sábado, 29 de janeiro de 2011

Carnes à Rússia

A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) entregou uma solicitação formal a Associação Nacional da Carne (ANC), sua congênere russa e entidade que representa as empresas importadoras daquele país, para que mais dois frigoríficos brasileiros – o Mafripar e o Rio Maria, ambos instalados no Pará, sejam habilitados a exportar para o mercado russo. O documento foi entregue no último dia 19 de janeiro, durante seminário técnico organizado pelo governo russo para debater e informar as condições de vendas de carne para aquele mercado, em Berlim, Alemanha. A Abrafrigo mantém um acordo de cooperação com a ANC, assinado em setembro passado, em Moscou.
O seminário técnico foi organizado na Alemanha para explicar o funcionamento da união aduaneira criada pela Rússia em conjunto com o Kazaquistão e Belarus. Nele foram apresentadas as exigências sanitárias para importação de carne bovina por estes países daqui para frente. Além do presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, e do diretor de Comércio Exterior da entidade, Thomas Kim, participaram do encontro Fernando Sampaio, da Abiec, Dr. Francisco Jardim, do Mapa e Rui Vargas, da Abipecs. “A Rússia é atualmente o maior importador de carne bovina do mundo e é muito importante a ampliação do número de fornecedores brasileiros para que possamos aumentar o volume de negócios com aquele país”, explicou o presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar.

FONTE: Abrafrigo

Mato Grosso vacina contra febre aftosa

Em fevereiro, deverão ser imunizados animais abaixo de 12 meses na zona de fronteira com a Bolívia. A expectativa é que 100 mil bovinos e búfalos recebam a dose contra a doença

Os produtores de Mato Grosso localizados na zona de fronteira com a Bolívia deverão imunizar os animais até 12 meses de idade contra a febre aftosa, a partir desta terça-feira, 1° de fevereiro. A expectativa do Ministério da Agricultura é vacinar 100 mil animais nesta primeira etapa da campanha de 2011. “A ação nesse local é importante para mantermos o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, cuidando para que esses animais jovens, considerados mais suscetíveis à doença, estejam devidamente imunizados“, informa a responsável pelo Programa de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa na Superintendência Federal de Agricultura no Mato Grosso, Ângela Vieira.
O lançamento oficial da campanha será nesta segunda-feira, 31 de janeiro, no município de Cáceres. Na ocasião, técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) vão definir a estratégia de vacinação nas cerca de 600 propriedades localizadas em 15 km de fronteira com a Bolívia. Participam da campanha os municípios de Porto Esperidião, Vila Bela da Santíssima Trindade e Cáceres.
Em fevereiro de 2010, os produtores imunizaram 100% dos animais abaixo de um ano. Essa é uma vacinação oficial, realizada nas regiões de maior risco para a doença. A ação conta com o trabalho dos técnicos do órgão estadual e é supervisionada pelos fiscais da Superintendência Federal de Agricultura no Estado.
Além das propriedades matogrossenses localizadas na zona de fronteira com a Bolívia, durante o ano, participam da campanha as fazendas da Zona de Alta Vigilância (ZAV) de Mato Grosso do Sul, os 12 municípios da Calha do Rio Amazonas, o Amapá e as terras indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos, em Roraima.
Os produtores devem aplicar a dose da vacina até o dia 28 de fevereiro. O prazo para entrega da declaração nas unidades locais das regionais de Cáceres e Pontes e Lacerda é até 10 de março.
O estado de Mato Grosso destaca-se, na área animal, na produção de carne bovina. Na área vegetal, é reconhecido como produtor de soja, milho e algodão.
Classificação
Em dezembro de 2010, o Ministério da Agricultura reconheceu 15 municípios da Bahia e de Tocantins e parte de três municípios do Amazonas e Rondônia como livres de febre aftosa com vacinação.
Hoje, 15 unidades da federação são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (World Organisation for Animal Health - OIE) como livres de febre aftosa com vacinação: Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal. Além disso, detêm esse status, a região Centro-Sul do Pará e os municípios de Guajará e Boca do Acre, no Amazonas. O estado de Santa Catarina é reconhecido pela OIE como livre da doença sem vacinação. Em risco médio estão Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí e a região Centro-Norte do Pará. Em alto risco estão Roraima, Amapá e as demais áreas do estado do Amazonas.

FONTE: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Autor: Kelly Beltrão

EMATER / RS

ACOMPANHAMENTO DE PREÇOS RECEBIDOS PELOS
PRODUTORES DO RIO GRANDE DO SUL
SEMANA DE 24.01.11 a 28.01.11

PRODUTOS UNIDADE PREÇOS EM R$

MÍNIMO MÉDIO MÁXIMO

ARROZ EM CASCA
saco 50 kg 20,00 22,68 24,50
FEIJÃO
saco 60 kg 70,00 72,75 80,00
MILHO
saco 60 kg 22,00 23,08 27,00
SOJA
saco 60 kg 44,00 45,49 47,50
SORGO
saco 60 kg 17,00 17,53 18,40
TRIGO
saco 60 kg 22,00 24,27 26,50
BOI GORDO
kg vivo * 3,00 3,18 3,40
VACA GORDA
kg vivo * 2,70 2,82 2,90
SUÍNO
kg vivo 2,30 2,46 2,70
CORDEIRO PARA ABATE
kg vivo * 3,40 3,80 4,00
LEITE
litro*** 0,52 0,62 0,68

FONTE: EMATER/RS - ASCAR


Bovinos de corte – O clima desfavorável na
Campanha e Zona Sul segue provocando uma
redução na oferta de animais para o abate. O
estado geral dos animais segue considerado
razoável na maioria dos municípios que compõem
a região, no entanto, já está sendo esperada uma
redução no número de nascimentos para próxima
Primavera, devido à diminuição da ocorrência de
cio nas fêmeas e o baixo índice de prenhez
observado. Nos municípios onde a falta da água
está mais acentuada, os criadores estão
encontrando dificuldades em relação à
dessedentação dos animais. Em muitos
municípios, a solução encontrada continua sendo
o fornecimento de água em carros-pipa,
principalmente naquelas propriedades com menor
infraestrutura de reservação. Nestes municípios
mais afetados, em geral por falta de água,
combinada à baixa qualidade da pastagem, está
havendo perda de peso.dos animais. Se persistir
tal situação de baixas precipitações, nos demais
municípios menos afetados, o quadro tende a
agravar-se também para estes, já que haverá uma
ampliação do déficit hídrico geral, que vem
ocorrendo em ambas regiões. Nas demais regiõe
do Estado, embora esteja sendo registrada
irregularidade na distribuição, a situação é
considerada satisfatória.
O desenvolvimento das pastagens é normal, o que
tem resultado em um bom desempenho da
atividade. A condição corporal dos animais é boa e
o desempenho reprodutivo, satisfatório. Nestas
regiões, os índices de ganho de peso estão dentro
do esperado para o período. O levantamento de
preços realizado nas principais praças de
comercialização, o preço médio do produto
continua apresentando uma tendência de alta,
devido a menor oferta de animais para abate na
principal região de criação. A vaca gorda passou
de R$ 2,80 para R$ 2,82 o kg vivo, aumento de
0,71% no período. Já o boi gordo teve aumento
maior no seu preço médio de comercialização,
passando de R$ 3,10 para R$ 3,18 o kg vivo,
aumento de 2,58% no período.

FONTE: EMATER/RS

Qual a melhor forma de vender carne no momento atual de mercado

Carne bovina é vista pelos consumidores como um produto especial. Churrasco é ainda mais especial. Em momentos especiais de nossas vidas, pedimos um bom pedaço de carne para comemorar. Nenhuma outra proteína animal é tão escolhida para momentos marcantes. Há uma relação muito forte, já estabelecida em muitos lugares do mundo, entre carne bovina e ocasiões comemorativas. Essa é uma das maiores forças da carne, e pode (precisa) ser mais explorada.
O preço da carne sempre foi alto em relação a outras proteínas e hoje está ainda mais alto. O consumo se mantém pois a renda do brasileiro (e de muitos outros países emergentes) cresce. No supermercado de Piracicaba/SP, onde moro, há carnes beirando os R$50/kg há várias semanas.
Vários outros produtos seguiram um caminho de diferenciação, saindo da commodity para maior especialização, foco em qualidade, sabor e formas de tornar cada produto especial, diferente e único. O exemplo clássico é o vinho. Há pouco tempo o Brasil só produzia vinhos baratos e ruins. Outros países como Argentina também não tinham fama de alta qualidade. Hoje todos investem em qualidade, em sistemas que garantam que o vinho seja o melhor possível, ao mesmo tempo que se procura reforçar o melhor de cada região e de cada variedade.
Outros bons exemplos são o café e o azeite. Há muito tempo se vendeu apenas quantidade, hoje há variedades, sabores, e preço superior. Como no vinho, o consumidor aprendeu a conhecer o que é bom e hoje procura isso. O caso do azeite é interessante pois mesmo as grandes marcas estão se dedicando a entregar qualidade superior. O azeite extra virgem é quase que uma unanimidade hoje e cada vez se procura mais diferenciação. A gôndola de azeites no supermercado de uma cidade média no Brasil é cheia de opções, regiões e variedades.
Mais do que tornar cada produto melhor, que pode ser feito utilizando as melhores práticas de produção e industrialização, o vinho, azeite e café procuram também valorizar o que há de especial, de notável, diferente em cada região e variedade. Isso gera variedade e escolha e é uma forma muito interessante de educar o consumidor a entender que há mais opções e que vale a pena fazer essa viagem de sabores.
Tudo isso pode ser muito aplicado a carne bovina, principalmente por ser um produto de ocasiões especiais.
Por outro lado, a carne bovina vem enfrentando problemas na questão de sabor e garantia. Um dos grandes debates de 2010 foi a maior frequência de casos de carne com sabor de fígado, ainda sem uma resposta defintiva sobre o problema. O fato é que enquanto outros alimentos se diferenciam e se vendem de forma mais rebuscada no Brasil, a primeira opção em alimento comemorativo está enfrentando um problema de baixa qualidade, ainda não resolvido.
Isso aumenta a urgência de ação. Há oportunidade: as mesmas tendências que impulsionam o mercado de café, vinho e azeite podem impulsionar o mercado de carnes especiais. As pessoas, no Brasil e no mundo, consomem opções especiais desses produtos pois têm mais renda, querem conhecer e degustar mais sabores. Outro fenômeno é o aumento das refeições fora de casa (típico de aumento de renda) e também o maior interesse por gastronomia (em casa ou fora dela). Há mais gente com renda, não só na classe C. Também há mais ricos no mundo.
E carne especial não é um produto apenas para ricos, mas um produto para ocasiões especiais. Quanto maior a renda, maior a frequência de consumo, mas muitas faixas de renda podem consumir produtos especiais, mesmo que não seja no dia-a-dia. Isso aumenta ainda mais o potencial de consumo.
No caso da carne bovina, há três vertentes possíveis de diferenciação. A primeira é a região. Há lugares onde a produção de carne bovina é mais propícia, e isso pode ser muito bem explorado. Isso pode acontecer desde o pampa gaúcho, até o vale do araguaia.
Outra oportunidade são as raças especializadas. Há clara comparação com as variedades de uvas para vinho. Cada uma com sua característica, diferenças e qualidades. É preciso explorar o que cada uma tem de bom. Mais do que tentar ser o melhor comparativamente, acredito que o mais eficaz é buscar produzir a carne de cada raça explorando o que se tem de mais peculiar, único e diferente. Da mesma forma que se busca fazer um excelente vinho Carmenére e não tornar essa variedade melhor que a Cabernet.
E a terceira oportunidade são os sistemas de produção. O gado terminado em confinamento ou com uso de grãos mais intenso (como o semi-confinamento) geralmente tem idade mais jovem e maior acabamento de gordura, duas exigências para maciez. Por outro lado, há uma tendência mundial em busca de alimentos naturais e a carne a pasto se insere perfeitamente nessa demanda.
Há espaço para cada um, não adianta bater de frente, mas cada um deve buscar seu segmento de mercado. Os consumidores que procuram uma carne mais magra (por questões de saúde e dieta) não são os mesmos que procuram uma carne especial para churrasco com mais gordura por exemplo. Ou pelo menos a ocasião de consumo não será a mesma.
Mais renda e mais conhecimento ampliam a variedade de interesses: há mais demanda por carne extra magra e mais demanda por carne especial para churrasco. O mercado não se afunila, mas se expande.
Criar formas de ensinar, educar o consumidor de forma inteligente sobre todas essas possibilidades é muito promissor e ainda tem um efeito positivo no combate aos ativistas anti-carne que adoram aproveitar o desconhecimento e espalhar sua versão dos fatos.
Outro ponto positivo da busca pela valorização da carne de qualidade é que os frigoríficos podem usar esse trabalho como maneira de melhorar o relacionamento com seus melhores fornecedores. Nesses tempos de baixa oferta, isso se torna ainda mais importante.
Importante reforçar que o principal motivo que as pessoas comem carne bovina não é o preço baixo ou porque os médicos recomendam para uma dieta saudável. As pessoas comem carne pois a consideram deliciosa. Sem esquecer dos atributos nutricionais, é fundamental se lembrar do motivo número 1, o sabor.
FONTE: BEEFPOINT

Diferença entre boi gordo e carne não muito atrativa para os frigoríficos

As vendas de carne bovina no mercado atacadista fluíram melhor e o preço do equivalente físico (valor proporcional do traseiro, dianteiro e ponta de agulha) subiu, principalmente em função da alta do traseiro.
Cotado em R$91,94/@, o equivalente físico se aproximou mais do preço do boi, registrando uma diferença de 9,85%. Mas ainda assim, está longe dos valores médios desde 2010. Veja a figura 1.

Desde o começo de 2010, a diferença média entre o preço do boi gordo e do equivalente físico ficou em 5,65%, ou seja, estes valores ficaram bem mais próximos desde janeiro de 2010.
Este é um dos fatores que tem dificultado o aumento dos preços do boi gordo, a grande diferença entre o que o frigorífico tem que pagar pelo boi (R$101,00/@) com o que ele recebe pela carcaça (R$91,94/@). Quanto maior esta diferença, pior a situação do frigorífico pois ele está pagando mais pelo gado sem necessariamente receber mais pela carcaça.
FONTE: SCOT CONSULTORIA

Empresa administrará 2 plantas do Grupo Arantes

Duas das 3 plantas frigoríficas do Grupo Arantes localizadas em Mato Grosso serão administradas por outras empresas. A medida consta no novo Plano de Recuperação Judicial do Arantes que prevê a criação da Nova Arantes, companhia que irá arrendar a unidade de Pontes e Lacerda (MT). Já o frigorífico de Canarana será leiloado para pagar parte da dívida estimada inicialmente em R$ 1,1 bilhão. Com estas modificações, o valor do débito sofre redução de até 90%. A nova empresa herdará um passivo calculado entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões.
O advogado do Arantes, Tomas Felsberg, explica que a dívida assumida pela empresa Nova Arantes será divida em debêntures (participações acionárias) entre os credores. As alterações no plano foram aprovadas na semana passada pelos credores. Segundo ele, o grupo terá 10 anos para vender todos os ativos. Também nesse prazo, a Nova Arantes terá que contribuir no pagamento de credores com seu lucro.
Conforme o novo plano, as unidades produtivas de Belo Horizonte e de Unaí (MG) serão submetidas a leilão judicial no prazo de até 180 dias a contar da homologação judicial do plano. O valor arrematado será destinado ao pagamento parcial dos credores com Garantia Real e dos Créditos Quirografários (que inclui os pecuaristas). A venda das unidades de Cachoeira Alta (GO), Canarana e Sertanejo servirá para pagar os demais credores.
Por outro lado, as plantas industriais de Jataí (GO) e Pontes e Lacerda permanecerão com o Grupo Arantes e serão arrendadas à Nova Arantes a partir do início de suas operações, pelo valor total de R$ 250 mil. Essa empresa ficará com os principais ativos do grupo, a Hans, em Jundiaí (SP), a Eder, em São Paulo (SP), ambas de embutidos, e a unidade de abate de Nova Monte Verde (MT).
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, explica que qualquer medida que venha quitar os débitos com os pecuaristas credores é bem vinda, já que o setor dava por perdido o valor da dívida do Arantes.

FONTE: Gazeta Digital
Autor: Vívian Lessa

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Atacado continua instável e mercado do boi gordo trabalha em ritmo lento

Nesta semana o mercado do boi gordo seguiu trabalhando em ritmo lento, com os compradores pouco empolgados com os negócios. Os frigoríficos seguem forçando novos recuos na arroba, mesmo com a oferta nas principais praças pecuárias do país não apresentando aumento significativo.
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 102,70/@ na última quarta-feira, acumulando variação negativa de 1,15% na semana. Nos últimos 7 dias, o indicador a prazo registrou queda de 0,36%, sendo cotado a R$ 104,86/@. Apesar da retração este valor ainda está 36,55% acima do apurado no mesmo período do ano passado. Será que teremos preços altos durante do todo ano de 2011? Clique para ver as opiniões de outros leitores do BeefPoint e deixe seus comentários.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio


Segundo o Cepea, o baixo volume de negócios está relacionado com a incerteza quanto às vendas de carne, que continua limitando as compras de boi gordo. "Os fechamentos ocorrem apenas quando há necessidade".
O grandes frigoríficos de São Paulo estão ofertando R$ 99,00/@ em lotes de boi gordo, mas nesses preços a oferta é reduzida e as plantas estão se abastecendo na sua maioria com animais provenientes de Estados vizinhos, principalmente Mato Grosso do Sul. Já os frigoríficos menores aceitam pagar um pouco mais e chegam a negociar a arroba até R$ 3,00 acima deste preço.
Caio Junqueira Neto, da Cross Investimento comentou no Twitter: "Negócios em SP de R$ 102,00 a R$ 104,00 à vista já foram confirmados em 2 praças diferentes".
Diogo Castilho, informou: "semana passada vendemos boi de R$ 102,00 à vista e R$ 105,00 no prazo. Hoje [ontem] vendemos boi de R$102,00 à vista com embarque imediato".
Segundo Gustavo Garcia, da ECCON Investimentos, "R$ 100,00 à vista em SP frigorifico não compra boi nem de desavisado mais". Ele afirma que as escalas seguem curtas.
Fabiano Tito Rosa, do Minerva alerta que a coisa não é bem assim. "Realmente tem um pouco de boi abaixo de R$ 100/@. A referência de mercado ainda é acima de R$ 100/@, mas começou a entrar um pingadinho abaixo. O fato é que para frigorífico grande, com boi de R$ 94,00 à vista no MS, R$ 93,00 à vista em GO, R$ 85,00 à vista no TO e R$ 90,00 à vista em RO. Boi de SP acima de R$ 100,00 não se justifica. Não tem por quê. Não pode".
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
Nesta semana o mercado futuro acumulou alta, com os contratos de boi gordo negociados na BM&FBovespa com vencimento mais próximo apresentando valorização. O primeiro vencimento, janeiro/11, que será liquidado na próxima semana, fechou a R$ 103,19/@ no pregão de quarta-feira, acumulando valorização de R$ 0,25 na semana. Os contratos que vencem em fevereiro/11 tiveram alta de R$ 0,52 no período analisado, fechando a R$ 101,52/@. Outubro/11 registrou recuo de R$ 0,49, fechando a R$ 102,01/@. Rogério Goulart, editor da Carta Pecuária, chamou a atenção para o fato dos contratos de fevereiro e outubro estarem valendo quase a mesma coisa.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 19/01/11 e 26/01/11

Segundo o Boletim Intercarnes, efetivamente não se observa excedente expressivo de ofertas. A procura também segue fraca, irregular e indefinida desestabilizando o mercado com relação a preços. A expectativa agora gira em torno da 1ª semana de fevereiro, que tende a uma recuperação com relação procura (atacado e varejo) e consequentemente um melhor equilíbrio e preços a nível atacado mais definidos.
No atacado paulista, o traseiro foi cotado a R$ 7,80, o dianteiro a R$ 4,80 e a ponta de agulha a R$ 4,50. O equivalente físico foi calculado em R$ 93,02/@, com recuo de 0,14% na semana. O spread (diferença) entre indicador e equivalente está em R$ 9,69/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina


Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico


Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 700,27/cabeça, com valorização de 3,78% na semana. Com esta variação e a retração nos preços da arroba do boi gordo, a relação de troca recuou para 1:2,42.
Rogério Goulart, editor da Carta Pecuária, comentou no Twitter que a oferta de animais de reposição está melhorando. "De segunda para cá já me ofertaram um total de 1.180 bois magros aqui no MS. Mais oferta agora que em dezembro".
Fabio Dias comentou que no Mato Grosso, "apesar das chuvas os pastos não me pareceram aquela coisa. Mas tem bastante bezerro mamando na beira da estrada".

FONTE: BEEFPOINT

Oferta de boi para abate será menor que a de 2010, diz Acrimat

De acordo com a associação, situação só se normaliza no final de 2013
Agência Estado
Suzana Inhesta
A situação crítica de oferta de boi gordo para abate em Mato Grosso, observada no ano passado, deve continuar em 2011 e pode até ficar pior, segundo o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Em entrevista por telefone à Agência Estado, Vacari ressaltou que, embora a recomposição do rebanho no Estado esteja ocorrendo, com uma diminuição do abate de fêmeas e nascimento de bezerros, o estoque de machos disponíveis para abate diminuiu.
– Veremos não só 2011 como um ano de oferta restrita de animais, mas 2012 e 2013 também. Conforme nossas previsões anteriores, a oferta irá se normalizar somente no final de 2013, início de 2014, quando os bezerros de hoje serão abatidos – disse.
Vacari previu para 2011 preços bastante firmes da arroba.
– Isso porque estamos levando em consideração somente a oferta, sem inserir a demanda, que deverá continuar crescendo. Se essa disponibilidade de animais será suficiente para atender a essa demanda, aí é tema para outro estudo – completou.
Segundo levantamento da Acrimat, com base nos dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) e do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estoque de machos disponíveis diminuiu em 2011 ante 2010, passando de 4,181 milhões de cabeças para 3,950 milhões de cabeças. Em 2012, as previsões são de que esse número aumente um pouco, para 4,053 milhões de cabeças, e, em 2013, quando a expectativa é de uma melhora real da oferta, o estoque de machos será de 4,540 milhões de cabeças.
– A situação fica ainda pior quando consideramos as idades próprias para abate – ressaltou Vacari.
No modelo atual de produção brasileira, a idade para se abater um boi é de 36 meses ou mais. Em 2011, a quantidade de machos disponíveis para a abate com esse tempo de vida é de 1,331 milhão de cabeças, 209,504 mil cabeças a menos que 2010. Em 2012, o número passa a 1,207 milhão de cabeças, recuo de 124,174 mil cabeças ante 2011. A trajetória de queda desses animais dessa idade continua em 2013, quando o número passa para 1,162 milhão de cabeças, 45,377 mil cabeças a menos que 2012.
Em contrapartida, o estoque de machos entre 24 e 36 meses tende a aumentar nos próximos anos. Na comparação de 2011 sobre 2010, ainda há registro de queda, de 21,759 mil cabeças de machos. Mas em 2012 ante o ano imediatamente anterior, o aumento será de 227,082 mil cabeças e, em 2013 sobre 2012, o avanço será de 532,646 mil cabeças.

fonte: AGÊNCIA ESTADO

Janeiro foi um mês “normal”?

A fim de tentar aproveitar oportunidades e melhorar o resultado da comercialização da produção, estudamos o comportamento dos mercados em períodos anteriores para tentar prever o futuro ou pelo menos trabalhar com maiores probabilidades, aumentando assim as chances de acerto. É disso que se trata a análise técnica aliada à fundamentalista: tentar estabelecer padrões de comportamento dos mercados aos estresses de demanda e oferta.
Janeiro tradicionalmente representa a boca da safra de bois, ou seja, é quando os pastos já se recuperaram da seca na maioria das praças pecuárias e se encontram em boas condições para a terminação do animal com um menor custo (sem suplementação). Desse modo, a oferta de bovinos para o abate costuma aumentar gradativamente a partir da segunda quinzena de dezembro até maio/junho.
O consumo também segue um comportamento tradicional. Com os gastos excessivos realizados em decorrência das festividades e viagens de férias em dezembro, o “aperto” começa a pesar e a demanda por carne bovina costuma esfriar nesse período, principalmente pelos cortes de traseiro. O aumento da demanda que ocorre em dezembro costuma elevar os preços nesse período, e posteriormente, em janeiro, o varejo não costuma baixar seus preços novamente, o que não estimula o consumidor.
As exportações também não favorecem a alta dos preços pecuários nesse período. Em dezembro os portos de alguns dos nossos principais clientes (Rússia, p.e.) costumam congelar fazendo cair a demanda externa por carne bovina brasileira.
Levando em consideração tais aspectos (aumento de oferta e redução de demanda), pode-se dizer que janeiro não é um mês muito promissor em termos de preços pagos ao produtor. Desde 1994, os preços se mantiveram ou caíram em 12 meses de janeiro, ou seja, 70% das vezes.
E janeiro de 2011 não está sendo diferente. O consumo de carne bovina se mostra enfraquecido diante de preços altíssimos para o produto e preços em queda para as proteínas concorrentes (queda de 10% para o frango e 16% para o suíno). As exportações também não desapontaram e vêm patinando desde o fim do ano passado. Mas a surpresa tem sido a oferta de animais terminados. Apesar de as chuvas já terem chegado com força, a oferta continua lenta e o volume de negócios pequeno. Tudo bem, os preços caíram em janeiro, mas não se fosse a demanda enfraquecida, certamente os preços teriam encontrado sustentação, já que ainda se encontram acima dos R$100,00/@ em São Paulo.
Bom, após essa análise, o que esperar de fevereiro? Desde 1994 foi possível observar 7 quedas, ou seja, 41% das vezes. Fevereiro também representa um mês de maior oferta, mas a volta às aulas e a melhora da demanda externa costumam aquecer as vendas. Se a confirmação dessas expectativas virá, saberemos apenas no fim do mês. De toda forma, o estudo dos mercados aumenta as chances de melhorar a comercialização.

FONTE: www.agroblog.com.br / autor Lygia Pimentel

Grupo russo conhece tecnologia de ponta do Hereford gaúcho

Porto Alegre – A terceira maior importadora privada de carne bovina e suína da Rússia visitou fazendas do Rio Grande do Sul, a convite do Projeto Brazilian Hereford & Braford (BHB), parceria da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB) com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

A visita ocorreu de 17 a 22 de janeiro, em nove fazendas gaúchas, duas centrais de inseminação artificial e uma exportadora de produtos agrícolas – todas participantes do projeto BHB – além das sedes da Embrapa Pecuária Sul e ABHB, em Bagé (RS).
O representante da empresa, Vadim Churilov, reconheceu a qualidade da genética da raça desenvolvida no Estado, e ressaltou sua percepção positiva em comparação a outros países vendedores como Austrália e Canadá, o que deve gerar negócios com o Brasil: “A genética das raças Hereford e Braford do Brasil parece mais consistente e oriunda de tecnologia de ponta, orientada para a maximização da produção de carne de qualidade, que é o que buscamos”, afirmou o executivo russo.

Churilov assegurou que existe possibilidade de sua empresa adquirir, ainda neste ano, sêmen e embriões brasileiros. Quanto à compra de gado em pé, reafirmou interesse na aquisição de 48 mil cabeças de gado Hereford da Austrália, Canadá e Brasil, sendo que entre 25 mil e 30 mil cabeças de gado seriam compradas no Brasil.
“Apesar do protocolo sanitário entre o Brasil e a Rússia ainda estar em negociação, estamos investindo no mercado russo porque acreditamos no seu potencial”, afirma o gestor do projeto BHB na Apex-Brasil, Avay Miranda.

“Queremos estar bem posicionados como fornecedores quando o protocolo for assinado, e temos fortes indícios de que estamos sendo bem-sucedidos”, completa, lembrando que o BHB também está abrindo mercado na Bolívia, na Colômbia e na África.
O empresário russo também salientou que a empresa que representa tem intenção de levar tecnologia de transferência de embriões brasileira para a Rússia. A ideia seria montar centros tecnológicos com base na genética brasileira. O gerente executivo do projeto Brazilian Hereford & Braford, Fernando Schwanke, comentou que “após conduzir o grupo russo por cabanhas de Hereford e Braford do Rio Grande do Sul e ouvir as manifestações do grupo, temos a certeza que o Brasil está pronto para brigar no mercado internacional e começar a fazer negócios com a Rússia”.
Uma missão comercial brasileira do projeto Brazilian Hereford & Braford (BHB) deve ir à Rússia ainda neste ano. Em maio do ano passado, uma comitiva do BHB esteve por 14 dias naquele país prospectando negócios.

Veja a lista de empresas parceiras do BHB visitadas pela empresa russa:
1) Fazenda São Jorge – Aceguá (RS)
2) Estância São Francisco – Bagé (RS)
3) Estância Santa Maria – Bagé (RS)
4) Progen Inseminação Artificial Ltda. – Dom Pedrito (RS)
5) Estância Guatambu – Dom Pedrito (RS)
6) Cort Genética do Brasil – Uruguaiana (RS)
7) Agropecuária Santa Ana – Uruguaiana (RS)
8) Fazenda Touro Passo – Uruguaiana (RS)
9) Nova Aurora e Anjo da Guarda – Uruguaiana (RS)
10) Fazenda do Bolso – São Gabriel (RS)
11) Fazendas Irapuá – Cachoeira do Sul (RS)
12) Agroexport – com sede em Uberaba (MG)

FONTE: COMEX DO BRASIL

Confira a entrevista com Lygia Pimentel - Consultora - XP Investimentos

Confira a entrevista com Lygia Pimentel sobre o mercado do Boi Gordo



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

ENTREVISTA: Confira a entrevista com Maria Gabriela Tonini - Scot Consultoria

Boi Gordo: mercado continua pressionado com o ligeiro aumento da oferta, mas frigoríficos ainda não conseguem derrubar o preço da arroba. Negócios só acontecem acima de R$ 100,00/@ em São Paulo



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

BOI/CEPEA: Negócios ocorrem apenas quando é necessário

Cepea 27 – A incerteza quanto às vendas de carne continua limitando as compras de boi gordo, conforme pesquisas do Cepea. Assim, os fechamentos ocorrem apenas quando há necessidade. A oferta de animais para abate em São Paulo se mantém reduzida. Nos últimos dias, apenas frigoríficos que compraram fora do estado, principalmente em Mato Grosso do Sul, conseguiram escalas de abate mais confortáveis. Entre 19 e 26 de janeiro, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa teve queda de 1,15%, fechando a R$ 102,70 nessa quarta-feira, 26. Na parcial do mês, a baixa é de 1,94%.

Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

Exportação de gado em pé: problema ou oportunidade?

Esta semana noticiamos o agendamento de um embarque de animais vivos do Pará para o Egito. São 16 mil animais que serão embarcados no porto de Vila do Conde em um navio da empresa australiana Wellard. "Os negócios que resultam em benefício para os produtores do Pará são bem vindos e têm todo o apoio do governo", garantiu o secretário de Estado de Agricultura Hildegardo Nunes.
De tempos em tempos surge aqui no BeefPoint a discussão sobre os benefícios ou prejuízos da exportação de gado vivo para o Brasil.
Na maioria das vezes produtores avaliam que esta é uma boa oportunidade, já que ajuda no escoamento da produção e o navio se apresenta como mais um concorrente no mercado. Este pensamento pode ser encontrado em comentários como o do José Manuel de Mesquita: "Ainda bem que não conseguiram bloquear este tipo de operação, apesar de terem tentado. Atualmente é a única forma de escapar dos grandes "monopólios de abate". Que tal tipo de comercialização seja incentivado, protegido e difundido, quem sabe assim as coisas mudam por aqui".
Por outro lado, existem muitos que pensam diferente, essas opiniões convergem para a questão do bom desenvolvimento do setor. Os argumentos são que esta modalidade de exportação traz poucos ganhos para o setor e para o Brasil, já que gera empregos em outros países e couro e miúdos também são processados no exterior.
Desta forma separei alguns dados que nos ajudam a entender um pouco como está a evolução deste tipo de negociação, bastante criticada por uns e elogiada por outros, mas que com certeza veio para ficar e deve ser acompanhada de perto.
Se fizermos uma comparação com o número de animais abatidos do IBGE ( janeiro a setembro), temos que o volume de gado exportado vivo ainda é pequeno e representa algo em torno de 2% ou 3% de tudo o que foi abatido no Brasil durante os 3 primeiros trimestres de 2010 (22.055.512 de cabeças). Mas o crescimento deste tipo de operação tem sido interessante - em 2010 o volume cresceu 24%.
Vale lembrar que até o momento a influência da exportação de boi em pé tem sido bastante regional, com a maioria dos embarques acontecendo no Pará. O que temos que avaliar é se esse crescimento é uma tendência, apenas um pequeno nicho de mercado ou uma oportunidade momentânea.
Gráfico 1. Exportações brasileiras de gado em pé


Gráfico 2. Evolução das exportações de gado em pé em 2010



Gráfico 3. Origem das exportações de gado em pé em 2010


Gráfico 4. Destino das exportações brasileiras de bovinos vivos em 2010


FONTE: BEEFPOINT

Consumo per capita de carnes dá salto de 17,5% em dez anos

O brasileiro consumiu, em 2010, 94 quilos de carne -considerando a bovina, a suína e a de frango-, um crescimento de 17,5% em relação ao consumo per capita de 80 quilos em 2001.
A constatação é de estudo da consultoria Informa Economics FNP. Por ano, a taxa média de crescimento foi de 1,6% para todas as carnes.
As aves lideram essa expansão. Entre 2001 e 2010, a carne de frango ultrapassou a bovina como a mais consumida no país, passando de 31 quilos por habitante/ano para 44,7 quilos no ano passado, um aumento de 44%.
Já o consumo de carne bovina permaneceu estável em relação a 2001, em 35 quilos por habitante por ano. Mas teve uma significativa recuperação ante 2009, quando ficou em 32 quilos.
Apesar de recentemente ganhar espaço na mesa do brasileiro, o crescimento do consumo per capita de carne suína é modesto em dez anos, de 2,8%. No ano passado, ficou em 14,8 quilos por habitante por ano.
Em relação a outros países em desenvolvimento, a alimentação do brasileiro é muito superior do ponto de vista de proteína animal. A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) estima que só em 2030 o consumo per capita das três proteínas nesses países atingirá 37 quilos - no Brasil, já são 94 quilos.
Segundo o autor do estudo da Informa Economics FNP, o economista José Vicente Ferraz, essa evolução no país reflete o aumento da renda média da população.
E, diante do potencial do mercado interno, Ferraz diz que há dúvidas se o Brasil será capaz de suprir a demanda de países que entram na trajetória de aumento do consumo, como China e Índia.

FONTE: Folha de São Paulo

Carne orgânica quer mercado gaúcho

A Associação Brasileira de Produtores de Animais Orgânicos começou um movimento para introduzir, no Rio Grande do Sul, o consumo de carne bovina orgânica. A ponta de lança está sendo o Riverside´s Restaurant Group, que passou a encomendar 800 quilos de picanha de carne orgânica/mês destinada aos seus três restaurantes. O presidente da associação, Henrique Balbino, esteve em Porto Alegre, na semana passada, sondando o mercado e acredita que o consumo aumentará quando a carne chegar aos supermercados locais. A associação, que usa a marca Boi D´Terra, está trabalhando com o frigorífico Friboi, que abate 8 mil animais criados de forma orgânica por ano, muito pouco perto do seu abate diário de 15 mil bois, mas já suficiente para começar a desbravar o mercado. Carne orgânica II O próprio Balbino possui uma fazenda de 7.500 hectares, em Tangará da Serra, Mato Grosso, onde cria 5 mil animais nelore de forma orgânica. Criar boi orgânico é 40% mais caro que o tradicional, mas o preço da carne, também mais cara, rende o dobro, segundo Balbino. Além, é claro, das grandes perspectivas que se abrem com a decisão das pessoas de consumir uma carne oriunda de animais que pastam em locais controlados, sem agrotóxicos, sem complementos alimentares ou outros produtos não naturais. O aumento do consumo de tal carne, segundo Balbino, é irreversível. A associação já dispõe de um rebanho de 100 mil animais certificados

FONTE: ABRAVA SINDRATAR

MS quer aumentar alcance do Programa Novilho Precoce

A secretária de Produção (Seprotur), Tereza Cristina da Costa Dias, participou ontem de manhã da primeira reunião do ano da Câmara Setorial da Bovinocultura e Bubalinocultura de Mato Grosso do Sul. A reunião serviu para fazer um balanço das ações e conquistas de 2010 e estabelecer as metas a serem trabalhadas ao longo de 2011. Tereza Cristina afirmou que a pecuária teve grandes ganhos no ano que passou e citou conquistas como o ajuste do rebanho, a unificação do banco de dados e a criação do Fundo para as culturas de milho e soja (Fundems).
O coordenador da Câmara, José Lemos Monteiro, abriu os trabalhos falando da importância do planejamento na atividade e avaliando os resultados obtidos no último ano. "Precisamos melhorar nossas proposições e tornar nossos argumentos mais atrativos", ponderou Monteiro que também anunciou que pretende defender a criação de um fundo da pecuária, a exemplo da conquista obtida pela soja e milho em 2010.
Para Tereza, 2011 tem que ser um ano de avanços quantitativos no Programa Novilho Precoce e para isso garantiu a liberação de técnicos para palestras em sindicatos rurais do interior do Estado a fim de formar multiplicadores do programa. "Quero que vocês me tragam os problemas para irmos em busca das soluções. Temos também que mobilizar nossa bancada federal, principalmente no que diz respeito ao não contingenciamento dos recursos para o setor", ressaltou.
Os integrantes da Câmara setorial ficaram bastante animados depois de ouvirem a secretária e se comprometeram a fomentar ainda mais a participação dos produtores no Programa Novilho Precoce. A meta é chegar a, pelo menos, 450 mil cabeças até o final de 2011. Uma nova reunião da Câmara setorial da bovinocultura e bubalinocultura já ficou agendada para o dia 21 de fevereiro, quando então o coordenador José Lemos Monteiro se comprometeu a apresentar novas propostas para a expansão do Programa. Monteiro também adiantou que nesse próximo encontro divulgará os preparativos para o Congresso Internacional da carne que acontece em junho desse ano em Campo Grande.
A Câmara, que foi criada em 2003, conta com a participação de representantes de entidades ligadas ao setor, entre elas a Acrissul, Agraer, Associação Brasileira de Pecuária Orgânica (ABPO), Associação Sul Matogrossense de Produtores de Novilho Precoce, Banco do Brasil, CRMV/MS, Embrapa, Famasul e Iagro, que trabalham no fomento ao aprimoramento técnico e quantitativo do setor.

FONTE: Dourados Agora, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

Rossi quer reforçar laço com o setor privado

A reformulação da política agrícola no País, por meio da parceria entre governo e iniciativa privada, foi tema de reunião entre o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, nessa terça-feira (25), em Brasília. "Essa medida faz parte do nosso processo de modernização do ministério, que também envolve um seguro rural mais abrangente, ligado não apenas às questões climáticas, como mercadológicas", afirmou Rossi.
Para resolver essa questão, o diálogo com o setor privado é considerado fundamental. "Ouvir os produtores e suas reivindicações é importante para darmos uma resposta mais rápida e adequada às demandas dos produtores e da sociedade", disse.
Além da reformulação da política agrícola, Rossi enfatizou a importância do trabalho conjunto para o desenvolvimento de políticas para o setor. Entre as mudanças, a forma de atuação do ministério, a relação com os produtores rurais e o desenvolvimento de programas de interesse da agricultura nacional.
Rossi lembrou aos técnicos as prioridades de sua gestão para os próximos quatro anos. Ele disse que o governo pretende criar um sistema de financiamento específico para a pecuária e simplificar os processos de registros dos produtos agrícolas. Durante a reunião, Kátia Abreu apresentou ao ministro o andamento do Projeto Biomas, desenvolvido em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura.

FONTE: DCI - Diário do Comércio & Indústria

Programa Agregar-RS Carnes tem crescimento constante

O Programa Estadual de Desenvolvimento, Coordenação e Qualidade do Sistema Agroindustrial da Carne de Gado Vacum, Ovino e Bufalino - Agregar-RS Carnes, instituído em 2002, com o objetivo de estimular o abate em frigoríficos credenciados e sob inspeção oficial, vem crescendo ano a ano.
Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, o programa veio para aumentar a sanidade de produtos consumidos pela população devido ao crescimento do abate sob inspeção oficial. "Também auxilia no desenvolvimento da cadeia produtiva da carne, tanto pelo incremento de mercado, quanto pelos créditos fiscais oferecidos", afirma o secretário.
O Agregar-RS Carnes concede crédito presumido de 3,6% sobre o valor da nota fiscal de entrada de gado adquirido de produtor estabelecido no Rio Grande do Sul e benefício adicional especial de crédito presumido de 4% nas saídas internas, decorrentes de venda ou de transferência para estabelecimento da mesma empresa, de carne e produtos comestíveis resultantes do abate de gado vacum, ovino ou bufalino.
De acordo com o técnico da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) Paulo Renato Spannenberg, o abate de bovinos foi o que mais cresceu nesses oito anos de programa, chegando, no ano passado, a 1.667.658 cabeças abatidas com concessão de crédito via Agregar.

FONTE: Governo do Estado do Rio Grande do Sul

Programa incentiva Boas Práticas Agropecuárias

Grupo interministerial irá fomentar técnicas baseadas na melhoria da gestão nas propriedades, uso racional da água e controle sanitário

Melhorar a qualidade dos produtos agropecuários, garantir condições adequadas de trabalho nas propriedades rurais e preservar o meio ambiente. Essas são as metas do Programa Nacional de Fomento às Boas Práticas Agropecuárias. A ação será desenvolvida pelos ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Trabalho, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com o setor produtivo. Instituído pela Portaria Interministerial nº 36, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 26 de janeiro, o programa visa o desenvolvimento de políticas públicas de apoio à adoção de boas práticas agropecuárias em propriedades rurais. Busca, ainda, a promoção de eventos de divulgação e capacitação de técnicos e produtores.

Representantes dos órgãos envolvidos no projeto vão formar o Comitê Gestor que será responsável pela implantação do programa em todo o Brasil. Cada órgão terá um prazo de 60 dias para propor um Plano de Ação operacional. As propostas serão articuladas com as ações em curso nas instituições participantes. O Comitê será composto por um representante de cada órgão e presidido pelo Ministério da Agricultura. “A ideia é implantar o projeto em conjunto também com o Sistema S e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) nos estados”, destaca o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura, José Maranhão.


As técnicas de boas práticas agropecuárias estão fundamentadas na melhoria na gestão de propriedades, uso racional de insumos e recursos hídricos, controle sanitário e ações de bem-estar animal. “Além disso, temos a produção nos moldes do sistema orgânico, o uso da agricultura irrigada, a Integração Lavoura-Pecuária, o Plantio Direto na Palha e a Produção Integrada”, explica o diretor do Departamento de Sistemas de Produção e Sustentabilidade do Ministério da Agricultura. “Essas ações garantem um produto final mais competitivo no mercado, resultado de um sistema de produção sustentável, o que gera alimentos seguros”, diz.

Para o diretor, é importante que o produtor rural tenha uma gestão adequada da sua propriedade, desde a administração da fazenda, garantindo condições adequadas de trabalho aos seus funcionários, além do respeito ao meio ambiente e da adequação dessas terras às leis ambientais. O diretor destaca os investimentos em manejo e a escolha correta dos produtos que podem ser usados no cultivo, como insumos, fertilizantes e agrotóxicos. A difusão das Boas Práticas Agropecuárias tem a vantagem de diminuir a quantidade de resíduos de agrotóxicos nos produtos e incentivar a produção mais sustentável, com o aumenta do emprego de produtos orgânicos. “Trata-se de um conjunto de ações para produção de alimentos que ofereçam menos riscos à saúde. Quando os agricultores aplica rem essas práticas em todo o processo, os produtos nacionais certamente serão valorizados”, aponta o diretor.


Agricultura de Baixo Carbono

Exemplos de boas práticas agropecuárias também podem ser vistos no Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), uma das principais ações adotadas na safra atual pelo Ministério da Agricultura, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Além de oferecer financiamento a produtores rurais, o governo promove estudos por meio da Embrapa. Garante também capacitação profissional para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF), que contribuem para a preservação das áreas de produção. “O Programa Nacional de Fomento ás Boas Práticas Agropecuárias vem reforçar as metas do Programa ABC”, destaca o diretor do Ministério da Agricultura, José Maranhão.


Saiba mais

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) - O programa Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) está no foco da chamada “agricultura verde”. O sistema combina atividades agrícolas, florestais e pecuárias, promovendo a recuperação de pastagens em degradação. A área utilizada nesse sistema pode ser aumentada em quatro milhões de hectares nos próximos dez anos. A previsão é que o volume de toneladas de dióxido de carbono (CO2) diminua entre 18 milhões e 22 milhões no período.

Recuperação de pastagens degradadas - Com o incentivo do programa ABC, a meta do governo é ampliar, nos próximos dez anos, a área atual de pastagens recuperadas de 40 milhões de hectares para 55 milhões de hectares. O maior uso da tecnologia vai proporcionar, no período, a redução da emissão de 83 milhões a 104 milhões de toneladas equivalentes dos gases de efeito estufa.


Plantio Direto - No uso do plantio direto, estima-se a ampliação da área atual em oito milhões de hectares, de 25 milhões para 33 milhões de hectares, nos próximos dez anos. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 milhões a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. Além de promover o sequestro de dióxido de carbono da atmosfera, o plantio direto é exemplo de agricultura conservacionista, mantendo a qualidade dos recursos naturais, como água e solo.

Plantio de Florestas - Outra solução para a questão ambiental está no plantio de florestas comerciais, como eucalipto e pinus. Quanto mais difundido o plantio dessas espécies, maior é o sequestro dióxido de carbono (CO2) da atmosfera na fotossíntese. A intenção do governo é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a dez milhões de toneladas de CO2 equivalentes, no período de dez anos.


Fixação Biológica de Nitrogênio - A técnica de fixação biológica de nitrogênio tem como base o uso de plantas leguminosas, associado à cultura comercial, para suprir a necessidade de minerais necessários como adubação. Com isso, o produtor rural substitui a adubação mineral para o fornecimento de nitrogênio às culturas agrícolas. Esse material costuma ser caro e seu uso inadequado pode produzir impactos ambientais negativos.


FONTE: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Autor: Sophia Gebrim

Índia é um dos maiores exportadores mundiais de carne

Confesso que para mim foi uma surpresa. A Índia está entre os quatro maiores exportadores mundiais de carne, perdendo apenas para o líder Brasil, EUA e Austrália. Detalhe: o pais asiático embarca somente carne de búfalo. Em 2009, foram vendidas 700 mil toneladas. Já EUA e Brasil comercializam carne bovina.
Conversei em Buenos Aires, durante o Congresso Mundial da Carne, lá realizado na semana passada, com Rashid Kadimi, presidente da All Índia Meat & Livestock Exporters Association, empresa que abate 15 mil cabeças de búfalos ao dia e cuja sede fica em Mumbai. Manda carne para a África, países do Sudeste da Ásia (Filipinas, Tailândia), entre outros. Kadimi revelou que estava na Argentina fazendo contatos visando ampliar o mercado.
Ele acredita que dois países vão se sobressair ainda mais no tabuleiro futuro do comércio internacional de carne: Brasil e Índia. Sob o ângulo dos importadores, China e Rússia deverão intensificar suas compras a médio e futuro prazos. Segundo Kadimi, a Índia possui 97 milhões de cabeças de búfalos. É um rebanho e tanto.
Kadimi lembra que seu país não exporta carne bovina. Mas está enganado quem pensa que nenhum indiano come carne de vaca. “Os cristãos a consomem”, revela Kadimi.
Sebastião Nascimento


FONTE: AGROBUFALO

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Visitas de colombianos e bolivianos começam no próximo domingo (30)

O BHB, após receber a missão do grupo russo, se prepara para receber a visita de colombianos e bolivianos interessados em conhecer a genética Hereford e Braford Brasileira.
O grupo composto por 10 empresários chega em Porto Alegre dia 30, permanecendo no estado até o dia 04/02. Percorrerá criatórios da Fronteira Oeste participantes do BHB e o Frigorífico Silva, parceiro do Programa Carne Certificada Pampa. Está previsto também a assinatura de um convênio de cooperação técnica entre a ABHB e a ASOHereford e Braford colombiana, bem como, o agendamento da visita de um inspetor técnico do registro genealógico brasileiro para realizar inspeção inicial em ventres bolivianos ainda no 1º semestre desse ano.

Fonte: Associação Brasileira de Hereford e Braford

Chove no sul do Rio Grande do Sul, mas a seca continua

A aproximação de uma frente fria e o ar muito quente formaram nuvens carregadas no sul do Rio Grande do Sul. Pancadas de chuva moderadas a fortes ocorreram em algumas cidades na tarde desta quarta-feira. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 18 milímetros de chuva em Bagé, em apenas 1 hora. Em Santana do Livramento foram quase 27 milímetros acumulados nesta tarde, até as 16 horas. Em Quaraí choveu 14 milímetros, em 2 horas. Em Uruguaiana, somando a chuva da madrugada e da tarde de hoje, choveu quase 24 milímetros, até as 16 horas.
Essa chuva foi mais do que bem-vinda, aliviando o intenso calor e molhando um pouco a terra, mas infelizmente é muito pouca para terminar com o quadro de seca na região.
A nova frente fria que está chegando ao Rio Grande do Sul vai facilitar a ocorrência de chuva por todo o Estado até o sábado. A partir do domingo e durante a semana que vem, a chance de chuva no sul gaúcho será baixa novamente.





























Muitas cidades do sul do Rio Grande do Sul, área próxima da fronteira com o Uruguai, estão em situação de emergência por conta da falta de chuva volumosa nos últimos meses. A situação de Bagé é uma das mais críticas. Pela medição do Instituto Nacional de Meteorologia, de agosto a dezembro de 2010, choveu muito menos do que o normal em quase todos os meses. O mês menos seco foi setembro, quando choveu aproximadamente 120 milímetros, sendo que a média normal de chuva fica em torno de 149 milímetros.
A falta de chuva desde a primavera vem sendo sentida em praticamente todo o Rio Grande do Sul, mas a deficiência mais grave vem sendo observada na fronteira com o Uruguai. A seca está causando grandes prejuízos na agricultura, na pecuária e também forçou o racionamento de água para a população. Esta situação no Rio Grande do Sul é um dos efeitos mais marcantes do fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas na porção central-leste do Oceano Pacífico, que abrange a costa do Peru

FONTE: CLIMATEMPO

Confira a entrevista com Élio Micheloni Jr. - Analista de Mercado - Icap corretora

Boi Gordo: mercado caminha estável, com tendência de alta para o início da próxima semana. Demanda é retomada pelo consumo, mas a oferta ainda é escassa em todo o país. Milho mais caro pode diminuir volume do confinamento.



FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Evolução da produção mundial e brasileira de carnes

A produção brasileira de carnes cresceu significativamente nos últimos anos, em proporção superior à mundial.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 2000 a 2010, as produções mundiais de carne bovina, suína e de frango subiram 6,0%, 19,8% e 39,6%, respectivamente. Observe a tabela 1.

Já para o Brasil, ainda segundo o USDA, os aumentos na produção das carnes bovinas, suínas e de frango, no mesmo período, foram de 40,3%, 57,7% e 91%, respectivamente.
O principal motivo da evolução da produção foi o aumento da produtividade.

FONTE: SCOT CONSULTORIA

URUGUAI - MERCADO FÍSICO DE GADO

SEMANA DE 16 A 22 DE JANEIRO DE 2011

Jan
16
2011
Jan
22
2011

Precios promedios para razas carniceras y sus cruzas.
A levantar del establecimiento con pagos hasta 30 días.
Destare promedio del 5% al 7% s/ condiciones carga estipuladas.

SEMANA ANTERIOR

SEMANA ACTUAL

Terneros *
hasta 160 kg
USD / Kg
1,95-2.052.05-2.15
Terneros *
160 a 200 kg
USD / Kg
1,95-2.052.05-2.15
Novillitos
201 a 240 kg
USD / Kg
1,85-1.951,90-2.05
Novillos
241 a 300 kg
USD / Kg
1,65-1.801,75-1.90
Novillos
301 a 360 kg
USD / Kg
1,50-1.601,55-1.65
Novillos
más 360 kg
USD / Kg
1,45-1.551,50-1.60
Terneras
hasta 160 kg
USD / Kg
1,45-1.551,55-1.65
Terneras
160 a 200 kg
USD / Kg
1,45-1.551.55-1.65
Vaquillonas
201 a 240 kg
USD / Kg
1,35-1.451,40-1.50
Vaquillonas
más 240 kg
USD / Kg
1,30-1.401,40-1.50
Vaquillonas y Vacas Preñadas
USD / Kg
430-480440-500
Vacas de Invernada
USD / Kg
1,18-1.281,25-1.35
Piezas de Cría
USD / Kg
260-300280-320

* Los precios de punta de la categoría Terneros, corresponden a los Terneros más livianos destetados, castrados y de razas definidas.

Operaciones realizadas por asociados de la A.C.G.

Comentario

CON MUY POCA OFERTA. MERCADO DEMANDADO.


FONTE: LOTE 21