segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

IBGE: abate de bovinos recua 4,5% no 3T14

Produção Animal no 3o trimestre de 2014
1. Abate de animais
1.1 – Bovinos
No 3o trimestre de 2014, foram abatidas 8,457 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Esse valor foi 1,0% menor que o registrado no trimestre imediatamente anterior (8,539 milhões de cabeças) e 4,5% menor que o registrado no 3o trimestre de 2013 (8,859 milhões de cabeças). O 3o trimestre de 2014 quebra a série de 11 sucessivos aumentos nos comparativos anuais dos mesmos trimestres (Gráfico I.1).
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Como não há variações acentuadas no peso médio das carcaças, sobretudo em nível nacional e entre os mesmos períodos do ano, a série histórica do peso acumulado de carcaças por trimestre (Gráfico I.2) tende a seguir o mesmo comportamento da série do abate de bovinos. Nesse sentido, também ocorre no 3o trimestre de 2014 quebra da série de 11 aumentos consecutivos nos comparativos anuais dos mesmos trimestres.
A produção de 2,037 milhões de toneladas de carcaças bovinas, no 3o trimestre de 2014, foi 1,3% maior que a registrada no trimestre imediatamente anterior (2,011 milhões de toneladas) e 4,1% menor que a registrada no 3o trimestre de 2013 (2,124 milhões de toneladas).
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Em nível nacional, o abate de 402.579 cabeças de bovinos a menos no 3o trimestre de 2014, na comparação com igual período do ano anterior, teve como destaque: Mato Grosso (- 217.187 cabeças), Rondônia (-114.723 cabeças), Mato Grosso do Sul (-102.922 cabeças) e Goiás (-86.349 cabeças).
Entretanto, parte da diminuição foi compensada por aumentos em outras Unidades da Federação (UFs), com destaque a: Paraná (+30.392 cabeças), Minas Gerais (+28.727 cabeças) e São Paulo (+16.315 cabeças). No ranking nacional do abate de bovinos (Gráfico I.3), Mato Grosso segue na liderança e São Paulo assume a segunda posição com as quedas nos abates de Mato Grosso do Sul e Goiás.
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Pela série histórica da participação de machos e fêmeas no abate total de bovinos (Gráfico I.4), é possível visualizar que no 3o trimestre de 2014 ocorre a segunda retração consecutiva em um 3o trimestre na participação das fêmeas.
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Segundo o indicador Esalq/BM&F Bovespa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, as médias mensais dos preços da arroba bovina de janeiro a setembro de 2014 mantiveram-se mais altas que nos respectivos meses de 2013 (Gráfico I.5). O menor aumento médio mensal ocorreu entre os meses de julho (16,5%) e o maior entre os meses de março (27,0%). Em 30 de setembro de 2014 foi registrado o maior valor da série histórica de preços do Cepea (R$ 132,24), de julho de 1997 a setembro de 2014.
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A oferta restrita de animais para reposição e abate, decorrente, dentre outros fatores, da seca prolongada iniciada no final de 2013, contribuíram marcadamente para o aumento dos preços pagos aos pecuaristas.
O repasse da alta de preços da arroba bovina ao mercado atacadista está sendo sentido pelo consumidor final. De acordo com o IPCA/IBGE (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o indicador oficial da inflação brasileira, de janeiro a setembro de 2014 todos os cortes de carne bovina acompanhados pela Pesquisa apresentaram aumentos de preços acima da inflação (Gráfico I.6). Com exceção do filé-mignon (8,27%), os demais cortes bovinos também apresentaram aumentos acima das outras principais fontes protéicas de origem animal: carne de porco (8,47%), ovos de galinha (7,17%), leite e derivados (5,93%), pescados (4,32%), frango em pedaços (3,03%) e frango inteiro (-0,67%).
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Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), houve decréscimo do volume de carne bovina in natura exportada, no comparativo do 3o trimestre de 2014 em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, mas houve aumento do faturamento em decorrência do aumento dos preços internacionais (Tabela I.1). No comparativo com o trimestre anterior, foram verificados aumentos no volume exportado, no faturamento e no preço médio da carne exportada.
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Rússia (34,3% de participação), Hong Kong (20,4%), Venezuela (11,6%), Egito (8,9%), Chile (5,0%), Itália (2,7%), Irã (1,8%), Holanda (1,5%), Angola (1,4%) e Argélia (1,3%) foram os dez principais destinos da carne bovina in natura brasileira, respondendo juntos por 88,9% das importações no 3o trimestre de 2014. Neste período, 74 países importaram o produto do Brasil.
Participaram da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, no 3o trimestre de 2014, 1.241 informantes de abate de bovinos. Dentre eles, 218 possuíam o Serviço de Inspeção Federal (SIF), 395 o Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e 628 o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), respondendo, respectivamente, por 79,0%; 15,4% e 5,6% do peso acumulado das carcaças produzidas. Todas as UFs apresentaram abate de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária.
2. Aquisição de Couro
No 3o trimestre de 2014, a Pesquisa Trimestral do Couro registrou a aquisição total pelos curtumes investigados (aqueles que adquirem pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano) de 9,208 milhões de peças inteiras de couro cru de bovino. Esse valor foi 0,3% maior que o registrado no trimestre imediatamente anterior e 8,1% menor que o registrado no 3o trimestre de 2013. Quanto à origem desse total, a maior parte teve procedência de matadouros e frigoríficos, seguido pela prestação de serviços, que juntos contabilizaram 91,1% e 90,5%, respectivamente, nos terceiros trimestres de 2013 e 2014 (Tabela I.10).
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Quanto à participação das Unidades da Federação no total de couro cru adquirido, Mato Grosso, o líder absoluto no abate de bovinos e também no processamento do couro cru, continuou a liderar o ranking nacional no 3o trimestre de 2014 (Tabela I.11).
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No 3o trimestre de 2014, foram industrializadas 9,221 milhões de peças inteiras de couro cru, representando aumento de 0,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior e queda de 8,1% em relação ao 3o trimestre de 2013.
O principal método utilizado para o curtimento foi ao cromo (96,07%), seguido pelo método com tanino (3,89%) e por outros métodos de curtimento (0,04%).
A diferença entre o total de couro bovino cru adquirido pelos curtumes (Pesquisa Trimestral do Couro) e o abate fiscalizado de bovinos (Pesquisa Trimestral do Abate de animais) pode ser entendido como uma proxy do abate não-fiscalizado dessa espécie. Comparando-se as séries históricas dessas duas variáveis (Gráfico I.7) é possível verificar que  essa diferença tem diminuído, chegando ao patamar de 8,2% da aquisição total de couro no 3o trimestre de 2014.
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Participaram da Pesquisa Trimestral do Couro, no 3o trimestre de 2014, 116 curtumes. Não existem estabelecimentos elegíveis ao universo da pesquisa nas seguintes Unidades da Federação: Amazonas, Amapá, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
II – TABELAS DE RESULTADOS – BRASIL
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II.2 – Abate de Animais – Brasil – 2013 e 2014
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Tabela II.2.2 – Peso total das carcaças de animais abatidos por espécie e variação anual, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2013 – 2014
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Tabela II.2.3 – Número de animais abatidos, por espécie e tipo de inspeção sanitária – segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014
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Tabela II.2.4 – Peso total das carcaças de animais abatidos, por espécie e tipo de inspeção sanitária, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014
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Tabela II.2.5 – Número de bovinos abatidos, por categoria animal, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014
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Tabela II.2.6 – Peso total das carcaças de bovinos abatidos, por categoria animal, segundo os trimestres, os meses e o acumulado do ano – Brasil – 2014
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II.4 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Brasil – 2014
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Tabela II.4.2 – Quantidade total de peças inteiras de couro cru bovino adquirida e curtida, segundo os trimestres, os meses, e o acumulado do ano – Brasil – 2013 – 2014
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III – TABELAS DE RESULTADOS – UNIDADES DA FEDERAÇÃO – 3o TRIMESTRE
III.1 – Abate de Animais – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2013 e 2014
Tabela III.1.1 – Quantidade e peso total de carcaças de bovinos abatidos e variação anual – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2013 e 2014
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III.3 – Aquisição de Couro Cru Bovino – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2013 e 2014
Tabela II.3.1 – Quantidade de peças inteiras de couro cru bovino, total, adquirida e recebida de quartos, e variação anual – Unidades da Federação – 3os trimestres de 2013 e 2014
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Fonte: IBGE.

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