísticos frigorificados têm sido submetidos a regulamentos severos, que servem estritamente à agroindústria.
Segundo declarações do dirigente à Revista Tecnologística, a entidade preparou um material com as principais reivindicações da categoria, a fim de apresentá-lo ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
"Não estamos nos isentando da responsabilidade, mas queremos alternativas", disse.
O coordenador-geral substituto do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (Dipoa/SDA), órgão do Mapa, Alessandro Figueiredo Torres, reconhece que a legislação atual não faz distinção entre as companhias que beneficiam os alimentos e aquelas que apenas armazenam e movimentam os itens já processados. Contudo, ele revelou, também à Revista Tecnologística, que o Mapa prepara uma análise para atualizar a Lei 30.691.
"Será uma revisão ampla. Faremos uma análise de risco para ver onde devemos concentrar a força de trabalho de fiscalização do ministério. Provavelmente, após essa análise, não teremos a necessidade de uma fiscalização permanente em determinados estabelecimentos. Mas ainda não temos um prazo estipulado para que essas possíveis mudanças ocorram", afirmou.
Em um país com dimensões continentais como o Brasil, no qual o transporte de cargas é feito sobretudo pelo modal rodoviário, os operadores logísticos merecem, no mínimo, a oportunidade de dialogar com as autoridades.
fonte: CarneTec

Leilão da Nacional de Rústicos Angus - Expointer 2013


terça-feira, 6 de agosto de 2013

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA - CARNE A RENDIMENTO NO RS



*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO
 EM 06.08.2013

BOI: R$ 7,00 a R$ 7,30
VAC
A: R$ 6,70 a R$ 6,90

PRAZO: 30 DIAS

FONTE: PESQUISA REALIZADA

PREÇOS MÉDIOS DE GADO - MERCADO FÍSICO / KG VIVO NO RS


REGIÃO DE PELOTAS
EM 06.08.2013                    

TERNEIROS R$ 3,70 A R$ 4,00              
TERNEIRAS R$ 3,40 A R$ 3,60
NOVILHOS R$ 3,30 A R$ 3,50
NOVILHAS R$ 3,20 A R$ 3,40
BOI MAGRO R$ 3,20 A R$ 3,30
VACA DE INVERNAR R$ 2,75 A R$ 2,85

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br

PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA - KG VIVO NO RS



  REGIÃO DE PELOTAS

 *PREÇO POR KG VIVO
   EM 06.08.2013

   KG VIVO:
   BOI GORDO: R$ 3,50 A R$ 3,60
   VACA GORDA: R$ 3,10 A R$ 3,20

   PRAZO PARA PAGAMENTO: 30 DIAS

   FONTE: PESQUISA REALIZADA
   POR http://www.lundnegocios.com.br

Butiques de carne investem em cortes premium e comodidade


 
Foto: Divulgação/Assessoria
Carnes da butique de carne No Ponto
 
 

Empreendedores apostam no nicho de mercado para quem deseja degustar diferentes tipos de cortes de carnes

São Paulo – Sujos de sangue, frios e populares. Assim é a maioria dos açougues no país. Em um mercado que movimenta mais de 300 bilhões de reais, alguns empreendedores encontraram um nicho para se destacar e vendem cortes diferenciados a preços mais altos para conquistar o consumidor. São as chamadas butiques de carnes.

Interessados em gastronomia sabem que a matéria-prima faz toda a diferença na qualidade de um prato. Hoje, apreciadores de carnes exóticas e com diferentes tipos de corte podem encontrar nas butiques de carnes, produtos e acessórios para degustar as iguarias.

Há mais de 20 anos no mercado de criação e pesquisas genéticas de bovinos, o engenheiro Ricardo Sechis conta que trabalhou no açougue com seu irmão e foi ali que percebeu a diferença entre uma genética e outra da carne. “Só o boi de primeira dá carnes de primeira”, afirma.

Para ele, a inauguração do espaço gourmet da Beef Passion, um produto do Grupo Sechis, localizado no bairro Higienópolis, em São Paulo, foi uma consequência daquilo que foi idealizado. Hoje, ele é um dos fornecedores do chef Alex Atala e de restaurantes renomados como Attimo, Clos de Tapas e Epice, localizados na capital paulista.

Para Sechis, o espaço gourmet é um local para mostrar os produtos da marca. Aberto há seis meses, o cliente pode degustar o tipo de corte que desejar. “Não é um restaurante, é um espaço conceito e tem uma cozinha degustativa. Fazemos eventos e a gente gosta de apresentar o produto para quem quiser provar”, explica. “Como a gente é responsável por toda a cadeia produtiva, nós temos a capacidade de levar isso até o consumidor”, completa.

Há 62 tipos de cortes e, de acordo com Sechis, os que mais saem são os cortes tradicionais como picanha e contra filé. É possível também adquirir os produtos por meio do sistema delivery.

Comodidade

A No Ponto, butique de carnes, localizada no bairro Moema, na capital paulista, e inaugurada em janeiro do ano passado, tem como objetivo oferecer comodidade para quem deseja comprar uma carne premium. Dárcio Lazzarini e Danilo Jorge são os empreendedores à frente do negócio. 
Lazzarini explica que antes de começar a operação, a empresa norte-americana Omaha Steaks serviu de inspiração para eles. No local, os clientes podem escolher as carnes de acordo com o seu grau de marmorização, quantidade de gordura entre as fibras da carne, que influencia na suculência e na maciez. O chorizo, por exemplo, sai a partir de 58 reais o quilo. Todas as carnes são da fornecedora Intermezzo Gourmet. 

Além de oferecer diferentes tipos de cortes de carnes brasileiros, uruguaios e australianos, o mix de produtos do negócio é composto por acessórios para churrasco, cervejas e frutos do mar. O espaço de 45 metros quadrados está passando por uma reforma e terá 80 metros quadrados.

Pratos congelados, massas, churrasqueira, grelha, vinhos, sobremesas, temperos e doces caseiros de compota são alguns produtos que serão acrescentados ao mix após a reforma. “A gente quer deixar o cliente cada vez mais cômodo”, afirma Lazzarini. Além disso, a casa também vai oferecer carnes exóticas como faisão, rã e avestruz.

Para Lazzarini, o mercado de carnes premium não é fácil, já que a concorrência aumenta a cada ano. Por isso, ele acredita que o diferencial do negócio está na prestação de serviço. “Além de oferecer a matéria-prima de qualidade, oferecemos uma consultoria gastronômica. Os atendentes dão dicas de preparo”, explica.

A dica para quem deseja investir nesse nicho é estudar bem o mercado e principalmente a carne. Gostar de cozinhar também é um dos pré-requisitos. “O desafio principal para atuar nesse mercado é as pessoas acreditarem na qualidade da carne e querer desembolsar por um produto melhor”, afirma Sechis. 

Fonte: Exame.com, por Camila Lam 

Projeto Guanabara

Terneiros de desmame precoce aos 90 kgs,e desde lá confinados com milho inteiro.
Foram 5 meses de confinamento e pesaram 287 kgs vivo dando 145 de carne fria,são terneiros do projeto piloto do Guanabara, e o impacto na cria foi de 92% de prenhez.
Responsável Técnico Médico Veterinário Paulo Ferreira ( PINGO )










segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Abiec defende acesso democrático ao crédito

Mecanismo pode permitir avanço em tecnologia e produtividade no setor

A pecuária brasileira precisa democratizar o crédito e a tecnologia para avançar em produtividade. A afirmação é do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Fernando Sampaio, que participou nesta segunda-feira, 5, do o painel Expansão da produtividade para o aumento da oferta, no 12º Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo. 

 “Há duas ferramentas para avançarmos em produtividade na pecuária: tecnologia e crédito. Temos ambas. Mas o problema é que o acesso ainda é complicado. Temos que democratizar o crédito para avançar em tecnologia. E o acesso à tecnologia precisa ser mais difundido ao setor”, afirma

Na pecuária, conforme Sampaio, o uso de tecnologia permite avanços no setor de cria. “Com a integração com a agricultura, por opção de maior rentabilidade do produtor, é o segmento da cria que está sendo empurrada para essas áreas, o que ajuda na incorporação de tecnologias para a atividade”, declara.

Conforme o diretor da Abiec mesmo com as limitações no acesso ao crédito e à tecnologia, o processo de aumento de produtividade está acontecendo na pecuária e se acelerou nos últimos 15 anos. “Muito foi por conta de queda da inflação, onde o boi deixa de ser uma poupança; e também pelo aumento de demanda externa e interna pela proteína”, diz.

Segundo ele, nos últimos 10 anos, a pecuária cedeu sete milhões de hectares para a agricultura. “Nas áreas onde a agricultura está entrando é possível que a produção de carne aumente, porque há a integração e a produção acaba sendo mais eficiente”, observa. 

Sampaio projeta que até 2022 a agricultura vai ganhar mais 15 milhões de hectares, sendo 10 milhões de hectares oriundos da pecuária (em áreas de cerrado, no Maranhão, Piauí e Tocantins).

O pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Eduardo Delgado Assad, que também participou do painel, concorda que somente o uso intensivo de tecnologia fará a produção agropecuária brasileira aumentar. “Somente com a recuperação de pasto, por exemplo, temos condições de ter mais carbono no solo e evitar o desmatamento da Amazônia. E isso se reflete em aumento de produtividade”, avalia. 
Fonte: Agência Estado

ANGUS TV

domingo, 4 de agosto de 2013

FAZENDA JAGUARETÊ


(Foto: Divulgação / Fazenda Jaguaretê)
Confinamento com área coberta: prioridade para o bem estar animal
Prêmios conquistados durante a Feicorte 2013
Atividade: Venda de genética, matrizes e touros Simental selecionados geneticamente.
Raça: Simental
Cidade: Eldorado do Sul
Região: Rio Grande do Sul
País: Brasil
Telefone: (51) 3287 7844
E-mail: jaguarete@jaguarete.com.br
Site: http://www.jaguarete.com.br

Integração total
 

Fazenda Jaguaretê soluciona a falta de integração entre os agentes da cadeia da carne com um programa de fomento ao uso de genética Simental, que garante a compra de bezerros com premiação.
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Produzir carne de qualidade para incentivar o consumo é uma missão de toda a cadeia produtiva. No entanto, a falta de integração entre seus agentes torna moroso o processo de padronização de produção e faz com que a pecuária brasileira perca oportunidades de conquistar os mercados que mais remuneram. Entretanto, um projeto que começou no Rio Grande do Sul está apontando o caminho para a integração definitiva entre terminadores ecriadores de gado de corte, premiando cada segmento de acordo com a entrega de animais qualificados.
A Fazenda Jaguaretê, em Eldorado do Sul/RS, estabeleceu seu rebanho comercial há mais de 50 anos, 20 dos quais dedicados à criação da raça Simental, selecionando animais de fácil adaptação, resistentes a carrapatos, com excelente habilidade materna e rendimento de carcaça. O rebanho altamente eficiente propiciou criar um modelo de negócio que integrasse os pecuaristas através de um programa de fomento ao uso de genética Simental (sêmen de seus raçadores), a assistência técnica e garante a compra de terneiros qualificados. Entre outras raças, a inseminação também pode ser feita em fêmeas Angus, Hereford, Braford e Brangus.
Os parceiros têm garantia total de compra dos animais a partir da desmama. Machos entre sete e 12 meses, com peso superior a 200 kg, são comprados 6% acima do preço médio da categoria nos últimos 3 leilões oficiais no RS. As fêmeas na mesma idade são compradas no valor de macho. Fêmeas vazias até 18 meses de idade com no máximo 280 kg e machos castrados da mesma idade com até 300 kg são comprados valorizados em 5% sobre o boi gordo, com pagamento à vista, livre de comissão e despesas com transporte.
Após comprar a produção dos parceiros, a Fazenda Jaguaretê realiza a terminação em confinamento, fornecendo uma dieta que possibilite a terminação dos animais com no máximo 20 meses de idade e peso acima de 450 kg. No intuito de potencializar a lucratividade na fase de engorda, a Fazenda Jaguaretê em 2013 investiu na construção de um confinamento totalmente coberto com mais de 9600 m². O projeto elaborado de acordo com as normas de bem estar animal, além de propiciar um manejo de dejetos sólidos que são utilizados na agricultura.
Premiando o consumidor
Durante a realização da Feicorte 2013, a Fazenda Jaguaretê lançou a Carne Jaguaretê, que agora leva o selo da propriedade e garante marmoreio, sabor e maciez. Só podem ser abatidos animais 100% europeus (50% continental e 50% Angus ou Hereford) produzidos através do programa de fomento à genética Simental da Fazenda Jaguaretê, onde são recriados em pastagens de azevém e terminados no cocho. O abate obedece a padrões internacionais com total garantia de qualidade no seu processo industrial. Assim, termina na mesa do consumidor o processo que começou na padronização da produção de bezerros Simental de linhagem africana e que serve de exemplo para que a pecuária nacional conquiste os mercados interno e externo, que aprenderam a diferenciar carne na gôndola do supermercado e pagam mais pela qualidade.
Fonte: Rural Centro


 

Carnes vermelhas magras: raça Simental entra na disputa pelo mercado

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DAS RAÇAS SIMENTAL E SIMBRASIL
(Foto: Divulgação / ABCRSS)
Atividade: busca de parceiros fornecedores de animais para marcas com selo da ABCRSS. Animais devem ter, no mínimo, 50% de sangue Simental, idade máxima de 24 meses e acabamento mínimo mediano
Raça: Simental e Simbrasil
País: Brasil
Telefone: (14) 9744 9353 / (14) 9166 3846
E-mail: contato@beefveal.com.br
Site: http://simentalsimbrasil.org.br/

Dupla aptidão para agregar valor
 

Selo de qualidade da carne Simental posiciona-se no mercado de carnes light para o dia a dia, mas mantém cortes tradicionais para a churrasqueira.
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A primeira raça utilizada na bipartição e transferência de embriões e fecundação in vitro está ganhando espaço também fora das porteiras. O Simental, que se estabeleceu no Brasil em 1904 junto às importações da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, lançou em 2012 seu próprio selo de certificação de carne. A Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil, em projeto consolidado junto à Beef&Veal Consultoria, aproveitou as características da raça europeia continental para se posicionar como uma alternativa em um mercado de carne cada vez mais especializado em atender nichos.
A precocidade e a dupla aptidão do Simental (carne e leite), qualidades que conferem eficiência reprodutiva aos animais e proporcionam bezerros pesados à desmama , já faziam sucesso nos campos do Sudeste e Sul do país. No entanto, foi a partir de 1945 que a raça começou a ganhar também o Brasil Central, quando nasceram os primeiros mestiços de Simental e raças Zebu. O resultado foi o incremento da rusticidade aos reprodutores, que passaram a cobrir fêmeas a campo nas mesmas condições dos zebuínos, imprimindo nos bezerros a heterose típica do cruzamento industrial. O Simbrasil (5/8 Simental e 3/8 Zebu) foi reconhecido como raça a partir de 2001 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A maciez da carne desses animais, característica preponderante, agora valerá mais para o mercado consumidor e, consequentemente, para os pecuaristas fornecedores. O selo de certificação da ABCRSS busca ser uma opção a um mercado de carnes de raças britânicas que começa a ser estabelecido. “A opção em desenvolver uma carne Simental/Simbrasil veio com a ideia de produzir uma carne com menor quantidade de gordura e extrema maciez. Ela é tão apropriada para o dia a dia quanto para os churrascos grelhados”, qualifica Roberto Barcellos, consultor responsável pelo projeto do selo de certificação da ABCRSS. 
O projeto da associação, apesar de recente, está crescendo e já seleciona novos parceiros para o fornecimento de animais padronizados. Bovinos com no mínimo 50% de sangue Simental  e idade até 24 meses recebem uma premiação sobre o preço da arroba de boi gordo formado pelo Cepea Esalq para o local de origem. “Estamos observando uma demanda crescente por uma carne mais saudável. É um projeto em fase inicial que está interligando os participantes dacadeia produtiva da carne para entregar, de forma consistente, este produto certificado ao consumidor”, informa Barcellos.
Carne Jaguaretê é um exemplo de marca com valor agregado que leva o selo da ABCRSS. O projeto premia criadores de bezerros e bezerras com 6% sobre o valor de mercado dos animais no Rio Grande do Sul e o gado já recriado é comprado com premiação de 5% sobre o preço do boi gordo antes de ser acabado em confinamento com até 20 meses.
O posicionamento do selo reforça a versatilidade da raça Simental. “Existem mais de 30 cortes que podem ser feitos cozidos, assados, grelhados e fritos. Os diferentes cortes, do mesmo animal, servem para diversos fins”, elenca Barcellos.

Fonte:Rural Centro