sábado, 18 de agosto de 2012

Animais que participam da Expointer entram no parque a partir de segunda-feira


Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
Secretário Mainardi participou da abertura dos portões na 34ª Expointer
Secretário Mainardi participou da abertura dos portões na 34ª Expointer - Foto: Vilmar da Rosa
A maior atração da Expointer, os animais que serão expostos e participarão de concursos, começam a chegar ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, nesta segunda-feira. Os portões do parque, ao contrário de anos anteriores, serão abertos às 8h da manhã. Até o ano passado, a abertura ocorria às 6h da manhã.
Estão inscritos 7.927 animais, sendo 6.251 de argola e 1.670 rústicos. Neste ano, entre os animais de argola houve crescimento no número de inscrições de 4,45% em relação a edição passada.
Os eqüinos, que estarão presentes com 14 raças, totalizam 1.203 inscrições, o maior volume. Os ovinos, representados pelo mesmo número de raças, aparecem em segundo lugar, com 943 inscritos. No quadro abaixo, o relatórios das inscrições.

Animal
Raças
Total
Eqüinos
14
1203
Ovinos
14
943
Bovinos de Corte
14
893
Aves
48
754
Pássaros
6
736
Bovinos de Leite
5
616
Coelhos
31
515
Bovinos Mistos
4
212
Zebuínos
6
208
Caprinos
4
110
Chinchila
3
33
Bubalinos
4

Rabobank: conheça em detalhes a situação da pecuária nos EUA


Introdução
Quando se avalia o estado do mercado pecuário dos Estados Unidos e do México não há necessidade de olhar muito além das recentes condições climáticas dos Estados Unidos para ver porque as coisas não estão normais. Com o segundo ano consecutivo de seca severa prejudicando a agricultura dos Estados Unidos, São feitas comparações entre os dois anos. Entretanto, observando os mapas de Monitoramento da Seca dos Estados Unidos de 2011 e 2012 percebem-se cenários amplamente diferentes (veja as Figuras 1 e 2).
A seca de 2012 cobre maior área, mas não está com a intensidade da seca de 2011. No ano passado, a seca centrou-se em Texas, Oklahoma e Novo México, e estendeu-se para Arkansas, Louisiana e estados do sudeste como Alabama, Mississippi, Geórgia e Florida. A seca desse ano é muito menos severa em intensidade, mas está mais disseminada, afetando grande parte do Cinturão do Milho (Corn Belt) também.
É válido notar que as áreas mais afetadas na seca de 2011 tinham a maior concentração de bovinos de corte dos Estados Unidos. Como resultado, a taxa de lotação ainda está abaixo do normal, o que reduziu a exigência para estas pastagens nessa estação. Desta forma, as pastagens estão melhor que no ano passado, mas incertezas permanecem.
A região das Planícies do Sul, que foram tão severamente impactadas no ano passado, está tendo uma estação de pastagem típica neste ano (Figuras 3 e 4). Considerando a porcentagem de classificações como ruins ou muito ruins nessa região no ano passado, o Rabobank não espera ver as condições piorarem para algo próximo ao que ocorreu no ano passado.
Infelizmente, a classificação de condição produtiva dos Estados Unidos abriram a estação em média com 20% como ruins a muito ruins, porém pioraram em um espaço curto de tempo. Essas pontuações estão em mais de 50% ruins a muito ruins, apesar de parecer improvável que estas condições piorarão para pontos próximos à seca reportada nas Planícies do Sul em 2011. Entretanto, restam incertezas para o restante do ano devido aos estoques anormalmente escassos de feno necessários para o próximo inverno.
Confinamento: prejuízo de US$ 250,00/animal
O relatório de Animais Confinados dos Estados Unidos de 1o de julho de 2012, foi bastante próximo das estimativas pré-relatório. Entretanto, uma avaliação mais detalhada mostra que existem amplas variações nos dados de confinamento entre os estados. Em 10,7 milhões de cabeças segundo o relatório de julho, o número de animais confinados aumentou 2,5% com relação a 2011 e 4,4% com relação à média dos últimos cinco anos (veja Figura 5). O número de animais confinados foi de 1,6 milhão, 2% a menos que em 2011 e 5,4% a mais que a média dos últimos cinco anos (veja Figura 6). É essa diferença do número de animais entre os principais estados do país que torna o relatório incomum.
No Texas, em junho, os animais confinados caíram 16% com relação ao ano anterior, devido ao alto número de animais confinados em 2011 por causa da seca. No extremo oposto, em Nebraska, o confinamento aumentou 24%, refletindo as condições do clima no Cinturão do Milho Ocidental e na Região Intermontanhosa (Intermountain Region) nesse ano. Embora tenha havido variação entre Texas e Nebraska, os confinamentos no Kansas foram exatamente os mesmas do ano anterior.
A grande incerteza para o futuro é o número de animais confinados em todo o país. Atualmente, os terminadores de gado estão perdendo mais de US$ 250 por cabeça com a venda de gado. A troca de animais vivos por animais de reposição não está oferecendo vantagem. Até agora, o forte declínio no valore dos animais para engorda foi totalmente absorvido pelo aumento nos preços dos alimentos animais.
Número de animais abatidos
O abate durante o mês de junho foi de apenas 1,96 milhão de cabeças, 6% a menos que no ano anterior e 4% a menos que a média dos últimos cinco anos (veja Figura 7). O declínio no número de animais comercializados mostrou que os terminadores estão prorrogando suas vendas para adiar as perdas, bem como esperando uma mudança de preço, como estava no começo do ano.
Há vários meses tem havido diferença entre o abate projetado por sucessivos relatórios de gado confinado e as taxas reais de abates de novilhas e novilhos. A principal explicação para essa variação está no fato de que o relatório somente coleta dados de confinamentos com 1.000 cabeças ou mais de capacidade.
Uma consequência do contínuo aumento nos preços do milho é que muitos pequenos produtores estão escolhendo vender milho ao invés de alimentar o gado. O fato de eles não estarem confinando faz que não sejam incluídos nas pesquisas do relatório, causando disparidade entre o abate projetado e os abates reais. À medida que o gado que não é contado é removido do sistema, será possível alinhar a comparação ano a ano com confinamentos de 1.000 cabeças ou mais. Embora a variação nos abates.
Inventário semestral do rebanho bovino
O relatório semestral do USDA sobre o rebanho bovino mostra que o número de bois e bezerros em 1o de julho de 2012 era de 97,8 milhões de cabeças, 2% a menos que no ano anterior. O número de vacas e novilhas, de 39,7 milhões de cabeças, caindo 3%. O número de vacas de corte, de 30,5 milhões de cabeças, caiu 3% com relação ao ano anterior, enquanto o número de vacas leiteiras não mudou, ficando em 9,2 milhões de cabeças. Todas as novilhas de 500 libras (226,8 quilos) ou mais caiu 2%, para 15,7 milhões de cabeças.
As novilhas de corte de reposição, de 4,2 milhões de cabeças, não mudaram com relação ao ano anterior, e as novilhas leiteiras de reposição caíram 2%, para 4,1 milhões de cabeças. Novilhos pesando 500 libras ou mais caíram 1%, para 14 milhões de cabeças, enquanto touros pesando 500 libras ou mais caíram 5%, para 1,9 milhão de cabeças.
Bezerros pesando menos de 500 libras caíram 3%, para 26,5 milhões de cabeças. Todos o gado e bezerros em engorda para abate aumentaram 1%, para 12,3 milhões de cabeças. A safra de bezerros foi estimada em 34,5 milhões de cabeças, 2% a menos. O resultado final do relatório do rebanho bovino mostrou que o clima prejudicou a pecuária do país e que maior liquidação do rebanho poderá ser relatada em janeiro de 2013.
O relatório semestral sobre o rebanho bovino poderia ter sido vítima dos cortes de orçamento do USDA, mas foi salvo por eliminação, pelo menos neste ano. Será interessante ver se 2012 é o ano final do relatório.
Retenção de fêmeas
Com tanta atenção sobre a seca, as más condições das pastagens e a terminação forçada em confinamento, é surpreendente ver que neste ano a porcentagem de novilhas confinadas tem declinado. Isso mostra que apesar das limitações do clima, os pecuaristas perceberam a escassa oferta de gado e estão retendo suas novilhas (veja Figura 9). Neste contexto, qualquer retenção de fêmeas é boa para a indústria no longo prazo. Entretanto, qualquer declínio no número de fêmeas confinadas significa uma oferta mais estreita para os confinadores e para os frigoríficos.
Importações de animais
O maior ritmo de exportação de gado para engorda do México aos Estados Unidos continuou e até aumentou na primeira metade de 2012 (veja Figura 10) principalmente devido à seca. Uma segunda razão para os produtores mexicanos é que o preço do gado e bezerro para reposição se manteve em níveis recordes neste ano.
O alto volume histórico de exportação de gado do México para os EUA por causa da seca voltou a níveis normais após mudança no clima. Entretanto, o rebanho bovino mexicano diminuiu, necessitando de três a cinco anos de exportações abaixo da média para reconstrução do rebanho. Dessa vez, não parece diferente: qualquer aumento nas exportações mexicanas prejudicará ainda mais a oferta de gado de reposição para a indústria como um todo. Prejudicando da mesma forma os criadores do sul dos Estados Unidos, por causa de sua dependência da oferta de gados mexicanos para engorda.
Alto preço da reposição em 2012
O preço do gado para engorda, representado pelo CME Feeder Index, tem sido excepcionalmente forte em 2012. Os altos preços estão influenciados pela oferta limitada de reposição, bem como pela competição por animais para confinar. O impacto da questão da carne bovina magra de textura fina (LFTB, da sigla em inglês) levou a um pico de mercado no começo de março e também impactou nos preços durante abril (veja Figura 11). O mercado esteve em processo de recuperação durante maio e junho, quando a seca passou a influenciar o mercado de milho.
Considerando a atual combinação de condições climáticas e escassa oferta de gado de reposição, a única certeza que se tem é sobre a volatilidade de preços. Em 20 de julho, o índice de gado de reposição tinha declinado para os níveis do ano anterior pela primeira vez nesse ano. Ainda, o aumento no preço do milho para novos recordes está colocando intensa pressão nos valores destes animais e forçando uma quebra contra-sazonal nos preços da reposição.
Abate de fêmeas
O abate de vacas neste ano caiu 3% com relação aos níveis do ano anterior e estão em mesmo patamar da média dos últimos cinco anos (veja Figura 12). Os abates de vacas de corte caíram 9% com relação ao ano anterior e estão 3% abaixo da média dos últimos cinco anos. Os abates de vacas leiteiras aumentaram 4% com relação ao ano anterior e à media dos últimos cinco anos. O declínio nos abates de vacas de corte reflete uma liquidação nas Planícies do Sul de um ano atrás, bem como os esforços dos produtores para reter números e começar a reconstruir, apesar das desafiadoras condições climáticas. Deve-se notar que os abates de vacas de corte nas Planícies do Sul caíram 20% com relação ao ano anterior, embora os abates totais de vacas tenham caído 5% após liquidação de rebanho nesta região há um ano. O aumento nos abates de vacas leiteiras é um reflexo das perdas no setor até agora nesse ano.
Embora não haja uma forma de determinar com precisão a fonte regional de vacas para abate, indícios casuais sugerem que um maior movimento de vacas em 2012 está vindo da Região Intermontanhosa, bem como de Nebraska e Dakota do Sul, como uma reação à severidade das piores áreas afetadas pela seca nesse ano.
Há grandes especulações sobre a liquidação forçada de vacas devido às condições de seca. Embora tenha ocorrido algum aumento nos abates de vacas, está claro que o movimento de vacas durante o segundo trimestre de 2012 foi amplamente diferente do movimento do segundo trimestre de 2011. Também é importante notar que foi durante a segunda metade de 2011 que os abates de vacas se intensificaram como resultado da seca. Considerando o aumento das condições de seca em julho de 2012, o monitoramento do movimento de vacas para o restante do ano será crítico. Nesse ponto, é provável que as condições de seca de 2012 eliminaram as previsões de qualquer expansão em 2012.
Pesos de carcaça
Uma diferença muito clara com relação em 2011 é o peso das carcaças. Atualmente, as carcaças bovinas estão pesando 10 libras (4,5 quilos) acima da média dos pesos do ano passado e têm estado na média dos últimos cinco anos até agora.
Uma explicação parcial para a mudança com relação ao ano anterior nos pesos das carcaças tem sido uma mistura nos abates, com os abates de vacas leiteiras aumentando 4% e as de corte caindo 9%. Outra explicação parcial é que as vacas vindo das faixas do norte dos estados são tipicamente maiores. A explicação mais ampla é que, embora os dados de pesos das carcaças cubram uma área geográfica muito maior, esses também mostram que os animais que representam o perfil de abates deste ano não foram prejudicados de uma forma tão severa como os animais nos estados do sul afetados pela seca no ano anterior (veja Figura 13).
Os abates de boi gordo na primeira metade de 2012 caíram 5% com relação a 2011 e ficaram 3% menores que a média dos últimos cinco anos (veja Figura 14). Os abates de novilho gordo caíram 4% com relação ao ano anterior e ficaram 5% menores que a média dos últimos cinco anos. Os abates de novilhas até agora nesse ano ficaram 6% menores, tanto com relação ao ano anterior, como com relação à média dos últimos cinco anos. O declínio nos abates de novilhas é outra indicação de que a indústria está trabalhando em direção à expansão. O Rabobank espera que a oferta de boi gordo tenha declínio adicional para a segunda metade do ano.
A produção de carne bovina em 2012 tem estado no mesmo nível ou acima dos níveis esperados (veja Figura 16). A produção caiu 3% com relação ao ano anterior e está 2% menor do que a média dos últimos cinco anos. O peso médio das carcaças de novilho até agora nesse ano é de 829,5 libras (376,25 quilos), 16 libras (7,25 quilos) ou 2% a mais que no ano anterior e 21,3 libras (9,66 quilos) ou 2,6% a mais do que a média dos últimos cinco anos (veja Figura 15).
O ritmo de produção de carne bovina deverá cair durante o segundo semestre por duas principais razões. Primeiro, a oferta de boi gordo cairá, forçando os frigoríficos a se tornarem mais agressivos em suas compras e a escolher os animais mais cedo. Em segundo lugar, embora as condições climáticas estivessem quase perfeitas para a criação de gado durante a primeira metade do ano, o oposto ocorrerá para a segunda metade. Os padrões de temperaturas altas a extremamente altas vistos durante junho e julho deverão afetar o desempenho do gado confinado, o que impactará no peso ao abate durante do segundo semestre. Além disso, um aumento nos preços do milho encorajará os confinadores a abaterem os animais o mais rápido possível.
Tem sido divulgado que o clima ideal durante o período de alimentação do inverno foi o catalisador para os maiores pesos. Embora isso seja verdade, é apenas uma explicação parcial. Uma explicação mais ampla é que os primeiros custos excepcionalmente altos do gado de engorda estão criando economias que forçam os confinadores a obterem o máximo de peso possível por animal. Deve-se considerar  também que os animais de hoje têm um perfil genético que os permite controlar pesos vivos. Finalmente, o maior uso de produtos beta-agonistas está pressionando para cima os pesos também.
Valores de carcaça
Os valores de cutouts (valor derivado de uma fórmula que estima o valor da carcaça usando médias ponderadas dos cortes) começaram o ano fortes e poderiam ter até ter excedido a demanda se a crise da LFTB não tivesse feito esse aumento parar na primeira semana de março (veja Figura 17). No entanto, desde a baixa relacionada à LFTB no meio de abril, o mercado tem apresentado um desempenho muito bom. A força da recuperação nos valores de cutout tem sido apoiada por uma demanda melhor do que o esperado por cortes médios durante a temporada de grelhados, que também serviu como um direcionador para ampliar a diferença entre os cortes Choice/Select para níveis não vistos desde dezembro passado.
Há uma preocupação de que a menor demanda por cortes médios e a fraca demanda dos consumidores em resposta a temperaturas quentes fora de temporada causarão um forte declínio nos valores de cutout. Como esses valores tiveram  uma pressão durante a parte final de julho, os baixos preços sazonais já devem ter sido alcançados. As indicações são de que os valores de itens de chuck (dianteiro) e round (traseiro) declinaram a níveis de preços que estão aumentando o interesse do comprador no varejo.
Com as perdas da LFTB e a esperada manutenção de menores abates, os frigoríficos e processadores serão forçados a moer mais chucks e rounds para suprir a demanda doméstica por produtos de carne moída com alta proporção de carne magra. Esse aumento inesperado na demanda será um suporte constante aos valores de cutout.
Entre 2005 e 2010, houve uma melhora de 20% na porcentagem do gado classificado como Choice ou melhor. A melhora nas taxas de classificação foi direcionada por uma melhora genética geral na qualidade do gado, bem como foi resultado de uma participação cada vez maior de gados com genética Angus (black-hided) no total de abate. Isso também foi resultado dos ajustes e sintonia fina dentro dos serviços de classificação visando dar suporte à classificação eletrônica.
Devido ao número de fatores, as taxas de classificação foram corrigidas desde o pico de 71,5% de Choice e Prime em fevereiro de 2010 (veja Figura 18). Os confinadores têm abatido seus animais mais cedo, refletindo a escassa oferta de boi gordo, bem como o esforço para combater o alto preço dos grãos. Os frigoríficos têm abatido gado mais novo devido à escassa oferta. Além disso, o maior uso de produtos beta-agonistas também contribuiu para nivelamento das taxas de classificação. O Rabobank acredita que, apesar das taxas de classificação terem estabilizado, é improvável que elas se deteriorem.
Panorama
Os confinadores sofreram perdas e não tiveram retornos melhores do que o de equilíbrio (sem perdas nem ganhos) em 2011 e viram os preços de equilíbrio caírem no segundo bimestre de 2012 (veja Figura 19). A redução das margens em grande parte reflete o impacto da crise da LFTB na demanda por carne bovina. Ela também reflete o alto preço da reposição e o alto custo dos alimentos para animais. Em curto prazo, o mercado viu uma pausa temporária nos preços de boi para engorda, mas o declínio está sendo absorvido pelo aumento no preço dos grãos devido à seca. Infelizmente, não há nada que sugira que o retorno dos confinadores terão alguma melhora significativa em breve.
O preço dos novilhos gordos subiram durante o primeiro trimestre (veja Figura 20) e mantiveram o padrão de preços até a primeira semana de março, quando a história da LFTB quebrou a tendência de alta e forçou os preços a serem comercializados bem abaixo das expectativas para todo o segundo trimestre.
Embora isso tenha levado mais tempo do que o esperado, agora parece que o mercado foi capaz de absorver os efeitos negativos da crise da LFTB e esteve, ou está atualmente, em processo de colocação de um fundamento sazonal. Mesmo com a pressão de preços contra-sazonal, parece que o nível de preços de US$ 113 a US$ 114 se manterá para a baixa sazonal.

O mercado estava funcionando de acordo com as expectativas durante o primeiro trimestre antes de ser desconcertado pela situação da LFTB no começo de março (veja Figura 21). Também é claro que a pressão de preço realmente se estendeu além da baixa normal. A expectativa é que as ofertas de boi gordo tenham alcançado um pico no final de junho e que a menore oferta fornecerá um suporte ao preço.
A primeira das duas projeções de preços na Figura 21 (a linha cinza tracejada) está baseada em um padrão similar ao de 2011, quando os preços no final do terceiro trimestre e durante o quarto trimestre deverão exceder o pico de preços da primavera. A segunda projeção de preço (a linha sólida roxa), é um modelo de preço baseado no padrão histórico de preços.
Considerando as incertezas dos preços dos alimentos para animais pelo restante do ano, as indicações são que a pressão continuará. Parece como se o preço do boi gordo estivesse em processo de estabelecimento de baixas sazonais e deverão se recuperar durante a segunda metade do ano.
Fonte: Rabobank, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.

CemetRS fará previsão do tempo ao vivo na 35ª Expointer


A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) participará, de 25 de agosto a 2 de setembro, da 35ª Expointer, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Entre as atrações disponíveis na Casa da Fepagro, a equipe de meteorologistas e agrometeorologistas do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS) fará a previsão do tempo diariamente. 

A equipe também estará disponível para atender ao público em geral com informações sobre o tempo, o clima e o impacto do clima na agricultura. Ligado à Fepagro, o CemetRS oferece o serviço de previsão de tempo e clima aos usuários das áreas de agricultura, defesa civil, energia, meio ambiente, saúde pública, entre outros, e desenvolve pesquisas relacionadas aos impactos dos elementos meteorológicos e climáticos sobre a definição de rendimentos, zoneamentos agrícolas, épocas de semeadura e necessidades hídricas das principais culturas agrícolas do Estado. 

A Casa Fepagro também disponibilizará ao público informações sobre programas atualmente em desenvolvimento pela fundação, como o Mais Água e o Dissemina. O projeto Mais Água prevê um conjunto de trabalhos que envolvem o monitoramento e a coleta de dados sobre a disponibilidade e qualidade da água no ambiente rural do estado. O Dissemina (Programa Estadual de Incremento da Qualidade Genética da Pecuária de Carne e Leite) tem como objetivo o incremento da qualidade genética da pecuária de carne e leite em sistemas de agricultura familiar do Rio Grande do Sul. 

Durante o período de realização da Expointer também será lançado na Casa da Fepagro no Parque de Exposições o Seminário Internacional Água, Irrigação e Alimentação, a ser realizado entre 16 e 18 de outubro, em Porto Alegre. O evento deve reunir especialistas de todo o país e do Exterior para discutir temas como a oferta de água, a segurança alimentar e nutricional e a irrigação.

Fonte: Fepagro 

Balanço do Mercado da Pecuária de corte: Veja os principais destinos da carne bovina brasileira


Estudo detalhado das exportações de julho e do acumulado do ano, assim como os principais exportadores e destinos da carne bovina brasileira - este são os destaques do Balanço do Mercado de Pecuária de Corte desta segunda-feira.
Utilize o sumário abaixo e entre especificamente na informação desejada.
Lembrando que o objetivo deste material é levar ao produtor informações para o desenvolvimento do seu negócio e as principais notícias dos últimos dias.


EXPORTAÇÃO
 
Informações lançadas no dia 1º de agosto pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) mostram que entre janeiro e julho deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura registraram um preço médio de US$ 4.786 a tonelada, sendo este o segundo maior resultado visto em toda a história, acima apenas da média de 2011 (US$ 4.987/t).
A cotação atual é 25% maior que o valor médio anotado entre jan/jul de 2010 (US$ 3.823) e 56,9% acima da cotação média de 2009 (US$ 3.049).
Foi justamente este resultado nos preços que segurou as exportações do período. Isto porque o volume atingiu 496,9 mil toneladas nos sete primeiros meses deste ano, alcançando o segundo menor patamar desde 2004 (481,7 mil toneladas), superando apenas as 469,8 mil/t vendidas em 2011.
Com isso, a receita de 2,378 bilhões de dólares, contabilizou o maior nível de todos os tempos, 2% a mais que em 2011 (2,343 bilhões de dólares) e registrando aumento de 6% frente o mesmo período do 2010 (2,25 bilhões de dólares).
Especificamente em julho, os embarques internacionais de carne bovina in natura atingiram 83,3 mil toneladas, acima das 74,2 mil toneladas vendidas em junho e também ultrapassando as 62,8 mil toneladas apresentadas em jul/11.
O faturamento ficou em 377,9 milhões de dólares e o valor médio da tonelada atingiu US$ 4.537, menor resultado de 2012. 
Veja abaixo um estudo detalhado das exportações de carne bovina in natura: 

Exportação por destino
Uma análise detalhada realizada pela equipe de jornalismo da Rural Centro mostra que entre janeiro e julho deste ano, os russos mantiveram a liderança como maiores compradores da carne bovina brasileira, com total de 160,7 mil toneladas adquiridas, menor resultado desde 2006,   com redução de 0,2% frente os embarques de 2011 (161 mil toneladas) e 3,7% a menos que as negociações de 2010 (166,9 mil toneladas).
De acordo com as informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), os egípcios adquiriram ao longo deste ano 65,3 mil toneladas, volume 51% maior que as 43,3 mil toneladas negociadas no ano anterior.
Hong Kong, unidade administrativa da China, importou dos brasileiros no período analisado 52 mil toneladas de carne bovina.
Destaque, mais uma vez, para os países vizinhos. A Venezuela ampliou as compras em 51%, saindo de 29,6 para 44,7 mil toneladas e os chilenos triplicaram as negociações, somando ao fim dos sete primeiros meses 32,7 mil toneladas.

Exportação por UF
O destaque da avaliação da rural Centro foi o Estado de Goiás. Entre janeiro e julho de 2012, os goianos conseguiram embarcar ao exterior 86,6 mil toneladas, 42,8% a mais que as negociações de 2011 (60,6 mil toneladas), levando esta praça produtora ao segundo lugar no ranking nacional.
São Paulo se mantém na liderança como 140,8 mil toneladas e o Estado de Mato Grsso mesmo ampliando as vendas externas da matéria-prima foram para a terceira posição, com 83 mil toneladas.
FONTE: RURAL CENTRO

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aliança Angus Premium é a primeira marca certificada do Paraná





Durante as atividades da 37ª Feira Agropecuária de Guarapuava, a Associação Brasileira de Angus lançou a primeira marca certificada pelo Programa Carne Angus Certificada do Paraná, é o selo Aliança Angus Premium, que provém dos animais abatidos pela Cooperativa de Carnes Nobres do Vale do Jordão (Cooperaliança). “Agora nossa parceria foi oficializada. O selo terá somente carne Angus produzida no Paraná, por paranaenses”, disse Reynaldo Salvador, diretor do programa de certificação.
A partir de agora, Guarapuava é o primeiro município paranaense a possuir a certificação. A novidade permite agregar valor ao produto comercializado e aumentar a remuneração dos produtores. Para Edio Sander, presidente da Cooperaliança, esta é a oportunidade de atender aos anseios do consumidor, fornecendo carne de qualidade e origem comprovada. “Agradecemos a confiança da associação depositada no trabalho desenvolvido pela Cooperaliança; e que essa parceria contribua para o fortalecimento e a prosperidade da cadeia produtiva da carne angus no Paraná”.


Para Salvador, a certificação da Cooperaliança faz parte do projeto de expansão da carne Angus para todo Brasil. “Começamos atendendo Guarapuava, Cascavel e Curitiba. No futuro, não muito distante, todo o estado do Paraná”, disse, emendando que este é um estado chave para o programa Carne Angus, pois os pecuarista estão direcionando o rebanho azebuado à genética Angus. “Em 2011, 42% de todas as doses de sêmen vendidos no Paraná foram de reprodutores Angus, provando que o pecuarista paranaense conhece e valoriza as características da raça”, exemplifica Salvador.
O projeto da cooperativa, segundo Sander, abrange desde o produtor até o cliente final. Para o equilíbrio entre os elos dessa cadeia produtiva, ele destacou os pilares que sustentam o trabalho da empresa: a garantia de rentabilidade e sustentabilidade ao produtor; a garantia de prestação de serviços à indústria; a oferta de um produto de qualidade com regularidade e preço competitivo ao varejo; e, por fim, o atendimento aos anseios por uma carne de qualidade e preço justo ao consumidor. 
Fonte: Texto Assessoria de Comunicações (11) 2198-1860/Jornalista Responsável: Altair Albuquerque (MTb 17.291)


Feira de Novilhas foca na qualidade


A 8 Feira de Novilhas e Vaquilhonas da Farsul deve ofertar mais de 600 exemplares no dia 30, durante a Expointer. A estimativa é menor do que a do ano passado, quando mil animais foram inscritos, sendo comercializados 682 por R$ 750,01 mil. A redução de oferta, que até agora só inclui animais Angus, está relacionada à compra direta nas propriedades, diz o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Farsul, Francisco Schardong. "Estimamos igualar o resultado do ano passado ou superar." A estiagem prolongada também contribuiu para a redução. A preocupação com a oferta de terneiros foi destacada pelo presidente da Farsul, Carlos Sperotto.

Para garantir a qualidade das fêmeas que entrarão em pista, a seleção está primando pela padronização. O gerente do programa Carnes Angus, Fábio Medeiros, informou que técnicos avaliam rigorosamente os animais.

Sucessão Familiar: Programa prepara filhos para assumir negócio rural dos pais

O programa é composto por seis módulos e todas as aulas irão ocorrer na sede do Senar, em Cuiabá, tendo início no dia 24 de agosto


Crédito: Arquivo pessoalProdutor Valdecir de Rossi (esq.) e o irmão na lavoura em Sorriso

Aproveitando o mês de agosto, quando se comemora o Dia dos Pais, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) dá início ao Programa Sucessão Familiar, que tem por objetivo capacitar pais e filhos para que haja, quando necessário, a substituição da administração da propriedade rural da forma mais harmônica possível, garantindo tranquilidade na continuidade do negócio tanto para os proprietários quanto para os trabalhadores. "A propriedade rural é uma empresa, que tem administração, empregador e empregados. Essa capacitação irá informar duas gerações de famílias sobre modelos de gestão capazes de reduzir futuros conflitos", explica o presidente do Conselho Administrativo do Senar-MT e da Federação da Agricultura e pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado.Segundo Prado, a longevidade das empresas rurais depende muito da preparação do sucessor que irá assumir a gestão.
"Observa-se que em muitos casos a nova geração deixa o campo em busca de novas oportunidades em zonas urbanas, abandonando a propriedade", cita. "Em um estado como Mato Grosso, que é considerado o celeiro do mundo, a zona rural tem uma importância imensa e a continuidade dessa empresa rural precisa ser pensada para não termos problemas no futuro", destaca. "Esse inclusive foi um dos desafios apontados pelo ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, durante o Ciclo de Palestras da Famato e Senar-MT realizado em Juara", lembra.
O programa, idealizado pela Famato, é composto por seis módulos e todas as aulas irão ocorrer na sede do Senar, em Cuiabá, tendo início no dia 24 de agosto. A turma é formada por 30 pessoas que representam 15 propriedades rurais, sendo duas de cada empresa rural, pai e filho, mãe e filho e até avô e neto. A formação de turmas está a cargo da Federação e o conteúdo será ministrado por professores da Universidade de São Paulo (USP).
No primeiro módulo a professora Josenice Blumenthal abordará em 12 horas o tema "A Família Empresária – Desafios da Sucessão", tratando do Processo Sucessório, Mediação de conflitos, Preparo dos herdeiros, Liderança, entre outros. O segundo módulo "Governança da Empresa Familiar: Desafios da Estrutura Societária e Gestão do Negócio", também de 12 horas, será ministrado pelos professores Luiz Marcatti e Cláudio Antonio Pinheiro Machado Filho, dentre os assuntos abordarão: A importância da governança para as empresas do agronegócio, Princípios de governança, Implementação da governança em empresas familiares, e Acordo de sócios e profissionalização da gestão: processos decisórios. "Desafio da Gestão Financeira em Empresas Familiares" será o foco do terceiro encontro, ministrado pelo Uriel Rotta (USP). Em 12 horas os participantes poderão ver temas como Análise de investimentos, Estratégias de diversificação: oportunidades e riscos, Alternativas de financiamento, entre outros.
Dando continuidade ao programa, os professores Tiago Fischer e Silvia Caleman irão tratar no quarto módulo da "Estratégia em Empresas Familiares", por meio dos temas: A importância do planejamento para as empresas rurais, Análise do ambiente externo: ameaças/oportunidades, Ambiente interno: pontos fortes/fracos e Ferramentas práticas de Gestão Estratégica. No quinto módulo o tema "Direito Societário na Empresa Familiar Rural", será ministrado pelo professor Gustavo Passareli em oito horas, com assuntos como o ambiente regulatório das empresas de capital aberto e fechado, o novo código civil e as implicações para as empresas do agronegócio, aspectos legais do processo sucessório, Direito da família: separação/divórcio/testamento e Lei de falências. No último encontro, ministrado pelo professor Ricardo Velloso, durante oito horas, a temática "Gestão Tributária e Contábil: Desafios da Empresa", será debatida por intermédio de pontos como planejamento tributário, Regimes contábeis, Gestão contábil da atividade agrícola, "Pejotação" da atividade rural - vantagens e desvantagens e o papel da controladoria.
O programa é sem custo para os participantes, tem 64 horas de carga horária e os critérios são ter mais de 18 anos e propriedade rural. Os interessados devem procurar a Famato pelo telefone 3928-4451 ou e-mailpollyana@famato.org.br
O Senar está no Twitter e no Facebook. Siga @senar_mt e curta a Fan Page (http://www.facebook.com/SenarMt) da instituição de ensino rural que está presente em todos os municípios de Mato Grosso, atuando em parceria com os 86 sindicatos rurais. Faz parte do Sistema Famato, assim como a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA-MT).
FONTE: Ascom Aprosoja


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

BOI/CEPEA: Ritmo de negócios segue lento e preços, estáveis

O ritmo de negócios no mercado pecuário não teve alteração significativa nos últimos dias. Assim, os preços também seguiram praticamente estáveis, segundo indicam pesquisas do Cepea. Vendedores esperam valores maiores que os atuais, enquanto frigoríficos se mantêm firmes, tentando reduzir as cotações, devido ao ritmo moderado das vendas de carne no mercado atacadista. O Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa recuou 0,42% entre 8 e 15 de agosto, a R$ 89,66 na quarta-feira, 15. Na parcial de agosto, o Indicador registra baixa de 0,2%.
(Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br )

Wesley Batista (JBS): demanda por carne bovina no país aumentará no 2S /12


O presidente do Grupo JBS, Wesley Batista, disse que a demanda por carne bovina no Brasil vai aumentar no segundo semestre, devido à melhora na economia brasileira. “A demanda pela proteína no País está estável. No primeiro semestre foi marginalmente mais fraca. Mas a economia tem condições de performar melhor, por conta da queda da taxa de juros e até as desonerações feitas e a demanda por carne bovina vai acompanhar esse movimento”, declarou em teleconferência com analistas e investidores.
Já nas exportações, o diretor de Relações com Investidores do Grupo JBS, Jeremiah O’Callaghan, afirmou que o Brasil está recuperando mercado, mas devido ao câmbio os preços podem cair um pouco mais. Segundo ele, no primeiro semestre, os preços praticados da carne bovina brasileira no exterior recuaram 3%, considerado normal pelo executivo, para manter a competividade.
Batista também comentou que as unidades de frangos alugadas da Doux Frangosul estão operando com 90% da capacidade total instalada. “Em julho, estávamos abatendo 800 mil aves/dia e em agosto estamos próximos do 1 milhão aves/dia. A capacidade total das unidades é de 1,1 milhão aves/dia. Vamos ter um bom resultado no negócio de aves, que não reflete a realidade do mercado brasileiro”, declarou.
O presidente da JBS também disse que, com base no objetivo de monetizar os créditos de ICMS em exportação, nos próximos 12 meses, quer diminuir os créditos do imposto dos atuais R$ 1 bilhão para R$ 500 mil.
Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

UE flexibiliza regras da cota Hilton


Brasil aumenta de 4% para 25% o aproveitamento da cota de 10 mil toneladas a que tem direito. Greve tem impacto no volume exportado

Confinamento volta a ser aceito pela UE
Os exportadores brasileiros de carne bovina conseguiram flexibilizar as regras da União Europeia para a Cota Hilton, que agora passa a aceitar também a carne de boi criado em confinamentos. Segundo informações da Associação Brasileira da Indústrias Exportadoras de Carnes, essa mudança poderá provocar um aumento na quantidade de carne exportada pelo Brasil a este mercado, que em geral, pratica preços com ágio mínimo de 20%. A Cota Hilton é uma parcela de exportação de carne bovina sem osso, de alta qualidade e valor, que a UE outorga anualmente a países produtores e exportadores. O gado confinado era vetado por conta da doença da vaca louca. A Argentina é o país que tem maior participação, e também o maior aproveitamento , mais de 92%. O Brasil aproveita pouco desta cota, mas vem  melhorando seu desempenho. Na safra de 2010/2011 (de julho a junho de cada ano) embarcou 450,48 toneladas, ou 4,51% da cota. Nesta safra (2011/2012), conseguiu embarcar 2,562 mil toneladas, elevando o  aproveitamento da cota para 25,6%. A Argentina cumpriu 63,57% da sua cota (que passou para 29,375 mil toneladas); a Austrália, 98,90%; o Uruguai, 99,99%; a Nova Zelândia, 99,97%, e o Paraguai, com a febre aftosa, 36,87%. Os Estados Unidos/Canadá, pelo mesmo motivo do ano anterior, cumpriu 21,82% do total. A dificuldade dos pecuaristas brasileiros em se enquadrarem na cota está no processo de rastreabilidade, exigido para comprovar que o gado foi criado a pasto. Com a queda desta exigência, aumentam as chances de produtores de cria e recria que não estão no sistema.

Greve reduz exportações. A greve dos fiscais agropecuários – vinculados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) -, que já dura 6 dias, impediu o envio de 1.725 toneladas de carne bovina ‘in natura’ congelada para o mercado internacional. As cargas não puderam ser embarcadas porque dependem da certificação necessária para a exportação e estão paradas nas indústrias. Enquanto isso, as empresas vão atingindo sua capacidade máxima para estocagem. Pelo menos duas já chegaram ao limite. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo) Luis Freitas, ainda não é possível mensurar as perdas financeiras. Ainda de acordo com Freitas, não se cogita redirecionar a produção. “Quando você produz carne para o mercado externo é uma carne manipulada de acordo com as exigências de cada cliente. Geralmente é um produto específico para cada mercado. Já há prejuízos”, ponderou.

Fonte: Agência Brasil/Abiec

Crédito/fotos: www.nelorems.org.br

Custo diário para engorda bovina aumenta 22% no MT


Preço do farelo de soja aumentou 122% e do milho subiu 32% entre janeiro e agosto deste ano
 
Custo diário para engorda bovina está 22,2% maior neste mês, em comparação com o mesmo período do ano passado. Dados apresentados no 2º Levantamento de Intenção de Confinamento em Mato Grosso apresentado
pela Acrimat mostram que a despesa diária da engorda corresponde a R$ 5,28 por cabeça em agosto, contra R$ 4,32 por cabeça em igual mês de 2011. Pela mesma base comparativa foi identificada redução de 7,2% no preço da arroba do boi gordo. Enquanto em agosto de 2011 a cotação chegava a R$ 87,15, este mês mantém a média de R$ 80,86. De janeiro a julho deste ano a desvalorização foi de 6%, que alcançaram os patamares de 2010.

Analista do Imea, Daniel Latorraca, observa que o principal influenciador no aumento do custo do confinamento foi a alimentação, que responde atualmente por 72,91% da despesa total diária. No detalhamento dos custos, a alimentação está 34% mais cara em agosto deste ano (R$ 3,85/cabeça/dia) em comparação com 2011 (R$ 2,86/cabeça/dia).

Informações divulgadas anteriormente pelo Imea mostraram que o preço do farelo de soja aumentou 122% e do milho 32% entre janeiro e agosto deste ano. No início do ano, o farelo de soja esteve cotado em R$ 576 (tonelada) e o milho em R$ 18,19 (saca). Neste mês, alcançaram R$ 1,280 mil/t e R$ 24,04/saca, respectivamente. Na composição do concentrado utilizado na nutrição do rebanho, o milho responde por 58% e a soja por 16%.

Abate - Nesta entressafra a disponibilidade de bovinos para o abate deve diminuir por causa da redução no número de animais confinados, mas ainda assim a oferta está garantida, diz o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, acrescentando que até o final do ano devem ser abatidas 5 milhões de cabeças. Portanto, não há motivos para os preços se alterarem no varejo, conclui.

“Nós estamos vendendo a carne mais barata. Agora, o consumidor está comprando mais barato?”. Para o economista especializado em agronegócio, Amado de Oliveira, tanto a oferta quanto a demanda pela carne bovina permanecem estáveis e o cenário nacional é de baixo crescimento econômico, portanto uma elevação nos preços
seria prejudicial. “Se aumentar é por oportunismo”.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sob nova lei, frigoríficos terão de informar preço de animais adquiridos para abate



A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) examina o projeto (PLC 85/2011) que obriga as empresas frigoríficas a informarem diariamente ao Ministério da Agricultura os preços pagos pelos animais adquiridos para abate, informou Agência Senado. Este projeto tem como objetivo conferir maior equilíbrio entre frigoríficos e produtores de carne bovina e suína,
As informações deverão ser fornecidas até cinco dias após o abate e serão mantidas em sigilo, embora os órgãos responsáveis pela inspeção animal possam divulgar dados agregados, desde que seja impossível identificar os informantes.
Além do preço pago pela arroba do animal vivo, os frigoríficos deverão informar o número de animais e o peso médio por lote, discriminados por sexo e idade, com distinção entre rastreados e não rastreados.
A relatora, Senadora Ana Amélia (RS), manteve substitutivo aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde o projeto também foi relatado por ela.
Para a parlamentar, a iniciativa visa dar transparências a informações indispensáveis à tomada de decisão por parte dos pecuaristas.
A nova lei, se for aprovada, oferecerá proteção comercial aos produtores que enfrentam um mercado em que a indústria frigorífica se beneficia do baixo preço pago pelos animais.
FONTE: CARNETEC.COM.BR

Preço ruim, mas ágio bom



Pessoal, já repararam como estão os preços no mercado futuro atualmente? De acordo com a BM&F, o boi com base São Paulo vale aproximadamente 98,50 para o mês de outubro e 99,70 para novembro. Aliás, ilustrarei essa informação com o gráfico da curva dos futuros. Observem:
XXXX Fonte: BM&F/Broadcast/AgriFatto
Reparem que alguns contratos de 2013 já ganharam um valor que o mercado hoje considera justo. Mas isso é papo para outro dia, hoje peço apenas que comecem a notar esse movimento. As colunas que estão em branco ainda não receberam negociação, então ainda não temos referência nesses meses.
Bom, o mercado indica um ágio satisfatório diante das atuais condições do mercado. Temos um mercado físico que em São Paulo trabalha na casa dos R$ 89,28/@ e, enquanto isso, o contrato futuro de outubro indica 98,40 hoje, uma valorização de 10% que, para se concretizar, deveria ocorrer em 55 dias úteis.
Esse ágio é superior à alta média observada em fases de alta de ciclo pecuário quando se considera a valorização safra/entressafra. Essa alta média está em 8%. Em fases de baixa de ciclo, ela se mantém em 1%.
Assim sendo, o mercado teria que subir R$ 0,16/@ todos os dias para chegar à precificação que o mercado futuro indica hoje para o contrato de outubro.
É algo impossível? É claro que não! Já falamos sobre isso, nada é impossível no mercado. O frango, por exemplo, subiu quase 30% apenas no último mês. Entretanto, a situação do mercado de frango estava indicando um ajuste produtivo e provável queda de produção, principalmente após a recente alta dos grãos, o que impacta diretamente a margem. É claro que interfere na margem da pecuária também, mas por enquanto não está faltando boi para os frigoríficos e as escalas estão longas em relação ao mesmo período do ano passado e também do retrasado.
Parece que o reflexo do recente pessimismo sobre o segundo turno do confinamento, combinado com o dólar favorável ao preço internacional da carne brasileira e ao ajuste produtivo das proteínas concorrentes poderá fazer boas coisas pela arroba do boi. Fora isso, estamos na entressafra, parou definitivamente de chover e o boi de pasto já está ficando ralinho, ralinho. Afinal de contas, pessoal, seja fase de alta ou de baixa, a entressafra existe e ponto. Então, a combinação dos fatores indica que realmente veremos esse período típico entrar na função, finalmente! Tem gente que já não aguentava mais.
Mas lembre-se: nada é garantido e mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Apesar de terem me ensinado na escola que é muito feio usar jargões e ditados em textos, não tem nada mais verdadeiro do que essa frase. Todo mundo prefere arriscar ver todos os pássaros voarem. Não fosse isso, o mercado teria travado boi nos 104,00/103,50/102,00, e por aí vai. Não foi o que aconteceu.
Hoje trabalhamos com um mercado físico na casa dos R$ 89,00/@ (!!!) e o que parecia pouco virou apenas uma chance que escapou pelos dedos.
Logicamente, sabemos que não é impossível acontecer uma valorização que faça o boi ultrapassar os 98,00, mas acreditamos que vale enxergar o bom ágio oferecido pelo mercado hoje para garantir parte da produção com futuros ou comprar opções fora do dinheiro, buscando strikes mais “baratos”, mas que ainda assim protejam o custo de produção/margem satisfatoriamente devido a esse ágio interessante.
Esta é uma recomendação que fizemos recentemente aos clientes, achamos ela bastante séria. Não costumamos abrir ao público nossas estratégias mais objetivas, mas hoje abrimos uma exceção. Pra quem não gosta de se envolver com a Bolsa, existe o termo. Pra quem não gosta de ajuste, existem as opções (não só PUT, mas também CALL). Para quem já fez o termo, dá pra combinar a operação com uma CALL, a chamada “ PUT sintética”.
E para aqueles que acharam o papo complicado demais, recomendo ler um pouquinho sobre mercado futuro. Felizmente, ele tem feito cada vez mais parte da realidade do pecuarista e eu garanto: só entende realmente de mercado futuro quem vive a experiência de maneira prática.
Portanto, convido-os a conhecer essa ferramenta fantástica que reduz a volatilidade do resultado ao longo dos anos e normalmente garante uma margem que às vezes vem, mas às vezes não vem como o pecuarista bem sabe. E é aí que a gente passa a amar esse tipo de instrumento, quando ele nos deixa tranquilos enquanto o mercado lá fora está se matando pra manter o caixa no azul. Mas antes de trabalhar com o mercado futuro, é necessário entender a fundo os seus custos, a sua margem e o funcionamento da ferramenta. Caso contrário é frustração certa!