As inundações se agravaram e deixam milhares de pessoas fora de casa no Uruguai. O último levantamento do Sistema Nacional de Emergência (SINAE), da manhã desta quarta-feira, apontou 3049 pessoas fora de casa. A situação é mais grave em Durazno, onde existem 2300 pessoas desalojadas. Já a Policía Caminera (Polícia Rodoviária) noticia que possuem bloqueios devido às inundações as rodovias nacionais (rutas) 6, 11, 12, 14, 42, 46, 100 e 107. Logo, quem tiver planos de viagem rodoviária pelo interior do Uruguai neste dias deve estar atento às orientações locais sobre interrupção de estradas.
Alguns rios ainda sobem no Uruguai, mesmo tendo a chuva parado. Em Treinta y Tres, o nível do Rio Olimar que ontem estava em 7,10 metros, hoje subiu de manhã para 7,30 metros, acima da cota de segurança de 7 metros. Em Soriano, o Rio Negro estava na manhã de hoje baixou para 6,45 metros contra 6,70 metros ontem, mas abaixo da cota de segurança de 7 metros. Já o Rio Yi, em Durazno, alcançava na manhã desta quarta-feira 11 metros, quando a cota de cheia é de 8,6 metros.
Os volumes de chuva nas últimas duas semanas no Uruguai oscilam entre 300 mm e 400 mm em alguns pontos do país, notadamente nos departamentos de Flores, Florida, Lavelleja, Durazno e Colonia. Deve voltar a chover em algumas áreas afetadas pelas inundações, mas sem volumes muito altos. A boa notícia para o Uruguai é má notícia para nós. Diferentemente da primeira metade do mês que foi de muita chuva no Uruguai, nesta segunda quinzena de setembro os acumulados de chuva mais altos tendem a se concentrar no Sul do Brasil com altos a muito altos volumes em pontos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná. Atenção! A MetSul Meteorologia alerta que entre esta quinta e sexta-feira pode chover forte entre o Norte do Rio Grande do Sul e o Centro, Sudoeste e Sul do Paraná, incluindo Santa Catarina. Os acumulados, particulamente em Santa Catarina, podem ficar entre 100 e 200 mm em algumas cidades com risco de súbita subida de rios e córregos, além de alagamentos em áreas urbanas e perigo de queda de barreiras e deslizamentos de terra. (Com imagens do SINAE - Sistema Nacional de Emergências do governo uruguaio, Rádio Durazno e da Força Aérea do Uruguai)
fonte: MetSul
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