quarta-feira, 27 de setembro de 2017
Temporada para bons negócios no campo
Segundo especialistas, momento é bom para médio e longo prazo na pecuária bovina de corte no Estado /JONATHAN HECKLER/JC
Thiago Copetti
A atual temporada de leilões de gado movimenta os campos gaúchos especialmente com terneiros, terneiras, ventres e com alta qualidade genética sendo negociada nas pistas. Neste ano, os chamados remates de primavera têm perspectivas de retomada dos preços, por mais de um motivo, e se transformam em um local de bons negócios após meses de turbulência no setor. De agora até dezembro, são mais de trinta feiras e exposições de gado registradas no calendário oficial de eventos do agronegócio do Estado.
Uma pequena redução no número de animais ofertados e de feiras (quatro a menos ante 2016) deve ajudar a elevar a cotação marcada pela queda acelerada no primeiro semestre após crises nas exportações, operação Carne Fraca, JBS e o mercado interno fraco. A retomada da economia e a recuperação de negócios internacionais, porém, geraram ambiente positivo no segundo semestre.
Para o economista da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz, o momento é bom para os negócios de longo e médio prazos. "Quem compra agora está pagando um bom preço por um produto que certamente vai se valorizar, seja pensando no terneiro para engorda, que tem retorno em dois anos, seja para compra de reprodutores, cujo investimento é para quatro anos. Chegamos ao fundo do poço em termos de preço, então é certo que vai melhorar", diz Luz.
A temporada de remates de primavera é uma característica bem específica do Sul do Brasil e tem tudo para encerrar 2017 com os criadores com ânimos renovados para os projetos de 2018, diz o especialista em pecuária da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. No mercado paulista, que é referência nacional, o preço da arroba subiu de R$ 125,00 no primeiro semestre deste ano para os atuais R$ 145,00. "Como o Rio Grande do Sul foi menos afetado antes, agora tem preços ainda estáveis, mas com tendência de alta", avalia Iglesias.
A tradição gaúcha dos remates de primavera tem, entre outras raízes, serem realizados no período em que o produtor gaúcho começa a vender o gado para abrir espaço às lavouras de verão, especialmente para a soja. No Sudeste, segue-se o trabalho, mas com o gado confinado (nada comum por aqui, onde predomina a criação a campo). No interior do Estado, feiras e exposições de gado em pequenas cidades representam esse ritmo mais rápido do último trimestre do ano para a pecuária. De agora até dezembro o consumo de carne também aumenta significativamente com as festas de final de ano, acelerando os abates.
Do calendário oficial de eventos do Estado se destacam algumas feiras pela antiguidade, como a Farm Show, de Dom Pedrito, e a Expofeira de Santa Vitória do Palmar, ambas com mais de oitenta anos de história. Já a Expolavras é apontada como a maior em número de animais para negócio - nesta edição, deve superar as 4,5 mil cabeças.
Pablo Charão, responsável pelo Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, lembra que, normalmente, as feiras regionais têm alta concentração de compradores, muito acima do que ocorre, por exemplo, na Expointer. É nos remates do Interior que deve ocorrer o aquecimento esperado, mas não registrado, neste ano em Esteio. "As feiras locais são muito valorizadas, tem produtor que prioriza comprar próximo da propriedade, pois reduz custo com frete. A Expointer muitas vezes é apenas a vitrine dos negócios que depois serão feitas localmente", explica Charão.
Alguns destaques da temporada de remates
83ª Farm Show, em Dom Pedrito (19 a 30 de outubro) A feira tem como uma das marcas remates de grandes cabanas e propriedades rurais, com destaque para a genética, com Guatambu, Alvorada e Caty (19/10) , Rincão da Figura e parceiros (21/10), Agropecuária Quiri (26/10), Santa Thereza (27/10), Wolf Genética & Pitangueira (27/10), Barragem e Cabanha Don Angélico (28/10), além de leilões de cavalos crioulos. 86º Expofeira de Santa Vitória do Palmar (17 a 24 de outubro) Além de leilões tradicionais da feira, como do Núcleo Fronteira Sul de Hereford e Braford (19/07), Mauá e Charrua, Só Angus, LGranja Coronilha e Gado Leiteiro (21/10), estâncias Tamanca e Rincão (24/10), a feira conta com dois novos eventos, da Granja Coronilha com hereford e angus e remate de novilhas selecionadas do Cite 73 (17/10). Expolavras, em Lavras do Sul, de 2 a 7 de novembro Tem entre as principais atrações as feiras de terneiros, terneiras e ventres, realizados desde antes do evento, e com mais de 2 mil cabeças sendo ofertadas em um único remate, em alguns anos. No dia 2 de outubro, por exemplo, ocorre a primeira etapa da Feira de Primavera, que tem sequência dentro do evento, no dia 7/11. Os remates também correm nos dias 2/11 (seleção brangus), 4/11 (ventres), 5/11 (touros e cavalos crioulos).
Veja lista completa em www.agricultura.rs.gov.br/exposicoes-e-feiras. -
fonte: Jornal do Comércio
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segunda-feira, 25 de setembro de 2017
Executivos do Marfrig anunciam exportação para os Estados Unidos
A Prefeita Cleni Paz da Silva recebeu na manhã de quinta-feira (21), a visita dos Executivos do Marfrig, Silvio Geddel Trindade, Gerente Comercial e Pedro Sacco, coordenador Administrativo.
Os executivos conversaram com a Prefeita sobre o retorno das atividades do frigorífico nestes 20 primeiros dias de operação e também trataram, informalmente, sobre a possibilidade de o frigorífico exportar para os Estados Unidos, solicitando apoio do Executivo Municipal nos trâmites das negociações.
Ainda de acordo com os executivos, a retomada das atividades está sendo bem sucedida, com 60% do abate do frigorífico sendo realizado no município.
fonte: Alegrete Tudo
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Leilão da GAP Genética supera os mil animais vendidos
Referência para a temporada de primavera da pecuária gaúcha, o leilão da GAP Genética ocorreu neste domingo, 24 de setembro, na Estância São Pedro, em Uruguaiana (RS), onde foram recebidos diversos criadores e compradores em um dos mais tradicionais remates do Brasil no evento que disponibilizou genética das raças Angus, Brangus, Hereford e Braford, além de equinos da raça Crioula.
As médias registradas por raça tiveram o Brangus com média de R$ 3,64 mil nas fêmeas e R$ 10,73 mil nos machos, seguido da raça Braford, com R$ 10,26 mil nos touros e R$ 4,1 mil nos ventres. Já a raça Hereford teve média de R$ 8,42 mil nos touros e R$ 4,31 mil nas fêmeas, enquanto a raça Angus chegou à média de R$ 8,37 mil na venda de touros e R$ 3,6 mil nos ventres. No Cavalo Crioulo, a média de comercialização foi de R$ 22,26 mil.
De acordo com o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, que conduziu a parte das vendas de bovinos do dia juntamente com Gonçalo Silva, que ficou com a comercialização de equinos, as médias registradas no remate foram o grande destaque do evento. “O leilão foi uma surpresa absoluta, especialmente com destaque para a raça Brangus. No total foram 1.017 animais vendidos”, salientou.
O grande destaque da comercialização foi a venda do touro da raça Brangus Combate, comercializado a R$ 36 mil. Nos equinos da raça Crioula, a maior venda ficou por conta de da égua Ricoleta de São Pedro, com o valor de R$ 100 mil.
fonte: Trajano Silva
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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