sexta-feira, 13 de abril de 2012

INTERMEDIAÇÃO DE GADO




VENDA DE TERNEIROS

 LOTE DE 18 TERNEIROS QUE ESTAMOS DISPONIBILIZANDO A VENDA EM 13.04.12
MUNICÍPIO DE RIO GRANDE -RS

INFORMAÇÕES COM LUND 81113550 -99941513

BOI: Frigoríficos trabalham com abate elevado em relação ao mesmo período do ano passado


Por Lygia Pimentel, médica veterinária, pecuarista e analista de commodities.


Acho que seria bastante redundante comentar aqui que o mercado é cíclico, certo? Desde que comecei a conversar sobre o mercado temos falado sobre ciclo pecuário, safra e entressafra, sazonalidade do consumo de dianteiro/traseiro, sazonalidade das exportações, descarte de matrizes, crises financeiras... e tudo isso interferindo nos preços recebidos pelo pecuarista. Sempre falam os sobre isso.

É aquele tal negócio, quando a coisa tá boa todo mundo quer participar da festa. Quando a coisa tá ruim, ninguém vê esperança. E tentamos entender e estudar os efeitos disso tudo e como podem interferir no mercado mais adiante.

O mercado futuro não se comporta de maneira diferente. Ele também é cíclico. Afinal, como poderia comportar-se diferentemente se o objetivo é o mesmo: comprar por um valor mais baixo que o de venda? Ou vender por um valor mais alto que o de compra?
Bom, toda essa enrolação nos servirá para pensar sobre o que tem acontecido no mercado futuro. 

Nesta semana recebi várias ligações de clientes e jornalistas questionando o movimento de queda do mercado futuro. “Se o físico está mais firme, como pode o mercado futuro cair?”.

Bom, temos motivos fundamentais e técnicos para que isso tenha acontecido – e para entendermos se o movimento faz sentido. Hoje me concentrarei nos motivos fundamentais e em como o mercado poderá reagir diante da situação atual.

Clique aqui para ampliar!


Fundamentalmente, o mercado enxergou que os preços subiram. Na verdade, devemos começar do princípio. Apesar da falta de dados oficiais, pelo que acompanhamos, os frigoríficos têm trabalhado com abate elevado em relação ao mesmo período do ano passado. Com esse movimento de aproveitar a oferta que existe para diluir custos fixos e melhorar os resultados, mantiveram o mercado relativamente sustentado, mas aí nos deparamos com um problema: as exportações foram fracas e o mercado foi inundado com carne num momento de mercado interno fraco.

Repare que a linha tracejada vertical nos indica a virada do mercado: antes daquele momento, a oferta de animais já tinha enxugado e o boi gordo parou de cair. Mas ainda não conseguia se recuperar pois havia oferta de carne no mercado, representada pelo comportamento do equivalente físico, que permanecia em queda. Como resultado, o spread entre boi gordo e equivalente físico voltou a se abrir.

Entretanto, a partir do momento que voltou a faltar carne no mercado, o equivalente físico reagiu e os frigoríficos voltaram a procurar o boi, que também se sustentou. A carne tem se comportado bem e o equivalente físico se aproximou bastante da arroba do boi gordo, melhorando a margem da indústria.

Agora, estamos assim: preço do boi um pouco melhor e margem da indústria um pouco melhor. Resultado: o pecuarista quer vender o boi e a indústria quer comprar para aproveitar o momento, o que fez com que as escalas alongassem um pouco nos últimos dias e ainda assim o preço se mantivesse firme. Faz sentido?

Entretanto, com o dissemos, o mercado é cíclico. Com a chegada da segunda quinzena do mês e com a prévia das exportações indicando movimento ainda fraco no mercado internacional, podemos incorrer novamente em aumento da oferta de carne no mercado interno, o que regularia o spread boi gordo/equivalente físico. E faria o boi perder a firmeza.

Será que o mercado futuro enxergou tudo isso? Não sei, mas acho que um pouco disso, sim.
O que ocorre é que quando falamos em mercado futuro devemos considerar também o posicionamento dos players e devemos considerar que a grande maioria especula. E quem especula não ganha com mercado parado, apenas quando ele se move. Portanto, voltamos a falar dos ciclos.

Nas últimas semanas, o que vimos foi o aumento da participação da pessoa física na compra do mercado futuro de boi gordo e o aumento da pessoa jurídica (financeira e não financeira) na venda. Observe:

Clique aqui para ampliar!

Isso mostra pra gente que enquanto a PF está lá, lendo nos jornais que a carne está cara e que por isso deveria comprar boi na bolsa, enquanto a PJF e a PJNF se concentram em aproveitar a oportunidade para realizar os lucros das compras recentes depois que o boi engatou a tendência e para apertar a PF, que é historicamente um participante frágil, que não aguenta o tranco quando tem que encarar o ajuste negativo. Isso faz com que o mercado caia de maneira mais violenta
quando a posição comprada é abandonada.

Por isso costumamos dizer que o mercado precisa de um “respiro” para continuar saudável. É aquela tal história: o que acontece quando todo mundo senta do mesmo lado da canoa? Portanto, juntando-se os fatores fundamentais e técnicos, chego à conclusão de que essa correção recente faz todo sentido e é necessária para que o mercado possa ficar interessante novamente.

Hoje tem o novo relatório de posicionamento dos players. Recomendo que fiquem de olho.
Será que alguém aí aproveitou nossa dica da semana passada e “agarrou” o pássaro? Teve gente que me ligou e disse que já aproveitou para garantir alguma coisa. Ah, e só mais um lembrete – não se esqueçam do mercado de opções!

Fora isso, gostaria de dizer que nos dias 18 e 19 de abril estarei no Circuito Feicorte NFT, etapa Goiânia – GO. Convido os amigos que estiverem por perto a participar e chegar perto pra batermos um papo pessoalmente.
Grande abraço a todos!
FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Principais Indicadores do mercado do boi – 13-04-2012


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve desvalorização de 0,48% nessa quinta-feira (12) sendo cotado a R$96,46/@. O indicador a prazo foi cotado em R$ 97,22.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro teve valorização de 0,63% e é cotado a R$ 721,71/cabeça nesta quinta-feira (12). A margem bruta na reposição foi de R$ 869,88 e teve desvalorização de 1,39%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quinta-feira (12), o dólar foi cotado em R$1,83 com desvalorização de 0,18%. O boi gordo em dólares teve desvalorização de 0,31% sendo cotado a US$52,81. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 12/04/12
O contrato futuro do boi gordo para Mai/12 foi negociado a R$95,85 com alta de R$ 0,09.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para Mai/12
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações
No atacado da carne bovina, o equivalente físico permaneceu estável e é cotado a R$ 97,44. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de -R$ 0,98 com baixa de R$ 0,47 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
 FONTE: BEEFPOINT


Confinamento: ganho médio diário ou conversão alimentar?


Avaliando quais os melhores indicadores de um confinamento para avaliar a rentabilidade da atividade, pode-se afirmar que a eficiência biológica tem maior correlação com resultado econômico do que o ganho médio diário. Em palestra no 7oEncontro Confinamento em Ribeirão Preto-SP, organizado pela Coan Consultoria (07 e 08/mar de 2012), Rafael da Costa Cervieri, Zootecnista e especialista em nutrição de ruminantes apresentou um estudo mostrando que os indicadores mais utilizados no Braisl têm pouca relação com o resultado financeiro.
Cervieri comenta que é possível produzir mais usando menos, com maior eficiência,  se forem utilizados indicadores zootécnicos mais apropriados. Definido eficiência, ele refere-se à relação entre os resultados obtidos e os recursos empregados. Fator que melhorou no país: a atividade de confinar teve grande avanço técnico em 10 anos, entre formulação de dietas, manejo, estrutura física e equipamentos. Porém, em relação à coleta de dados, a gestão da informação, análise do custo de produção e a comercialização dos animais, os avanços foram menores.
Observando os preços dos principais insumos para a dieta do confinamento nos anos de 2010 e 2011 verifica-se alta nos valores, contribuindo para o aumento do custo de produção.
Gráfico 01. Alta dos preços dos insumos: variação relativa 2010 X 2011 – Confinamento em GO
Buscando otimizar o resultado do confinamento, além de controlar o custo de produção, é necessário acompanhar o período de terminação dos animais, analisando indicadores que estimem o resultado final de desempenho dos animais. Cervieri reforça a necessidade do acompanhamento: “Se você não pode mensurar, não pode avaliar. Se não pode avaliar, não pode manejar.”
Citando as principais métricas utilizadas, podem ser citadas:
  • Peso de entrada
  • Peso de saída
  • Dias de Cocho
  • GMD
  • Rendimento de carcaça (%)
  • Peso de Carcaça
  • Custo da matéria natural (MN)
  • Custo da matéria seca (MS)
  • Consumo de MN
  • Consumo de MS (CMS)
  • Conversão alimentar
  • Eficiência biológica
  • Arrobas produzidas
  • Custo Alimentar/@
  • Custo total/@
  • Eficiência alimentar
  • Ganho líq. carcaça
  • Custo da @ magra
  • Acabamento
  • CMS em relação à % PV (peso vivo)
Entre tantas variáveis, o nutricionista questiona por que a maioria dos confinadores têm como principal indicador, ou único, o ganho de peso. Realmente esse é o melhor indicador, ou sua utilização é adotada por facilidade de mensuração, costume e desconhecimento dos demais? Avaliando somente o ganho, como o consumo dos animais pode ser acompanhado?
De forma geral, o acompanhamento do ganho dos animais muitas vezes é considerado mais importante do que o acompanhamento do consumo, pois existe um paradigma de que as dietas de custo mínimo sempre são o melhor caminho para se atingir o maior lucro possível, explica Cervieri.
Para mostrar que há indicadores melhores que o ganho de peso, o consultor comenta que a eficiência do animal relaciona tanto o ganho de peso como o consumo. Por exemplo, a Conversão Alimentar avalia o CMS/kg de ganho, a Eficiência Alimentar avalia o peso ganho/kg CMS e a Conversão por Arroba avalia o CMS/@ produzida, também chamada de Eficiência Biológica (kg MS/@).
O interessante é que este indicador leva em consideração outras métricas importantes, como o consumo, ganho de peso e rendimento de carcaça. Também tem forte relação com o custo de produção e com ganho em carcaça no período de confinamento.
Relacionando as principais métricas com o custo alimentar da arroba, o custo do ganho tem impacto direto sobre a lucratividade do confinamento e existem muitos fatores que afetam este custo e a margem de lucro. Observando a particiação dos insumos no custo do confinamento temos que o boi magro representa 68% dos custos de produção. Desconsiderando o boi magro, o custo alimentar tem o segundo maior custo, equivalente a 78%.
Gráfico 02. Participação dos insumos nos custos de produção, incluindo boi magro
Gráfico 03. Participação dos insumos nos custos de produção, excluindo o boi magro
Em estudo sobre o custo alimentar em confinamento com mais de 375 mil animais, constatou-se que o custo da ração, a eficiência biológica e o número de arrobas produzidas representam 99% da variação do custo alimentar da arroba.
Continuando a demonstrar que quanto maior a eficiência, melhor é o resultado financeiro, Cervieri cita uma pesquisa americana e depois aplica os mesmos conceitos com dados de confinamentos brasileiros. Na pesquisa americana, o autor (Owens, 2007) demonstra que a eficiência tem maior correlação com o custo do ganho do que o CMS ou o ganho de peso diário.
O CMS praticamente não tem relação com o custo do ganho (R2 = 0,0368), ou seja, a variação do CMS não influencia no custo.
Gráfico 04. Regressão entre custo do ganho x CMS
O ganho de peso diário tem maior correlação com o custo do ganho do que o CMS, porém ainda é considerada baixa (R2 = 0,5747).
Gráfico 05. Regressão entre custo do ganho x GMD
Já a eficiência alimentar demosntrou forte correlação com o custo do ganho (R2 = 0,9154), enfatizando que quanto maior a eficiência, menor será este custo.
Gráfico 06. Regressão entre custo do ganho x Eficiência Alimentar
Após analisar o estudo americano, Cervieri utilizou um banco de dados brasileiro (Nutribeef, 2011) com mais de 189 mil animais, de oito confinamentos diferentes em quatro estados (SP, MT, MS e GO) para verificar se a correlação entre eficiência e custo é válida para os confinamentos brasileiros.
Foram relacionados com o custo alimentar da arroba:
  • CMS
  • Dias de cocho
  • Rendimento de carcaça
  • Ganho de peso diário
  • Custo/kg MS
  • Eficiência biológica
Como o esperado, a variável que teve melhor correlação com custo alimentar foi a Eficiência Biológica (R2 = 0,647), ou seja, quanto melhor a eficiência, menor será o custo alimentar da arroba produzida no confinamento. Lembrando que quanto melhor é a eficiência, menor é seu valor: menos consumo para um ganho maior.
Nos gráficos abaixo estão demonstradas as correlações das variáveis analisadas com os dados brasileiros:
Gráfico 07. Regressão entre custo da @ alimentar x CMS
Gráfico 08. Regressão entre custo da @ alimentar x Dias de cocho
Gráfico 09. Regressão entre custo da @ alimentar x Rendimento de carcaça
Gráfico 10. Regressão entre custo da @ alimentar x GMD
Gráfico 11. Regressão entre custo da @ alimentar x CA
Gráfico 12. Regressão entre custo da @ alimentar x custo/kg MS
Gráfico 13. Regressão entre custo da @ alimentar x Eficiência Biológica
Avaliando a relação entre eficiência e o resultado econômico, outro estudo americano (Fox et al., 2001) simulou um aumento de 10% no ganho de peso e na eficiência e comparou com a lucratividade atingida em cada simulação. O resultado foi compatível com a pesquisa anterior, no qual a eficiência está melhor relacionada com o resultado financeiro do que o ganho de peso. A lucratividade alcançada com o aumento de 10% na eficiência foi 43% maior do que a lucratividade real. Já com o aumento do ganho, a lucratividade foi 18% maior.
Tabela 01. Efeito na lucratividade após aumento na taxa de de ganho e na eficiência alimentar
O mesmo acontece com a redução de custos. Aumentando-se 5% a eficiência, a quantia economizada (US$ 18,0/cab) é maior do que quando simula-se o aumento de 5% do ganho de peso (US$2,00/cab) (Okine et al., 2004).
Tabela 02. Simulação do efeito no custo e do valor economizado após aumento de 5% na eficiência alimentar (EFA) e no GMD comparado ao desempenho real

Simulando da mesma maneira com dados brasileiros, contando com mais de 53 mil animais (Nutribeef, 2011), também percebe-se que a conversão alimentar tem maior correlação com a redução de custos do que o ganho de peso diário. Simulando uma melhoria de 10% para a conversão e para o ganho, a redução de custos foi de 7% para a primeira e de 4% para o segundo.
Tabela 03. Efeito da melhora do ganho de peso e conversão alimentar sobre custo da arroba
Todas análises abordadas acima estavam relacionadas ao custo da dieta, por isso Cervieri relembra que considerando o custo do boi magro, 62% da variação na margem de lucro líquida são explicadas pela relação entre preço de compra da arroba magra e preço de venda da arroba gorda. E adicionando o custo alimentar, o custo operacional, as arrobas produzidas e a eficiência biológica, é possível explicar mais 26% da variação na margem líquida, completando assim 88% da variação na margem líquida (Vargas, 2011).
Finalizando, Cervieri conclui que em uma avaliação de custos nenhuma variável pode ser considerada isoladamente. Considerando o custo alimentar da arroba como o indicador econômico do confinamento, a métrica que mais poderia explicar variações neste custo é a eficiência biológica, e que quanto maior o valor da reposição, mais eficiente deve ser a operação de confinamento.
Veja os slides da apresentação completa:
FONTE: Matéria escrita por Marcelo Whately, analista da Equipe BeefPoint.

Ciclos do mercado



 
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Lygia Pimentel é médica veterinária, pecuarista e especialista em commoditieslygia@bigma.com.br
Reprodução permitida desde que citada a fonte
Acho que seria bastante redundante comentar aqui que o mercado é cíclico, certo? Desde que comecei a conversar sobre o mercado temos falado sobre ciclo pecuário, safra e entressafra, sazonalidade do consumo de dianteiro/traseiro, sazonalidade das exportações, descarte de matrizes, crises financeiras... e tudo isso interferindo nos preços recebidos pelo pecuarista. Sempre falamos sobre isso.

É aquele tal negócio, quando a coisa tá boa todo mundo quer participar da festa. Quando a coisa tá ruim, ninguém vê esperança. E tentamos entender e estudar os efeitos disso tudo e como podem interferir no mercado mais adiante.

O mercado futuro não se comporta de maneira diferente. Ele também é cíclico. Afinal, como poderia comportar-se diferentemente se o objetivo é o mesmo: comprar por um valor mais baixo que o de venda? Ou vender por um valor mais alto que o de compra?

Bom, toda essa enrolação nos servirá para pensar sobre o que tem acontecido no mercado futuro. Nesta semana recebi várias ligações de clientes e jornalistas questionando o movimento de queda do mercado futuro. “Se o físico está mais firme, como pode o mercado futuro cair?”.

Bom, temos motivos fundamentais e técnicos para que isso tenha acontecido – e para entendermos se o movimento faz sentido. Hoje me concentrarei nos motivos fundamentais e em como o mercado poderá reagir diante da situação atual.

Fundamentalmente, o mercado enxergou que os preços subiram. Na verdade, devemos começar do princípio. Apesar da falta de dados oficiais, pelo que acompanhamos, os frigoríficos têm trabalhado com abate elevado em relação ao mesmo período do ano passado. Com esse movimento de aproveitar a oferta que existe para diluir custos fixos e melhorar os resultados, mantiveram o mercado relativamente sustentado, mas aí nos deparamos com um problema: as exportações foram fracas e o mercado foi inundado com carne num momento de consumo doméstico mais fraco.

Como resultado, o atacado não se sustentou e os preços do boi perderam a firmeza em março. Entretanto, desde o começo de abril, com o fim da Quaresma e o início do mês – e também com uma bela enxugada de oferta devido ao pagamento mais baixo – o mercado de carne saiu daquele marasmo todo, observe:

Gráfico 1.
Evolução dos preços do boi gordo e do equivalente físico em SP em 2012.


Fonte: Broadcast/Cepea/Divisão AgriFatto – Bigma Consultoria

Repare que a linha tracejada vertical nos indica a virada do mercado: antes daquele momento, a oferta de animais já tinha enxugado e o boi gordo parou de cair. Mas ainda não conseguia se recuperar pois havia oferta de carne no mercado, representada pelo comportamento do equivalente físico, que permanecia em queda. Como resultado, o spread entre boi gordo e equivalente físico voltou a se abrir.

Entretanto, a partir do momento que voltou a faltar carne no mercado, o equivalente físico reagiu e os frigoríficos voltaram a procurar o boi, que também firmou. A carne tem se comportado bem e o equivalente físico se aproximou bastante da arroba do boi gordo, melhorando a margem da indústria.

Agora, estamos assim: preço do boi um pouco melhor e margem da indústria um pouco melhor. Resultado: o pecuarista quer vender o boi e a indústria quer comprar para aproveitar o momento, o que fez com que as escalas alongassem um pouco nos últimos dias e ainda assim o preço se mantivesse firme.

Entretanto, com o dissemos, o mercado é cíclico. Com a chegada da segunda quinzena do mês e com a prévia das exportações indicando movimento ainda fraco no mercado internacional, podemos incorrer novamente em aumento da oferta de carne no mercado interno, o que regularia o spread boi gordo/equivalente físico. E faria o boi perder a firmeza.

Será que o mercado futuro enxergou tudo isso? Não sei, mas acho que um pouco disso, sim.

O que ocorre é que quando falamos em mercado futuro devemos considerar também o posicionamento dos players e devemos considerar que a grande maioria especula. E quem especula não ganha com mercado parado, apenas quando ele se move. Portanto, voltamos a falar dos ciclos.

Nas últimas semanas, o que vimos foi o aumento da participação da pessoa física na compra do mercado futuro de boi gordo e o aumento da pessoa jurídica (financeira e não financeira) na venda. Observe:

Gráfico 2.
Evolução da participação dos players no mercado futuro de boi gordo.


Fonte: BM&FBovespa/Broadcast/Divisão AgriFatto – Bigma Consultoria

Isso mostra pra gente que enquanto a PF está lá, lendo nos jornais que a carne está cara e que por isso deveria comprar boi na bolsa, a PJF e a PJNF se concentram em aproveitar a oportunidade para realizar os lucros das compras recentes e para apertar a PF, que é historicamente um participante frágil, que não aguenta o tranco quando tem que encarar o ajuste negativo. Isso faz com que o mercado caia de maneira mais violenta quando a posição comprada é abandonada.

Por isso costumamos dizer que o mercado precisa de um “respiro” para continuar saudável. É aquela tal história: o que acontece quando todo mundo senta do mesmo lado da canoa? Portanto, juntando-se os fatores fundamentais e técnicos, chego à conclusão de que essa correção recente faz todo sentido e era necessária para que o mercado possa ficar ainda mais interessante.

Será que alguém aí aproveitou nossa dica da semana passada e “agarrou” o pássaro? Teve gente que me ligou e disse que já aproveitou para garantir alguma coisa. Ah, e só mais um lembrete – não se esqueçam do mercado de opções!

Fora isso, gostaria de dizer que nos dias 18 e 19 de abril estarei no Circuito Feicorte NFT, etapa Goiânia – GO. Convido os amigos que estiverem por perto a participar e chegar perto pra batermos um papo pessoalmente.

Grande abraço a todos!

FONTE: BIGMA CONSULTORIA

URUGUAI - MERCADO DE REPOSIÇÃO



FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

Argentina reduz imposto de exportação sobre carne processada


AE
As retenções e várias outras restrições às exportações aplicadas desde 2007 provocaram uma crise no setor pecuário

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta quinta-feira a redução da alíquota do imposto de exportação da carne bovina enlatada e de extrato de carne, de 15% para 5% durante um ano, para reativar a indústria frigorífica.
"Vamos cobrar a contrapartida destas empresas na manutenção dos empregados e ampliação das unidades existentes porque vão receber um benefício importante de US$ 12,5 milhões do qual estamos renunciando", disse Cristina.
As retenções e várias outras restrições às exportações aplicadas desde 2007 provocaram uma crise no setor pecuário. No último ano, dezenas de frigoríficos foram fechados, inclusive as seis unidades do grupo brasileiro JBS-Friboi, que controlam a Swift na Argentina.
A redução da alíquota para as carnes processadas beneficiam especialmente a Swift. "É um anúncio para acalmar os sindicatos e ajudar a Swift a reabrir a unidade de Venado Tuerto, que possui cerca de 700 empregados e seu fechamento representa um forte golpe à região", disse uma fonte do setor à AE. Nas últimas semanas, os sindicatos mantiveram diversas reuniões com representantes do governo para pedir uma solução às demissões em massa do setor.
Os empresários, por sua vez, pediam a eliminação total do imposto, o que foi descartado pelo governo, já que a arrecadação seria seriamente afetada. Somente no ano passado, as exportações de 250 mil toneladas de carne representaram recursos de US$ 190 milhões. "Para o governo é melhor perder essa receita do que pagar o custo de ter desempregados", afirmou a fonte.

URUGUAY - Hubo gran demanda por los terneros en Lote 21


La firma realizó su remate mensual este miércoles en Maroñas. La actividad se desarrolló con agilidad pero a su vez con precios más bajos que en la edición anterior.

Se destacó la colocación, demanda y precios en la venta de los terneros, en el remate ganadero por pantalla realizado por Lote 21 en el Hipódromo de Maroñas. También fue muy destacada la comercialización de las piezas de cría, que cotizaron a un máximo de US$ 500.
“El remate se desarrolló puntualmente, de acuerdo a lo programado, lo que habla de su dinamismo. Los precios tuvieron correcciones de algunos centavos a la baja respecto al remate anterior; son variaciones de 2% o 3% en algunas categorías”, comentó Fernando Paredes.
Los precios máximo, mínimo y promedio de cada categoría fueron: terneros hasta 140 kilos US$3,16, US$ 2,55 y US$ 2,823; terneros en general US$ 3.16, US$2,30 y US$ 2,62; novillos de 1 a 2 años US$ 2,32, US$ 1,93 y US$2,129; novillos de 2 a 3 años US$ 1,90, US$ 1,81 y US$ 1,872; novillos de más de 3 años US$ 1,80, US$ 1,75 y US$ 1,775; terneros Holando US$ 1,57; novillos Holando de 2 a 3 años US$ 1,36; vacas de invernar US$ 1,66, US$ 1,48 y US$1,554; y las piezas de cría US$500, US$ 362 y US$403,8.
Terneras US$ 2,35, US$ 1,95 y US$ 2,074; terneros y terneras US$ 2,70, US$ 1,95 y US$ 2,259; vaquillonas de 1 a 2 años US$ 2,25, US$ 2,25, US$ 1,79 y US$ 1,922; vaquillonas sin servicio US$ 1,97, US$ 1,70 y US$ 1,85; vaquillonas preñadas US$ 780, US$ 650 y US$ 706; vacas preñadas US$ 711, US$ 650 y US$ 680; y vientres entorados US$ 650, US$ 610 y US$ 635.
Los ovinos cotizaron por kilo y por cabeza a: corderos y corderas destetadas US$ 2,01; borregos de dos dientes US$ 95; ovejas de cría US$ 95, US$ 90 y US$ 92,50; y ovejas de invernar US$ 61.
FONTE: EL OBSERVADOR

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Angus News - Programa 02

FONTE: YOUTUBE

Carne certificada Angus firma parceria no Paraná


A expectativa é de que mais 18 mil animais sejam abatidos pelo programa nos próximos 12 meses 

Mônica Costa 

Clique aqui para abrir a galeria
A Associação Brasileira de Angus (ABA) anunciou nesta quinta feira, 12, durante a Expolondrina, a inclusão da carne produzida pela Cooperativa de Carnes Nobres do Vale do Jordão (CooperAliança) de Guarapuava (PR) no Programa Carne Angus Certificada.

A entrada da CooperAliança marca o início do programa no Paraná, que já está presente no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiás, envolvendo 14 plantas frigoríficas dos parceiros Marfrig, VPJ e Silva”, ressalta Paulo de Castro Marques, presidente da ABA.

Em 2011 foram abatidos cerca de 200 mil animais no programa. A inclusão da CooperAliança deve aumentar em 9% a oferta de Angus certificado. “Atualmente a cooperativa abate 500 animais por mês, com a certificação, esperamos que até o final de 2012 este número salte para 1,5 mil animais mensais e até abril de 2013 vamos atingir a marca de 18 mil bovinos abatidos”, afirma Reynaldo Salvador, diretor do programa de certificação da Angus.

O Estado do Paraná desponta como um grande criador de Angus, com mercado interno promissor e aquecido. Em 2011, 42% de todas as doses de sêmen vendidos no Paraná foram de reprodutores da raça.


Lojas 100% angus
O programa também prevê a comercialização da carne certificada.” Nos demais estados, a carne certificada é comercializada pelos frigoríficos e vai para as gôndolas dos supermercados com carnes certificadas de outras procedências. No Paraná vamos licenciar lojas que venderão exclusivamente a carne certificada Angus”, diz Salvador.

A integração da cadeia deve render aos a 38 pecuaristas da CooperAliança, que produzem animais Angus e Cruza Angus, prêmios acima do bônus recebido pelos pecuaristas gaúchos, que hoje recebem até 10% acima do valor de balcão para machos e fêmeas. 


Vale ressaltar que os pecuaristas do Paraná conseguem abater animais Angus ou Cruza Angus de 14 meses, com peso vivo de 500 kg e peso carcaça de 270 kg, comprovando que o Estado apresenta ótimas condições para a criação de Angus”, continua Salvador, projetando que até o final de 2012 o Programa Carne Angus Certificada deverá firmar parcerias com outros grupos locais.

Fonte: Portal DBO