sábado, 10 de março de 2018
BRASIL PODE SER MAIOR EXPORTADOR DE GADO VIVO DO MUNDO
Com demanda global aquecida, analistas acreditam que o País pode embarcar mais de 1 milhão de cabeças nos próximos anos e assumir liderança desse mercado Após sofrer uma baixa histórica em 2015, as exportações de gado vivo registraram em 2017 o seu segundo ano consecutivo de crescimento. Depois de ver seu até então principal cliente, Venezuela, ser assolada por uma crise econômica que perdura até os dias de hoje, o Brasil saiu à procura de novos importadores e encontrou na Turquia o parceiro ideal. Desde 2016 os turcos são clientes frequentes do Brasil e no ano passado foram responsáveis por 55,2% da exportações brasileiras de gado em pé. “A Turquia era conhecida por ser um comprador esporádico, mas há alguns anos viu no Brasil a disponibilidade da matéria prima que precisava”, destacou a analista da Scot Consultoria, Isabella Camargo. Atualmente, o Brasil é o quinto maior exportador de gado vivo do mundo. No ano passado o País exportou 400.664 cabeças, alta de 41,9% em relação à quantidade de animais embarcados em 2016. O líder do segmento é o México, que em 2017 exportou 1.200.000 animais. Toda a exportação mexicana foi absorvida pelos EUA. A União Europeia ficou em segundo lugar neste mercado, tendo comercializado 1.000.000 animais no ano passado. O terceiro lugar é ocupado pela Austrália, que embarcou 800.000 animais em 2017, e em quarto lugar ficou o Canadá, com 665.000 cabeças embarcadas. De acordo com o analista Rodrigo Albuquerque, da NF2R, a demanda aquecida pela compra de gado vivo em todo o mundo é crescente e o Brasil pode ampliar a sua participação nesse mercado, tornando-se o maior exportador mundial em um curto espaço de tempo. “Temos totais condições de exportar mais de 1 milhão de cabeças por ano e assumir o topo do ranking desse mercado”, destacou. Como prova do crescimento desse tipo de comercialização, Albuquerque destaca a distribuição dos embarques no Brasil. “Antes éramos restritos ao Pará. Agora temos uma grande quantidade de animais saindo via RS e SP”, disse. Desafios – Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, também vê potencial para que o Brasil se torne o maior exportador desse mercado. No entanto, ele ressalta que a localização geográfica pode ser um grande entrave. “Os principais importadores desse mercado estão na Ásia e o Oriente Médio, o que faz com que a Austrália se beneficie diretamente dessa demanda”. Para manter o ritmo atual de crescimento, Isabella Camargo vê como essencial a abertura de novos mercados para que o país tenha um leque maior de compradores e consiga reduzir a dependência da Turquia. “Nunca é bom estar vinculado a um só cliente, pois caso ele passe por problemas econômicos as exportações serão comprometidas”, concluiu a analista. Outro desafio a ser superado pelo setor é a questão jurídica, evidenciada no Porto de Santos, SP, no fim de janeiro. Na ocasião, um navio com 27.000 bois foi impedido de deixar o porto após uma ação judicial de maus tratos promovida pelo Fórum Nacional de Proteção e Bem Estar Animal. O imbróglio levantou uma série de discussões relacionadas a bem-estar animal. “O Brasil precisa otimizar e reformular os procedimentos internos e regulamentá-los o quanto antes junto a organizações internacionais. Só assim seremos capazes de solucionar essa insegurança jurídica e seremos capazes de nos tornar os maiores exportadores de gado vivo do mundo”, opinou Rodrigo Albuquerque Em meio a esse cenário, as exportações de gado vivo iniciaram 2018 a todo vapor e a expectativa é que a atividade cresça consideravelmente no acumulado do ano. De acordo com informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro e fevereiro deste ano o Brasil embarcou 97.173 animais. No mesmo período no ano anterior, o País havia exportado apenas 3.000 cabeças.
fonte:Via Portal DBO
Postado por
Eduardo Lund / Lund Negócios
às
21:08
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Variacão de preço do kg do boi gordo no mês de fevereiro 2018
O comportamento dos preços do gado gordo, durante o mês de fevereiro, praticamente não sofreu variações expressivas, ainda que tenha ocorrido uma majoração na ordem de 1,8% tanto para o boi quanto para a vaca comercializados no kg vivo. Já para a modalidade a rendimento (kg de carcaça), o boi teve um leve recuo e a vaca manteve-se nos mesmos patamares do mês de janeiro. Pelo segundo mês consecutivo, o boi não ultrapassou a barreira dos 5,00 R$/kg vivo. O cenário é de estabilidade, mas com preços nominais moderados, o que explica a diferença de 12% entre os valores pagos pelo boi em relação à vaca quando analisa-se o mercado no kg vivo. Mesmo com as sinalizações do aumento da atividade econômica, essa conjuntura ainda não repercutiu no consumo de carne e, além disso, o bom momento das exportações não consegue impactar positivamente os preços no mercado. Esse fator, associado a outros apontados em análises anteriores, configuram um cenário estável, mas que, de certa forma, coloca os pecuaristas numa atitude mais conservadora para investirem em tecnologias voltadas para a alimentação do gado no período de inverno. De uma forma inexplicável dentro das leis do mercado, poderá fazer com que os preços do gado gordo sejam majorados em decorrência do aumento de preço das categorias de reposição, pois estas vem “empurrando” o terminador. Esta sinalização faz com que o terminador busque exercer alguma força frente aos frigoríficos, melhorando a qualidade de acabamento do gado ou aumentando o peso vivo. Para o mês de março, com uma boa oferta de gado gordo não é esperada uma alteração dos preços dos animais para abate.
fonte: Nespro
Postado por
Eduardo Lund / Lund Negócios
às
20:44
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
terça-feira, 6 de março de 2018
Principais indicadores do mercado do boi –05-03-2018
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
02/03/18 | Diferença | |||
01/Mar | 23/Fev | 30/Jan/18 | ||
Boi Gordo – Esalq/BM&F à vista | R$ 145,40 | 0,28% | -0,68% | -0,17% |
Bezerro – Esalq/BM&F à vista | R$ 1.206,51 | -0,05% | -1,01% | 5,39% |
Margem bruta na reposição | R$ 1.192,59 | 0,61% | -0,35% | -5,23% |
Boi Gordo – em dólares | US$ 44,59 | 0,29% | -1,28% | -3,09% |
Dólar | R$ 3,26 | -0,02% | 0,61% | 3,01% |
Fonte: Esalq/BM&F, Bacen, elaboração BeefPoint |
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo apresentou alta de 0,28%, nessa sexta-feira (02) sendo cotado a R$ 145,40/@. O indicador a prazo foi fechado em R$ 145,40.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro apresentou baixa de 0,05%, cotado a R$ 1206,51/cabeça nessa sexta-feira (02). A margem bruta na reposição foi de R$ 1192,59 e apresentou alta de 0,61%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na sexta-feira (02), o dólar apresentou baixa de 0,02% e foi cotado em R$ 3,26. O boi gordo em dólares registrou valorização de 0,29%, sendo cotado a US$ 44,59. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 02/03/18
Vencimento | Fechamento | Diferença do dia anterior | Contratos em aberto | Contratos negociados | |
Mar/18 | 145,80 | 0,30 | 1.164 | 96 | |
Abr/18 | 145,35 | 0,10 | 66 | 0 | |
Mai/18 | 144,85 | 0,25 | 3.303 | 127 | |
Jun/18 | 145,95 | 0,25 | 9 | 0 | |
Jul/18 | 147,70 | 0,10 | 63 | 0 | |
Ago/18 | 149,65 | 0,10 | 0 | 0 | |
Set/18 | 150,00 | -0,10 | 1 | 0 | |
Out/18 | 151,65 | 0,10 | 1.952 | 0 | |
Nov/18 | 152,25 | 0,10 | 10 | 0 | |
Dez/18 | 151,40 | 0,25 | 80 | 0 | |
Jan/19 | 151,40 | 0,25 | 15 | 0 | |
Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&F – Estado de SP | Indicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F – Estado de MS | ||||
Data | À vista R$/@ | A prazo R$/@ | Data | À vista R$/cabeça | A prazo R$/cabeça |
22/02/18 | 146,60 | 147,89 | 22/02/18 | 1202,55 | 1203,54 |
23/02/18 | 146,40 | 147,63 | 23/02/18 | 1218,79 | 1203,54 |
26/02/18 | 145,90 | 146,99 | 26/02/18 | 1235,15 | 1232,65 |
27/02/18 | 146,00 | 147,35 | 27/02/18 | 1213,83 | 1248,33 |
28/02/18 | 145,15 | 145,74 | 28/02/18 | 1205,24 | 1212,44 |
01/03/18 | 145,00 | 145,69 | 01/03/18 | 1207,10 | 1220,86 |
02/03/18 | 145,40 | 145,40 | 02/03/18 | 1206,51 | 1220,86 |
Fonte: Esalq/BM&F, elaboração BeefPoint. |
O contrato futuro do boi gordo para mar/18 apresentou alta de R$ 0,30 e foi negociado a R$ 145,80 em relação ao dia anterior.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para mar/18
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
02/03/18 | Diferença | |||
01/Mar | 23/Fev | 30/Jan/18 | ||
Traseiro (1×1) | R$ 11,50 | 0,00% | 0,88% | 0,00% |
Dianteiro (1×1) | R$ 7,50 | 0,00% | 0,00% | 11,94% |
Ponta Agulha | R$ 7,50 | 0,00% | 0,00% | 17,19% |
Equiv. Físico | R$ 141,30 | 0,00% | 0,51% | 5,08% |
Spread Eq. Físico/Esalq | -R$ 4,10 | -10,81% | 29,55% | 63,33% |
Fonte: Boletim Intercarnes, elaboração BeefPoint |
No atacado da carne bovina, o equivalente físico foi fechado a R$ 141,30. O spread (diferença) entre os valores da carne no atacado e do indicador do boi gordo foi de -R$ 4,10 e apresentou baixa de R$ 0,40 em relação ao dia anterior. Conforme mostra a tabela acima.
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
O Spread é a diferença entre os valores da carne no atacado e do Indicador do boi gordo. Desta forma, um Spread positivo significa que a carne vendida no atacado está com valor superior ao do boi comprado pela indústria, deixando assim esta margem bruta positiva e oferecendo suporte ou potencial de alta para o Indicador, por exemplo.
fonte: BeefPoint
Postado por
Eduardo Lund / Lund Negócios
às
09:28
0
comentários
Enviar por e-mailPostar no blog!Compartilhar no XCompartilhar no FacebookCompartilhar com o Pinterest
Assinar:
Postagens (Atom)