sexta-feira, 15 de junho de 2012

Câmara Setorial de Carne Bovina realiza reunião durante a 18ª Feicorte


O Código Florestal e suas implicações na cadeia produtiva, a conjuntura das exportações de carne bovina e a situação da pecuária brasileira foram os temas principais da pauta de discussão da reunião da Câmara Setorial de Carne Bovina, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na quarta-feira, dia 13 de junho, durante a Feicorte 2012.

A Câmara, que funciona no âmbito da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), é presidida por Alfredo Ferreira Neves Filho, tem como um dos seus objetivos abrir espaço para a cadeia produtiva da carne nos setores público e privado.

A reunião contou com a participação de representantes de associações de indústrias, de criadores e sindicatos e outras entidades do setor. Liege Nogueira, gerente de projetos da Abiec (Associação das Indústrias Exportadoras de Carne), abordou o tema exportações de carne bovina; Carlos Arantes, da empresa de consultoria Arantes Associados, falou sobre o Código Florestal e Alfredo Ferreira Neves encerrou a reunião com a palestra sobre a situação da pecuária bovina no Brasil.

Sobre a Feicorte
Maior evento indoor da cadeia pecuária de corte do mundo, a Feicorte (Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne) se destaca como principal vitrine do setor, sendo referência em qualidade, pesquisa, tecnologia, equipamentos, produtos e serviços. Em 2011, a feira superou todas as expectativas e reuniu no Centro de Exposições Imigrantes 250 expositores, 4.000 animais de 20 raças diferentes, das quais 13 participaram dos julgamentos, além de oito leilões.

Fonte: Ass. Imp. da Feicorte

URUGUAY - Mercado de Reposición


FONTE: www.acg.com.uy

União Europeia reconhece controle de resíduos brasileiro



Marcos Giesteira

Plano de monitoramento em produtos de origem animal estabelecido pelo Mapa foi novamente aprovado pelo bloco

A União Europeia (UE) confirmou a equivalência do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Animal) do Brasil com os seus requisitos. De acordo com a decisão da Comissão – publicada no Jornal Oficial da União Europeia desta quarta-feira, 13 de junho – foi mantida a equivalência para o PNCRC bovinos, aves, equinos, aquicultura (peixe e camarão) e mel.

O anúncio significa que o país tem plena vigilância dos resíduos de medicamentos veterinários em sua produção, podendo assim exportar produtos de origem animal provenientes das espécies aprovadas para o bloco. A avaliação dos programas de monitoramento dos países terceiros é feita anualmente pelo Escritório Veterinário e de Alimentos (FVO, sigla em inglês) da UE desde 1996. Os resultados definem a admissão, manutenção ou suspensão na lista de nações autorizadas a comercializar com o continente.

Segundo o coordenador de Resíduos e Contaminantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Leandro Feijó, o reconhecimento demonstra a qualidade e o comprometimento do Ministério da Agricultura com o PNCRC a as ações que vêm sendo desenvolvidas na área. De 19.267 análises realizadas pelo Plano em 2011, 99,78% foram consideradas conformes, o que significa que as carnes, o leite, os ovos e pescados consumidos pelos brasileiros estão, quase que em sua totalidade, de acordo com os padrões exigidos pela legislação brasileira.

“Essa aprovação é muito importante para o Brasil, pois a União Europeia é tida como modelo no que se refere a controle de resíduos em produtos de origem animal. Muitos mercados levam isso em consideração, o que pode facilitar o país na hora de firmar e manter acordos sanitários internacionais”, destaca Feijó.

O próximo desafio do Ministério da Agricultura será concluir as ações para solicitação de equivalência para suínos, ovos, leite e avestruz. O PNCRC suínos está em estágio avançado e deverá ser concluído este ano, mas ainda depende de algumas adequações em relação à produção de carnes sem ractopamina (aditivo promotor do crescimento de animais vivos). O Plano também deverá ser estendido futuramente para as cadeias de caprinos e ovinos.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

URUGUAY - En días se retomará exportación de ganado en pie a Turquía


Las exportaciones de ganado en pie hacia Turquía se volverían a activar en cuestión de días, según estimó el director de Sanidad Animal del Ministerio de Ganadería, Agricultura y Pesca (MGAP), Federico Fernández.
El jerarca informó que en las últimas horas recibieron respuesta vía electrónica al correo enviado días atrás a su par turco, en el cual trasladaban la preocupación local por la no emisión de permisos para este tipo de operaciones desde ese país.
En el mismo las autoridades de Turquía pidieron datos técnicos de rutina, sobre las características de las operaciones, pero en ningún momento se consultó sobre aspectos sanitarios, indicó Fernández. El director de Sanidad animal informó que "pidieron una serie de datos operativos sobre lo que se vienen realizando; cosas genéricas".
Como se informó, desde varias semanas atrás Turquía no está emitiendo permisos para concretar importaciones de ganado en pie a ese país, a operadores de varias naciones, entre ellas Uruguay.
El presidente de la Federación Rural responsabilizó al MGAP de las pérdidas ocasionadas en el sector.
"Si hubieran dado los permisos desde Uruguay en tiempo y forma, informando previamente con el suficiente tiempo como para coordinar las operaciones, se podrían haber concretado varios negocios, y los valores del ganado en el mercado interno serían superiores a los actuales", indicó Miguel Sanguinetti.
FONTE: LA PRENSA

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Comissão da Câmara aprova compra de terras por estrangeiros


A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (13) o relatório que permite a aquisição de grandes extensões de terras por empresas brasileiras controladas por estrangeiros. O limite atual é de até 100 módulos ficais. O relatório substitutivo do deputado Marcos Montes (PSD-MG) foi aprovado há três semanas na subcomissão criada para tratar do assunto.

O texto propõe que empresas brasileiras com capital estrangeiro sejam tratadas como empresas nacionais, sem limite para aquisição de terras. As empresas e pessoas físicas estrangeiras, que atualmente têm limite de aquisição de 100 e 50 módulos fiscais, respectivamente, passam a poder adquirir até um quarto da área do município onde se encontra a propriedade rural.

A proposta também dispensa autorização ou licença do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para aquisição por estrangeiros de imóveis rurais de até quatro módulos fiscais e arrendamento de até dez módulos fiscais. A legislação atual estabelecia o limite de até três módulos de exploração indefinida.

A aquisição de terras por organizações não governamentais (ONGs) com capital estrangeiro ou sede fora do Brasil, que não é mencionada na legislação atual, é vedada na nova proposta. Com a aprovação, o relatório será transformado em projeto de lei e distribuído para análise de outras comissões para, então, ser votado no Congresso Nacional. 

Ideli diz que dívidas de produtores rurais até R$ 100 mil serão renegociadas


Brasília - A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reuniu-se ontem (13) com parlamentares da bancada do Nordeste para apresentar a proposta do governo sobre a renegociação de dívidas de produtores rurais da região, prevista na Medida Provisória (MP) 565, conhecida como MP da Seca. Segundo a ministra, serão repactuadas dívidas até R$ 100 mil e suspensos os leilões de terra.

“O valor de R$ 100 mil pega 99,7% dos agricultores com endividamento, ou seja, todas as formas de endividamento, e outra coisa que é muito importante é que suspende todos os leilões que temos, inclusive, por determinação do [Tribunal de Contas da União] TCU. Há inúmeros casos em que os agricultores estão perdendo suas terras e com esse renegociação suspende o leilão”, disse.

Ela acrescentou que com a repactuação prevista no texto, os 230 mil agricultores beneficiados pela MP poderão pegar novos financiamentos.

A MP cria linhas de crédito especial com recursos dos fundos constitucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste para atender a setores produtivos rural, industrial, comercial e de serviços dos municípios com situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo Poder Executivo Federal. A matéria tramita na Câmara dos Deputados em comissão especial.

Edição: Talita Cavalcante

Marfrig lança linha Seara com boi da raça Hereford




Por Suzana Inhesta
São Paulo - O Grupo Marfrig lança nesta quarta-feira a linha Seara Hereford, oriunda de cortes de animais jovens dessa raça, com até quatro dentes. A matéria-prima do novo produto da Seara é de produtores participantes do Programa de Premiação Hereford Marfrig, no qual os pecuaristas conseguem um prêmio nos preços pagos pelo animal de 3% a 10% pela qualidade da carcaça da raça.
"Essa novidade mostra a evolução da parceria da Marfrig com a Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) para o Programa Carne Certificada Pampa, pois o volume de animais processados permitiu a criação de uma marca própria da raça, certificada, com a força que a Seara tem no mercado, permitindo agregar valor ao produto", disse o gerente de Fomento da Marfrig no Rio Grande do Sul, Diego Alagia Brasil, em nota.
Os produtos Seara Hereford serão vendidos, em princípio, apenas no Rio Grande do Sul e o lançamento será feito nesta quarta-feira durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte).

GADO GORDO PELO MUNDO



FONTE: TARDÁGUILA AGROMERCADOS

quarta-feira, 13 de junho de 2012

PREÇOS DE BOI GORDO E VACA GORDA PARA CARNE A RENDIMENTO

*PREÇO DE CARNE A RENDIMENTO EM 13.06.2012

BOI: R$ 6,60 a R$ 6,80
VACA: R$ 6,30 a R$ 6,45

PRAZO: 30 DIAS


FONTE: PESQUISA REALIZADA




PREÇOS MÉDIOS DE BOI GORDO E VACA GORDA- MERCADO FÍSICO/KG VIVO









EM 13.06.2012
REGIÃO DE PELOTAS

KG VIVO:
BOI GORDO: R$ 3,25 A R$ 3,35
VACA GORDA: R$ 2,85 A R$ 3,00



FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br


PREÇOS MÉDIOS DE GADO- MERCADO FÍSICO / KG VIVO



EM 13.06.2012  REGIÃO DE PELOTAS

TERNEIROS R$ 3,60 A R$ 3,90
TERNEIRAS R$ 3,20 A R$ 3,40
NOVILHOS R$ 3,20 A R$ 3,50
NOVILHAS R$ 3,00 A R$ 3,20
BOI MAGRO R$ 3,10 A R$ 3,20
VACA DE INVERNAR R$ 2,65 A R$ 2,75

*GADO PESADO NA FAZENDA

FONTE: PESQUISA REALIZADA
POR http://www.lundnegocios.com.br


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Sérgio Tellechea comemora mais uma importante premiação para a raça Brangus

Feicorte: pecuarista do Rio Grande do Sul comemora mais uma importante premiação para a raça Brangus. Criação cresce no sul do Brasil.

O papel do bovino na vida moderna – produtos e subprodutos em um mapa mental


Para evidenciar a grande utilização dos bovinos na vida moderna, foram identificados todos os produtos oriundos dos bovinos e sistematizados os seus usos. De modo a facilitar o acesso a estas informações, empregou-se como ferramenta um mapa mental. Os mapas mentais são estruturas de organização gráfica, que favorecem a busca e o acesso às informações, permitindo a sua identificação de forma rápida e atraente.
Assim, acessando o link você verá a figura de um bovino. Clicando em partes do corpo do animal você terá acesso às informações sobre a extensa gama de produtos, obtidos a partir daquele tecido animal e aos documentos que fazem referencia seu uso.
O mapa foi criado por Roberta M. Züge (Médica Veterinária, PhD. Ceres Qualidade), Thiago C. Bonafini (Estudante, Bolsista IC Fundação Araucária/Tecpar) e Carmen N. M. Cortada (Médica Veterinária, PhD).
FONTE: BEEFPOINT

Principais indicadores do mercado do boi – 12-06-2012


Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, margem bruta, câmbio
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista teve valorização de 0,11% nessa segunda-feira (11) sendo cotado a R$ 92,60/@. O indicador a prazo foi cotado em R$ 93,71.
A partir de 2/jan o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa deixou de considerar o Funrural.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro à vista x margem bruta
O indicador Esalq/BM&F Bezerro teve desvalorização de 1,93% e é cotado a R$ 700,15/cabeça nesta segunda-feira (11). A margem bruta na reposição foi de R$ 827,75 e teve valorização de 1,90%.
Gráfico 2. Indicador de Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista em dólares e dólar
Na segunda-feira (11), o dólar foi cotado em R$ 2,03 com desvalorização de 0,02%. O boi gordo em dólares teve valorização de 0,13% sendo cotado a US$45,52. Verifique as variações ocorridas no gráfico acima.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 11/06/12
O contrato futuro do boi gordo para Jul/12 foi negociado a R$ 95,50 e sua variação teve alta de R$ 0,56.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para jul/12
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações
No atacado da carne bovina, o equivalente físico permaneceu estável e é cotado a R$ 90,59. O spread (diferença) entre o índice do boi gordo e equivalente físico foi de R$ 2,01 e sua variação teve alta de R$ 0,10 no dia. Confira a tabela abaixo.
Tabela 3. Atacado da carne bovina
Gráfico 4. Spread Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico

FONTE: BEEFPOINT

Carne é destaque em projeção do governo para a próxima década



Relatório aponta para liderança das aves no mercado futuro


A tendência de aumento de 43,2% na produção de carnes nos próximos 10 anos é o destaque do relatório sobre as projeções para o agronegócio de 2011/2012 a 2021/2022, elaborado pela assessoria de gestão estratégica do Ministério da Agricultura, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
O estudo prevê que a produção nacional de carnes de bovinos, frangos, suínos deve passar da estimativa atual de 25,309 milhões de toneladas para 36,233 milhões de toneladas no ano safra 2021/22.
Segundo o relatório, a carne de frango deve ampliar a liderança no mercado de carnes nos próximos 10 anos. A produção deve atingir 20,332 milhões de toneladas em 2021/2022, volume 56,1% acima do projetado para a safra atual (13,028 milhões de toneladas). A expectativa para a carne bovina é de crescimento de 32,3% na produção, que deve atingir 11,834 milhões de toneladas. Para a carne suína a previsão é de crescimento de 22% e produção de 4,067 milhões de toneladas em 2021/2022.
O estudo prevê que o aumento da produção de carnes continuará sustentado pelo mercado interno, que em 10 anos irá absorver 63% da produção de carne de frango, 80% da carne bovina e 81% da suína.
– Embora o Brasil seja, em geral, um grande exportador para vários desses produtos, o consumo interno é predominante no destino da produção – destacam os técnicos no relatório.
Eles preveem participação brasileira de 43% nas exportações mundiais de carne de frango e de aumento 23,2% na carne bovina.
FONTE: AGENCIA ESTADO

A pecuária avança em tecnologia




Maurício Palma Nogueira, eng. agrônomo, diretor da Bigma Consultoriamauricio@bigma.com.br
Reprodução permitida desde que citada a fonte

O avanço do nível de tecnologia na pecuária de corte é incontestável. Se produzíssemos hoje com a mesma tecnologia do início da década de 1970, a produção atual de carne custaria aos Brasileiros outros 280 milhões de hectares de pastagens, segundo estimativas da Bigma Consultoria.

Ou seja, ao invés dos cerca de 171 milhões de hectares ocupados atualmente, o rebanho brasileiro circularia por quase 455 milhões de hectares de “chão”, algo impensável para os dias de hoje. Este avanço de tecnologia possibilitou também que o preço da carne se reduzisse ao consumidor. Em valores reais (corrigidos pela inflação), os preços médios da carne bovina no varejo recuaram pela metade entre a década de 1970 e os dias de hoje. Os dados analisados pela Bigma Consultoria são do Instituto de Economia Agrícola do Estado de São Paulo.

Mesmo assim, podemos dizer que grande parte deste processo se concentrou no período pós plano Real, a partir de meados da década de 1990. Até então, o ambiente inflacionário e, principalmente, o auge da expansão rumo ás fronteiras agrícolas entre os anos 1950 e 1980 desestimulava o investimento em tecnificação. Mesmo que a pecuária estivesse em regiões já consolidadas, longe das fronteiras, ela competia com os animais oriundos de lá, principalmente bezerros e animais jovens.

Como prova, observamos que entre 1950 e 1990, o preço médio da arroba de um bezerro recém-desmamado valia 22% menos que o valor da arroba de um boi gordo. Na década de 1990 essa realidade começou a mudar e hoje é a arroba do bezerro que vale em torno de 20% e 25% acima do valor da arroba do boi gordo.

O deságio do valor da arroba do bezerro diante do valor da arroba do boi gordo evidencia que naquele período havia uma sobre oferta de bezerros, que superava o mercado da cadeia produtiva. Não era a pecuária que estava se expandindo; era o Brasil agrícola que crescia. A pecuária foi o produto que viabilizou o processo de ocupação das fronteiras.

Pois bem, com a redução da expansão agrícola e com a economia entrando nos eixos, acelerou-se o processo de tecnificação da pecuária. Aí brilharam a pesquisa brasileira, a criatividade das indústrias de insumos e alimentos e, principalmente, a coragem e o empreendedorismo do pecuarista.

O melhoramento genético, a inseminação artificial e os programas de cruzamento industrial vieram ganhando espaço e foco nos resultados, tanto nas raças individuais como nos cruzamentos.

A nutrição melhorou consideravelmente com a inovação de estratégias de suplementação a pasto, tanto no período seco como no chuvoso. Anualmente os frigoríficos vêm relatando uma redução na idade média de abate, o que também é relatado por produtores.

Mesmo com a idade do abate reduzindo, o peso médio da carcaça aumentou nestes anos todos. Nos anos 1990 a carcaça de um macho abatido pesava em torno de 16,5@, na média, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Hoje em dia, pela mesma fonte de dados, constata-se que a média dos machos abatidos está por volta das 18,5@ por carcaça.

Genética e nutrição possibilitam tal avanço.

No campo das pastagens, os grandes avanços estão na qualidade das sementes e das espécies forrageiras. De acordo com os dados coletados na expedição Rally da Pecuária 2011, entre 70% e 75% das pastagens brasileiras são variedades da Brachiária brizantha. Capins do gênero Panicumpovoam 8% a 12% das áreas de pastagens brasileiras, enquanto outras braquiárias representam de 4% a 8%.

O interessante no caso das pastagens é que apenas 1,8% do total encontrado no Rally da Pecuária era de capins nativos. Ou seja, áreas em que não houve formação do pasto e nem aporte tecnológico.

Diversas outras técnicas podem ser apontados como responsáveis por este avanço. O uso de insumos e defensivos vem aumentando anualmente, o manejo dos pastos vai se consolidando em praticamente todas as propriedades e a forma de lidar com os animais, ou o manejo racional como ficou conhecido, é pauta em praticamente todos os encontros de pecuaristas. A melhoria da gestão e o profissionalismo na relação entre produtores e funcionários também avança a passos largos no campo.

E diversas outras tecnologias mais recentes chegaram para impulsionar mais ainda o avanço deste processo extremamente importante. Destacamos aí as dietas mais adensadas (com maior proporção de concentrados) nos confinamentos, integração lavoura-pecuária-florestas, a tecnologia de inseminação artificial em tempo fixo, o uso de moléculas cada vez mais eficientes e “inteligentes” para o controle de insetos e invasoras, o uso de chips para o controle gerencial e diversas outras técnicas.

Por fim, apesar dos ganhos de produtividade e dos benefícios que os mesmos trouxeram para toda a sociedade, tal avanço ainda não foi suficiente para recuperar a rentabilidade do pecuarista. Na média geral, para que os produtores recuperem a mesma renda equivalente de anos atrás, teria que trabalhar com o dobro de produtividade nos dias de hoje.

E a tendência é que o mercado exija cada vez mais. É por esta razão que podemos dizer que pecuária ainda tem muito a avançar. O ritmo do aporte tecnológico dos próximos anos será maior do que o vivido até o momento.

Fonte: Artigo escrito para a edição especial Feicorte da Revista Dinheiro Rural

terça-feira, 12 de junho de 2012

Camex barra taxação de boi em pé

Abiec buscará alternativas para evitar prejuízos com decisão, mas não a considera uma derrota
Marcela Caetano
A Camex negou o pedido da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec) e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) de sobretaxar com 30% de imposto de exportação as vendas brasileiras ao Exterior de bovinos vivos. 

De acordo com o colegiado, formado ministros e secretários executivos dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário (MDA), da Agricultura , Pecuária e Abastecimento (Mapa), das Relações Exterior (MRE), da Fazenda (MFaz), do Planejamento, da Casa Civil e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o  volume das exportações não tem aumentado de modo a ameaçar o suprimento nacional, uma vez que o rebanho e o consumo de carne e de couros no Brasil têm aumentado, apesar do crescimento das exportações de bovinos vivos.
Em documento protocolado em janeiro deste ano, os  frigoríficos alegavam que a exportação de gado vivo registrou um acentuado crescimento nos últimos anos, o que estaria limitando a oferta de carne no Brasil.

“A decisão da Camex é soberana. Dentro da Abiec nós vamos trabalhar dentro de alternativas para nos proteger de processos futuros que possam ser maléficos para a indústria”, afirmou o presidente da Abiec, Antonio Camardelli, na Feicorte, nesta terça-feira, em São Paulo.
Segundo ele, uma das opções seria trabalhar entre indústria exportadora e governo com a apresentação de propostas para os importadores. “A Turquia taxa em 200% a carne e 0% o boi. Então fica plausível que eu, via governo, peça que quem taxar a carne em 0% taxe o boi em 0% também. Aí todo mundo fica contemplado. Eu não considero isso uma derrota. Foi uma decisão do mercado, do setor e da Camex.”

 “Esperávamos uma atitude mais corajosa do governo para dar um tom de regulação para um conflito que é real”, acrescentou Francisco Victer, presidente da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec). Segundo Victer, o poder público deveria atuar como mediador, mas a decisão da Camex mostra que o governo ainda não está preocupado com o tema.
“O Camex alega que o crescimento das exportações não é significativo, mas o que queríamos era regular antes que a situação assuma maiores proporções. Atualmente o país tem capacidade ociosa que chega a até 50% em algumas regiões, é um contrassenso que haja frigoríficos fechando por falta de matéria prima enquanto o pecuarista exporta o boi inteiro."
O presidente da Uniec salientou que a desoneração da matéria prima, determinada pela Lei Kandir, impede a competitividade com a indústria, que é taxada desde a saída do boi da fazenda. “O propósito não era manter uma reserva de mercado, como acusam os produtores, mas regular o mercado”, continua.

Segundo Daniel Freire, presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (Abeg), a decisão dos ministérios foi unânime. “Isso mostra que a opção pela exportação de gado em pé não prejudica a cadeia produtiva”, disse.
A decisão coloca fim ao processo. “Todos nós temos que observar o desenvolvimento do setor como um todo. Não se pode olhar um segmento sem olhar para o conjunto", avaliou Freire.
De acordo com a Scot Consultoria, até abril foram embarcadas 137.894 mil bovinos vivos, volume 10% menor que as exportações de gado em pé no mesmo período do ano passado, quando foram comercializados 154.790 mil animais.


Fonte: Portal DBO

Farsul comemora rejeição da taxação de exportação de gado em pé


A Farsul comemorou a rejeição por unanimidade, nessa segunda-feira, 11.06, pela Câmara de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio ( Camex), do pedido feito pela indústria frigorífica para taxar em 30% as exportações brasileiras de gado pé. A Farsul já havia encaminhado, em abril, aos sete ministérios que integram a Camex e à CNA, moção de repúdio ao pedido, aprovada em assembléia do Conselho de Representantes da federação. Segundo o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, “os produtores são totalmente contrários a todo e qualquer contingenciamento de exportação”. Para ele, “o mercado é que deve decidir se o produto fica no país ou segue para exportação”. Sperotto reiterou que a exportação de gado em pé não prejudica o mercado nacional mas ajuda a equilibrar os preços.
Sperotto ressaltou ainda, a atuação importante e decisiva do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, e do diretor de Assuntos Comerciais do Mapa, Benedito Rosa do Espírito Santo, no convencimento dos integrantes da Camex, quanto ao risco de aprovação do pedido encaminhado pela indústria.
Fonte: Impensa Sistema Farsul

Preços do boi navegando nos extremos!



Rogério Goulart, administrador de empresas, pecuarista e editor da Carta Pecuária
cartapecuaria@gmail.com
Reprodução permitida desde que citada a fonte
 
Semana passada dissemos que iríamos analisar essa entressafra com um pouco mais de profundidade.

Observe o gráfico da variação ano a ano da arroba do boi no final da página, um dos meus gráficos favoritos ultimamente.

Essa é a fotografia do boi desde o início do plano Real, caro leitor. Já coloquei esse gráfico antes. Coloco-o novamente pelo simples motivo que ele é importante demais para ser negligenciado. Essa é a quarta vez que a arroba se encontra em uma situação como a atual, abaixo de zero por cento de variação ano a ano em seus preços.

Deixe-me te fazer uma pergunta bem simples. Qual é o movimento mais fácil dos preços da arroba? Quero dizer, o que é mais fácil? A arroba cair, ou subir? Muitos diriam cair... e estariam errados.

O movimento mais fácil da arroba é subir. É o que ela faz com mais naturalidade ao longo dos anos, como mostrado ao lado. Esses dois gráficos estão na mesma escala, caro leitor.

Repare nos momentos de queda nos preços da variação ano a ano no gráfico aqui ao lado com os momentos de queda do boi no gráfico acima e você verá que a argumentação de estarmos passando por um momento único de pressão baixista é bastante forte. O argumento também deixa implícito que esse movimento de baixa uma hora chega ao fim, e esse é exatamente onde quero chegar e deixar como recadinho para você sobre a entressafra.

Agora, estou bem ciente de todas as condições supostamente de aumento de oferta para o boi no segundo semestre e as levo em consideração, tais como o preço do milho ao redor de ótimas 4 sacas/ arroba (gráficos de Goiás e São Paulo a seguir).


Também não é difícil entender o olhar com certa preocupação com a oferta de bois provenientes do Mato Grosso, hoje responsável por um a cada cinco animais abatidos no país, conforme mostrado nesse gráfico ao lado.

Realmente, desde 2008 o movimento de alta na participação mato-grossense foi reveladora do potencial produtivo do estado para os anos vindouros não tanto pela produtividade de lá, mas pelo tamanho do estado. A gente sempre perde noção do tanto que o Mato Grosso é grande. São Paulo e Mato Grosso do Sul são mais produtivos na pecuária, porém são estados significativamente menores em tamanho territorial.

Tendo a olhar para esses mesmos números, porém confesso que mesmo assim, meu lado técnico fala mais alto. Simplesmente não consigo ignorar a força e a grandeza que é a necessidade de compra de animais gordos pelos frigoríficos. Além disso, levo muito à sério
o gráfico de aumento anual do abate para atender a demanda. Esse gráfico mostra a necessidade anual de animais gordos A MAIS que os frigoríficos são obrigados a comprar somente para manter abastecido o mercado interno.

Ou seja, atualmente está girando entre 300 e 350 mil cabeças por ano essa necessidade, segundo os últimos levantamentos que fiz.

O que isso significa é que atualmente, independente de como estão os preços, o mercado interno necessita, todo ano de 300 mil cabeças de bois a mais que o ano passado. Se pegarmos desde 2008 para cá, os abates teriam que estar mais de 1,5 milhão a mais de animais abatidos.

Sabemos que isso não aconteceu. Oferta menor que a demanda, preços em alta. A oferta de carne ainda não equilibrou essa conta, a meu ver.

E isso sem contar o dólar. Semana passada comentamos sobre isso, mas vale a pena voltar ao assunto. Abaixo de 50 dólares a coisa volta a funcionar para a exportação. A moeda subindo, como parece que está sendo a realidade atual, e aparentemente uma alta que tende a ser mais estrutural que circunstancial levando em consideração a queda dos juros reais brasileiros e esses tais fatores de incerteza no exterior estão trazendo boas notícias no escoamento de carne para fora.

Não vemos essa tendência se alterando no curto-prazo, pelo contrário — com a entrada do
verão no hemisfério norte e a necessidade de recomposição de estoques nos levam a pensar em uma manutenção de bons escoamentos para fora enquanto o dólar for favorável.

E agora, o lado mais técnico do texto de hoje. Aqui mostro a variação dos preços da arroba do pior preço da safra para o melhor preço da entressafra de cada ano. Ou seja, em 2010, por exemplo, da safra para a entressafra a arroba subiu 63%.



Agora repare em 2011. A arroba subiu 14% da safra para a entressafra. Agora em 2012 a expectativa do mercado futuro é mais baixa ainda, alta de 10% do pior preço da safra desse ano (R$ 92,28)para o fechamento da bolsa dessa sexta feira.

Agora repare em uma coisa curiosa. Tem anos com verdes bem escuros aqui. Esses são 1999, 2002, 2007 e 2010. Esses foram os anos recordes de alta da arroba da safra para entressafra.

Agora repare no que aconteceu com os anos seguintes. Mais precisamente, nos dois anos seguintes. Notou? Os anos seguintes foram de entressafras relativamente mais fracas. Esse comportamento de ano bom seguido por dois anos ruins tem se mantido ao longo dos anos, e agora em 2012 a coisa não está sendo diferente.

Mas por que então, se está condizente, dizer que 2012 uma arroba ao redor de 100 reais para entressafra está barata?

Ora, por causa de:

1) como mostrei, o mercado interno está melhor e demanda muito boi, mais que o povo imagina,

2) as exportações vão enxugar mais que o esperado a oferta de animais,

3) os frigoríficos já se ajustaram a maior oferta de animais, e estão abatendo mais e

4) porque os custos de produção estão batendo na porta.

O gráfico dos custos está a seguir. Repare como a engorda em uma fazenda típica, por
mais que à primeira vista e superficialmente o povo fala que a engorda está boa, na realidade não está. Pelo contrário. Atualmente a engorda de 90% dos animais ainda é a pasto, e a conta não está fechando.



Nos confinamentos a coisa se parece. Segundo pude levantar, o boi de confinamento está atualmente com custos de produção ao redor de 95~100 reais por cabeça quando se leva também em consideração o valor de compra do animal ou o garrote estocado e erado na fazenda do ano passado para cá.

Então, caro leitor, vamos parar um pouco para respirar e absorver tudo o que foi mostrado. Não sou dono da verdade, é claro. Mostrei aqui somente números e dados da pecuária que não são meus. São dados em sua grande maioria públicos.

O que notamos, no final, olhando para tudo isso é que a pecuária está atualmente passando por um momento de extremos. Esses momentos assim são raros de acontecer.

É uma combinação de seca prolongada e piora muito forte nos pastos no início do ano junto com um início mais forte de oferta de fêmeas, essas provenientes de descartes de matrizes ou simplesmente o cidadão que está aproveitando o valor da novilha barata e engordando.

Isso fez uma força enorme para baixo nos preços e jogou para extremos históricos a variação ano a ano da arroba do boi. Por outro lado, muita compra de boi. Os frigoríficos abriram as porteiras e recebem de braços abertos essa quantidade a mais de animais.

Estão felizes. Estão conseguindo pegar essa sobre oferta e colocá-la no mercado interno
com margem positiva, veja você que beleza.

A cereja do bolo é a alta do dólar recente, trazendo de volta do limbo um mercado que estava praticamente morto que era a exportação.

Um maior abate diário traz consigo riscos. O maior dele é um descasamento de oferta. Sabe o pico da entressafra? Ele sempre ocorre por causa desse tal descasamento de oferta. São aquelas duas, três semanas — ninguém sabe direito predizer quando elas ocorrem — mas nessas semanas o boi some. Daí é pânico para preencher as escalas.

Em uma situação de maior abate, o risco do tal descasamento é maior ainda, elevando geometricamente o potencial de uma alta por causa disso.

E o mercado futuro nisso tudo? É exatamente nesse ponto do parágrafo anterior que o mercado futuro está deixando de levar seriamente em consideração, a meu ver.

Isso me fez lembrar de uma coisa que disse há vários anos atrás. Nunca subestime uma safra, caro leitor. Também nunca subestime uma entressafra. Ainda penso da mesma
forma.

Em suma, se nada disso é importante ou se nada disso importa para você, considere o seguinte. Em plena safra, ficar baixista e cantar a bola baixista para a entressafra é clichê demais para a gente deixar passar despercebido.

MOVIMENTAÇÃO DO MERCADO: Boi -- Indicador ESALQ/BVMF do boi, que mede a variação dos preços da arroba no Estado de São Paulo, fechou a semana com +0,22 a R$ 92,50 à vista. Cotações em R$ por arroba.

A média móvel de 5 dias fechou em R$ 92,56. O contrato de junho/12 fechou com –0,95 a R$ 92,99. O contrato de junho está 43 centavos acima do preço médio de liquidação do contrato.

O contrato que vence em julho/12 fechou com –1,56 a R$ 94,94; agosto/12 –1,40 a R$ 96,20; setembro/12 –1,62 a R$ 98,35.

Todos os vencimentos estão cotados à vista com o fechamento da sexta-feira e com a indicação semanal da variação de preços.
Bezerro -- Indicador ESALQ/BVMF de bezerro, que mede a variação dos preços no Estado do Mato Grosso do Sul, fechou a semana com +11,33 cotado a R$ 713,95 à vista. Cotações em R$ por bezerro.

A arroba do bezerro está estável e fechou ao redor de R$ 107,00. Todos os vencimentos estão cotados com o fechamento da sexta-feira e com a indicação da variação semanal.

Taxa de Reposição 1 -- Um boi gordo compra hoje 2,14 bezerros, queda de 0,02 na semana.

Dólar -- Dólar comercial fechou com –1,03% a R$ 2,025. Dólar futuro com vencimento no início de julho fechou com –0,65% a R$ 2,035; agosto fechou com –0,64% a R$ 2,046.

Juros -- A taxa de juros do governo (SELIC) está hoje em 8,50% ao ano.

Inflação – IGP-M de maio +1,02%. Acumulado no ano2 +2,49%. Acumulado nos últimos 12 meses3 (junho-11 a maio-12) +4,19%.

Assim como os contratos de boi e bezerro se encerram pelo preço dos seus respectivos indicadores, o dólar se encerra pelo preço do dólar do Banco Central nas datas acima indicadas.

Frigoríficos 4 -- A arroba nos frigoríficos foi cotada hoje em São Paulo ao redor de R$ 93,00; no Mato Grosso do Sul, Dourados a R$ 87,00 (Base –6,5%) e em Campo Grande ao redor de R$ 87,00 (Base –6,5%).

A arroba em Goiânia foi cotada ao redor de R$ 84,00 (Base –9,7%). Em Cuiabá está em R$ 84,00 (Base –9,7%).

No sul do Tocantins a arroba foi cotada em R$ 84,00 (Base –9,7%). No Triângulo Mineiro ao redor de R$ 87,00 (Base –6,5%).

1 Considerando os valores nominais dos indicadores da ESALQ/BVMF.
2 e 3 Somatória com Juros Simples.
4 Fonte completa dos preços da arroba nos frigoríficos à vista e livre do Funrural: Informativo Boi na Linha, da Scot Consultoria.


CONCLUSÃO: Mercado fechou a semana em leve alta, rompendo a sequência de oito semanas consecutivas dos preços da arroba em queda. As escalas ainda continuam longas.

O bezerro fechou em alta.

Até mais,

Rogério Goulart

FONTE: BIGMA CONSULTORIA

Oferta do boi diminui e preço da arroba aumenta em Mato Grosso


Após quedas consecutivas, o preço do boi gordo apresentou um ligeiro aumento no último mês. A arroba que chegou a custar R$ 82, teve uma variação positiva de quase 2%, considerando o preço atual de R$ 83,5/@. Além dos valores de comercialização, diminuiu o tempo de espera nos frigoríficos para abater o rebanho.
De acordo com dados do último boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a escala de abates diminuiu de nove dias para a média de seis dias. Apesar da pressão de baixa ainda presente no mercado, em grande parte em função da oferta de fêmeas, as chuvas fora de época observadas em maio favoreceram as condições das pastagens em algumas condições retirando parte da pressão da oferta.
“Com o clima propício, os produtores estão segurando por mais tempo o boi no pasto. Com isso, a oferta diminuiu e esta fazendo pressão sobre os preços”, explica o analista do Imea, Carlos Ivan Garcia. Conforme o boletim, a partir deste ponto a opção pela permanência dos bois no pasto é grande entre os pecuaristas do Estado, restringindo parte da oferta e, consequentemente, dificultando as compras dos frigoríficos. Com isso, apesar da ligeira redução nas escalas de abate as indústrias do Estado ainda trabalham dentro de sua zona de conforto, com as escalas geralmente entre seis dias.
Apesar de algumas diferenças no cenário, o fato é igual ao encontrado no ano passado, quando a forte pressão de baixa exercida no mercado no mês de maio foi interrompida a partir do mês do início do mês de junho, quando os preços encontraram firmeza, próximo dos R$ 86/@.
Agrodebate

BRASIL - EXPORTAÇÃO DE GADO EM PÉ


 A Camex decidiu negar o pedido da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec) e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) de sobretaxar com 30% de imposto de exportação as vendas brasileiras ao exterior de bovinos vivos. Os frigoríficos alegavam que a exportação de gado vivo registrou um acentuado crescimento nos últimos anos, o que estaria limitando a oferta de carne no Brasil.
Mas, de acordo com os dados de comércio exterior e de comercialização interna, analisados pela Camex, o volume das exportações não tem aumentado de modo a ameaçar o suprimento nacional. O rebanho e o consumo de carne e de couros no Brasil têm aumentado, apesar do crescimento das exportações de bovinos vivos.
FONTE: G1

segunda-feira, 11 de junho de 2012

RS: programa de rastreabilidade bovina quer identificar 100% do rebanho gaúcho



Na tarde de hoje (11), a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) realizou, no Salão Nobre da Associação/Sindicato Rural de Bagé, uma reunião com produtores rurais para explanar as ações realizadas em favor do programa de rastreabilidade bovina do Estado.

O evento foi aberto pelo Secretário Estadual da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, que relatou as etapas já efetivadas pelo Governo do Estado para viabilizar o programa. Segundo ele, a intenção é identificar 100% do rebanho gaúcho em cinco anos. 

“O Governo Federal, através da bancada gaúcha, aprovou uma verba estimada em mais de 25 milhões de reais para o programa de rastreabilidade. Este investimento, somado aos já disponibilizados pelo Governo do Estado, vai ser utilizado para tecnologia, reestruturação dos espaços físicos e de transporte das Inspetorias Veterinárias, bem como, do acréscimo de pessoal, através da abertura de editais para concurso público. Queremos que o rebanho gaúcho esteja 100% identificado num prazo de cinco anos”, afirmou Mainardi, que acrescentou: “Queremos que este programa fique para o Estado e não seja apenas uma ação de Governo. Ele deve ter sequência em outras gestões para que tenha êxito, do contrário, nem implantamos.”

As ações do programa foram apresentadas pela supervisora regional da Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Bagé e coordenadora da Câmara Setorial da Carne, Ana Suñé. Ela e outros integrantes ligados à Secretaria da Agricultura estiveram visitando outros países, como Uruguai e Bélgica, observando programas de rastreabilidade que obtiveram sucesso e são bem aceitos por países importadores. “O Rio Grande do Sul tem status suficiente para se diferenciar dos demais estados brasileiros. Temos um rebanho e um ambiente sem igual no país, por isso, temos que agregar valor ao produto carne, e o programa de rastreabilidade bovina está aí para nos auxiliar.” 

Ana frisou ainda que o programa será um forte aliado, muito especialmente, quanto a sanidade animal, uma vez que, a intenção é ser um Estado com um rebanho totalmente livre de doenças.

A reunião também teve a participação ativa dos produtores – cujos, muitos deles, têm suas propriedades cadastradas na Lista Trace - que, ao final, expuseram sua opinião que, de acordo com Ana, será considerada para melhorias do programa.

Fonte: Rural de Bagé 

Marfrig obtém selo de produção sustentável

Grupo é o primeiro no mundo a receber distinção
Marcela Caetano
O Grupo Marfrig recebeu na tarde desta segunda-feira, 11, o selo Rainforest Alliance Certified, que certifica a produção rastreada e de acordo com critérios socioambientais. A unidade de Tangará da Serra, em Mato Grosso, é a primeira no mundo a receber a distinção e os cortes e subprodutos dos animais poderão ser comercializados com o selo da ONG. Evento ocorreu na Feicorte, em São Paulo.
A expectativa é de que os abates iniciem nos próximos 20 dias. “Em um momento em que há desconfiança sobre a carne brasileira temos na carne orgânica a garantia de que há trabalho de sustentabilidade”, afirma James Cruden, CEO da Marfrig Beef.
Segundo ele, a certificação deve garantir ao Marfrig acesso a canais de venda com os quais não poderia competir em igualdade de condições com o produto uruguaio e argentino, como Inglaterra, França, Holanda, Alemanha e Itália. A empresa também pretende negociar os cortes por meio da Cota Hilton, salienta Cruden.
No mercado interno, o grupo negocia com redes de supermercados, mas o CEO afirma não ter dúvidas de que o produto irá ter procura.  “Havendo necessidade outras plantas devem ser certificadas. Vamos aguardar a resposta dos pecuaristas.”
A fazenda São Marcelo, também pioneira na obtenção do certificado da Rainforest, será a fornecedora inicial do frigorífico.  A propriedade produz 20 mil cabeças/ano. De acordo com o proprietário, Arnaldo Eijsink, haverá um prêmio por animal, que também contempla o valor pago pelo fato de o gado ser rastreado e uma eventual bonificação conforme o peso, de acordo com os critérios do Marfrig Club. “Não vou dizer que é excelente, mas também há benefícios da porteira para dentro. Com os cuidados de bem estar animal há menos hematomas, por exemplo, e isso se inclui na premiação indiretamente”, destaca.
Conforme Eduardo Gonçalves, da Imaflora, a pecuária passou a ser considerada passível de certificação em março deste ano e outras propriedades já buscam informações sobre o assunto.  “Há fazendas interessadas na Amazônia e no Cerrado”, diz. Segundo ele, o período de adaptação às normas, que incluem critérios de sustentabilidade, gestão e sociais, leva entre quatro meses e um ano, de acordo com a situação da propriedade.

Fonte: Portal DBO

O consumo de carne se mantém na Europa mesmo com a crise econômica



A demanda mundial de carne não está sofrendo uma queda acentuada, o que tem acontecido é que as pessoas estão saindo menos para comer em restaurantes, mas o consumo de carne segue similar, disse Luis Alfredo Fratti, presidente do Instituto Nacional de Carnes Uruguaio (INAC) durante o Congresso Mundial da Carne, que terminou na última quarta-feira (6/6) em Paris. Afirmou ainda que apesar da crise, "há uma tendência de voltar a se cozinhar em casa, não somente pelo que representa preparar a comida, mas sim por pelo ato de compartilhar o alimento com amigos e familiares, um hábito que o mundo havia perdido".

Segundo Jos Goebbels, vice-presidente da União Europeia de Comércio de Gado e de Carne (UECBV, na sigla em francês), não se nota este cenário em Paris, porém na Holanda o consumo em restaurantes caiu de 10 a 15%.

"Portanto, eu não acho que há sérios problemas de demanda", disse Fratti, de Paris, ao programa Tiempo de Cambio, da Radio Rural do Uruguai.

Está ocorrendo substituição das proteínas mais caras por parte dos europeus por proteínas mais baratas, que segundoChristophe Lafougère, diretor da Gira, consultoria europeia especializada em carnes e lácteos, é mais acentuada no Sul da Europa, onde a carne é mais cara.

"Os europeus têm uma grande preocupação pela crise econômica que os afeta, apesar dos bons preços que recebem, os custos de produção são muito elevados e acabam deixando a situação economicamente desfavorável. Para nós, os preços seguem sendo muito bons", declarou o chefe do INAC.

Esta questão foi abordada por Fratti em uma palestra no dia 31 de maio, no Hotel Sheraton, em Montevidéu, onde disse que apresar da crise as exportações de carne do Uruguai não estão sendo muito afetadas, e podem ser compensadas com negócios direcionados a outros mercados.

Ainda no evento, Marcelo Secco, Delegado da Associação da Indústria Frigorífica do Uruguai, disse que esse enfoque é muito retrospectivo e é muito difícil ter uma perspectiva do que vai acontecer com o mercado europeu.

Fratti disse que o segundo semestre se caracteriza por ser um período de valorização dos preços. "Espero que sim, porque as expectativas que temos para o próximo trimestre na Europa não são tão boas", disse Secco.

Fratti também foi questionado sobre as novidades a respeito do futuro da cota 620 - esta cota permite a entrada de carne bovina na Europa sem tarifas, a cota Hilton tem tarifação de 20% - e disse ter mantido diálogo com um importador da cota, que afirmou estar funcionando bem este tipo de negócios, e achou interessante a capacidade uruguaia de atender a demanda.

No dia 6 de junho, o Presidente da Associação Rural do Uruguai, José Bonica, falou em um painel chamado "Produzir Carne para 9 bilhões de Pessoas de Forma Sustentável", em Paris. Foram destacados, durante sua apresentação na conferência em Paris, os sistemas de produção agropecuários do Uruguai, defendendo a sustentabilidade dos recursos naturais, que reforçam o país no conceito de "país natural".  

Tradução e comentários de Renato Bittencourt. Publicado originalmente em espanhol no site do órgão de imprensa El Observador, por Hugo Campo. 7 de junho de 2012.