Mesmo com um crescimento projetado aquém do registrado na última década, o agronegócio brasileiro seguirá com desempenho superior ao restante do mundo em relação às exportações e deve aumentar sua participação no mercado global em diversas culturas nos próximos dez anos.
A avaliação é da equipe do Departamento de Agronegócio da Fiesp (Deagro), responsável pela elaboração do Outlook 2025, que reúne diagnósticos e projeções para o setor na próxima década. A notícia foi divulgada no mês passado no site da Fiesp.
Segundo a nova edição do Outlook, as exportações brasileiras de carne de frango seguirão crescendo a taxas significativas até 2025. O Deagro estima que as vendas externas do produto devem ter um aumento anual de 3,2%, alcançando 41% de participação no mercado mundial, contra os atuais 39%.
Embora o crescimento seja expressivo e se dê acima da média mundial para o período, ele será, como na maioria das commodities avaliadas, inferior à expansão verificada na década anterior (5,2% ao ano). Exceção feita à carne suína, cuja expectativa é de um crescimento mais robusto das exportações na próxima década do que o verificado no passado.
Em um cenário tão intenso de desaceleração econômica, houve uma forte revisão para baixo nas taxas de crescimento do consumo doméstico em relação ao ano anterior, especialmente para as carnes, esclareceu Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio da Fiesp.
Ainda assim, a estimativa de incremento da produção não sofreu alterações significativas, o que deixa muito evidente a importância das exportações para a manutenção do nível da atividade no País, completou.
Costa ressaltou ainda a dificuldade em traçar projeções numa época de instabilidade política e econômica como a atual. Segundo ele, como o mercado doméstico é o vetor de crescimento para grande parte do agronegócio, o crescimento do PIB e a retomada da confiança de consumidores e empresários são elementos essenciais para assegurar o bom desempenho futuro do setor.
O Outlook Fiesp, atualizado a cada 12 meses, traz projeções para o agronegócio que englobam as principais commodities brasileiras de origem animal e vegetal, além da dinâmica do uso da terra e a avaliação do segmento de fertilizantes.
Fonte: CarneTec Brasil
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