sexta-feira, 13 de abril de 2012

Argentina reduz imposto de exportação sobre carne processada


AE
As retenções e várias outras restrições às exportações aplicadas desde 2007 provocaram uma crise no setor pecuário

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta quinta-feira a redução da alíquota do imposto de exportação da carne bovina enlatada e de extrato de carne, de 15% para 5% durante um ano, para reativar a indústria frigorífica.
"Vamos cobrar a contrapartida destas empresas na manutenção dos empregados e ampliação das unidades existentes porque vão receber um benefício importante de US$ 12,5 milhões do qual estamos renunciando", disse Cristina.
As retenções e várias outras restrições às exportações aplicadas desde 2007 provocaram uma crise no setor pecuário. No último ano, dezenas de frigoríficos foram fechados, inclusive as seis unidades do grupo brasileiro JBS-Friboi, que controlam a Swift na Argentina.
A redução da alíquota para as carnes processadas beneficiam especialmente a Swift. "É um anúncio para acalmar os sindicatos e ajudar a Swift a reabrir a unidade de Venado Tuerto, que possui cerca de 700 empregados e seu fechamento representa um forte golpe à região", disse uma fonte do setor à AE. Nas últimas semanas, os sindicatos mantiveram diversas reuniões com representantes do governo para pedir uma solução às demissões em massa do setor.
Os empresários, por sua vez, pediam a eliminação total do imposto, o que foi descartado pelo governo, já que a arrecadação seria seriamente afetada. Somente no ano passado, as exportações de 250 mil toneladas de carne representaram recursos de US$ 190 milhões. "Para o governo é melhor perder essa receita do que pagar o custo de ter desempregados", afirmou a fonte.

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