terça-feira, 2 de outubro de 2018
Primavera abre com otimismo na pecuária
Início dos remates trouxe ânimo ao setor pelas médias alcançadas /TRAJANO SILVA REMATES/DIVULGAÇÃO/JC Guilherme Daroit
Ponto alto dos remates da pecuária gaúcha, a primavera chegou e trouxe, com ela, uma melhora nas expectativas do segmento para as vendas de animais. Mesmo em ano de crise na carne bovina, a busca por qualidade genética por parte dos compradores - muitos deles vindos de fora do Estado - tem surpreendido nos primeiros leilões e feiras. A boa largada é vista como uma baliza para o resto da temporada de vendas, que deve ser marcada pela liquidez e pelos preços iguais ou até melhores do que no ano passado. "A pecuária vem reagindo, e vemos que os remates estão superando o que era esperado", conta o presidente da Comissão de Exposições e Feiras da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Francisco Schardong. As primeiras feiras, argumenta o dirigente, têm acontecido com pista limpa e preços melhores do que no ano passado. "Dá para se dizer que, pelo começo, tiramos uma boa perspectiva", diz. O sentimento é corroborado pelo leiloeiro Marcelo Silva, da Trajano Silva, que viu suas expectativas para a temporada mudarem após o primeiro remate, em Uruguaiana, no início da semana passada. "Até aí, nossa atitude era de moderado otimismo, achando que íamos fazer valores 10% inferiores ao ano passado", conta o leiloeiro, justificando a previsão pelo momento econômico e político do País e do próprio setor. O evento, entretanto, surpreendeu, com alta procura e preços até maiores aos de 2017, com touros vendidos na média acima de R$ 11 mil. O bom resultado mudou a chave para um real otimismo, segundo Silva, porque a largada costuma ser balizadora de toda a temporada, consolidando uma tendência de liquidez nos leilões. "O referencial é muito bom, e a ideia é de que os que virão agora absorvam esse otimismo", continua o leiloeiro. Para Schardong, boa parte da procura é explicada pelo aumento no número de compradores de fora do Estado - em especial, do Paraná. "Com o advento da questão da retirada da vacina (contra a febre aftosa), outros estados ficariam impedidos de comprar nossa genética, então é um momento propício para a venda de terneiros para eles", acrescenta o dirigente da Farsul. Nos últimos quatro anos, 7 mil animais foram vendidos para fora do Estado, e, neste ano, Schardong acredita que o movimento se fortalecerá ainda mais. André Crespo, da Casarão Remates, acrescenta que a demanda por reprodutores continuará de qualquer forma, independentemente do momento de baixa enfrentado pelo setor no ano, com queda nos preços da carne bovina. "O produtor tem que manter a atividade, seguir produzindo. É inevitável que vá comprar", defende o leiloeiro, lembrando que o mercado de venda de touros tem se mantido aquecido sempre, justamente por conta dessa necessidade. A opinião é semelhante à do leiloeiro Eduardo Knorr, da Knorr Leilões, que argumenta, porém, que é impossível passar incólume à crise do setor. "O grande alento é que para quem não investir em qualidade vai ser ainda mais difícil sair da crise", defende. O leiloeiro afirma que se dará por satisfeito caso os valores praticados na temporada se efetivarem em torno daqueles vistos no ano passado. - Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2018/09/650466-primavera-abre-com-otimismo-na-pecuaria.html)
Postado por
Eduardo Lund / Lund Negócios
às
12:45
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