sábado, 14 de julho de 2012

Na Europa, produtores recebem 20% a mais do que o mercado na carne bovina devido a subsídios


Os subsídios agrícolas concedidos pelos países desenvolvidos alcançaram US$ 252 bilhões em 2011, ou 4,6% a mais do que no ano anterior, segundo levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A entidade ressalta que a alta registrada foi em dólar. O valor em euros (182 bilhões) permaneceu idêntico ao de 2010. O volume representa 19% das receitas agrícolas totais na OCDE, o menor nível observado desde que a entidade começou a calcular o apoio aos agricultores nos anos 1980. No ano passado, a OCDE havia publicado que os subsídios de 2010 tinham representado 18% da receita total, mas agora o índice subiu para 20%, com a sua revisão.
O recente declínio no apoio aos produtores ocorreu em virtude do aumento no preço das commodities no mercado mundial, mais do que em razão de mudanças nas políticas agrícolas. Com as cotações dos produtos em alta, agricultores americanos, europeus e asiáticos precisaram de menos ajuda.
Em todo caso, os subsídios que causam uma distorção no comércio – definidos como pagamentos baseados na produção – ainda representam 51% do total, comparados aos 86% entre 1986 e 1988.
Alguns países tentam cortar a ajuda ligada à produção e implantam o pagamento baseado em área histórica, número de rebanho, renda agrícola, etc. Quanto menor a ajuda ligada à produção, o produtor terá menos necessidade de aumentar a colheita com o objetivo de obter maiores subsídios.
A Nova Zelândia continua a dar o menor apoio aos seus agricultores, de apenas 1% da renda agrícola, e na Austrália são concedidos 3%. Os campeões continuam a ser Noruega (58%), Suíça (54%), Islândia (48%) e Coreia (45%).
Na União Europeia, os subsídios alcançaram US$ 103,1 bilhões, equivalente a 18% da renda agrícola. Na média, os agricultores recebem 5% a mais do que os preços praticados no comércio mundial. Mas alguns produtos tem benefícios maiores, como o caso do açúcar (preços 6% mais altos), carnes bovina e ovina (20% superior), além de barreiras para importações que permitem que produtores de frangos ganhem 50% mais que os preços de mercado.
Nos EUA, a ajuda alcançou US$ 30,5 bilhões, representando 8% da renda agrícola, abaixo da média da OCDE. Os preços ao produtor eram 13% mais altos do que no mercado internacional entre 1886 e 1988, mas recuou para 1% entre 2009 e 2011.
No Japão, o apoio aos agricultores totalizaram US$ 61 bilhões no ano passado contra os US$ 55,2 bilhões em 2010. Os preços recebidos por eles eram 1,8 vezes mais altos do que no mercado mundial.
Fonte: jornal Valor Econômico

Pressão baixista também sobre a reposição


Queda de preços para a reposição nesta semana. O mercado está influenciado pela boa oferta de animais e pelo momento de preços frágeis para o boi gordo.
A ausência de boas perspectivas para o preço dos animais terminados impacta diretamente as cotações da reposição, principalmente as das categorias mais próximas à terminação, por terem o retorno do investimento atrelado a estas cotações - do boi ou vaca gorda.
O valor do contrato futuro de boi gordo para novembro, em oito dias úteis, até o fechamento do dia 11/7, caiu 4,0%, passando de R$99,50/@ para R$95,50/@.
O ânimo dos confinadores será testado frente a este cenário, e é bem provável que tenhamos mudanças nos planejamentos de engorda no segundo semestre.
Analisando o preço do boi magro, em relação ao início do ano, a atual cotação da categoria em São Paulo, de R$1,15 mil/cabeça, está 5,7% menor, em valores nominais.
Agora é ficar de olho nas relações entre o boi e a reposição. Em momentos de pressão sobre o mercado pecuário, pode haver oportunidades nas trocas.
Colaborou Gustavo Aguiar, zootecnista e analista de mercado da Scot Consultoria.

Marfrig pagará juros ao BNDES


A tentativa do Marfrig de adiar um pagamento de cerca de R$ 270 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não prosperou. A empresa informou que quitará a parcela da dívida na segunda-feira (16), prazo original previsto. O montante a ser pago pela companhia refere-se ao vencimento, no domingo (15), do cupom anual das debêntures obrigatoriamente conversíveis adquiridas pelo banco estatal em 2010. O Marfrig pretendia rolar o pagamento devido neste ano para o vencimento final das debêntures, no mês de julho de 2015.
A companhia informou, em nota, que “o procedimento deste ano será o mesmo do ano passado, quando pagamos a parcela devida”. Também procurado, o BNDES não se pronunciou. Desde que a possibilidade de adiamento veio à tona, o banco de fomento mostrou resistência em aceitá-la.
O Marfrig via na operação uma maneira de ganhar fôlego num momento especialmente importante, em que trabalha para integrar as fábricas e marcas recebidas na operação de troca de ativos com a BRF – Brasil Foods. Ainda que fosse considerada uma boa opção, o mercado entende que pagamento dos juros ao BNDES não trará maiores dificuldades para a companhia.
O Marfrig encerrou o primeiro trimestre com uma disponibilidade de caixa de R$ 3,32 bilhões e uma dívida de curto prazo (que vence em um ano) de R$ 3,02 bilhões. “A negociação poderia trazer uma situação um pouco melhor, porque agora ela está recebendo alguns ativos da BRF, mas o pagamento está dentro da programação”, diz o analista Cauê Pinheiro, da corretora SLW.
Fonte: jornal Valor Econômico

Principais Indicadores do mercado do boi – 13-07-2012


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização de 1,24% nessa quinta-feira (12) sendo cotado a R$ 92,35/@. O indicador a prazo foi cotado em R$ 92,53.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro teve desvalorização 0,09% e é cotado a R$ 698,84/cabeça nesta quinta-feira (12). A margem bruta na reposição foi de R$ 824,94 e teve valorização de 2,39%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quarta-feira (12), o dólar foi cotado em R$ 2,05 com valorização de 0,79%. O boi gordo em dólares teve valorização de 0,44% sendo cotado a US$45,13. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 12/07/12
O contrato futuro do boi gordo para Ago/12 foi negociado a R$ 91,20 e sua variação teve baixa de 0,08%.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para ago/12
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações
No atacado da carne bovina, o equivalente físico permaneceu estável e é cotado a R$ 89,73. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$ 2,62 e sua variação teve alta de R$ 1,13 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
FONTE: BEEFPOINT

Mercado de boi pra quem não tem boi...nem vaca


Rogério Goulart, administrador de empresas, pecuarista e editor da Carta Pecuáriacartapecuaria@gmail.com
Reprodução permitida desde que citada a fonte
 
Essa semana gostaria da falar de algo diferente, mas antes vamos dar uma olhada nos preços da arroba em São Paulo.



Repare: os preços não se afastaram muito do intervalo entre 92 e 93 reais desde maio. O que é interessante nisso daí é saber que as escalas de abate estavam lá em maio ao redor de sete dias e hoje estão ao redor de quatro.

Com preços estáveis e ao mesmo tempo escalas diminuindo, isso pode nos dar duas pistas do estado atual do mercado pecuário — a oferta está diminuindo ou o frigorífico está deliberadamente reduzindo seus abates em função do estreitamento das margens.

O fato que permanece é a foto — sob o ponto de vista dos preços, a safra de 2012 tem o formato de uma mesa de jantar — resta saber quem é que está sentado na mesa comendo e quem está trabalhando, em pé, servindo.

Mas o que queria falar hoje é outra coisa, uma coisa diferente. No final do texto da semana passada comentei de passagem sobre operações em bolsa no final do texto, sem necessariamente aprofundar no assunto. Queria retomar essa coisa de bolsa sob um foco diferente.

De um modo bem simplista, caro leitor, podemos classificar quem negocia boi na bolsa em duas categorias. Quem mexe com boi e quem não mexe. O sujeito que mexe com boi pode ser tanto um pecuarista, qualquer um, nem precisa ter boi, pode ter vaca também. Quem mexe com boi obviamente também é o frigorífico e, um pouco mais distante, uma empresa de alimentação, tal qual um restaurante que serve um bife, ou até mesmo quem só mexe com a carne crua, como um supermercado.

Esse curral lotado de gente lida com as flutuações para cima/baixo do preço do boi e da arroba, pois podem influenciar para bem ou para mal seus negócios.

O outro lado é o cara que não mexe com boi. Não tem fazenda. Não tem gado. É o cara urbano, da cidade, com viés somente de olhar para a flutuação de preço da arroba e pensar de forma especulativa: “Como é que eu posso ganhar dinheiro com isso se a arroba subir (ou cair)?”

No livro “Mercadores da Noite”, Ivan Sant’Anna chamou esse cara urbano e fora do setor de “dentista”. Nassim Taleb também.

É claro que isso é um exagero literário — um cara que não mexe no setor não precisa ser um dentista. Pode ser um fundo de investimento, um banco operando para sua tesouraria, um fundo de pensão, um investidor estrangeiro... pode ser qualquer um que não possua o boi como meio de trabalho.

Hoje o foco é para essa turma que não mexe com boi. Bom, imediatamente, isso gera um problema. Se o cara não mexe com o boi, como ele faz para neutralizar as oscilações em bolsa? Quero dizer, a gente sabe que quem mexe com o bovino tem no próprio animal, ou no próprio valor do animal, para ser mais exato, como o seu grande avalista do negócio.

Se o boi sobe na bolsa, sobe no pasto e vice versa. O cara que não tem boi, não. Se o boi sobe na bolsa e ele está vendido, ele vai perder dinheiro. Simples assim. Tomou prejuízo e não“ajuste negativo”. Ajuste negativo é para quem usa o boi. Quem não tem lastro físico, o risco da bolsa, o prejuízo e o lucro é sentido diretamente no bolso.

A não ser que o sujeito tenha uma poupança para investir.

A poupança, o dinheiro para deixar de reserva para (não confundir com margem de garantia) investir é o assunto de hoje. Claro, bom para você, trabalhou bastante nesses últimos anos e sobrou uns trocados. A bolsa de futuros oferece um prato cheio de mercados para serem utilizados para ganhar dinheiro e aumentar ainda mais seu rico
dinheirinho.

Também pudera! Por um pequeno montante de dinheiro, vai, dois mil reais, você consegue movimentar um mundo velho de contratos de boi gordo, certo?

Mas será que essa conta está certa? Quero dizer, se você coloca dois mil reais e esse é seu único dinheiro, se pegar um mercado que vai contra você, dois mil reais em cinco contratos, por exemplo, desaparecem literalmente em um dia e você corre o risco de ficar devendo ainda.

Ou seja, existe um risco enorme e ignorado em contratos futuros.

Esse é um cenário bem comum — o sujeito quer utilizar os mercados futuros para alavancar seu dinheiro. Seduzido pelas possibilidades de ganhar muito utilizando pouco, essa pessoa está se expondo a um risco muito maior do que deveria.

Isso não ocorre só em boi, é claro. O cidadão que é da cidade e quer especular nem vai necessariamente parar aí. Vai também para o milho, soja, dólar, índice, DI...

Como medir isso? Como, mediante a um valor que estou disposto a deixar reservado para negociar mercados futuros, saber qual o tamanho de posição que posso tomar? O que quero dizer é o seguinte. De que forma posso negociar prudentemente na bolsa e ao mesmo tempo ter a possibilidade de perder um pouco de dinheiro sem correr o risco de perder TODO o meu dinheiro? Como posso controlar minhas perdas até que apareça a grande sorte de ganhar um montão de dinheiro?

Não se deixe iludir pelo jeito simples que eu falo essas coisas, caro leitor. Tamanho da posição negociada em mercados alavancados como os mercados futuros é de crucial importância em função da extrema violência em que os preços sobem e descem, às vezes, sem estarmos devidamente com o dinheiro na conta para bancar a brincadeira.

Uma forma bem simples é a regra do 1%. Risco 1%. O que quer dizer? Não perca mais que 1% em cada operação que você faz, e nunca arrisque mais que 5% do seu patrimônio ao mesmo tempo.

Ou seja, se você reservou R$ 100.000,00 para negociar mercados futuros e quer negociar boi gordo, você pode negociar pequeno usando 1% de risco ou pode negociar grande colocando 5%. Ou dividir 1% em cinco mercados diferentes.

Isso daí, então, fazendo as contas em cem mil reais daria um valor entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00 que você está disponibilizando para PERDER naquela tal operação. Fazendo as contas de forma bem simples, uma posição de R$ 1 mil deixa você negociar 3 contratos na bolsa. Uma posição de 5 mil reais deixaria você negociar 15.

“Hein? Rogério, não entendi.” Perai, não tem jeito, vou ter que usar uma tabela.



Repare que os mesmos 1% dos 100.000 reais é o que você utiliza como referência para o contrato futuro. Referência de quê? Ora referência para você cair fora do contrato quando os preços oscilam contra você.

Se está comprado em três lotes na bolsa no valor que o mercado fechou nessa sexta feira R$ 96,85, se os preços caírem 0,96 centavos, 96,85 - 0,96 = 95,89; caia fora.

Se estiver vendido no valor do fechamento, R$ 96,85 e o mercado subir 0,96 centavos, 96,85 + 0,96 = 97,81, caia fora. Fazendo isso você limita seu prejuízo, com 3 contratos, em mil reais. Te sobra ainda 99 mil para tentar a sorte outra hora.

O que a gente vê não é isso. A gente vê o cara com 100 mil reais operando 30 lotes... 50 lotes até. Tem vez que o cidadão male mal tem 10 contos no bolso e já quer operar 10 lotes... Isso é insano e irresponsável.

Essa é uma regra simples, caro leitor, para ser seguida como plano inicial de risco. Claro, quem é pecuarista também pode fazer algo parecido com isso, mas não é o foco aqui. A ideia é ajudar para quem vai usar a bolsa como uma “aplicação” de risco a usar o risco de forma prudente e produtiva.

Sugiro dar uma pensada em controlar seus riscos. Vou te falar, é uma paz saber que o mercado vai te tirar da operação quando você está errado. O melhor é saber que ele vai te tirar com um prejuízo pequeno, ao invés de ir teimando e teimando e acabar com um abacaxizão nas mãos na forma de uma paulada forte na cabeça.

Ou seja, tomar 1.000 reais de prejuízo é sem dúvida melhor que uma paulada de 30.000 reais. Trinta mil, por incrível que pareça, é mais comum de acontecer que 1.000, caro leitor, exatamente pela pessoa não conhecer, ou não saber como funciona um controle sério de risco e de tamanho de posição em operações de bolsa.

E falando em operações de bolsa, o mercado te tira, na prática, pelas ordens limitadoras de prejuízo, conhecidas como ordens stop.

Depois, quando você tomar gosto por controlar seu risco na bolsa, perceberá que o risco em si também se altera. Tem épocas que o mercado é mais arriscado que outras épocas.

Observe o gráfico a seguir e veja como uma posição de R$ 100 mil poderia, para um risco de 1%, quando calculada sobre a oscilação dos preços, ter gerado negócios com três até seis contratos.



Enfim, está aí uma contribuição para você melhorar suas negociações de boi gordo na bolsa, mesmo para quem não tem boi gordo.


MOVIMENTAÇÃO DO MERCADO: Boi -- Indicador ESALQ/BVMF do boi, que mede a variação dos preços da arroba no Estado de São Paulo, fechou a semana com +0,19 a R$ 92,88 à vista. Cotações em R$ por arroba.

A média móvel de 5 dias fechou em R$ 92,72. O contrato de julho/12 fechou com –1,98 a R$ 92,12. O contrato de julho está 0,60 centavos abaixo do preço médio de liquidação do contrato.

O contrato que vence em agosto/12 fechou com –2,33 a R$ 93,26; setembro/12 –1,85 a R$ 95,15; outubro/12 –1,77 a R$ 96,85.

Todos os vencimentos estão cotados à vista com o fechamento da sexta-feira e com a indicação semanal da variação
de preços.

Bezerro -- Indicador ESALQ/BVMF de bezerro, que mede a variação dos preços no Estado do Mato Grosso do Sul, fechou a semana com –10,20 cotado a R$ 704,14 à vista. Cotações em R$ por bezerro.

A arroba do bezerro cotada ao redor de R$ 105,00, queda de R$ 7,00 na semana.
Todos os vencimentos estão cotados com o fechamento da sexta-feira e com a indicação da variação semanal.

Taxa de Reposição 1 -- Um boi gordo compra hoje 2,18 bezerros, alta de 0,04 na semana.

Dólar -- Dólar comercial fechou com +1,04% a R$ 2,031. Dólar futuro com vencimento no início de agosto fechou
com +0,97% a R$ 2,043; setembro fechou com +1,00% a R$ 2,056.

Juros -- A taxa de juros do governo (SELIC) está hoje em 8,50% ao ano.

Inflação – IGP-M de junho +0,66%. Acumulado no ano2 +3,15%. Acumulado nos últimos 12 meses3 (julho-11 a junho-12) +5,03%.

Assim como os contratos de boi e bezerro se encerram pelo preço dos seus respectivos indicadores, o dólar se encerra pelo preço do dólar do Banco Central nas datas acima indicadas.

Frigoríficos 4 -- A arroba nos frigoríficos foi cotada hoje em São Paulo ao redor de R$ 93,00; no Mato Grosso do Sul, Dourados a R$ 86,00 (Base –7,5%) e em Campo Grande ao redor de R$ 87,00 (Base –6,5%).

A arroba em Goiânia foi cotada ao redor de R$ 83,00 (Base –10,8%).
Em Cuiabá está em R$ 83,00 (Base –10,8%).

No sul do Tocantins a arroba foi cotada em R$ 84,00 (Base –9,7%). No Triângulo Mineiro ao redor de R$ 86,00 (Base –7,5%).

1 Considerando os valores nominais dos indicadores da ESALQ/BVMF.
2 e 3 Somatória com Juros Simples.
4 Fonte completa dos preços da arroba nos frigoríficos à vista e livre do Funrural: Informativo Boi na Linha, da Scot Consultoria.


CONCLUSÃO: Essa é a segunda semana seguida em que a arroba do boi em São Paulo, medida pelo indicador Esalq/BVMF, fecha em alta. Ok, como disse no início do texto, é uma alta pequena... O mercado está assim, pequeno, subindo um pouquinho aqui, caindo um pouquinho ali, desde maio.

Difícil viver em um mercado parado, de lado, como atualmente. Queria saber o futuro como você. Queria saber quanto vai estar a arroba mês que vem também... Só sei que, aqui, ao redor de 93 reais, a arroba está barata. Mas vai saber para o futuro? O duro é que minha bola de cristal quebrou.

Até mais,

Rogério Goulart

Nota da Bigma Consultoria: O texto de Rogério Goulart, da www.cartapecuaria.com.br , publicado nesse espaço, foi resumido e alguns gráficos podem ter sido suprimidos. Acesse a análise completa e com os gráficos no site da Carta Pecuária 
 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

ESTAMOS COMPRANDO NOVILHOS PARA EXPORTAÇÃO


COTAÇÕES


 Carne Pampa

PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 13/07/2012
INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 12/07/2012 - PRAÇA RS


Ver todas cotações    Ver gráfico

MACHOSPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,80R$ 6,75
KG VivoR$ 3,40R$ 3,38
FÊMEASPrograma**H & B***
CarcaçaR$ 6,50R$ 6,45
KG VivoR$ 3,09R$ 3,06
** Programa - Indicador Esalq/Cepea MaxP L(6)
*** H & B - Indicador Esalq/Cepea Prz L(4)
PROGRAMA CARNE CERTIFICADA PAMPA
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

Carne fica até 40% mais barata na mesa do brasileiro


Crise faz países europeus diminuírem importação de gado do País
Do R7, com Record News
A crise que atinge a Europa fez com que os países daquele continente reduzissem a importação do gado brasileiro e, como resultado, está sobrando boi no mercado interno, o que rebaixou o preço em até 40%.

A queda também está associada à chuva, que contribuiu para o aumento das pastagens no período da entressafra.

A previsão do setor é que o preço volte a subir a partir de agosto. Veja a matéria da Record News São Paulo.

FONTE: R7

BHB participa em quatro importantes eventos mundiais em julho



O Projeto Setorial Brazilian Hereford & Braford (BHB), parceria entre Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), participa no mês de julho em quatros importantes eventos em países alvo do projeto de exportação de genética HB brasileira, produtos e serviços das 35 atuais empresas participantes.
Expo Paraguai 2012 / Expo Braford Paraguai 2012
Desde o dia 7 de julho, no Paraguai, a ABHB, através do BHB, está participando com uma missão comercial da Expo Paraguai 2012, que acontece no município de Mariano Roque Alonso. Dentre as atividades propostas para o evento, que se estende até o próximo dia 22, destaque para as palestras e apresentações para os visitantes realizadas pelo presidente da ABHB, Fernando Lopa, e pela gerente de Promoção Comercial Internacional do BHB, Luciana Bueno, bem como a “Noite de Integração Braford Paraguai x Brasil”. Durante este evento, associações do Brasil e Paraguai trocam experiências sobre a Raça Braford, através de palestras sobre a raça em cada país, apresentação da tabela de equivalência de Registros Genealógicos no Mercosul e uma degustação de carnes provenientes dos dois países. As palestras e a noite de integração acontece no próximo dia 13 de julho, iniciando no estande Las Marias e Pitangueira del Paraguay.
16º Congresso Mundial Hereford
Entre os dias 13 e 19 de julho, a missão será realizada pelo presidente do Conselho Técnico da ABHB, Ricardo Amaral Furtado e por Guilherme Dias, representando a Associação e o BHB, respectivamente. Durante o congresso, associações do mundo inteiro debaterão a atualidade da raça, votarão o novo secretário executivo do Conselho Mundial Hereford – onde o Brasil é um dos países votantes – e apontarão as demandas da raça a nível mundial.


Demanda brasileira

Durante o Congresso, o Brasil reforçará a necessidade do Conselho Mundial Hereford sair do discurso e trabalhar em ações de aumento do fluxo de genética Hereford no mundo, para isso é necessário um esforço maior do Conselho em ações de divulgação e fomento para o intercambio de genética junto as Associações de Hereford pelo mundo, e , também, junto as autoridades governamentais, principalmente nos países do hemisfério norte, num esforço de conscientização da necessidade de homologação dos protocolos sanitários que habilitam a comercialização entre os países.

Exposição Nacional do Zebu
O BHB estará presente na 65ª Exposição Nacional do Zebu, em Bogotá – Colômbia, entre os dias 19 e 22 de julho no estande 301, pavilhão 01, representado pelo Superintendente da ABHB, Gabriel Isaacsson. A missão tem como objetivo a prospecção de novos investidores para os produtos do Projeto e a apresentação do mesmo para o público da exposição.
Workshop na Colômbia sobre a Raça Braford
Evento acontece nos dias 26 e 27 de julho nas fazendas Marruecos (Obando – Valle), San Luis (Cartago – Valle) e Alabama (Pereira – Risaralda) e tem como objetivo apresentar a experiência da ABHB quanto ao critério de seleção de plantéis, Registro Genealógico, melhoramento genético, bem como de reforçar os laços da já bem sucedida parceria entre associações da Colômbia e Brasil e pecuaristas colombianos.
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

Pratini de Moraes pede a revisão do Mercosul


Clarisse de Freitas
FREDY VIEIRA/JC
O mundo precisa do Brasil para comer, afirmou o palestrante
O mundo precisa do Brasil para comer, afirmou o palestrante
Ao traçar as perspectivas para a agropecuária no Rio Grande do Sul, o ex-ministro da Agricultura Marcus Vinícius Pratini de Moraes apelou aos parlamentares gaúchos que se engajem em uma revisão do Mercosul. “O bloco precisa ser repensado, está ficando muito caro, e não dá para ficar brincando de bonzinho ou patrocinando os problemas políticos e comerciais dos vizinhos”, disse ele.

A declaração foi feita durante a palestra promovida pela iniciativa Radiografia da Agropecuária Gaúcha, quando Pratini de Moraes mostrava projeções de queda no consumo per capita de cereais, tubérculos e proteína vegetal no mundo até 2050. Com base no mesmo estudo, ele indicou que o consumo per capta de carnes deve dobrar no mesmo período - o que significa um aumento ainda maior de demanda ao se considerar o crescimento esperado da população. “O mundo precisa do Brasil para comer, e a produção de alimentos tem que crescer, em escala global, entre 60% e 70% até 2050”, afirmou.

Segundo Pratini de Moraes, a demanda crescente por proteína animal deve ser atendida por mercados como o do Rio Grande do Sul - que concentram a produção de carnes e grãos. Com isso, o ex-ministro apontou que qualquer política agrícola deve ter o único objetivo de aumentar a renda do produtor ou recuperar essa renda, já que com dinheiro o homem do campo influencia positivamente toda a economia e produz mais.

Para Pratini, a demanda global por alimentos está colocando o País em uma posição privilegiada no âmbito da produção agrícola e da pecuária. O ministro destacou os setores da produção que estão crescendo e sugeriu que o Estado tem muito a ganhar se souber investir. “O Rio Grande é o quarto Estado no ranking da produtividade no Brasil. Vem caindo, mas ainda está bem. São 3.900 kg/ha área de produção”, apontou. Pratini explicou que o Estado vem perdendo área plantada e produtividade em razão das secas recentes.

Ao citar as vantagens competitivas do Estado, o palestrante destacou o empreendedorismo e a tecnologia como os fatores mais relevantes. Pratini de Moraes lembrou que a Embrapa foi criada em 1973, em uma reunião na fazenda Cinco Cruzes, de Bagé. Lá, os militares, que administravam a propriedade, decidiram unir os institutos de pesquisa e criar a empresa pública.

Segundo ele, a série de inovações que deu condições para que a produtividade brasileira crescesse em velocidade muito superior à da expansão da área (e que incluem o plantio direto e a manipulação genética das cultivares) chegou a um novo paradigma, a integração lavoura-pecuária e floresta. Esse modelo, detalhou ele, já está sendo usado pela empresa em que trabalha (Frigorífico JBS), no Mato Grosso, e abre as portas para a redução de área dedicada exclusivamente à pecuária. Pratini defende que, no Brasil, se adote um sistema em que os animais vivam no campo até oito ou dez meses e, depois, passem para o semiconfinamento.

Com essas mudanças, ele acredita que será possível ter ganhos significativos de produtividade sem que seja preciso avançar na área disponível - segundo ele, o Brasil tem 10% do território, ou 80 milhões de hectares, prontos para a atividade agrícola, e usa 8,5%. “O desafio é manter o ritmo de 4% de crescimento da produtividade ao ano com o consumo de menos água, além de diminuir a quantidade de adubo usado por hectare”, afirmou. Para Pratini de Moraes, o avanço do agronegócio nos demais estados brasileiros é “fruto do empreendedorismo gaúcho” e “o desmatamento da Amazônia pelos fazendeiros não é bem assim”. O ex-ministro lembrou que políticas de fomento (da Sudam e do Banco da Amazônia) incluíram áreas que não eram originalmente de floresta, no Maranhão e no Mato Grosso, e que hoje o suposto desmatamento dessas regiões é usado comercialmente contra o Brasil.

“Mas a Floresta Amazônica é um desastre em termos de produção. O primeiro exemplo foi o Ford (Henry Ford, da montadora Ford) tentando produzir seringueiras, depois veio o Daniel Ludwig com a fábrica de celulose, mas o eucalipto não aguentou o sol. Perderam tudo”, disse ele ao enumerar diversos casos de projetos que não prosperaram na região. “O nosso diferencial para dar certo em outras regiões é a tecnologia criada e atualizada pela Embrapa e outras instituições.”

Pratini de Moraes mostrou como, estatisticamente, o Estado vem perdendo posições na produção brasileira e defendeu que o caminho (que, segundo ele, será trilhado pelo JBS nas operações compradas da Doux Frangosul no Estado) é a agregação de valor. “A empresa onde trabalho investe para agregar valor à produção, e vamos fazer marketing muito intenso”, anunciou.
Fonte: Jornal do Comercio

Exportações brasileiras de carne bovina para EUA crescem quase 100% em um ano


Por Andre Sulluchuco 

O Brasil exportou 1,57 mil toneladas de carne bovina industrializada para os Estados Unidos em junho, segundo informações do PortalDBO.com.br
O volume representa aumento de 96,4% comparado ao mesmo mês do ano passado, quando os embarques atingiram 798,95 toneladas.
O aumento foi de 12% em relação com maio deste ano. Os embarques cresceram 171% no acumulado do semestre.
O embargo imposto pelos EUA aos frigoríficos brasileiros em razão da detecção de níveis de ivermectina fora do padrão foi suspenso em janeiro de 2011.
"As indústrias redobraram os cuidados no uso de vermífugo no rebanho bovino e além disso, os EUA não encontraram outro mercado para substituir as peças processadas adquiridas no Brasil,” disse Fernando Sampaio, diretor executivo da Associação Brasileiras das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
As vendas para os Estados Unidos em junho renderam US$18,38 milhões aos exportadores brasileiros e representam 16,2% de toda a carne bovina industrializada embarcada no mês passado, apontam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Para ler a matéria completa, clique aqui.
FONTE: carnetec.com.br

Frigorífico quer inverter cadeia e vender carne “sob encomenda”


Frigoríficos pretendem alterar a cadeia da carne para ganhar novos mercados e aumentar o faturamento
Em vez de sair à procura de clientes após abater o gado, os frigoríficos visam agora vender o produto antes mesmo de adquiri-lo.
Hoje, a indústria compra o gado, abate os animais e vende a carne. A nova proposta é primeiro vender a carne, para só depois abater o animal que se enquadre exatamente nas exigências do comprador.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec, São Paulo/SP), Antônio Camardelli, espera que, com isso, os frigoríficos atendam melhor o mercado e fidelizem o cliente, além de otimizar a produção. “Hoje, se o boi tem 20% de gordura e o cliente quer apenas 10%, a indústria tem que retirar o excesso. Com a mudança, vamos procurar o produtor que faça boi com 10% para esse mercado. Tem que do mercado partir para o boi, e não fatiar o boi e ir atrás do mercado”, afirma.
Com o modelo atual, diz Camardelli, o Brasil faz carne “ingrediente”, vendida sem valor agregado. Mudando a cadeia, pode chegar à carne “culinária”, um pouco mais valorizada, e daí à “gourmet”, com alto valor agregado –e com chances de entrar em mercados nobres, como Estados Unidos, Canadá, Coreia do Sul e Japão.
A carne produzida no Brasil, hoje, não tem acesso a mais da metade do mercado.
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Produtor
Na disputa com frigoríficos pelo preço do boi, os produtores esperam ser remunerados para produzir aquilo que o mercado deseja.
“O Brasil tem como produzir o boi que o consumidor quiser. Mas tem que ser pago por essa qualidade”, defende o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat, Cuiabá/MT), Luciano Vaccari.
Para Vaccari, produto diferenciado implica custos mais altos. “Se o cliente quiser boi com cupim vermelho, a gente pinta. Mas alguém tem que pagar o cara que vai pintar o boi e a tinta usada.”
Ele usa como exemplo as carnes de grife, que já existem no Brasil: têm mais qualidade, mas são mais caras. “Não há como fazer isso sem remuneração.”
O preço da arroba bovina caiu 3% em julho, para R$ 93, contrariando a expectativa de recuperação. No início do ano, a arroba valia R$ 100.
Fonte: Folha.uol, adaptada pela equipe feed&food.

Cotações em queda

Aumento da oferta e difícil escoamento impedem sustentação dos preços 
Mônica Costa

Com as compras estáveis no mercado atacadista, os frigorificos impõem maior pressão sobre a cotação da arroba. As escalas relativamente confortáveis colaboram para as tentativas de compras a preços menores. As programações atendem em média, cinco a seis dias úteis.
Em São Paulo, a maioria das indústrias buscam animais em Goiás e Mato Grosso do Sul, e os preços registraram queda no Estado. Nesta quarta-feira, 11, a média da arroba no mercado à vista nas praças paulistas segundo o indicador boi gordo da Esalq /BM&F  foi de R$ 91,22/@, queda de 0,92%. Nos negócios a prazo a média foi de R$ 92,24/@, recuo de 0,05%.
Segundo a Scot Consultoria, em Bagé e Pelotas, no Rio Grande do Sul, existem frigoríficos que estão de férias coletivas, e isso gera uma menor demanda por matéria-prima na região.
Na BM&FBovespa, os contratos com vencimento em julho encerraram o pregão cotados a R$ 90,09/@, queda de 1,85%. Para outubro, os contratos terminaram o dia a R$ 94,68/@, recuo de 1,61%.

Fonte: Portal DBO com informações Scot Consultoria

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BOI GORDO: Pressão baixista reduz preços nas praças pecuárias

Alex Santos Lopes da Silva
zootecnista
Scot Consultoria



A pressão de baixa ganhou força e reduziu os preços da arroba em várias praças pecuárias do país.

Em São Paulo a referência caiu pelo segundo dia seguido e está em R$92,00/@, àvista, e R$93,00/@, a prazo. Existem ofertas até R$3,00/@ abaixo, mas nestes valores o mercado trava.

Os animais de confinamento começaram a chegar ao mercado, o que se soma à oferta de boiadas de pasto, que ainda completa grande parte das escalas dos frigoríficos. Além disso, os primeiros contratos a termo da entressafra começaram a vencer, o que favorece ainda mais o alongamento das escalas.

Existem frigoríficos em São Paulo com programações completas por duas semanas. São muitas as indústrias do estado que estão fora das compras, comportamento atípico para o dia da semana.

As pastagens em grande parte do país, principalmente no centro sul, estão boas, adiando o final da safra.

No Sul de Goiás, mesmo com a grande pressão de compra das indústrias paulistas houve queda de preços.

No Mato Grosso do Sul a oferta de boiadas de pasto é boa, e pressiona as cotações, apesar da referência estável.

A pressão baixista e o cenário de boa disponibilidade de boiadas terminadas se estende para o norte do país, onde houve queda nos preços em Redenção, no Pará e no norte do Tocantins.

No mercado atacadista de carne bovina, vendas fracas.

Clique aqui e confira as cotações do boi.
Fonte: Scot Consultoria

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Argentina: 37% dos frigoríficos que produziam em 2007 estão em atividade

A quantidade de frigoríficos listados pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina caiu 63% nos últimos cinco anos e mais plantas trabalham abaixo da linha de rentabilidade, segundo dados do sindicato Sicgba, que representa trabalhadores da indústria de carnes e derivados da Província de Buenos Aires. Das 185 plantas que figuram nos registros do Senasa, somente 55 trabalham acima da margem de rentabilidade em 2011, indicou o presidente do Sicgba, Silvio Etchehún.
Segundo publicado, o cálculo se baseia em uma margem mínima de abate de 4.500 cabeças mensais. Nessa lista, estão Quickfood, frigorífico Rioplatense, Ecocarnes, Friar, Velsud, Coto, La Huella, Estancias del Sur, Arre Beef e Best Beef, entre outros. No outro extremo, estão sete plantas que estão suspensas segundo os registros de 2011, e outras 26 plantas que, sem estar suspensas, tiveram abate zero no ano passado. Entre elas, estão a que deixou de operar do grupo brasileiro JBS (e que ainda buscam por um dono) e as plantas inativas da empresa nacional Mattievich. Em boa parte das empresas com problemas, o Estado Nacional, as províncias e os municípios estão investindo recursos.
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, na semana passada, disse que estão sendo assistidos através do programa Repro (Recuperação Produtiva) cerca de 2.769 trabalhadores de 34 frigoríficos que cobram entre 800 pesos e 1.200 pesos (US$ 175,20 e US$ 262,80) mensais e, segundo Sicgba, devem buscar alternativas no trabalho informal. Outra boa parte dos trabalhadores das plantas que não chegam a superar a margem de rentabilidade cobram 2.400 pesos (US$ 525,60) mensais em conceito de garantia horária. Nessa situação estavam, por exemplo, os 245 trabalhadores do Carnes Pampeanas, até o fechamento da planta.
Por sua vez, duas empresas recuperadas anunciaram que começarão a operar nos próximos meses. Uma delas é a planta Sadowa, de Mar del Plata, que foi reaberta oficialmente como Cooperativa de Trabalho Frigorifico Recuperar (Frigore). Ao mesmo tempo, o frigorifico de Entre Ríos, San José, que a JBS (dono da Swift na Argentina) fechou, planeja reabrir em julho. A planta foi transferida à empresa estatal Procesadora Ganadera Entrerriana, uma sociedade anônima que é 85% do Estado provincial e 15% da cooperativa de produtores de Montiel e empresários pecuários e avícolas. A planta foi adquirida com um crédito do Governo nacional por 70 milhões de pesos (US$ 15,33 milhões).
A reportagem é do www.cronista.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

Governador/RS lança Plano Safra-RS 2012/13 nesta quinta-feira


Uma semana depois da presidente Dilma Rousseff lançar o Plano Safra Nacional da Agricultura Familiar, em Brasília, o governador Tarso Genro anuncia, nesta quinta-feira (12), as medidas para o Plano Safra-RS. O ato acontecerá às 11h, no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini. Os ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, participam da cerimônia.

O conjunto de medidas elaboradas pelo Governo Estadual tem o objetivo de complementar o Plano anunciado pela União, de acordo com as necessidades do Estado. O Rio Grande do Sul é a primeira unidade federal a lançar um Plano Safra próprio. A primeira edição foi posta em prática no ano passado, quando foram destinados R$ 1,1 bilhão de recursos próprios às 380 mil propriedades rurais de agricultura familiar situadas no Estado.

O Plano Safra-RS foi elaborado a partir de fóruns de Participação Popular e Cidadã. Reúne diversas ações e prioriza demandas referentes a temas como combate à estiagem e ao esvaziamento no campo, erradicação da miséria rural, melhoria de infraestrutura e recuperação da capacidade de gestão do Estado.

Plano Safra Nacional

O Plano Safra Nacional da Agricultura Familiar, lançado no dia 4, oferece R$ 18 bilhões de crédito para agricultores familiares, além de juros abaixo da inflação para financiar a produção de mais de 4 milhões de pequenas propriedades rurais no País. Os recursos para financiar investimentos e custeio são provenientes do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

CNA quer ampliar divulgação do seguro rural


CNA quer ampliar divulgação do seguro rural

Da Redação
OBrasil, atualmente, representa a quarta maior agropecuária do mundo, mas praticamente não utiliza o seguro rural. Por falta de informação ou preço, este benefício é pouco usado entre os produtores. O atual modelo, por exemplo, cobre apenas 8% da área de produção do País. Para reverter este quadro, um estudo sobre a importância do seguro agrícola para a economia brasileira, elaborado pela consultoria paulista MB Agro, foi apresentado na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nessa terça-feira (dia 09-07), aos especialistas do setor e empresas ligadas às seguradoras. O estudo, apresentado pelo economista e consultor Alexandre Mendonça, foi encomendado pela Câmara Temática de Seguro Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da qual a CNA faz parte.

Segundo a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, a Confederação espera criar novas formas de divulgação do seguro rural para orientar o produtor. “É uma prioridade da CNA, inclusive promover esse trabalho nos Estados. Uma medida que pode estimular a evolução do setor, por exemplo, é a disponibilização de R$ 400 milhões para a subvenção ao seguro rural, anunciados há duas semanas no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2012/2013. Com essa medida, espera-se que a cobertura da área plantada aumente para 20%”, disse.

“A ideia é informar os benefícios do seguro rural em todos os sindicatos do País e, consequentemente, aos produtores”, afirmou o consultor Alexandre Mendonça. Pedro Loyola, do departamento econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), concordou e disse que é preciso “quebrar o paradigma de que o produtor não quer o seguro”. Para o presidente da Comissão de Crédito Rural da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), Alexandre Câmara Bernardes, falta “massificar a informação ao produtor para que ele possa contratar o serviço de forma consciente”.

Durante a apresentação do estudo, o consultor Alexandre Mendonça afirmou que, diante desse quadro, é preciso construir uma estrutura de renda que proporcione mais estabilidade ao agricultor. “Qualquer variação na taxa de câmbio, por exemplo, afeta a vida do produtor. E, no caso da atividade agrícola, é certo que os riscos de variação de preço são mais elevados do que na maior parte dos setores de uma economia”, revelou.

O especialista especificou também a natureza dos riscos agrícolas no mercado do seguro rural, como o problema da falta de estatísticas históricas, o ciclo vicioso de escalas e a complexidade do monitoramento do seguro. “É preciso uma equipe grande, treinada e preparada para isso, pois é necessário fazer um monitoramento e acompanhar cada ciclo de produção. Veja de novo aí o problema de escalas”, disse.

Segundo Mendonça, o mercado de seguro é menor do que ele deveria ser. “A parceria público-privada é a que obtém sucesso. O setor privado proporciona agilidade e capilaridade; e o setor público, reduz a conta”. Para ele, como cada cultura tem uma especificidade, não é trivial estabelecer o valor a ser cobrado pelo seguro até porque “não existe um cadastro consolidado que permite isso”.

Propostas

O estudo sugere oito propostas para a criação de um mercado de seguro agrícola eficiente. A primeira é dar previsibilidade ao Programa de Subvenção ao Prêmio Seguro Agrícola, por meio de um planejamento de longo prazo (mínimo de 5 anos) e o estabelecimento de garantia dos recursos, considerado a época de liberação no calendário agrícola. “Não daria para todos fazerem a própria programação. Isso criaria uma descontinuidade”, disse o consultor Alexandre Mendonça. A proposta seguinte é criar um banco de dados com a finalidade de reunir as informações dos produtores e da Matriz de Risco, que está sendo desenvolvido pelo MAPA/Embrapa, para fornecer os dados aos interessados autorizados. “A avaliação de riscos deve ser muito bem feita”, completou Mendonça.

O terceiro ponto é criar uma Comissão de Acompanhamento de Subvenção composta por integrantes do Governo e representantes dos produtores rurais, seguradoras e resseguradoras, a fim de acompanhar o desenvolvimento do Programa de Subvenção e propor alterações. “E que isso seja transparente e equilibrado”, afirmou Alexandre Mendonça. O quarto é tornar gradativamente obrigatório o seguro agrícola nas operações de crédito, estabelecendo menores taxas de juros nas operações contempladas com seguro.

A quinta proposta é criar benefícios rurais no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) como estímulo para desenvolver boas práticas agrícolas, cumprir a legislação ambiental e contratar linhas de financiamento ou outros mecanismos de proteção dos riscos agropecuários e diversificação da atividade visando a sustentabilidade econômica, social e ambiental. A proposta seguinte é negociar a participação de Estados e Municípios num amplo programa de subvenção, fazendo com que verbas estaduais e municipais venham a complementar os recursos federais alocados para subvenção, beneficiando os agricultores com a redução no valor pago pelo seguro.

Outra proposta é levar em consideração as diferentes necessidades regionais (culturas e riscos), além dos aspectos socioeconômicos e políticos das diferentes regiões do País, por meio da matriz de risco agrícola, elaborada em conjunto pela Embrapa e pelo MAPA. O estudo também propõe a criação do Fundo de Reparação das Seguradoras, com o objetivo de proporcionar estabilidade e reduzir os riscos sistêmicos do programa.



Assessoria de Comunicação CNA

Canal do Produtor

GADO GORDO PELO MUNDO



FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

CNA debate criação do Conselho de Preços do Boi


 


A queda nos preços pagos ao produtor pela carne bovina e a crescente concentração da indústria da carne indicam a necessidade de criação de um Conselho de Preços do Boi, o Consebov, que reuniria representantes dos produtores, do comércio, da indústria e da academia para debater preços e regras transparentes de relacionamento dentro da cadeia produtiva. Reunidos na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta terça-feira, (10/7), dirigentes da entidade, das Federações da Agricultura e de entidades associativas do setor chegaram à conclusão que, a exemplo do que já acontece com a cana-de-açúcar e o leite, a pecuária de corte também precisa de um Conselho que normatize o mercado da carne.


 


 “Precisamos criar regras que proporcionem maior transparência à cadeia, para que se torne mais homogênea”. afirmou o presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da CNA, Antenor Nogueira. Segundo ele, estas regras seriam criadas no âmbito do novo Consebov, “que daria condições ao produtor de debater preço e tudo o mais que se relacione à atividade, da fazenda ao varejo”. Para o vice-presidente da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul - FAMASUL, Eduardo Riedel, o Conselho contribuiria para um maior conhecimento sobre os diversos elos da cadeia. “Faltam relacionamento e confiança entre o produtor e o frigorífico”, exemplificou.


Segundo o vice-presidente da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás - FAEG, José Mário Schreiner, a CNA deverá capitanear esse debate, a partir da definição de linhas de trabalho e dos pontos a serem estudados inicialmente. Entre esses pontos, está a concentração da indústria da carne. Nos Estados Unidos, o índice de concentração do segmento saltou de 72%, em 1992, para 95%, em 2009. No Brasil, os três maiores frigoríficos em atividade detêm cerca de 90% dos abates, segundo dados do Cepea/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo). 


Durante a reunião, foi identificada uma série de pontos a serem discutidos pelo grupo, para posterior análise pelo futuro Consebov. Entre eles, a criação de um sistema de normatização, tipificação e classificação de carcaças; a criação de um seguro antiquebra para os frigoríficos, além de um modelo de pesagem dos animais e um fundo de marketing para a carne, entre outros.


Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br

Câmara Setorial da Carne Bovina aborda sustentabilidade


Representantes do setor abordaram temas polêmicos da pecuária
Representantes do setor abordaram temas polêmicos da pecuária
Nesta segunda-feira (25), durante a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, o presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Antenor Nogueira, defendeu a criação de uma linha de crédito para que pecuaristas aumentem o número de animais por hectare em pastagens recuperadas.
Nogueira ressaltou que esta ação pode contribuir para uma pecuária mais sustentável e pediu a inclusão da medida ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, no Plano Agrícola Pecuário (PAP) 2012/2013, que deve ser anunciado ainda esta semana.
A Câmara da Carne Bovina, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, reúne membros do setor pecuário, que assistiram também a uma apresentação do assessor técnico da Comissão Nacional do Meio Ambiente da CNA, Rodrigo Justus, sobre o novo Código Florestal.
Justus destacou que “o produtor terá prazo para recuperar suas matas nas margens dos rios, mas o texto do novo Código Florestal não dá prazo para o Governo autorizar licenças ambientais, nem fazer o georreferenciamento das propriedades”.
certificação sanitária e socioambiental para combater o mercado clandestino da carne foi outro ponto abordado durante o debate, em exposição apresentada pela União Nacional das Indústrias e Empresas da Carne (UNIEC).
Com informações da CNA

Exportação de gado vivo sobe 29% no semestre


Mauro Zafalon

Reprodução permitida desde que citada a fonte

Após uma queda de 38% em 2011, as exportações de gado vivo cresceram 29% no primeiro semestre deste ano.

De janeiro a junho, o Brasil vendeu 246 mil bovinos vivos para fora do país, ante 191 mil animais no mesmo período do ano passado, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

O volume, no entanto, ainda é inferior ao de 2010, quando as exportações de gado vivo bateram recorde.

A retomada é atribuída à volta da Venezuela, destino de 83% das exportações brasileiras, às compras no país.

No ano passado, o dólar especial para compra de alimentos subiu no país vizinho e praticamente inviabilizou as operações. Como os preços ao consumidor, controlados pelo governo, permaneceram estáveis, as margens dos importadores, que compram o gado vivo para abater no país, ficou muito apertada.

O real, mais valorizado em 2011, também não ajudou.

Com o passar do tempo, no entanto, o governo venezuelano repassou o aumento dos custos, provocado pela mudança no câmbio, aos preços finais, voltando a permitir as exportações ao vizinho, diz Daniel Freire, presidente da Abeg (Associação Brasileira dos Exportadores de Gado).

Outros destinos do gado brasileiro no primeiro semestre foram o Líbano, o Egito, a Turquia e o Congo.

Gastão Carvalho Filho, diretor da Boi Branco, uma das principais exportadoras de gado em pé do país, destaca o aumento das exportações de reprodutores neste ano.

O Brasil exportou 10 mil animais de elite no primeiro semestre, ante 1.000 no mesmo período do ano passado. Apesar do forte crescimento, esse grupo representa apenas 4% do total das exportações de gado vivo. Mas contribui para elevar o valor agregado dos embarques.

O preço médio das exportações de bovinos vivos subiu 11% no primeiro semestre, contribuindo para o aumento de 46% na receita obtida com essa atividade.

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 10 de julho de 2012

CNA QUER ESTENDER AO MUNDO A 'RIGIDEZ' AMBIENTAL DO BRASIL



VALOR ECONÔMICO -SP

Passado o debate acalorado sobre a revisão do Código Florestal, a principal entidade ruralista brasileira prepara-se para lançar um documento mostrando o tamanho do impacto à produção agrícola europeia caso regras ambientais vigentes no Brasil fossem aplicadas também àquele continente.
O foco da ação da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) está nas chamadas matas ciliares, a cobertura vegetal que margeia os cursos d"água. Nos próximos dois meses, técnicos da entidade mapearão, através de imagens de satélite, propriedades que beiram cinco grandes rios da Europa - Reno, Danúbio, Tâmisa, Sena e Douro - e simularão quanto os produtores rurais perderiam em valor bruto de produção se tivessem de dispor de áreas semeadas para recomposição florestal.
A conclusão desse relatório será a carta na manga da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da CNA e mentora da ideia, a ser puxada sempre que o momento político exigir. Há anos, ela defende que o Código Florestal, hoje cumprido à risca por pouquíssimos produtores, imporia uma perda de competitividade do campo brasileiro em relação a seus concorrentes. Transpondo o cenário nacional a outros países, a senadora ruralista tenta agora dar números a isso.
"Os ambientalistas europeus, que são os que mais nos cobram, viram as costas para os seus próprios problemas", diz Kátia Abreu,referindo-se ao fato de que parte significativa das florestas nativas da Europa já terem sido derrubadas. "Nesse estudo, não estamos levando em conta nem as Reservas Legais [florestas que devem ser mantidas intactas dentro das propriedades privadas], porque nós não concordamos com elas. Estamos olhando apenas para as matas ciliares, porque todo agricultor sabe da importância que elas têm".
Com esse argumento, a CNA lançou no início deste ano, no Fórum Mundial da Água, em Marselha (França), uma campanha em defesa da recomposição global de matas ciliares. Na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, a entidade voltou a jogar a proposta. O discurso oficial, nas duas ocasiões, foi o de preocupação com o ambiente associado à necessidade desse bem precioso às lavouras e, portanto, à segurança alimentar.
A campanha foi amarrada com outras duas entidades brasileiras de peso, na tentativa de dar um caráter menos político e mais técnico à discussão - Embrapa e Agência Nacional de Águas (ANA). Mas o pano de fundo está lá: "Por que só nós vamos cumprir regras? Queremos simetria entre os países. Afinal, é um objetivo justo. Água não é bom para o planeta?", diz Kátia Abreu, com um riso contido de quem aproveita a deixa para cutucar críticos antigos. Na Rio+20 ou fora dela, dificilmente alguém iria contra a uma causa tão nobre como salvar matas e água no mundo.
"Nem o ruralista mais radical discute a necessidade de mata ciliar. O que se debatia no Brasil era a largura dessas matas", afirma. O novo Código Florestal, aprovado este ano, mexeu nesses tamanhos e diminuiu a espessura da vegetação necessária dependendo do tamanho do rio e da propriedade rural - desagradando ambientalistas e ruralistas mais sedentos por terra.
O relatório da CNA sobre o impacto aos bolsos europeus se fossem sujeitos às mesmas exigências de matas ciliares que os brasileiros (que chegam a 100 metros para cada margem do rio) vem no momento em que a Comissão Europeia rediscute as bases de sua Política Agrícola Comum (PAC). Reformulada a cada sete anos, a cartilha de regras para concessão de US$ 75 bilhões ao ano em subsídios rurais propõe atrelar até 30% dos aportes a contrapartidas ambientais.
Uma das ideias cogitadas é devolver terras hoje agricultáveis para fins ecológicos. A proposta tem arrancado críticas de associações ruralistas. Segundo o Comitê do Reino Unido para Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais, um dos mais críticos à medida, "esverdear o PAC feriria os produtores, os consumidores europeus e também reduziria a segurança alimentar".
A presidente da CNA agora ri abertamente. "Viu só como é?".
A ofensiva pelas mata ciliares globais será trabalhada por equipes de comunicação contratadas nos Estados Unidos e em Londres, como parte da estratégica de ampliação do lobby agrícola brasileiro no exterior. Além disso, a entidade deverá inaugurar no segundo semestre escritórios em Bruxelas e Pequim, "porque é lá que está o mercado e o dinheiro do mundo". Kátia Abreu explica ser prioritário abrir novos mercados mas também mudar a imagem do agronegócio brasileiro lá fora. "Precisamos mostrar a imagem verdadeira do nosso setor", diz.
Segundo ela, paralelamente a essas ações para "encurralar" adversários, uma campanha de marketing de três anos terá início este ano para promover carros-chefes da pauta agrícola brasileira, como o café, o suco de laranja e as carnes. O garoto-propaganda será Pelé. "Propus a Dilma [a presidente Dilma Rousseff] uma parceria para promover nossos produtos. E também falei à Izabella [Teixeira, ministra do Meio Ambiente], na Rio+20, sobre a ação global das águas. Elas nos apoiam". A senadora parece estar só sorrisos.
FONTE: FRENTE PARLAMENTAR AGROPECUÁRIA