AE
No ano passado, 10,8 milhões de animais foram abatidos no país, o que representa queda de 8,7% em relação ao ano anteriorselo
A Argentina abateu em 2011 o menor número de cabeças de gado em 20 anos, enquanto criadores tentam recuperar os rebanhos dizimados pela forte seca de 2009. No ano passado, 10,8 milhões de animais foram abatidos no país, o que representa queda de 8,7% em relação ao ano anterior e de 32,5% na comparação com o recorde estabelecido em 2009, de acordo com a Câmara de Indústria e Comércio de Carne da Argentina (Ciccra).
A queda da produção levou a uma redução das exportações para 156,55 mil toneladas, volume 18,4% menor do que no ano anterior e 62,7% inferior a 2009. As exportações foram avaliadas em quase US$ 1,3 bilhão, um aumento de 6,7% ante 2010, mas queda de 23,4% na comparação com 2009. Em dezembro, o preço médio de exportação foi de US$ 9.418 por tonelada.
A produção de carne bovina diminuiu fortemente nos últimos dois anos na Argentina, por conta do clima seco e dos controles de preço do governo, que levaram muitos pecuaristas a cultivar grãos. O país, que em 2009 foi o quarto maior exportador mundial de carne bovina, atualmente está em décimo lugar. No entanto, preços locais mais altos estimularam uma recuperação do mercado e a produção deve avançar neste ano.
Mas não deve alcançar os níveis anteriores a 2009, de acordo com a Ciccra. Embora o clima seco de dezembro tenha despertado preocupações de que a recuperação seria contida, os produtores estão mantendo as fêmeas reprodutoras na maior proporção em mais de 20 anos. Além disso, chuvas recentes dissiparam esse temor. Apenas 39% dos animais abatidos em 2011 eram fêmeas. Qualquer nível abaixo de 43,5% corresponde a uma recomposição do rebanho, segundo a Ciccra.
As informações são da Dow Jones.
Nenhum comentário:
Postar um comentário