segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

NOTÍCIAS

Dados da produção animal brasileira

O abate de bovinos cresceu 4,6% no terceiro trimestre de 2009, em comparação com o período anterior de três meses. Houve também crescimento de 1%, em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, 7,216 milhões de cabeças de gado foram abatidos, de julho a setembro de 2009.
Os dados fazem parte da pesquisa trimestral, divulgado no mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o documento, o resultado “confirma as expectativas de recuperação da indústria”, que começou no segundo trimestre deste ano, após uma seqüência de retrações, que começou no terceiro trimestre de 2007.
O aumento do abate de bovinos, de acordo com o documento, ocorreu devido ao maior consumo no mercado interno. No terceiro trimestre, os grupos que trabalham com a indústria da carne compraram plantas que havia sido encerrado devido à crise internacional, principalmente nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso
Mato Grosso continua sendo o estado líder na produção no país, respondendo por 15,4% dos abates. Em seguida estão São Paulo (12,2%) e Mato Grosso do Sul (10,9%).
De acordo com o documento emitido pelo IBGE, o abate de frango também recuperou e cresceu 8,5% comparado ao valor registrado no trimestre anterior. No período compreendido entre julho a setembro de 2008, houve crescimento de 1,4%. No terceiro trimestre deste ano, 1,267 bilhões de frangos foram abatidos. A atividade foi mais forte na região Sul (60,5%), e o estado do Paraná permaneceu na liderança com 26,1%.
A pesquisa também revela que o abate de suínos cresceu tanto na comparação com os seis meses de período anterior (10,4%) e com o trimestre anterior (6,8%), e totalizou 8,103 milhões de animais. O resultado consolida a tendência de crescimento do produto, mesmo num ano de crise financeira e com o surgimento da gripe A (H1N1), divulgada como gripe suína.
A atividade de abate de suínos é concentrada na região Sul (68,2%), principalmente no estado de Santa Catarina (27,7%). O estado do Paraná, no entanto, foi o estado em que o abate de suínos mais cresceu, totalizou 293.703 animais a mais do que no terceiro trimestre de 2008.
Dados relativos a compras de leite e transformação de leite mostram que as plantas industriais compraram 4,898 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2009. O resultado é 4,7% superior ao registrado no mesmo período de 2008, e 14,1% maior que no segundo trimestre do ano passado. Minas Gerais foi o estado que comprou a maior quantidade (26% do total).
Produção de ovos de frango somaram 637,064 milhões de dúzias.Houve um crescimento de 10,5% em comparação com o mesmo período de 2008, e de 9,7% em comparação com o trimestre anterior. O estado de São Paulo permanece na dianteira da produção, sendo responsável por 32,3% do total.
A pesquisa também mostra que houve crescimento de 5,2% nas compras de couro bovino cru em comparação com o mesmo período de 2008. Em comparação com o trimestre anterior, houve crescimento de 11,8%. Ao todo, 9,121 milhão de unidades foram compradas de julho a setembro. Juntos, os estados de São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul compraram 58,1% do total.

FONTE www.excelenciagenetica.simi.org.br

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Abrafrigo: BNDES prejudica a cadeia produtiva da carne

A generosidade com que o BNDES tem tratado alguns poucos privilegiados tem gerado uma grave distorção na cadeia produtiva da carne, seja no âmbito do mercado pecuário, seja na estrutura concorrencial que permeia a atividade industrial. A conclusão é da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) segundo aponta um levantamento realizado junto aos seus associados.
"Estamos assistindo ao crescimento de uma grave deformação na configuração dos dois mercados, levando tanto produtores pecuaristas quanto pequenos e médios frigoríficos a se submeterem ao poder da concentração, inibindo a concorrência saudável e economicamente desejável, levando-a a um nível absolutamente incompatível com os princípios de uma política industrial eficiente e desconcentradora. E quem está promovendo tudo isso é o BNDES", afirma o presidente-executivo da entidade de classe, Péricles Salazar.
Segundo ele, o BNDES, na qualidade de agente público voltado ao fomento industrial, com o compromisso de atender a política pública preconizada pelo Governo, tem a obrigação de estudar previamente os impactos econômicos e sociais que pode causar diretamente aos demais agentes do segmento. No caso da cadeia produtiva da carne, a relação custo-benefício para a sociedade é muito baixa quando se prioriza apenas um grupo destinando vultuosos recursos financeiros, sob a forma de financiamento ou participação acionária. "O Banco desconsiderou as repercussões maléficas e danosas para o setor do qual participamos e para o conjunto da sociedade brasileira que deveria ser considerada como destinatária maior dos supostos benefícios decorrentes deste exagerado e desproposital aporte de recursos", disse Péricles Salazar.
Para ele, o BNDES deveria diminuir o ritmo da concentração industrial no segmento frigoríficos e possibilitar que os preços pecuários sejam reflexo da lei da oferta e da procura, não permitindo que os produtores sejam submetidos à lei do mais forte, além de não ensejar manipulação dos mercados do boi e da carne que representa 75% da produção nacional. "Assim não haveria prejuízos para os consumidores e poderia se dar efetiva atenção às verdadeiras prioridades nacionais", conclui o presidente da Abrafrigo.

FONTE Abrafrigo/www.beefpoint.com.br

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Sisbov: Consulta pública vigora até 21 de janeiro

O novo Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) está em consulta pública desde 21 de dezembro; as sugestões devem ser enviadas no e-mail consultsisbov@agricultura.gov.br . Entre as normas publicadas estão os procedimentos operacionais para o produtor rural, certificadoras, agente certificador, matadouros-frigoríficos e fornecedor de elementos de identificação. Além disso, constam dados sobre a planilha padrão de identificação dos animais, requerimento de credenciamento de certificadora, de agente certificador e de fornecedor de elementos de identificação.
O agente certificador deverá ser graduado em engenharia agronômica, medicina veterinária ou zootecnia, habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que poderá atuar como pessoa física autônoma ou contratada por certificadora cadastrada. O interessado em se habilitar ao cargo como pessoa física deverá apresentar requerimento ao superintendente federal de agricultura da unidade federativa em que pretende atuar.
A função de auditor será ocupada apenas por fiscal federal agropecuário ou servidor dos Serviços Estaduais de Defesa Agropecuária, com formação em uma das três áreas indicadas. As auditorias de certificação serão agendadas pelo produtor rural.
Já no Estabelecimento Rural Cadastrado no Sisbov (Eras), todos os bovinos e bubalinos serão obrigatoriamente identificados, exceto os animais nascidos na propriedade com até 10 meses, em que a identificação é facultativa. Para cadastrar o estabelecimento na Base Nacional de Dados o produtor deverá solicitar à Unidade Veterinária Local (UVL).
Mais seguro - De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, o objetivo das mudanças é conferir maior segurança ao sistema de rastreabilidade e simplificar as regras, principalmente, para o produtor rural, ao tornar o sistema mais acessível aos usuários. "Não haverá mais a necessidade de um intermediário para transmitir as informações do criador para o sistema. Assim, o produtor terá uma senha para inserir os dados no programa e o papel das certificadoras e dos agentes será o de certificar os animais", explica.
De acordo com as propostas, o Sisbov continuará sendo de adesão voluntária e estará integrado com as operações do sistema de defesa sanitária animal nos estados (cadastro nas unidades veterinárias locais e controle da movimentação pela Guia de Trânsito Animal) e do Sistema de Informações Gerenciais do Serviço de Inspeção Federal (Sigsif), que confere a certificação final das carnes pelo serviço oficial.
Pela nova regra, o enfoque será dado aos animais que têm potencial para serem abatidos para exportação de seus produtos aos mercados que exigem rastreabilidade. "A cada movimentação dos animais entre as propriedades há necessidade de atualização da identidade com a nova fazenda, sem perder a relação desse animal com o estabelecimento de origem", explica Kroetz.
Em relação ao controle de exportação para a União Europeia, continua a necessidade de permanência do animal de 90 dias em área habilitada e 40 dias na última propriedade. Hoje, já existem 1.827 estabelecimentos aprovados para exportação à União Europeia. Segundo informa o Mapa, o número representa aumento de 150% em relação ao registrado em 2008.

FONTE DBO - Editores Associados

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