Plaza Rural – Hotel Sheraton – 5 y 6 de setiembre
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Remate 114 (US$/k o US$/cabeza)
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Dif %
| ||||
Oferta
|
Máximo
|
Mínimo
|
Promedio
|
Remate 113
| |
Vacunos | |||||
Terneros – 140 kg |
529
|
3,45
|
2,85
|
3,06
|
0,0%
|
Terneros 140 a 180 k |
1.330
|
3,11
|
2,46
|
2,76
|
5,6%
|
Terneros más de 180 k |
1.309
|
2,80
|
2,45
|
2,61
|
3,2%
|
Terneros |
3.168
|
3,45
|
2,45
|
2,72
|
3,8%
|
Terneros/Terneras |
462
|
2,81
|
2,26
|
2,48
|
x
|
Novillos 1-2 años |
1.023
|
2,50
|
1,94
|
2,13
|
2,4%
|
Novillos 2-3 años |
543
|
2,09
|
1,95
|
2,03
|
7,4%
|
Novillos + 3 años |
285
|
1,84
|
1,80
|
1,84
|
-0,5%
|
Novillos Holando |
223
|
1,79
|
1,40
|
1,56
|
4,0%
|
Terneras |
1.710
|
2,80
|
1,95
|
2,27
|
0,9%
|
Vaquillonas 1-2 años |
886
|
2,27
|
1,80
|
2,01
|
1,5%
|
Vaquillonas +2 años |
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
Vacas de invernada |
1144
|
1,77
|
1,60
|
1,67
|
6,4%
|
Vientres preñados |
1.492
|
955
|
600
|
810
|
15,2%
|
Vientres entorados |
x
|
x
|
x
|
x
|
x
|
Piezas de cría |
462
|
510
|
400
|
433
|
14,2%
|
Fuente: Plaza Rura
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Preços de gado no URUGUAI
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Diferença entre boi gordo e carne bovina no atacado é recorde
Um dos indicadores de tendência para o valor da arroba do boi gordo é a diferença entre as cotações do Índice Esalq/BM&F do boi gordo e o Equivalente Físico (valor por quilo da carne bovina no atacado transformado em valor por arroba). Este indicador é chamado de spread entre o boi gordo e o equivalente físico.
O spread dá uma ideia de como está a margem bruta dos frigoríficos. Não é um valor exato dessa margem, pois a indústria tem diversos outros produtos além da carne, mas ajuda bem a entender a situação média dos frigoríficos. Em geral, o preço da carne está abaixo do preço do boi gordo, lembrando que o frigorífico vende uma série de subprodutos, além da carne bovina.
O spread sinaliza justamente a situação da margem da indústria. Caso a diferença entre o boi gordo e o equivalente físico seja negativa, a margem dos frigoríficos estão em situação melhor do que quando o spread é positivo. Ou seja, quando o frigorífico vende a carne no atacado a valores maiores do que compra o boi gordo, o spread é negativo; e quando o valor da arroba do boi gordo está maior do que o equivalente físico, o spread é positivo. Resumindo, spread negativo é igual a boas margens, e spread positivo é igual à menores margens para a indústria.
Neste momento, estamos vivendo uma situação muito rara. O preço da carne está muito acima do preço do boi gordo. Quando isso ocorre, de duas uma: ou o preço do boi sobe, ou o preço da carne baixa. Essa diferença chegou a -5,0 no dia 30/ago, a menor diferença já registrada. Neste dia, o Índice Esalq/BM&F estava R$92,77 e o Equivalente Físico estava R$98,36.
Repare no Gráfico 1 que o equivalente físico é de maneira geral sempre menor do que o Indicador do boi gordo (spread positivo), e analisando as médias mensais, percebe-se que raramente a carne tem picos de aumento que chegam a encostar ou ultrapassar o boi. O valor do mês de set, de R$100,60 é a média dos dois primeiros dias úteis, 03 e 04.
Da mesma forma, veja no Gráfico 02 a situação atual do spread, em níveis mínimos históricos neste mês e em tendência de baixa desde jan/11. Novamente, o valor de set/12 de -R$5,65 é a média dos dois primeiros dias úteis, 03 e 04.
Mesmo com o Indicador em valorização de 7% desde seu menor valor do ano, em 02/ago (R$88,71/@) até 04/set (R$102,93/@), a carne bovina está com valorização maior no mesmo período, de 15%, com o equivalente físico saindo de R$89,48/@ e chegando a R$102,93/@.
Gráfico 01 – Indicador Esalg/BM&FBovespa boi gordo à vista e Equivalente Físico da carne bovina no atacado
Gráfico 02 – Spread entre o Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Veja no gráfico acima, como o valor atual da diferença entre o preço da carne e do boi gordo é recorde, desde o ano 2000.
Como qualquer valor fora da média histórica, é sensato esperar que este spread não ficará nestes patamares por muito tempo. Para isto, ou a carne no atacado deve se desvalorizar ou o boi gordo deve se valorizar. Os dois indicadores também podem se mover para o mesmo sentido com redução da diferença entre eles. Por exemplo, os dois podem se desvalorizar, mas a carne em maior intensidade reduziria a diferença entre seus valores.
Artigo escrito por Marcelo Whately, analista de mercado do BeefPoint.
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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Situação atual dos programas de erradicação de aftosa, brucelose e tuberculose no RS #Expointer2012
Durante a Expointer 2012, em Esteio – RS, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio/DDA – Defesa Animal organizou no dia 30/ago pela manhã, um evento com palestras sobre o as ações do estado pelo programa nacional de erradicação da febre aftosa (PNEFA) e o programa estadual de controle e erradicação da brucelose e tuberculose (PROCETUBE-RS).
Fernando Groff, veterinário da Secretaria de Agricultura e responsável pelo PNEFA no Rio Grande do Sul, apresentou quais são as medidas de controle da febre aftosa no estado. Inicialmente, Fernando apresenta a base de trabalho da Secretaria em relação à pecuária estadual: são cerca de 315 mil produtores e 12,2 milhões de bovinos. É interessante observar a concentração do rebanho em relação ao número de produtores: somente 1% são proprietários de mais de mil animais, envolvendo 25% do rebanho total do estado.
O controle de trânsito de animais no estado é o pilar do programa, explica o responsável, pois entre todas as cargas transportadas no estado, “em 2010 por exemplo, 60% foram transportes de bovídeos”, explica Fernando. Além disso, a Secretaria controla a concentração do rebanho no estado, dando maior atenção às categorias animal mais susceptíveis: novilhos(as) com menos de 12 meses, e vacas com mais de 25 meses de idade. Esta concentração é medida por meio do índice novilho/vaca, e segundo Fernando, o rebanho gaúcho está bastante disperso pelo estado, não existindo regiões de concentrações destas duas categorias. Portanto, atualmente as ações devem ser praticadas em todo o território, o que não acontecia anteriormente, quando havia segregação entre as atividades de cria e de recria/engorda em diferentes regiões.
Sobre o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), Fernando conta que em 1992 houve alteração em sua condução estratégica, passando de controle da doença para focar-se em sua erradicação. Segundo Fernando, “Foi uma revolução. O objetivo do programa passou de ser redução do número de focos de aftosa para uma estratégia de erradicação da doença. Foi interessante, e hoje o Brasil tem o setor público que mais investe em controle de aftosa”, complementa o veterinário. Complemento BeefPoint: o setor privado brasileiros (produtores) também investe muito na luta contra a aftosa, uma vez que todos os custos de vacinação são pagos pelo produtor.
O RS foi o primeiro estado a ter um programa de vacinação massiva, em 1953. Com a mudança estratégica de 1992, as ações passaram a ser compartilhadas entre iniciativas públicas e privadas, sendo responsabilidade dos produtores a vacinação de seu rebanho. Já a vigilância sanitária, a fiscalização, e controle de trânsito são responsabilidade do governo estadual.
Como rotina do PNEFA no estado, Fernando cita algumas atividades, como avaliação de propriedades de risco, atendimento a suspeitas, estudo da eficiência vacinal, cadastramento de rebanhos e treinamento de pessoal por exemplo. Ele apresenta também o calendário de execução do PNEFA, contendo as duas vacinações anuais, a vacinação antecipada de animais susceptíveis, e a inserção dos dados no Sistema de Defesa Agropecuária
Atualmente, Fernando explica que a vacina utilizada é a inativa e trivalente (O, A e C), é obrigatória para bovinos e bubalinos, utilizada como ferramenta de prevenção e o RS tem como meta a cobertura de vacinação de 90% do rebanho, quando a recomendação é de 85%. Como resultado do PNEFA no RS, Fernando mostra em gráficos, a redução do número de focos de aftosa registrados no estado e no Brasil após a reformulação do programa em 1992; a relação entre a cobertura de vacinação com o número de focos registrados (inversamente proporcional); e a cobertura de vacinação estadual, com mais de 95% dos municípios têm 90% ou mais do rebanho vacinado.
Fernando explica também que o RS foi primeiro estado brasileiro a ser reconhecido internacionalmente como zona livre da febre aftosa com vacinação (em 1998), o que aumentou o número de acesso a diferentes mercados para a carne bovina, suína e ovina. Como maior benefício, pode ser considerada a estabilidade para a cadeia produtiva do estado. Fernando diz que a possibilidade de se realizar a Expointer é um ótimo resultado de todo o trabalho, “pois reunir mais de mil animais no parque de exposições, sendo todos fiscalizados na saída das fazendas e na chegada, sem risco de contaminação é um bom exemplo”.
Como perspectivas para o melhor controle e erradicação da aftosa no RS, Fernando comenta que a maior interação entre iniciativas privadas e pública é necessária, explicando que a Secretaria Estadual precisa ficar principalmente com a fiscalização, pois a estrutura disponível não é suficiente para o governo se responsabilizar por todas as etapas do planejamento estratégico. O desenvolvimento de melhor análises de risco e formulação de estratégias também são necessários, por meio de convênios com universidades e outras entidades.
A inserção dos produtores no Sistema de Defesa Agropecuária é outro passo a ser perseguido. O SDA é um sistema digital e online, criado para inserção do controle de movimentação e vacinação do rebanho bovino. A rastreabilidade do gado do RS também faz parte da evolução da condição sanitária para zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Ana Cláudia Groff, também fiscal veterinária da Secretaria de Agricultura do RS, apresentou o Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Bovina/Bubalina (PROCETUBE), criado em 2011. Ela lembra que a vacinação é obrigatória desde 1964 para brucelose e 1966 para a tuberculose e o programa nacional de erradicação destas duas doenças foi criado em 2001.
Ana Claudia enfatiza a importância deste combate, pois as enfermidades causam prejuízos econômicos, sendo utilizadas como argumento para barreiras sanitárias, além de prejudicarem a produção e reprodução animal. Ainda, são zoonoses, doenças em animais que podem ser transmitidas ao homem. Como prevenção, os principais pontos são a vacinação (brucelose), a comercialização de animais testados e o descarte de restos placentários, pois não existe tratamento.
Atualmente, no RS somente 0,5% dos animais testados são reagentes positivos para brucelose e 0,8% em média são reagentes positivos para tuberculose. Ana explica que o diagnóstico é constante e notificado mensalmente pelos técnicos veterinários. Porém, ela explica que “não é um desenho amostral, e a realização de uma amostra oficial está sendo planejada para o governo adotar medidas de combate.
O programa nacional de erradicação da brucelose e tuberculose (PNCEBT), criado em 2001, tem o objetivo de baixar a prevalência e incidência de focos destas doenças, para fornecer segurança alimentar à população. A vacinação para brucelose é obrigatória e o programa incentiva a certificação voluntária de estabelecimentos de leite e de corte livres de brucelose e tuberculose, como instrumento de agregação de valor.
Já em 2009 no RS, a secretaria estadual iniciou um projeto piloto de certificação de controle da região da Comarca de Arroio do Meio, em 100% das propriedades. Atualmente estão certificadas 1.600 fazendas, e o objetivo é expandir este projeto para o estado, por meio do PROCETUBE, certificando fazendas e regiões com risco controlado das doenças, e não somente fazendas individuais.
O programa visa realizar o saneamento obrigatório (controle da propriedade, e não só dos animais) dos focos identificados em diagnósticos de rotina, além de também incentivar a certificação estadual voluntária, estabelecendo limites geográficos livres e monitorados de brucelose e tuberculose. Como resultado, o governo estadual procura reduzir os riscos à saúde humana, proporcionar condições para agregação de valor aos produtos do estado e difundir informações sobre educação sanitária. Como ações futuras, o PROCETUBE prevê coordenar estrategicamente a execução do controle, formalizar as relações entre diferentes niveis de administração pública e privada e propor incentivos fiscais e financeiros.
Para um município ou região começar o trabalho para conseguir esta certificação, estes devem mostrar interesse para a secretaria estadual, elaborando um plano de trabalho (orientado pela secretaria) e fornecendo-o para a avaliação do comitê técnico. Após aprovado o plano, os municipios devem ter todas propriedades saneadas e 100% do rebanho testado a cada 90 ou 120 dias. A propriedade será considerada controlada quando somente um animal testado de todo o rebanho apresentar resultado positivo.
O PROCETUBE fornecerá a certifição estadual, informando que as regiões estão controladas, e não livres da brucelose e tuberculose. O certificado ainda não é reconhecido pelo MAPA, pois o Ministério certifica apenas propriedades individuais, e não regiões livres das doenças. Como perspectivas, Ana Claudia espera que este controle estadual permita a qualificação dos produtos para se conseguir melhor preço de venda, reduzir perdas em produtividade e também melhorar a prevenção de zoonoses.
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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É grande a falta de boi gordo no país
Os alertas de mercado feitos, nos últimos dias para o físico do boi gordo estão se confirmando. Falta animal gordo no mercado. e, isso faz com que os preços aumentem, apontando que a arroba do boi gordo, ultrapasse R$100,00, no interior paulista.
De acordo com especialistas da Rural Business, os compradores de menor porte estão puxando preços no mercado físico e não vão parar diante de um quadro cada vez mais enxuto de oferta.
O pecuarista sabe que negócios a R$ 95,00 a arroba do boi não conseguem captar volume, no interior paulista. Assim, negócios de R4 $ 96,00 o quilo/@ começam a surgir.
Nas demais praças produtoras do Brasil, o processo não vai ser diferente e novas valorizações vão acontecer, porém os grandes frigoríficos tentarão elevar os preços do gado apenas nas praças onde a defasagem em relação a 2011 está maior.
E vem mais alta por ai com base no que esta acontecendo no mercado atacadista. A forte valorização registrada hoje no atacado paulista mostra que os grandes frigoríficos perderam a força de derrubar preços na carne bovina no atacado - um movimento clássico para segurar a capacidade de elevar os preços das propostas de compra de gado gordo, sempre feita pelos frigoríficos de menor porte que sempre saem na frente nas correções quando a margem no atacado permite.
De acordo com especialistas da Rural Business, os compradores de menor porte estão puxando preços no mercado físico e não vão parar diante de um quadro cada vez mais enxuto de oferta.
O pecuarista sabe que negócios a R$ 95,00 a arroba do boi não conseguem captar volume, no interior paulista. Assim, negócios de R4 $ 96,00 o quilo/@ começam a surgir.
Nas demais praças produtoras do Brasil, o processo não vai ser diferente e novas valorizações vão acontecer, porém os grandes frigoríficos tentarão elevar os preços do gado apenas nas praças onde a defasagem em relação a 2011 está maior.
E vem mais alta por ai com base no que esta acontecendo no mercado atacadista. A forte valorização registrada hoje no atacado paulista mostra que os grandes frigoríficos perderam a força de derrubar preços na carne bovina no atacado - um movimento clássico para segurar a capacidade de elevar os preços das propostas de compra de gado gordo, sempre feita pelos frigoríficos de menor porte que sempre saem na frente nas correções quando a margem no atacado permite.
Fonte: Da redação com informações da Rural Business
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Opinião: Olha o cavalo arreado!
Por *Roberto Rodrigues
A histórica seca que afetou a safra dos Estados Unidos este ano mostra a fragilidade dos modelos globais de produção e abastecimento de alimentos. A quebra da safra americana de milho e soja é quase igual às safras completas brasileiras destes grãos, somadas a de verão e inverno. Essa crise tem impacto preocupante na redução global dos estoques de grãos, é uma duríssima questão para os americanos. Cerca de 40%da safra de milho dos EUA é hoje dirigida à produção de etanol. Mas, com cerca de 100 milhões de toneladas de milho a menos nessa safra, cresce a pressão para reduzir a fabricação do etanol e direcionar a colheita para proteína animal.
Se decidirem não fazer etanol, terão de importar combustível, provocando uma eventual espiral inflacionária. Se optarem por não destinar o milho para ração animal, aumentarão preços da carne e afetarão o consumo interno. É uma duríssima decisão em um tempo de eleições equilibradas. Mas a fragilidade produtiva persiste, bem como a redução dos estoques. A China, decidida a produzir frangos, deve até, os próximos cinco anos, importar mais 50 milhões de toneladas de milho. Enquanto a oferta cai, a demanda cresce. Isso exige atenção consistente das organizações multilaterais lideradas pela ONU (como FAO e OMC) e outras instituições, como o G20, para o estabelecimento de uma estratégia global para segurança alimentar.
Independentemente desse movimento, ao Brasil está oferecida uma extraordinária oportunidade. Não se trata apenas de aproveitar a quebra da safra americana, que já elevou os preços das commodities agrícolas - nossos produtores plantarão mais, e com melhor tecnologia, para se beneficiarem dessa brecha no mercado. Trata-se de algo maior. Está na hora de montarmos uma grande estratégia, de longo prazo, que nos coloque com maior presença nos mercados de alimentos.
Essa estratégia deve considerar:
- Mais estímulos à produção rural, de milho, soja, cana, álcool, frangos, suínos e lácteos.
- Negociação com os americanos para um compromisso de abastecê-los, por pelo menos 10 anos, com esses produtos, sempre com valor agregado. Não apenas vender milho e soja, mas a carne pronta e empacotada.
- Condicionar essa negociação à compra de outros produtos nossos, como o suco de laranja, que hoje vive uma crise de preços sem precedentes.
-Garantir financiamentos à indústria de alimentos, com papel preponderante do BNDES.
-Reforço à posição de Ministério de Agricultura como executor da estratégia, em parceria com outros órgãos de governo, como o Incra, a Ibama, a Anvisa e outros.
- Itamaraty liderando essa negociação, sem deixar setores produtivos de lado.
É nos momentos de crise que surgem as oportunidades. Já passou da hora de montarmos um Código Agroambiental que ofereça ao Brasil as condições de ampliar seu formidável potencial produtivo e se transformar no grande paladino mundial da Segurança Alimentar e Energética Sustentáveis. O cavalo vem passando, arreado.
Não podemos deixá-lo ir, sem o montarmos com nossos campeões mundiais do rodeio agrícola: os produtores rurais brasileiros.
* Ex-ministro da Agricultura, presidente do LIDE Agronegócios, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e embaixador da FAO para o Ano Internacional do Cooperativismo.
A histórica seca que afetou a safra dos Estados Unidos este ano mostra a fragilidade dos modelos globais de produção e abastecimento de alimentos. A quebra da safra americana de milho e soja é quase igual às safras completas brasileiras destes grãos, somadas a de verão e inverno. Essa crise tem impacto preocupante na redução global dos estoques de grãos, é uma duríssima questão para os americanos. Cerca de 40%da safra de milho dos EUA é hoje dirigida à produção de etanol. Mas, com cerca de 100 milhões de toneladas de milho a menos nessa safra, cresce a pressão para reduzir a fabricação do etanol e direcionar a colheita para proteína animal.
Se decidirem não fazer etanol, terão de importar combustível, provocando uma eventual espiral inflacionária. Se optarem por não destinar o milho para ração animal, aumentarão preços da carne e afetarão o consumo interno. É uma duríssima decisão em um tempo de eleições equilibradas. Mas a fragilidade produtiva persiste, bem como a redução dos estoques. A China, decidida a produzir frangos, deve até, os próximos cinco anos, importar mais 50 milhões de toneladas de milho. Enquanto a oferta cai, a demanda cresce. Isso exige atenção consistente das organizações multilaterais lideradas pela ONU (como FAO e OMC) e outras instituições, como o G20, para o estabelecimento de uma estratégia global para segurança alimentar.
Independentemente desse movimento, ao Brasil está oferecida uma extraordinária oportunidade. Não se trata apenas de aproveitar a quebra da safra americana, que já elevou os preços das commodities agrícolas - nossos produtores plantarão mais, e com melhor tecnologia, para se beneficiarem dessa brecha no mercado. Trata-se de algo maior. Está na hora de montarmos uma grande estratégia, de longo prazo, que nos coloque com maior presença nos mercados de alimentos.
Essa estratégia deve considerar:
- Mais estímulos à produção rural, de milho, soja, cana, álcool, frangos, suínos e lácteos.
- Negociação com os americanos para um compromisso de abastecê-los, por pelo menos 10 anos, com esses produtos, sempre com valor agregado. Não apenas vender milho e soja, mas a carne pronta e empacotada.
- Condicionar essa negociação à compra de outros produtos nossos, como o suco de laranja, que hoje vive uma crise de preços sem precedentes.
-Garantir financiamentos à indústria de alimentos, com papel preponderante do BNDES.
-Reforço à posição de Ministério de Agricultura como executor da estratégia, em parceria com outros órgãos de governo, como o Incra, a Ibama, a Anvisa e outros.
- Itamaraty liderando essa negociação, sem deixar setores produtivos de lado.
É nos momentos de crise que surgem as oportunidades. Já passou da hora de montarmos um Código Agroambiental que ofereça ao Brasil as condições de ampliar seu formidável potencial produtivo e se transformar no grande paladino mundial da Segurança Alimentar e Energética Sustentáveis. O cavalo vem passando, arreado.
Não podemos deixá-lo ir, sem o montarmos com nossos campeões mundiais do rodeio agrícola: os produtores rurais brasileiros.
* Ex-ministro da Agricultura, presidente do LIDE Agronegócios, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e embaixador da FAO para o Ano Internacional do Cooperativismo.
Artigo divulgado no Jornal Brasil Econômico, agosto de 2012.
Agrolink com informações de assessoria
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Exportação de carne bovina cresce 37,5% em agosto
Redução da arroba e desvalorização cambial favorecem o desempenho das exportações
Mônica Costa
A exportação de carne bovina in natura registrou o melhor desempenho do ano em agosto. Os embarques somaram 90,6 mil toneladas, alta de 37,5% na comparação com o mesmo mês de 2011, quando foram embarcadas 65,9 mil toneladas do produto.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o faturamento em agosto foi de US$ 421,4 milhões, 21,3% maior que no mesmo mês em 2011. O preço médio pago pela tonelada no mês passado atingiu US$4,6 mil, 11,8% menor na mesma base de comparação.
Em relação a julho o volume exportado registrou aumento de 8,8%. A receita foi 11,5% maior, e os preços médios pagos por tonelada foram reajustados em 2,4%.
“Na comparação anual, a redução na cotação da arroba e a desvalorização cambial aumentaram a competitividade da carne bovina brasileira”, aponta José Carlos Hausknecht, sócio da consultoria MB Agro.
Segundo o analista, outro fator que favorece o bom desempenho das exportações é o aumento da demanda pela proteína animal no mercado externo, comum no segundo semestre do ano. "A tendência é que o volume e, possivelmente, a receita sigam em ascensão até o final de 2012", completa.
Preço mais baixo
Dados da Scot Consultoria mostram que nesta quarta-feira, 5, a arroba do boi gordo brasileiro está avaliada em US$48,10, a menor cotação entre os principais países concorrentes. O valor, na comparação com o mesmo período do ano passado é 20,3% menor, quando a arroba foi comercializada por US$ 60,39. Na mesma base, observa-se que a arroba nos Estados Unidos registrou aumento de 8% e saiu de US$ 66,91 em setembro de 2011 para US$ 72,28 hoje.
Fonte: Portal DBO
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06:49
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Mercado ajustado
Apesar da redução da oferta de gordo, frigoríficos mantêm a margem com aquecimento do varejo
Mônica Costa
A queda na oferta de boi gordo tem assegurado novos reajustes na cotação da arroba. Segundo a Scot Consultoria, nesta quarta-feira, 5, foi registrado o sexto reajuste consecutivo no preço do boi gordo em São Paulo e a valorização acumulada na semana está em 3,5%.
O indicador boi gordo da Esalq/USP apontou reajuste de 0,40% nas negociações à vista, com a arroba avaliada em R$ 95,34, em média. Para as compras a prazo houve um aumento de 0,35% com a arroba cotada a R$ 95,78 em média, nas praças paulistas.
As escalas de abate atendem cerca de quatro dias. Apenas as empresas que possuem boiadas a termo ou de confinamento próprio conseguem operar com programações mais confortáveis.
O comportamento do varejo tem reduzido a pressão sobre a indústria. O Equivalente Físico da Scot está positivo, o que indica que, apesar das indústrias estarem pagando cada vez mais pela arroba, o preço de venda da carne também tem sido reajustado, o que garante boas margens para o setor.
Na BM&FBovespa, os contratos para setembro encerraram o pregão em R$ 98,95/@, desvalorização de 0,67%. Para o mês de outubro, que concentra o maior volume de negociações, houve queda de 0,24% e os contratos encerraram o dia avaliados em 103,38/@.
Fonte: Portal DBO com informações Scot Consultoria
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URUGUAY - Más de 3.000 terneros promediaron US$ 2,717 en Plaza Rural
Coincidiendo con las expectativas, los precios de la reposición mantuvieron la tendencia al alza ayer en el primer día de remates de Plaza Rural. La oferta se integró con las categorías jóvenes de la reposición de machos, con más de 3.000 terneros y un millar largo de novillitos, que siguen con una cotización ascendente. Anticipándose a la demanda de primavera los invernadores apostaron algunos centavos más al kilo de ganados livianos. Un fiel reflejo de esa decisión representó el valor máximo logrado en los terneros, cuando Santiago Lluch adjudicó en US$ 3,45 un lote de terneros de 92 kilos. “La apuesta es clara”, afirmó un hombre con experiencia en este tipo de negocios. Cuando se vaya a pagar este lote, vendido con 90 días de plazo, habrán ganado 150 kilos con comida barata aportada durante toda la primavera, por lo que ya no se verán tan caros los más de US$ 300 que ayer se pagaron por la pieza.
Hoy desde las 10 horas continuará la subasta, comenzando con tres lotes de ovinos y luego seguirá toda la escalera de cría, comenzando con un millar y medio de terneras.
Sobre el final de la tarde, previo a las piezas de cría, se ofrecerán más de 1.000 vacas de invernada, otra de las categorías con mucha demanda en este momento.
Sobre el final de la tarde, previo a las piezas de cría, se ofrecerán más de 1.000 vacas de invernada, otra de las categorías con mucha demanda en este momento.
Local: Hotel Sheraton | 5 de setiembre | Montevideo | |
Mínimo
| Máximo |
Promedio
| |
Terneros hasta 140 kilos |
2,85
|
3,45
|
3,06
|
Terneros de 140 a 180 kilos |
2,46
|
3,11
|
2,757
|
Terneros de más de 180 kilos |
2,45
|
2,80
|
2,612
|
Promedio general de 3.168 terneros |
2,45
|
3,45
|
2,717
|
Promedio 983 novillitos 1 a 2 años |
1,98
|
2,50
|
2,129
|
Fuente: Plaza Rural |
US$ el kilo en pie
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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URUGUAY - Se inauguró oficialmente la 107ª Expo Prado
Con el tradicional corte de cintas a cargo de la Intendenta de Montevideo, Ana Olivera, y el Presidente de la Asociación Rural, José Bonica, se inauguró oficialmente ayer la 107ª. Exposición del Prado. Pero además comenzaron a ingresar los grandes animales, por lo que se pudieron apreciar por las calles del predio de la Rural reproductores bovinos de diversas razas, así como los equinos que integrarán la primera tanda de calificaciones que se realizará a partir del sábado.
En la ceremonia inaugural se hizo referencia a los registros genealógicos de vacunos, que comenzaron a llevarse hace 125 años, y son un dato fundamental para la mejora genética.
También comenzaron a llegar los primeros grupos de escolares que visitan la exposición, que son precisamente quienes más disfrutan de lo que ofrecen los stands. En el caso de los vinculados a la producción agropecuaria, como siempre, constituyen una fuente de ilustración muy atractiva para los pequeños. INIA y este año INAC plantearon una propuesta de interés para quienes visitan la exposición y no están vinculados a la producción ganadera, ilustrando sobre la infinidad de destinos que tiene la carne uruguaya. Desde siempre se plantea que es un producto básico para la economía del país, pero solamente esa prédica no logró convencer a la población urbana de su importancia. Ahora el Instituto se propone “pasear” a quienes visitan su stand por todos los destinos que ha conquistado Uruguay merced a la calidad de sus carnes.
FONTE: TARDAGUILA AGROMERCADOS
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Eduardo Lund / Lund Negócios
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