quinta-feira, 28 de julho de 2016

Paraguay abrió 21 mercados cárnicos en un año

Busca convertirse en el quinto exportador mundial del producto.
Frigorífico - carne vacuna | Foto: El Agro Paraguay.
Frigorífico – carne vacuna | Foto: El Agro Paraguay.
El viceministro de Ganadería de Paraguay, Marcos Medina, resaltó la apertura de nuevos mercados para la producción cárnica, así como la ampliación de cupos en mercados de alto valor. “Vamos aumentando nuestras exportaciones y estamos abriendo cada vez más mercados. Solamente en el último año hemos abierto 21 mercados, lo que representa casi un 100% de destinos abiertos comparado con lo que teníamos en el 2013. La tendencia es que sigamos abriendo destinos”, expresó Medina.
El jerarca guaraní, reconoció el fuerte crecimiento de las ventas a Chile —uno de los principales mercados para la industria cárnica guaraní— que en septiembre celebra sus fiestas patrias, período en el que se incrementan los envíos desde Paraguay en compensación a la alta demanda. “Esta es la temporada en donde tenemos el mayor volumen y los mejores precios y donde en muchos aspectos marca la tendencia para el mercado chileno para el siguiente año”, dijo Medina.
En cuanto a los precios, el jerarca oficial comentó que el aumento fue de 5%, manejando como valores de referencia pasar de US$ 4.900 a US$ 5.100 por tonelada. Medina aclaró que apunta a que la producción nacional obtenga la distinción de la comunidad internacional por la alta calidad en respuesta a los más rigurosos regímenes fitosanitarios y los más exigentes paladares. La meta de Paraguay, además, es convertirse en el quinto exportador mundial de carne vacuna.
Respecto a Taiwán —otro fuerte destino para la carne bovina de Paraguay—, el viceministro de Ganadería aseguró que “es un mercado bisagra, colabora para ingresar a otros mercados asiáticos”. Dijo que el objetivo es duplicar el cupo , pasando de 3.552 toneladas a 7.000 toneladas anuales.
Nota de El País en base a La Nación – Paraguay.

Expointer terá 4.285 animais de argola



A 39ª  Expointer, marcada para o período de 27 de agosto a 4 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, terá 4.285 animais de argola, de 156 raças, inscritos nas competições.
O número, divulgado ontem pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi), é 9,94% inferior ao de 2015, quando 4.758 animais, de 169 raças, estiveram na exposição. As categorias que apresentaram crescimento em relação ao ano passado foram os bovinos de corte, com 1,66%, e os bubalinos, com 71,43%. A maior redução foi registrada entre os zebuínos, com queda de 62% no número de inscrições.

De acordo com o responsável pelo Serviço de Feiras e Exposições da Seapi, Pablo Charão, a queda era esperada e vem se registrando ao longo dos últimos anos em razão do aumento dos custos com o transporte e alojamento dos animais.

Para facilitar o acesso dos interessados, associações de criadores subsidiaram parte do custo aos produtores. A Associação Brasileira de Criadores de Devon (ABCD) isentou os expositores da raça da taxa de inscrição. Em 2015, participaram da feira 55 animais. Neste ano, serão 57. Já a Associação Brasileira de Angus subsidiou parte do frete dos 167 animais inscritos. O presidente da entidade, José Roberto Pires Weber, diz que a redução é pequena em relação ao ano passado, quando estiveram na exposição 176 animais da raça. "Não é apenas na Expointer que diminui a participação dos animais de argola, é em todas as feiras do país. Estimamos que o custo por animal na Expointer fique em torno dos R$ 10 mil", afirma.

Weber destaca ainda que o período de duração da Expointer tem sido um desestímulo para os produtores.

"Neste ano, vamos trazer ao debate na feira a redução do número de dias", anuncia.

"Além dos custos, isto acaba prejudicando as tarefas nas propriedades," analisa.


As inscrições para os animais rústicos seguem até o dia 15 de agosto na Seapi.
fonte: Correio do Povo

EUA removem barreira a carne bovina 'in natura' brasileira

Com isso, os EUA passam a aceitar a entrada de carne brasileira de regiões onde o gado é vacinado contra a febre aftosa. Até agora, eles só aceitavam carne de Santa Catarina, Estado hoje livre da doença.

EUA removem barreira a carne bovina 'in natura' brasileira
Brasil e Estados Unidos celebram nesta quinta-feira (28) em Washington um acordo que libera a entrada de carne bovina "in natura" do Brasil no mercado americano, pondo fim a uma negociação que se arrastava desde 1999.
O acordo será formalizado por uma troca de compromissos dos dois países. Com isso, os EUA passam a aceitar a entrada de carne brasileira de regiões onde o gado é vacinado contra a febre aftosa. Até agora, eles só aceitavam carne de Santa Catarina, Estado hoje livre da doença.
Como o acordo é recíproco, o Brasil passa a aceitar a carne dos EUA, apesar das ocorrências da doença da vaca louca em território norte-americano em anos recentes. Órgãos especializados dos dois países fizeram inspeções para liberação de frigoríficos.
O acordo é muito importante para o Brasil. O mercado americano são a vitrine mundial quando se trata de avaliar condições sanitárias. Agora, outros países –que exigem carne de qualidade e pagam bem– poderão abrir portas para a carne brasileira.

Embora o acordo represente vantagem econômica para o Brasil, no curto prazo o ganho tende a ser limitado, porque os EUA impõem cotas para as exportações brasileiras, enquanto o Brasil não impõe limites para a entrada de carne americana.
Os americanos distribuem suas cotas de importação entre os vários países aptos a exportar para eles. No ano passado, por exemplo, foram 736,6 mil toneladas. A Austrália ficou com 418,2 mil e a Nova Zelândia, com 213,4 mil.
Argentina e Uruguai têm 20 mil cada um, enquanto o Japão fica com 200 toneladas. O restante, 64.805, é dividido entre os demais exportadores que não têm cota definida. É nessa fatia que o Brasil entra.
PREVISÃO
No próximo ano, portanto, o Brasil venderá no máximo 64 mil toneladas para os americanos, se conseguir eliminar os demais concorrentes.

Considerando os valores médios da carne importada pelo EUA desse grupo de "outros países", que foi US$ 5.410 por tonelada no ano passado, o Brasil ganhará pouco mais de US$ 300 milhões se conseguir exportar 60 mil toneladas para os EUA, um terço do valor previsto pelo Ministério da Agricultura.
O valor médio da carne exportada pela Austrália ficou em US$ 6.000 por tonelada no ano passado, pouco acima dos US$ 5.500 do Canadá. Este último, além do México, não tem cota, devido a acordo comercial com os EUA.
O Brasil é o maior exportador de carne do mundo, com vendas de US$ 6 bilhões no ano passado. Do total, 78% foram de carne "in natura".
Já as importações de carne dos EUA pelo Brasil não devem atingir valor significativo num primeiro momento. Devem ficar por volta de US$ 10 milhões por ano. Com o tempo, no entanto, esse valor deverá crescer. A carne premium tem mercado aquecido e ganha espaço no país.
Esse cenário poderá melhorar ainda mais quando houver uma retomada da economia e a elevação da renda reaquecer o consumo no país.
Além disso, o que hoje parece ser um nicho, poderá evoluir rapidamente, porque a produção nos EUA e as importações feitas pelo Brasil estarão nas mãos de uma indústria brasileira: a JBS.
Com unidades nos principais mercados de carne do mundo –Austrália e Argentina, além do Brasil e dos EUA–, a empresa será também importante nas exportações da carne do Brasil para os EUA. Terá a faca e o bife nas mãos.
fonte: BeefWorld

domingo, 24 de julho de 2016

BOI INTEIRO EM XEQUE

Boi inteiro em xeque
Instituições de pesquisa e levantamentos da indústria provam que macho inteiro tardio terminado no sistema extensivo tradicional é o vilão do pecuarista e do consumidor
Por José Luiz Alves Neto
O inimigo número 1 da cadeia da carne bovina brasileira está no pasto e tem mais de dois dentes incisivos permanentes (DIPs). Análises e pesquisas envolvendo entidades atuantes na pecuária de corte chegaram a um consenso sobre a combinação fatal para o bolso do pecuarista e para a qualidade ao consumidor: o boi inteiro tardio e (mal) terminado a pasto. Segundo a Embrapa Gado de Corte e aAPTA (Agência Paulista de Tecnologias dos Agronegócios), a dificuldade em terminar os bovinos inteiros na idade ideal (até dois anos) e com acabamento de gordura ao menos mediano são as razões para abandonar sistemas de produção que resultem nestes animais.
Para o doutor em zootecnia e pesquisador da APTA de Colina (SP), Flávio Dutra, o produtor deve diluir seus custos, que estão em alta, para obtenção de lucro. “A precocidade nos permite ter maior remuneração. Quem abate animais acima de três até quatro anos faz um giro a menos. Precisamos reduzir o abate para até dois anos e sair da carcaça com acabamento ausente ou escasso”.
Na busca deste objetivo, a agência defende o conceito do Boi 7-7-7, que ganha 7 @ em cada fase: cria, recria e engorda. Neste sistema, é oferecida aos animais dieta altamente energética, com o pasto exercendo a função de volumoso, possibilitando terminar o animal com 21@ com até dois anos. “Estamos colocando gordura no animal inteiro, coisa que o produtor dificilmente consegue porque não dá condições adequadas. E o final de tudo isso é dinheiro no bolso”, reforça Dutra.
O Imac, Instituto Mato-grossense da Carne, seguirá trabalho na mesma linha. Os animais inteiros certificados pelo instituto deverão ter de 0 a 2 DIPs, pesar 17 a 23 @ e  com acabamento de gordura 3 e 4. “Não devemos banir boi inteiro, mas excluir o boi inteiro, tardio e sem acabamento. O uso da tecnologia disponível dá condições para que ele concorra de igual para igual com outros”, detalha o presidente do Imac, Luciano Vacari.
O programa Qualitas Melhoramento Genético também criou um sistema adaptando pesquisas da APTA, o 20-20: animais terminados com 20 @ aos 20 meses a pasto. Segundo o sócio-diretor Leonardo Souza, o 20-20 aplicado a machos inteiros só é possível a partir de indivíduos que apresentem precocidade de acabamento, sendo a genética o fator limitante. “Não é possível produzir carne de qualidade a partir de bois inteiros abatidos com mais 24 meses de idade, mesmo estando bem acabados”, resume. Segundo Souza, o sistema permite desafiar novilhas à reprodução aos 14 meses e um desfrute total do rebanho de 36%.
A Embrapa Gado de Corte também já liberou a “caça” ao boi inteiro terminado no sistema tradicional a pasto. Em relatório divulgado em junho (abates no MS entre  an- -set 2015), a instituição identificou que bois inteiros a pasto tiveram incidência de farol vermelho cinco vezes maior do que os castrados. A principal causa para a desclassificação destes animais foi falta de acabamento: 70% dos inteiros a pasto foram tiveram cobertura de gordura ausente (tipo 1).
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De acordo com o diretor de relacionamento com o pecuarista da JBS, Fábio Dias, as estatísticas da indústria em 2015 também apontam resultados negativos para a categoria. De cada 10 carcaças de machos desclassificadas para o farol vermelho, sete foram de inteiros a pasto; de cada 10 carcaças com gordura ausente, oito foram de inteiros a pasto; e de cada três machos acima da idade (considerando que APTA e Embrapa recomendam abate de machos inteiros com até dois DIPs), dois foram inteiros a pasto.
Quanto ao peso e precocidade, machos inteiros a pasto foram abatidos com apenas 2,5 meses a menos e somente 0,3 @ mais pesados do que os castrados. Isso invalida, por exemplo, o argumento de que os machos inteiros, de maneira geral, produzem uma arroba a mais com seis meses a menos de pasto.
Volume crescente
Na contramão da necessidade aumentar o giro dentro da fazenda e de fidelizar consumidores, os abates de machos inteiros terminados tardiamente a pasto seguem crescendo. Os números da JBS mostram que estes animais representaram 47% de todos os machos abatidos em 2015, 9% a mais do que em 2011. Já os inteiros confinados representam, com certa estabilidade, 30% dos abates de machos e os castrados, 22% (8% a menos do que em 2011).
“Na pecuária com tecnologia e foco no consumidor, animais inteiros têm que ser abatidos precocemente. O boi inteiro, depois de sua puberdade, passa a ter comportamento de touro. Isso traz uma série de consequências negativas na qualidade da carne, seja pela dificuldade do acabamento, seja pelo estresse pré-abate. Para quem preconiza a pecuária de boi inteiro, é recomendável que abata seu boi com até dois dentes incisivos permanentes”, pondera o diretor executivo de originação da JBS, Eduardo Pedroso.
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O estresse pré-abate é um dos responsáveis pelos desvios de pH, que influencia também no odor, sabor, maciez e cor da carne. Um estudo da JBS envolvendo mais de 6.500 animais em nove estados mostrou que machos inteiros são a maior fonte de carne com desvio de pH. Quase metade dos animais inteiros abatidos apresentaram problemas. Detalhando os números, é possível observar que a principal incidência de pH acima da faixa tolerável se dá em machos inteiros acima dos 2 DIPs. “O animal inteiro é mais reativo, mas quando você adota boas práticas de manejo e adota o pacote do Boi 7-7-7, que implica em fornecimento de suplementos na fase de crescimento, esse animal é mais fácil de ser trabalhado, embarcado, com probabilidade maior de ter pH ideal para o mercado”, contextualiza Flávio Dutra, da Apta.
fonte: Giro do Boi