quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Arroba do boi seguirá sustentada pelo consumo, diz Marfrig

Empresa, ao contrário do setor como um todo, aumentou seu volume de abate em 20,7% no terceiro trimestre

O presidente da Marfrig Alimentos, Marcos Molina dos Santos, prevê que os preços da arroba do boi continuarão firmes no país, sustentados pela demanda interna aquecida.

– A manutenção da alta da arroba do boi gordo no país dependerá muito da demanda do mercado interno. Mas há uma demanda forte, mesmo com repasse de preços. Daqui a pouco também teremos o final do ano, o pagamento do 13º salário, que contribuem para vendas aquecidas. Então, vejo novembro e dezembro de consumo aquecido e o preço da arroba ficará sustentado – afirmou, há pouco, em teleconferência com jornalistas.

A Marfrig, ao contrário do setor como um todo num cenário de escassez de matéria-prima (boi gordo), aumentou seu volume de abate em 20,7% no terceiro trimestre, para 750,1 mil cabeças, ante 621,4 mil cabeças no segundo trimestre. Segundo dados do Ministério da Agricultura, no período, o abate de gado bovino no Brasil caiu 5,4% na mesma base de comparação, passando de 5.610 mil cabeças para 5.356 mil cabeças.

Já na comparação com o terceiro trimestre de 2009, enquanto o abate de gado no Brasil caiu 2,4%, o do Marfrig cresceu em 95,4%. Com isso, a participação de mercado da Marfrig no abate total de gado no país, que era de 7% no terceiro trimestre de 2009, e de 11% no segundo trimestre de 2010, cresceu para 14% no terceiro trimestre deste ano.

– Trabalhamos muito com confinamento – explica Molina dos Santos.

A utilização da capacidade da companhia no período no Brasil ficou em 65%, enquanto na Argentina, ficou em 60%. Já no Uruguai, o executivo não citou um porcentual, porque, das quatro unidades que a empresa tem no país, duas não estavam em operação.
Sobre as exportações de bovinos, Molina disse que a demanda está aquecida e que na Europa, especificamente, há menos produção de carne bovina, o que apoia também as boas vendas no Exterior. A participação de mercado da empresa com vendas externas de carne bovina in natura ao final do terceiro trimestre ficou em 18,9%.

Com relação à queda de 5,2% nos preços médios de bovinos praticados no Exterior em dólar e do recuo de 7,5% em reais - ambos ante o segundo trimestre -, o presidente da Marfrig explica que foi uma questão de mix de itens vendidos ao mercado externo.

– Acabamos por vender mais carne in natura no Exterior e priorizando os processados no doméstico – explicou.

Fonte: AGÊNCIA ESTADO

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