quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Câmara Setorial da Carne cobra mais recursos para defesa sanitária

Representantes da instituição se reuniram nesta terça-feira (24/9) em Brasília para discutir o Plano Mais Carne

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"Brasil está fora de 40% do mercado de carne bovina por causa de barreiras", diz Antenor Nogueira (Foto: Shutterstock)

Representantes da cadeia produtiva da pecuária de corte cobraram do governo mais recursos para a defesa sanitária do país. Foi o que afirmou o presidente da Câmara Setorial da Carne, Antenor Nogueira. A instituição se reuniu nesta terça-feira (24/9), em Brasília, para discutir o Plano Mais Carne, que está sendo desenvolvido pelo Ministério da Agricultura. 

“Há uma preocupação do setor produtivo com a falta de recursos para Defesa Agropecuária. O governo reconhece, mas na hora de liberar o recurso não tem”, disse Nogueira, enfatizando que a preocupação com a Defesa Sanitária do país é de toda a cadeia produtiva. 

O presidente da Câmara Setorial disse que o setor está favorável ao plano do governo que, segundo, ele, tem a meta de aumentar em 40% a produção de carne do país. No entanto, Antenor Nogueira avaliou que não adianta produzir mais se não houver mercado. 

“É preciso abrir mais mercados. Não adianta ter financiamento barato, produzir e não ter para quem vender, não ter preço adequado. O Brasil está hoje fora de 40% do mercado global de carne bovina por causa de barreiras”, disse ele. 

O chefe da assessoria de gestão estratégica do Ministério da Agricultura, João Cruz, não detalhou a proposta apresentada pelo governo durante a reunião. Informou apenas que o plano foi mostrado “em linhas gerais” para que os representantes do setor apresentassem sugestões. 

“A idéia é envolver toda a cadeia produtiva, desde a produção primária até o processamento”, informou Cruz, mencionando a defesa agropecuária como uma das áreas que serão atendidas pelo programa. Capacitação de mão-de-obra e crédito também devem ser atendidos, segundo o representante do Mapa. 

Cruz disse ainda que o Ministério trabalha com um horizonte de 10 anos para a consolidação do plano e que é avalia a possibilidade de formação de um comitê gestor das iniciativas. “Nem todas as ações são de curto prazo”, disse ele. 

Para Antenor Nogueira, o debate em torno do Plano Mais Carne deve ser regionalizado. A idéia é fortalecer a participação dos estados e tratar as ações de acordo com as características da pecuária de cada região. “O plano para o Rio Grande do Sul não deve ser o mesmo do Norte e Nordeste”.

fonte: Globo Rural

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