sábado, 22 de dezembro de 2012

Carne Pampa® realiza primeiro abate certificado fora do RS


Após lançar tabela de bonificação para animais Hereford e Braford junto ao Marfrig Group, no último dia 7 de dezembro, o Programa Carne Certificada Pampa® realizou o primeiro abate de animais certificados fora do Rio Grande do Sul. O abate ocorreu dia 14 de dezembro na planta do Marfrig em Bataguassú/MS. Foram dois lotes, um de fêmeas e outro de machos, totalizando 80 animais de propriedade da FSW Agropecuária S.A de Ribas do Rio Pardo/MS.

Segundo o Gerente Executivo do Programa, Guilherme Dias, o abate inaugura uma nova fase do programa de carne certificada. "Se com 12 anos de existência já somos considerados um "case" de sucesso no RS, agora iniciamos nosso trabalho para o restante do Brasil." comemora Dias.

Inicialmente o programa esta certificando em apenas 2 plantas do Marfrig: Promissão/SP e Bataguassú/MS, até o final do ano que vem pretendemos habilitar mais 4 plantas: Paranaíba/MS, Paranatinga/MT, Tangará da Serra/MT e Mineiros/GO. "Hoje o produtor que enviar animais padrão Hereford para as plantas habilitadas já terá a bonificação garantida de até 6% para animais até 4 dentes e com bom acabamento" afirma o gerente.


Confira a nova tabela de bonificação para Sudeste e Centro-Oeste clicando aqui
FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HEREFORD E BRAFORD

RS: ABHB em parceria com frigorífico Silva possuem selo de certificação Garantia de Qualidade da raça Braford e Hereford


Em parceria com o frigorífico Silva e a Associação Brasileira de Hereford e Braford todas as lojas do Rio Grande do Sul já recebem carne bovina 100% certificada .
Trata-se de um projeto pioneiro no varejo brasileiro, pois até então os clientes só encontravam as raças Braford e Hereford nos cortes de churrasco que eram vendidos em peças a vácuo.
A carne proveniente da raça Braford e Hereford possui um padrão de qualidade altíssimo, pois seu marmoreio (porcentagem de gordura entre as fibras da carne é elevado) garantindo assim maciez e sabor, diz Fernando Lopa, presidente da Associação de Brasileira de Hereford e Braford.
A assinatura do contrato foi realizado no recinto de eventos no Frigorífico Silva, em Santa Maria-RS, com a presença dos proprietários do frigorífico, equipe Carrefour e pecuaristas certificados da raça.
fonte:BEEFPOINT

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

BOI GORDO - Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Consultora de Mercado

Boi: demanda por carnes aumenta e ajuda a puxar o preço de referência da arroba em Sâo Paulo. Mas movimento é pontual e não significa fim das pressões negativas sobre os preços.

FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

ESTAMOS COMPRANDO PARA CLIENTE

*ESTAMOS COMEÇANDO A COMPRA DE TERNEIROS NOVOS E LEVES DE DESMAME PRECOCE.
                                foto ilustrativa

MAIORES INFORMAÇÕES COM LUND, PELOS FONES 053.99941513 ou 81113550

O custo da engorda no pasto



A tecnificação vem aumentando, os índices zootécnicos e o rebanho têm sido melhorados, as vendas estão sendo programadas, enfim, são inúmeras as melhorias no sistema de produção da pecuária de corte.

Este é o caminho para uma atividade que vem tendo suas margens cada vez mais testadas. Na agricultura esse processo de intensificação começou há anos. 

Mas falta ainda para o pecuarista saber com certeza quanto custa a produção de uma arroba, assim como um produtor de milho ou soja conhece o custo para produzir uma saca do grão. Pelo menos se imagina que saiba.

O custo de produção da arroba- premissas

Para estimar quanto o pecuarista gastou para produzir uma arroba em 2012, agrupamos os insumos por categoria, a começar pelos custos variáveis, tais como: medicamentos veterinários, gastos com nutrição e insumos para manutenção do pasto. 

O custo de formação da pastagem e os demais custos fixos (depreciação de cerca, cochos, benfeitorias, etc.) também foram considerados.

Na recria/engorda, o bovino entrou no sistema com um ano, pesando aproximadamente sete arrobas e meia (225kg) e depois de dois anos no pasto foi vendido com 17 arrobas (510kg). A cotação corrente no mercado do bezerro de 12 meses em São Paulo adotada foi de R$740,00/cabeça, e o custo de implantação de pasto, segundo o levantamento da Scot Consultoria, foi de R$1,07 mil/ha, referentes a 2010, ano de entrada no sistema.

Para o cálculo do custo e do resultado, foi considerada a inflação de 2011 e de 2012 até novembro. 

Os preços do bezerro e da formação de pasto, operações feitas em 2010, foram deflacionados. Para as demais despesas que aconteceram ao longo do período, aplicou-se a inflação de 2011. 

A cada ano, 2011 e 2012, foram consideradas operações de manutenção das pastagens. Para os preços dos suplementos minerais e proteinados, considerou-se a média do período, já que este insumo é de uso diário.

Para distribuir os custos apurados por bovino, adotamos a lotação de 1 cabeça/ha e a depreciação do pasto em 20 anos. Neste sistema, os custos com pastagem correspondem a 80,2% do total.


Para os gastos com mão de obra (salários e encargos), o terceiro item que mais pesa para o pecuarista no sistema de produção, com 9,9% do total, foi considerado um salário e meio para cada funcionário, reajustados ao longo de dois anos, utilizando a proporção de um vaqueiro para cada mil cabeças e mais um empregado para serviços gerais. Os encargos trabalhistas incidentes são de 70% sobre os vencimentos.

Os componentes com menor participação nos custos do sistema foram os produtos veterinários. O protocolo sanitário básico incluiu duas vacinações de aftosa e duas vermifugações por ano.

Por fim, tem-se o custo de R$82,93 por arroba produzida em pasto em São Paulo em sistema de recria e engorda.


Sendo este animal vendido em 2012, em dezembro, com um peso de 17@ e um preço de R$96,00/@, à vista, o lucro por cabeça foi de R$12,08.


Final

Os custos de produção variam conforme a compra do insumo, região e nível de tecnificação.

Independente do custo de cada propriedade, o importante é medi-lo. 

Isso traduz a atividade em números e assim é possível planejar cada ação com clareza, buscando o melhor resultado econômico possível.

por Alex Santos Lopes da Silva


FONTE: SCOT CONSULTORIA

Aumento no consumo de carne bovina em 2012




A disponibilidade interna de carne bovina entre janeiro e outubro foi estimada em 6,95 milhões de toneladas equivalente carcaça (tec). Este valor é 7,7% maior que a disponibilidade no mesmo período de 2011, de 6,45 milhões de tec.

A disponibilidade interna é a estimativa da carne produzida, somada às importações e excluindo-se as exportações. Define quanta carne ficou disponível no mercado interno.

A figura 1 mostra a disponibilidade interna mensal de carne bovina desde janeiro de 2010.


As maiores quantidades disponíveis no mercado interno, desde o início de 2010, ocorreram em agosto e outubro de 2012. Foram 764,8 mil e 760,3 mil tec, respectivamente.

O prolongamento das chuvas este ano, trazendo a desova de final de safra para agosto, em boa parte do Brasil Central, pode ser a explicação desta maior disponibilidade, devido ao aumento na oferta de animais e abates.

A explicação para o aumento da disponibilidade no acumulado do ano vem do aumento na oferta de fêmeas para abate, devido à fase do ciclo pecuário.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

Principais indicadores do mercado do boi – 20-12-2012


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização de 1,50%, nessa quarta-feira (19) sendo cotado a R$96,51/@. O indicador a prazo foi cotado em R$97,28.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro registrou valorização de 0,56%, cotado a R$705,73/cabeça nessa quarta-feira (19). A margem bruta na reposição foi de R$886,69 e teve valorização de 2,27%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na quarta-feira (19), o dólar foi cotado em R$2,08 com desvalorização de 0,83%. O boi gordo em dólares sofreu valorização de 2,36% sendo cotado a US$46,43. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 19/12/12
O contrato futuro do boi gordo para Jan/13 teve valorização de R$0,32 foi negociado a R$94,50.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para jan/13
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seçãocotações.
No atacado da carne bovina, o equivalente físico manteve-se estável, fechado a R$92,84. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$3,68 e sua variação teve alta de R$1,43 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
FONTE: BEEFPOINT

Cotações do mercado do boi gordo fecham em alta


Frigoríficos paulistas sentiram o encurtamento da oferta de boiadas e aumentaram os preços de balcão para R$ 95,00/arroba.


A maioria dos frigoríficos paulistas sentiu o encurtamento da oferta de boiadas e aumentou os preços de balcão. Segundo levantamento da Scot Consultoria, na quarta, dia 19, em São Paulo, a referência para o animal terminado subiu e fechou em R$ 95,00/arroba, à vista, e R$ 96,00/arroba, a prazo.

Aos poucos, os pecuaristas saem das vendas, o que reduz o fluxo de negócios na maioria das praças pesquisadas. As escalas de abate estão heterogêneas e variam de três a sete dias úteis.

Cenário parecido ocorre em Mato Grosso do Sul, onde foram verificados negócios acima da referência. A arroba em Campo Grande (MS) tem sido negociada por R$ 91,00, a prazo. No atacado de carne com osso, as cotações estão estáveis. A proximidade do período de festas gera especulação, principalmente para as peças de traseiro.

Exportação de carne bovina
Até o dia 10 de dezembro, o Brasil exportou 46,6 mil toneladas de carne bovina in natura, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume representa 56,3% do total embarcado durante todo o mês passado e 73,9% na comparação com o total de dezembro de 2011.

Assim, mesmo com as especulações no mercado externo, causadas pela questão dos beta-agonistas levantada pela Rússia e do achado priônico, o volume embarcado até o momento vem apresentando bons resultados.

As exportações de carne bovina de Rondônia, considerando in natura e industrializada, somaram 9,1 mil toneladas equivalente carcaça (tec), em novembro deste ano. O valor representa uma queda de 18,1% em relação ao mês anterior, quando foram embarcadas 11,1 mil tec.

Na comparação com o mesmo período do ano passado houve aumento de 82,3%. Naquele mês foram exportadas cinco mil tec. O faturamento ficou em US$ 32,5 milhões, 17% menos que o registrado em outubro último (US$ 39,1 milhões) e 83,1% mais em relação a novembro do ano passado (US$ 17,7 milhões).


Fonte: Scot consultoria 

Abrafrigo prevê perda de US$ 20 milhões por mês com vaca louca


Seis países já suspenderam compras de carne bovina brasileira

 
Editora Globo
Caso não clássico de vaca louca ocorreu há dois anos em Sertanópolis, no Paraná
Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) disse nesta quarta-feira (19/12) que os embargos à carne bovina brasileira anunciados até o momento - Japão, África do Sul, Arábia Saudita, China, Egito (somente para o Paraná) e Coreia do Sul - podem gerar perdas em receita cambial deUS$ 20 milhões ao mês. O presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar, disse em comunicado que, de janeiro a outubro de 2012, o País exportou 1,029 milhão de toneladas de carne bovina, com negócios de US$ 4,75 bilhões. 

Desde o anúncio do caso não clássico de vaca louca que ocorreu há dois anos em uma fazenda localizada no município em Sertanópolis, no Paraná, vários países suspenderam a compra de carne bovina do Brasil para tentar baixar o preço. A vaca morreu há dois anos por outras causas e não por EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina, nome científico da doença), mas o Ministério da Agriculturademorou a divulgar o exame. Além dos seis países que já suspenderam as importações de carne bovina, na Venezuela, os fazendeiros pediram a suspensão da compra de carne bovina congelada e de gado em pé do Brasil até que haja um estudo sobre os riscos de contaminação da vaca louca 
"Os volumes exportados pelos seis países, considerando-se que o Egito restringiu apenas o Estado do Paraná, é de 44,4 mil toneladas, representando um faturamento de US$ 198,3 milhões, o que corresponde a uma participação porcentual de 4,32% no volume e 4,17% no valor das vendas", explicou Salazar na nota.
Boa receptividade 

O comunicado divulgado pela Abrafrigo vem apesar de o Ministério da Agricultura ter dado boas notícias sobre o assunto, também nesta quarta-feira. Após reunião de técnicos do governo com representantes de 25 países, na sede da Organização Mundial de Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça, os brasileiros relataram que ficaram satisfeitoscom a receptividade dos diplomatas às explicações sobre o caso. 

O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques, apresentou aos diplomatas o relato sobre a confirmação da presença da proteína responsável pela EEB numa matriz que teve morte súbita em dezembro de 2010, sem apresentar sintomas da enfermidade. 

No encontro, Marques relatou que o serviço brasileiro de defesa agropecuária atua conforme as exigências das normas internacionais de saúde animal e está capacitado para responder ao desafio que a questão sanitária exige". OMinistério da Agricultura informou que os diplomatas "gostaram da transparência e franqueza". 

Entre os representantes das 25 nações que participaram do encontro estavam diplomatas de países que suspenderam as importações de carne bovina por temores em relação ao caso da vaca louca, como China, Coreia do Sul e Japão, além de Rússia, Estados Unidos, Austrália, Argentina e Indonésia, importantes países importadores carne bovina brasileira.
FONTE:Globo Rural On-line, com informações de agências de notícias

Preços menores têm gerado retenção no mercado do boi gordo


Embora nos preços menores o mercado trave, as tentativas de compra abaixo da referência se mantêm.

Em São Paulo os negócios com o boi gordo ocorrem em R$94,00/@, à vista.

Mesmo com o menor ritmo de negócios devido à pressão de baixa, as escalas têm se mantido. As programações atendem, em média, cinco dias úteis.

Após os recuos de preços nos últimos dias, sem oferta coerente, os frigoríficos aumentaram as ofertas de compra no Sul de Goiás e em Dourados-MS.

Nestas regiões os machos terminados têm sido negociados por R$86,00/@ e R$88,00/@, à vista, respectivamente.

Há relatos de retenção de animais terminados. As pastagens permitem que o pecuarista mantenha o gado em engorda, à espera de preços melhores.

No mercado atacadista de carne com osso as cotações estão estáveis e a movimentação aquém da esperada.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Programa Melhor Carne é debatido em reunião na Secretaria da Agricultura



O Programa de Valorização da Carne Gaúcha - Melhor Carne deu um importante passo nesta terça-feira (18). Durante reunião da Câmara Setorial da Carne, representantes dos variados segmentos da cadeia produtiva concordaram majoritariamente com a proposta de criação de um instituto privado e um fundo público que executariam e financiariam, respectivamente, os projetos e políticas que integrarão o programa.

O programa vem sendo trabalhado desde julho de 2011, quando houve o planejamento estratégico da Câmara Setorial e ocorreu a criação de grupos de trabalho para apresentar ideias de formatação da iniciativa. O objetivo é aumentar a produção da carne de qualidade do Rio Grande do Sul, visando a conquista dos melhores mercados e, em consequência, uma maior remuneração para o produtor e geração de mais divisas para a economia gaúcha.

"Foi uma reunião nota dez", avaliou o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Luiz Fernando Mainardi. Segundo ele, embora ainda existam alguns pontos que precisam ser melhor debatidos, foi possível perceber que há consenso com relação ao formato do programa. "Concordamos com os instrumentos", resumiu.

Na opinião da coordenadora da Câmara Setorial da Carne, Anna Suñe, o avanço é concreto. "Hoje já não estamos discutindo mais se vamos ou não implantar o Instituto da Carne e o Fundo, mas sim como implementar", finalizou.

Os representantes dos produtores e da indústria que se manifestaram afirmaram que concordam em contribuir com o financiamento de ações como a manutenção do sistema de identificação individual do rebanho, implementação de assistência técnica e promoção da carne gaúcha. Mas, querem discutir os percentuais e são contrários que estes recursos sejam depositados no caixa único do Estado.

O presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Rio Grande do Sul (Sicadergs), Ronei Lauxen, afirmou que a indústria da carne está disposta a destinar contribuição para a formação do fundo, desde que na mesma proporção dos produtores, mas não se dispõe a arrecadar a contribuição destes para repasse posterior.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Sperotto, disse que a ideia apresentada é boa, mas que há necessidade de se debater a gestão dos recursos. "O tema ainda precisa ser amadurecido", concluiu o presidente da entidade.

Texto: Marcos Pérez
Edição: Redação Secom

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

VIDEO CARNE ANGUS CERTIFICADA

fonte : YOUTUBE

Daniel Freire comenta sobre a exportação de bovinos vivos no Brasil




Daniel Freire é economista, pecuarista e presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG).

Scot Consultoria: A entrada na fase de baixa do ciclo pecuário evidencia uma maior oferta de animais terminados. Sendo assim, o senhor espera que o pecuarista procure mais a opção de exportação do animal vivo?

Daniel Freire: A exportação de gado vivo sempre será uma opção de comercialização para os pecuaristas, independente da fase do ciclo que se esteja atravessando.

O Brasil é um país de proporções muito grandes, logo, podemos observar diferentes patamares de oferta de animais e preços, em um mesmo período, nas diversas praças pecuárias. O que pode ocorrer é que, se o preço da arroba cair muito em certa região, a exportação dos animais pode se tornar uma alternativa mais atraente para o pecuarista.



Scot Consultoria: O Pará é o principal estado exportador de bovinos vivos. Existe algum incentivo para este estado ser o maior exportador?

Daniel Freire: O Pará é líder em exportação de gado vivo devido a alguns fatores. Primeiro, seu rebanho bovino possui vinte milhões de cabeças, quase três vezes maior que sua população. O valor da arroba do boi gordo geralmente é mais barato do que a média nacional.

O estado está mais próximo dos maiores destinos de exportação brasileiros de bovinos vivos, que são a Venezuela e o Oriente Médio. Devido a esta proximidade, o gado produzido em outros estados, como Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais, entre outros, são exportados por portos paraenses. Por fim, o rebanho de bovinos machos do estado tem, por tradição, ser abatido inteiro, e este tipo de boi é preferido por mercados como Oriente Médio.



Scot Consultoria: Em 2012 houve uma tentativa de taxação às exportações de bovinos vivos. Você acredita que em 2013 haverá maior pressão para esta taxação?

Daniel Freire: Realmente houve uma petição protocolada na Câmara de Comércio Exterior (Camex) solicitando a taxação da exportação de bovinos vivos que, após análise dos sete Ministérios que compõem a mesa, foi indeferida e arquivada, provando que a atividade agrega muito para o agronegócio brasileiro.

Quanto às novas pressões, imaginamos que o melhor caminho seria o do diálogo e da união. Por vezes, desentendimentos devidos à exportação de bovinos vivos acontecem por falta de conhecimento do nosso negócio. Quando temos a oportunidade de esclarecê-lo, mostramos que a exportação é boa para todos, inclusive para o futuro da própria pecuária.



Scot Consultoria: Analisando a atual conjuntura do mercado, o que podemos esperar das exportações de bovinos vivos para 2013?


Daniel Freire: A expectativa para o próximo ano é de que se mantenham nos níveis de 2012, pois a Venezuela, nosso maior importador, poderá desvalorizar sua moeda, o que tornaria o produto brasileiro mais caro. A contrapartida é que o Brasil está abrindo novos mercados de exportação de bovinos, que podem compensar esta possível perda vinda da Venezuela.



Scot Consultoria: A exportação de bovinos vivos concorre com os demais elos da cadeia da carne bovina e, consequentemente, com o próprio abastecimento de carne?

Daniel Freire: A exportação de gado vivo é, e sempre será, um nicho de mercado que não tende, em circunstâncias normais, a ultrapassar em torno de 500 mil cabeças exportadas por ano, ou seja, menos de 2% do abate certificado nacional e bem inferior até do que o abate clandestino, este sim muito prejudicial à cadeia da carne bovina em comparação com a exportação do bovino vivo.

A exportação de gado vivo é um mercado que sempre existirá, em maior ou menor proporção, e atuando de forma descolada do mercado da carne bovina. Para exemplificar, mesmo países que são tradicionais importadores de carne bovina, como França, Espanha, Alemanha e Estados Unidos, são também exportares de gado vivo, um produto com muito valor agregado, ao contrário do que muitos pensam.

fonte: SCOT CONSULTORIA

Boi gordo: a pressão de baixa tem travado os negócios


Segundo levantamento da Scot Consultoria, nesta sexta-feira (14/12) a maioria das indústrias fazia ofertas de balcão a preços menores que no início daquela semana, o que travava o mercado.

Em São Paulo, a referência para o boi gordo fechou em R$94,50/@, à vista, e R$96,00/@, a prazo.

A disponibilidade de boiadas permite que as programações evoluam sem dificuldades.

Este fator, somado ao desempenho fraco das vendas de carne no atacado, colabora com a pressão baixista.

A situação ocorre na maior parte do país. Destaque para o Triângulo Mineiro e o Sul de Goiás, onde os animais terminados estão cotados em R$88,00/@ e R$86,00/@, à vista, respectivamente.

Nos últimos oito dias, a arroba nestas praças recuou 5,4% e 5,5%. Figura 1.


No mercado atacadista de carne com osso há dificuldade de escoamento do produto, principalmente para as peças de dianteiro.

Rússia poderá impor restrições à carne bovina do Brasil por Estado


A Rússia não deve proibir todas as importações de carne bovina do Brasil devido ao caso "atípico" de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), causadora da "vaca louca", disse o diretor do serviço veterinário e fitossanitário russo nesta segunda-feira.

"Estamos analisando os dados agora, mas não temos razão suficiente para impor restrições em todo o país", disse Sergei Dankvert à Reuters, em intervalo de reunião com diplomatas italianos.

A China e a África do Sul informaram o Brasil na semana passada que estavam suspendendo as importações de carne do maior exportador mundial, após preocupações por conta de um caso "atípico" da EEB.

Dankvert disse que caso as restrições sejam impostas, elas devem ser aplicadas ao Estado de origem da amostra.

A Rússia está monitorando a carne suína e bovina importada dos Estados Unidos para ractopamina, um aditivo incluído na ração, mas não recusou nenhum carregamento de carne desde que começou o sistema de monitoramento, acrescentou Dankvert.

Egito, terceiro mercado do Brasil, suspende compra de carne


Por AFP
Egito e Arábia Saudita, dois dos maiores mercados de carne bovina do Brasil, suspenderam suas importações do produto em razão de um caso da doença da "vaca louca" no país, informaram as autoridades brasileiras à AFP nesta segunda-feira.
Os dois países, que ocupam a terceira e a décima posição entre os principais importadores da carne bovina brasileira, notificaram sua decisão as autoridades em Brasília, revelou uma funcionária do Itamaraty, que pediu para não ser identificada.
Na semana passada, Japão, China e África do Sul já haviam adotado a mesma decisão, o que eleva a cinco o número de países que suspenderam as importações de carne bovina do Brasil, um dos principais exportadores do produto.
A suspensão das importações foi provocada pelo anúncio do governo, no dia 7 de dezembro, de um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), mais conhecido como doença da "vaca louca".
O caso, que segundo o governo brasileiro e as autoridades veterinárias internacionais não representa qualquer risco para a saúde humana ou a higiene animal, foi detectado em uma rês que morreu em 2010 no Paraná.
Os importadores de carne brasileira atuaram de forma preventiva, apesar dos esforços de Brasília para evitar um efeito dominó contra as exportações de carne.
As exportações de carne do Brasil somaram 1,1 milhão de toneladas entre janeiro e outubro de 2012, tendo a Rússia como primeiro mercado, seguida por Hong Kong e Egito.

O fantasma da vaca louca assombra mais uma vez


 A notícia da morte de uma fêmea bovina no Paraná em 2010, divulgada no último dia 6, que continha o príon, agente patogênico da "vaca louca", a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), tumultuou os mercados interno e externo. Vale ressaltar que, de acordo com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), não houve manifestação clínica da doença e, muito menos, esta foi a causa de morte do animal. Segundo o ministério, o país não tem o mal da “vaca louca”. Um caso semelhante ocorreu nos Estados Unidos recentemente, sem grandes prejuízos ou disseminação da doença.

“Trata-se, portanto, de um caso antigo e o episódio não reflete risco algum à saúde pública ou à sanidade animal, já que o bovino não morreu em função da doença”, explica a gerente técnica da Informa Economics FNP, Nadia Alcantara. No mesmo dia, em comunicado oficial, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) manteve a classificação do Brasil como país de risco “insignificante” para EEB.

O Brasil nunca registrou casos de “vaca louca”, pois, além de ter a maior parte do seu rebanho criado a pasto, aplica medidas recomendadas internacionalmente de vigilância e de mitigação de risco, no intervalo mínimo solicitado pela OIE. Nos últimos anos, também não houve nenhuma importação de bovinos vivos ou de farinha de ruminantes de países considerados de risco para a doença.

Em maio deste ano, a OIE anunciou a mudança de status do Brasil para a doença da vaca louca, passando de risco “controlado” para “insignificante”, integrando um grupo seleto de 15 países.

Pressão nos preços

Mas, por mais que este caso não tenha grandes impactos sanitários, ele não deve impedir que os importadores pressionem os brasileiros por preços mais baixos pela carne nacional. E, mesmo que ainda nenhum importador de peso tenha restringido a carne bovina brasileira em seus mercados, o Ministério da Agricultura e os frigoríficos não escondem suas preocupações, principalmente com relação à Rússia, ao Irã e ao Egito.

No dia 10, o Japão suspendeu provisoriamente as importações de produtos de carne do Brasil, apenas por alguns dias, até que seus técnicos avaliem o caso. Na carona com o Japão, China e África do Sul também barraram os embarques brasileiros temporariamente. “O impacto não será significativo porque esses mercados compram um volume muito pequeno de carne bovina brasileira”, diz Alcantara. “O que nos preocupa é a imagem do país lá fora”, acrescenta. O Mapa afirmou estar articulado para esclarecer o ocorrido aos importadores. Na próxima semana, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Ênio Marques, viaja para Genebra, na Suíça, onde se reunirá com diplomatas brasileiros que atuam junto à Organização Mundial de Comércio (OMC), para repassar informações sobre a constatação da presença do príon.

Na avaliação da FNP, alguns parceiros comerciais utilizam esse episódio para derrubar os preços. No entanto, não é fácil conseguir o produto de outros lugares, já que o mercado internacional está bem ajustado. “Os grandes fornecedores de carne bovina, os norte-americanos e australianos, foram penalizados por problemas climáticos, o que deixa o Brasil mais competitivo”, pondera Alcantara.

História

A doença da "vaca louca" é uma infecção degenerativa do sistema central dos bovinos que começou no Reino Unido, identificada pela primeira vez em 1986, em decorrência do uso de farinhas feitas a partir de restos animais na alimentação dos bovinos, e provocou no homem uma variante da doença, a síndrome de Creutzfeldt-Jakob, causando dezenas de mortes na Europa. Em 1992, houve 36 mil casos diagnosticados do mal na Grã-Bretanha, o auge de uma epidemia da doença no país. Vinte e nove casos foram diagnosticados em todo o mundo em 2011, segundo o American Meat Institute. Geralmente, a doença aparece mais tarde na vida e tem um curso rápido, de acordo com o National Institutes of Health.

Conforme o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), não há nenhuma evidência científica que sugira que leite e produtos lácteos carreguem o agente causador da EEB. Além disso, carne de músculo não contaminada, como bifes, carne moída e outros produtos, são considerados seguros

FONTE: FNP