A cadeia da carne — produtores, frigoríficos, distribuidores e exportadores — vive um momento de instabilidade. Está bom, pode ficar ruim, pode ficar melhor... Os preços do boi gordo nunca foram tão bons para os produtores — chegaram a R$ 148,7 por arroba e R$ 5,00 o quilo vivo — e ruins para os frigoríficos e os consumidores. Mas a demanda de carne caiu no mercado interno, pelos altos preços ao consumidor, e no internacional, Rússia (queda nas compras de 58,9%) e Venezuela (queda de 50,1%), por falta de dinheiro naqueles países. Internamente, o crédito está difícil, caiu o abate, frigoríficos estão demitindo ou fechando, saindo do mercado, forçados pela baixa rentabilidade de 1,99%, o pior nível desde julho de 2008. Mas a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) confia na abertura do mercado para carne in natura do Brasil nos EUA, aguardada para este primeiro semestre; na retomada das compras da China e no fim do embargo da Arábia Saudita e Japão. O Frigol, frigorífico de Lençóis Paulista (SP), acredita na volta das vendas para a Rússia. O governo olha o cenário com atenção, pois os produtos de origem animal participam com mais de 22% nas exportações, entre US$ 15 bilhões e US$ 20 bilhões, conforme o momento.
fonte: Jornal do Comercio
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