sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Paraguai: US$12 milhões em carne voltam ao país por rejeição chilena


A rejeição do Chile de cerca de 75 contêineres que transportavam 2.000 toneladas de carne paraguaia privará as indústrias de um valor de mais de US$ 12 milhões, de acordo com os preços que estavam sendo pagos no mercado chileno antes do foco de febre aftosa em San Pedro, que era de mais de US$ 6.000 a tonelada em média.

O Chile proibiu a entrada dos contêineres de carne paraguaia que estavam na fronteira do país com a Argentina, disse o diretor geral de Comércio Exterior e de Relações Internacionais (Digecer) do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), Hugo Idoyaga.

"Não se pode chegar a um acordo que permita a entrada dos produtos àquele país. Os carregamentos que já estavam no Chile foram recebidos; porém, os que estavam na fronteira com a Argentina já não foram aceitos".

Ele disse que, assim que os contêineres entrarem no país, as indústrias decidirão se vão reenviar o produto com destino a outros mercados ou se serão destinados à venda no mercado interno.

Idoyaga disse que os prazos de recuperação dos mercados mais exigentes não serão curtos e que o Paraguai demoraria entre 12 e 18 meses para voltar a exportar ao Chile e à União Europeia (UE), que são os que pagam melhor.

Essa situação poderia representar uma queda de receitas pelas exportações de proteínas de carnes vermelhas de mais de US$ 660 milhões, segundo uma análise apresentada pelo economista, Daniel Correa, representante da MCS Consultoria.

Segundo estudos da Fundação Desenvolvimento em Democracia (Dende), com a perda desses mercados e com os envios de carne aos mercados menos exigentes, o país poderia gerar entre US$ 150 e US$ 180 milhões em exportações de carne em 2012. Isso representa apenas 15%, aproximadamente, do que poderia ser gerado em uma situação normal e com os mais de 44 mercados ativos.

A reportagem é do site lanacion.com.py, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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