sábado, 22 de outubro de 2011

CONFINADOR ESPERA BOM FIM DE ANO PARA PREÇO E OFERTA DE BOI GORDO

SAFRAS (21) - Neste último trimestre começam a ser apuradas quais as
expectativas dos produtores quanto ao possível panorama neste restante de 2011
quanto ao preço da arroba e a oferta de animais acabados e prontos para o
abate.
O pecuarista e associado da Assocon (Associação Nacional dos
Confinadores) Pérsio Ailton Tosi, da Marca 7 Pecuária e Fazenda Mônica
Cristina, em Ribas do Rio Pardo (MS), diz que sua expectativa é o da arroba do
boi se manter estável no patamar de preço atual de R$ 95 por arroba à vista.
Segundo ele, se houver alguma ligeira alteração no preço, esta não deve
ultrapassar a faixa dos R$ 97 ou R$ 98 a arroba à vista. "É mais provável
ficar como está, porque salvo exceção, frigoríficos tendem a não repassar
algum valor adicional".
Pérsio Tosi tem a capacidade física na fazenda para confinar até dois
mil bovinos de corte, mas prefere operar na maioria das vezes mantendo metade do
limite, tem trabalhado na média com 1000 cabeças de gado em confinamento.
"Prefiro fazer o próprio custeio ao invés de tomar empréstimo e depois ter
que pagar juro e reduzir a minha rentabilidade".
"Somado às outras ações como a boa logística e boa estrutura
operacional na fazenda e o equilíbrio de saber o momento certo para comprar bem
e depois vender bem, o resultado na atividade deste ano é considerado
satisfatório", revela.
O confinador admite que mesmo com as oscilações de preços de insumos e
dos preços da arroba ao longo do ano, a pecuária intensiva se manteve atrativa
e auxiliada por vantagens indiretas como a economia de sal mineral a pasto, a
economia no uso de vacinas, das pastagens e a sobra do pasto para as categorias
mais jovens para a recria.
"As áreas de pastagens estão começando a rebrotar agora com o início
das chuvas, então a oferta de gado a pasto, pelo menos aqui na minha região,
será possível só a partir de dezembro", revela o pecuarista.
Para o confinador e também membro participante da Assocon, Abel
Leopoldino, Fazenda Califórnia, em Água Boa (MT), o período da entressafra do
boi deste ano chegou a ter alguns percalços em função do alto preço de
grãos, o que acabou prejudicando o equilíbrio nutricional de parte de seu lote
de bovinos confinados no período, o que o fez entregar o gado na média de 18
arrobas ao invés das 20 arrobas habituais.
Leopoldino tem um volume calculado de mais de cinco mil bovinos em sistema
de engorda em confinamento até o fim do ano. Ele está otimista e diz que até
o final de novembro a arroba poderá ter uma ligeira melhora no preço com
expectativa de alcançar até R$ 92 a arroba a prazo (30 dias). "Atualmente
tenho negociado a R$ 89 a arroba para 30 dias acrescidos de R$ 1 de
bonificação (prêmio Europa), preço praticado aqui no Mato Grosso".
O preço da arroba ainda é considerado compensador segundo Leopoldino, em
função do pecuarista conseguir manter a média dos R$ 70 o seu custo da arroba
no cocho.
Animado com este mercado atual considerado por ele firme, o pecuarista
mato-grossense já começa a se preparar para ter para o ano que vem número de
cabeças próximo ao de 2011 para fazer a recria onde utilizará a partir de
dezembro o uso de pastagens apostando conseguir no sistema de engorda a pasto
entre 4,5@ a 5@ por garrote até o final de maio de 2012.
"A verdade é uma só, quem tem expertise no negócio manterá seu
trabalho com uma rentabilidade bem razoável e vai conseguir permanecer dentro
da normalidade", conclui Abel Leopoldino.

Sobre a Assocon

A Assocon é uma entidade de classe com 73 associados ativos oriundos de
dez estados brasileiros (GO, SP, MS, MT, MG, PR, PA, RJ, BA e MA) e espalhados
nas cinco regiões do País.
Segundo dados da Associação na oferta de gado confinado para corte, o
setor responde por cerca de 8% da produção de carne bovina processadas
anualmente pela indústria frigorífica brasileira e deve fechar este ano com
rebanho estimado ao redor das três milhões de cabeças.

FONTE: assessoria de imprensa da Assocon. (AB)

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