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SR. PECUARISTA
É, não tem jeito, o mercado não nos engana. Nós é que muitas vezes preferimos não enxergar seus sinais.
Como tínhamos comentado, as escalas encurtaram, definitivamente. É o que tenho mostrado nos últimos textos: o gráfico com a evolução das programações de abate repetidas vezes. Procuro acompanha-lo de perto sempre. Mas o fato é que já elas estiveram mais apertadas em outras ocasiões em que o boi não subiu como fez no último mês. Com a reação do consumo no início de novembro (e também com a reação recente do dólar), as margens dos frigoríficos foram mantidas mesmo com pagamentos mais altos pela arroba.
Quero dizer, aí sim valeu a pena pagar mais pelo boi, já que as escalas estavam encurtando. Imagino o pessoal no frigorífico pensando sobre isso: “Se posso escoar o produto por um valor mais alto, também posso pagar mais sem comprometer minha margem. O produto está escasso, então o caminho é esse mesmo”. E foi o que aconteceu. Observe o gráfico abaixo.
Gráfico 1.
Evolução das escalas de abate, equivalente físico e indicador Cepea/ESALQ à vista.
No gráfico, observe a linha tracejada. Ela indica um suporte em relação à duração das escalas. Isso significa que quando as escalas se encurtam demais, entre 3 e 5 dias, os frigoríficos ficam apertados e precisam se mexer para comprar animais, para que as escalas saiam da zona de “perigo” e andem um pouco. O que quero dizer, é que essa linha tracejada já foi tocada mais vezes em um espaço mais curto de tempo no passado, o que deixa a média das escalas no período mais baixa do que está hoje. Para entender, observe o que ocorreu na metade do ano e compare com o que ocorre hoje. Em resumo, isso prova o que eu disse acima, que as escalas já estiveram em situação mais complicada em outras ocasiões.
Agora observe a linha azul, ou seja, o equivalente físico. Nele, existe uma seta indicando o momento exato em que a demanda fraquejou. Juntamente com a chegada do fim do mês (novembro), os altos preços fizeram o consumidor recuar e o equivalente físico não aguentou. O boi casado, que no ano passado teve máxima nos R$7,36/kg, chegou aos R$7,09/kg recentemente e a partir daí recuou.
Ao mesmo tempo, o indicador continuou para cima, mas aí já tinha ficado claro que a alta não era “saudável”, pois comprometia a margem dos frigoríficos. É aí que a gente tem que ficar desconfiado. E foi só a carne cair que o jogo virou, o pessoal começou a chutar a canela dos pecuaristas. Hoje ligo no frigorífico e me oferecem até R$4,00/@ a menos em relação ao início da semana.
De toda forma, as escalas continuam curtas e temos outros indicadores que podem ajudar a manter a sustentação no início de dezembro. A começar pelo próprio recebimento dos salários, que costuma dar aquele empurrãozinho de no começo dos meses.
Em segundo lugar, o pessoal continuará recebendo o 13º salário. Alguns já receberam, outros receberão apenas na primeira semana de dezembro. Junte a isso as festas de fim de ano, que sempre estimulam o consumo de carnes nobres e temos um fator de suporte para a carne em breve.
As margens do varejo têm mantido um bom ritmo, isto é, após terem sofrido no ano passado, quando o boi gordo disparou até os R$115,00/@, aproximadamente. Mas recuperaram-se quando a arroba começou sua trajetória descendente e agora se mantêm. Observe o gráfico.
Gráfico 2.
Evolução do ágio do varejo sobre a arroba (%) e do preço pago pela arroba (R$/@, SP).
Bom, de toda forma, esse resultado vale para outubro. Espero ainda os números de novembro para acompanharmos mais de perto como ficou essa relação após a escalada de preços da carne no atacado.
E por último, o spread do dianteiro bovino com o frango:
Gráfico 3.
Evolução da diferença entre o dianteiro bovino e o frango no atacado.
A diferença entre as duas carnes está equilibrada. Isso porque o bovino subiu, mas o frango reagiu em proporção maior recentemente, o que é bom, pois mantém uma diferença entre as duas carnes que não compromete ainda mais a competitividade da proteína vermelha. Para quem não sabe, quando a carne bovina sobe e o frango não acompanha, boa parte dos consumidores deixa de consumir carne vermelha e a substitui pela proteína do frango, que é mais barata.
Isso nos diz que o frango não está atrapalhando, então ainda podemos ter esperanças para o início de dezembro e um possível empurrão que virá do consumo de fim de ano.
Um abraço a todos!
FONTE: www.agroblog.com.br / autor Lygia Pimentel
O boi casado de animais castrados (ponderação do traseiro, dianteiro e ponta de agulha) está cotado em R$6,85/quilo, segundo levantamento da Scot Consultoria. Neste mês, a oferta restrita de matéria-prima deu margem para a maior valorização do ano no mercado atacadista de carne com osso.
Na primeira quinzena do mês, o preço alcançou R$7,02/quilo, alta de 12,6%. Esta é a maior cotação do ano em valores nominais. Frente ao pico do ano anterior, que ocorreu no dia 10 de novembro, de R$7,28/quilo, o preço recorde de 2011 até o momento é 3,57% menor.
Mesmo com um recuo das cotações nesta semana, o atual preço é 9,44% superior em relação ao início do ano, de R$6,25/quilo.
O recente enfraquecimento da demanda varejista e a forte valorização indicam que as vendas fluíram bem durante as primeiras semanas deste mês. Apesar de a oferta enxuta seguir como um fator de sustentação, ligeiros recuos não estão descartados em curtíssimo prazo.
FONTE: MIDIA NEWS
O mercado do boi gordo, que vinha com sucessivas valorizações, perdeu a força. São muitas as tentativas de compra abaixo da referência. A oferta deu sinais de melhora em alguns estados, o que, somado à redução sazonal nas vendas de carne, leva à pressão por recuos nas cotações. Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins são os estados onde se compra com mais facilidade. Aliás, com este aumento de oferta nas praças sul-matogrossenses os compradores paulistas que ali atuam dificilmente ofertam mais que R$103,00/@, à vista, em São Paulo. Os frigoríficos de menor porte ofertam valores maiores. Minas Gerais é um dos estados onde ainda há grande dificuldade para encontrar boiadas terminadas. Em Goiás, o maior confinador do país, ainda é possível comprar animais de cocho, embora a oferta no estado também não seja grande. No mercado atacadista de carne bovina, as peças com osso, que possuem maior liquidez, estão em queda. Já os cortes sem osso continuam com mercado firme, pressionados ainda pelos preços da arroba e pela perspectiva de aumento nas vendas no final do ano. A próxima semana, a última do mês, geralmente é marcada pelo aumento nas vendas de carne, já que os varejistas se abastecem aguardando o pagamento de salários, fator que deve conferir fôlego à arroba. FONTE: SCOT CONSULTORIA |
As recentes altas para o boi gordo, em conjunto com a melhor movimentação para a reposição em relação aos últimos meses, vêm conferindo firmeza a este mercado. Os reajustes estão ocorrendo principalmente para as categorias mais eradas. A oferta de bezerros dá sinais de aumento, mas a demanda, apesar de melhor do que a verificada ultimamente, só deverá aparecer com mais força nos próximos meses, com as pastagens devidamente recuperadas. Em São Paulo, o bezerro de doze meses (7@) está estável, cotado, em média, em R$800,00 por cabeça. Já no Mato Grosso do Sul, a cotação média da categoria está em R$790,00, alta semanal de 1,3%. De maneira geral, os últimos meses propiciaram uma recuperação da relação de troca para todas as categorias, em função das altas para os animais terminados. Para o boi magro (12@), o preço médio em São Paulo é R$1,28 mil por cabeça, com alta semanal de 1,6%. No estado, a relação de troca entre o boi gordo (16,5@) e a categoria está em 1,39. Tal poder de compra é 2,1% maior que há trinta dias e 0,2% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. FONTE: SCOT CONSULTORIA |
Nicaragua ha exportado a Venezuela un total de 10,996 novillos este año, lo que representa un incremento del 120% con relación a 2010.
Solón Guerrero, presidente de la Federación de Ganaderos de Nicaragua (FAGANIC), dijo que las exportaciones de ganado en pie a Venezuela durante 2011 generaron $143 millones, casi el triple de los ingresos obtenidos el año pasado.
Durante 2010, Nicaragua obtuvo $60 millones en concepto de la venta de 5,000 novillos al país suramericano, en el marco de un acuerdo múltiple de cooperación que incluye la venta de grandes cantidades de crudo venezolano a precios preferenciales. Guerrero dijo que esta relación ha beneficiado al sector ganadero local, debido a que las exportaciones bovinas se colocan a altos precios en el mercado venezolano.
Indicó que actualmente Nicaragua exporta ganado a Venezuela y a Centroamérica, pero a partir de 2012 se ha propuesto conquistar el mercado asiático y el europeo, con marcado interés en Rusia. Señaló que las exportaciones de ganado en pie y carne de bovino de este año rondarán los $600 millones, $80 millones más que en 2010. La cifra representa casi la cuarta parte de las exportaciones totales de Nicaragua, que este año alcanzarán un monto récord estimado en $2,300 millones.
FONTE: LA PRENSA GRÁFICA
PREÇOS MÍNIMOS PARA NEGOCIAÇÃO DIA 24/11/2011 INDICADOR ESALQ/CEPEA DE 23/11/2011 - PRAÇA RS Ver todas cotações Ver gráfico
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As tentativas de baixar a cotação do boi gordo no mercado aumentaram nos últimos dias. Pressionados pela queda na cotação da carne bovina no atacado, os frigoríficos tentam pagar menos pela arroba mas, na maioria dos casos, a escassez de animais trava as negociações.
Em São Paulo, o indicador de boi gordo da Esalq registrou recuo. Nas compras à vista, a arroba terminou esta qurta-feira cotada a R$ 107,73, queda de 0,67%. Nas compras a prazo, o recuo foi maior, de 1,62% e a arroba encerrou o dia em R$ 109,01. De acordo com a Scot Consultoria, em Goiás houve redução nos preços em Goiânia e no sul do Estado, e a rroba fechou a R$ 101,00 à prazo, livre de impostos.
No mercado futuro também foram observadas quedas. Os contratos com vencimento no próximo dia 30 encerraram o pregão avaliados em R$ 107,57, valor 1,09% menor que a cotação anterior. O dezembro sofreu recuo de 1,50% e ficou em R$ 104,30.
Confira AQUI as cotações das principais praças
Fonte: Portal DBO