Para presidente da Abiec, taxas chinesas sobre a carne dos EUA pode beneficiar Brasil
Ampliar fotoBrasil aguarda habilitação de 11 plantas de carne bovina pela China
O anúncio feito pela China de sobretaxar 106 produtos dos Estados Unidos, incluindo variedades de carne bovina, pode acelerar o processo de habilitação de frigoríficos brasileiros para exportar ao país asiático. Desde o fim do ano passado, o Brasil aguarda a visita de uma missão chinesa que deve vistoriar 11 plantas no País. "O Brasil certamente tem algum benefício implícito nisso (sobretaxa) que é na efetivação dessas visitas", afirmou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.
Atualmente 16 plantas de carne bovina estão habilitadas a exportar para China, segundo a Abiec. No ano passado, o Brasil exportou 211 mil toneladas de carne bovina in natura para o país, uma alta de 29% em relação ao exportado em 2016, de acordo com o Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Caso os chineses venham a habilitar todas as 11 novas plantas, a expectativa é de que o volume exportado para o país possa crescer 50%.
Mercado nos EUA - As ações de algumas das maiores processadoras de carne dos Estados Unidos fecharam em alta nesta quarta-feira, 4, após a China ameaçar impor tarifas sobre uma série de produtos norte-americanos, como soja e milho. Segundo analistas, caso o país asiático redirecione suas compras de soja para a América do Sul, isso vai resultar em estoques mais amplos da oleaginosa nos EUA e pode se traduzir em preços mais baixos de ração animal para as empresas de carne. A ração animal representa o maior custo na criação de aves e outros animais de produção. A ação da Tyson Foods fechou em alta de 2,30%, enquanto Hormel Foods e Pilgrim's Pride subiram 4,82% e 2,32%, respectivamente.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO
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